O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 9
Cedendo à tentação


Notas iniciais do capítulo

Então galera, minhas aulas voltam amanhã e meu tempo pra escrever vai ficar mais pequeno do que toca de tatu.. então, devo postar só uma vez por semana, ou se não tiver jeito, só aos sábados e domingos!

É isso, pra quem queria uma boa pegação Druna, aproveitem;



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456404/chapter/9

– E então?

Luna e Draco observavam o mar. Estavam ambos sentados na areia, as pernas de Draco cruzadas como de índio, as de Luna ao lado de seu corpo por estar de vestido. Os cabelos loiros voavam com a intensidade do vento e o silêncio presente entre eles á minutos era quebrado apenas pelo barulho das intensas ondas formadas pelo mar.

– Então o que? - A loira ainda assim não desviou o olhar da paisagem á sua frente.

– Vai ficar sem falar comigo o resto da noite? - Indagou Draco, já incomodado. Olhou a loira de relance.

– Olha Draco, eu não to acostumada a conversar civilizadamente com você. - Retrucou ela sem alterar o tom sereno de voz. Desviou o olhar do mar e encarou o loiro.

– Eu também não. Mas já que vamos tentar ser amigos, vamos tentar conversar?- Draco pediu recebendo um sorriso cansado de Luna. A loira levou uma mão entre os cabelos e os jogou para trás.

– Certo. Quer conversar sobre o que? - Indagou Luna concentrada no olhar de Draco.

– Vamos fazer assim, eu pergunto algo sobre você, você pergunta algo sobre mim.. - Luna fez um movimento negativo com a cabeça entre um sorriso, quando lhe passou pela mente o quão diferente era tudo aquilo, e o quão louco também.

– Tudo bem, quem começa? - Perguntou Luna escondendo a sua mínima insegurança que fosse.

– Qual sua cor favorita? - O loiro se virou de frente para Luna e ela entendeu que era pra se virar também. Ambos ficaram frente a frente, os respingos do mar refrescavam um ao outro.

– Azul. - Foi sincera. - E a sua?

– Preto. - Respondeu em um tom maroto e Luna revirou os olhos. - Eu to brincando, é amarelo.

– Ah, fala sério. - Luna pareceu um tanto incrédula. - Amarelo?

– É, mas não é aquele amarelo vibrante, é um amarelo da cor dos seus cabelos. - Explicou o loiro e foi um dos momentos raros de sua vida que em que pôde ver Luna corar. A loira colocou os cabelos de lado e os observou, traçando com os dedos os cachos mal formados.

– Acha uma cor bonita? - Indagou sem olhá-lo.

– Acho linda. - Respondeu com sinceridade, olhando involuntariamente para o rosto delicado da loira. Quando Luna voltou a olhá-lo, e percebeu o loiro fitá-la, corou ainda mais.

– Vou levar isso como um elogio. - Disse Luna arrancando um sorriso de Draco, que assentiu.

– Tudo bem, minha vez de novo. - O loiro pareceu pensativo por alguns instantes. - Qual seu filme preferido?

– Tenho mesmo que responder essa? - Luna fingiu receio e Draco assentiu marotamente. - Titanic.

– Para! - Draco riu. - Esse filme é mais velho que minha avó.

– E daí? - Contrapôs ela com indignação. - É um filme muito lindo, eu choro toda vez que assisto.

– Tá aí uma das várias surpresas que se pode descobrir de Luna Lovegood. Chora por causa de filmes de romance. - O loiro provocou, recebendo um dedão do meio como resposta.

– Vai se ferrar! - Mandou, mesmo com um leve sorriso nos lábios. - Calado, minha vez. - Draco levou as mãos para o alto em sinal de rendição no momento em que ia retrucar, e Luna sorriu vitoriosa. - Quantas vezes já broxou com Astoria?

– Quê? - Draco quase arregalou os olhos quando escutou aquela pergunta desafiadora. - Eu sou lá garoto de broxar?

– Ah qual é, priminho. - Luna provocou com a própria voz. - Fala pra mim.

– Nenhuma. - O loiro pigarreou logo depois de responder e Luna arqueou as sobrancelhas.

– Estamos jogando. Estamos tentando ser amigos. Amigos não são mentirosos. - Luna resolveu apelar para o lado justo. Draco rolou os olhos.

– Eu não vou responder isso. - Contrapôs decidido.

– Aé? - Luna fez menção de se levantar. - Então vou pra dentro.

– Não. - Draco a segurou pela barra do vestido quando a loira se pôs de pé. - Tá bom, eu respondo. - Luna sorriu mais uma vez com vitória e voltou a se sentar quando a mão de Draco lhe soltou o vestido. - Foi só uma vez.

– Eu sabia que você não era lá essas coisas Malfoy. - Provocou Luna, debochadamente.

– É claro, porque a senhora é a rainha na cama né? - Draco retrucou na mesma moeda. A loira olhou intensamente para ele.

– Olha, rainha não digo, mas tem uma pessoa que nunca reclamou. - Luna argumentou com vitória.

– Ah, então não é virgem mais? - Draco arqueou as sobrancelhas.

– Eu não sou um anjo, assim como você. - Retrucou Luna quase sem jeito.

– É claro que não, né priminha? - O loiro sorriu sarcástico. Luna rolou os olhos. - Minha vez.

– Não é não. - Contrapôs a loira de súbito.

– Claro que é, você me perguntou sobre.. aquilo. - Argumentou Draco de prontidão.

– E você me perguntou se eu não era virgem. - Luna colocou as mãos na cintura.

– Não perguntei, deduzi. - Retrucou o loiro olhando-a nos olhos.

– Perguntou sim. - Luna começou a se irritar.

– Não perguntei. - O loiro também estava começando a ficar sem paciência.

– Quer saber? - Luna se levantou do chão subitamente. - Você não presta nem pra um jogo de perguntas.

– Não presto é? - Draco também se levantou do chão e ficou de pé, frente a frente com Luna.

– Não mesmo. - Retrucou ela, as mãos na cintura entregava seu lado zangado.

– Eu vou te mostrar pro que eu sirvo. - O loiro se aproximou da loira em um milésimo de segundos e a envolveu pela cintura. Luna prendeu a respiração quando o viu segurá-la daquela maneira. O corpo da loira perdeu contanto com o chão quando ela foi colocada nos ombros de Draco. As mãos da loira foram até a barra do vestido e tentou cobrir o máximo que pôde as pernas totalmente expostas e o bumbum.

– Draco não! - Ela esperneou, sem condições de tentar se soltar por estar protegendo a moral de seu corpo. - Eu não to de biquine, não! - Gritou em súplica ouvindo a risada gostosa de Draco enquanto caminhava com a loira rumo ao mar.

– Pode gritar o quanto quiser. - O loiro retrucou sentindo a brisa do mar em seu corpo. Se viu tentado a olhar para o lado e fitar aquelas coxas atraentes .

– Sério Draco, você serve pra jogar, eu tava brincando, Draco! - Luna esperneava no ombro do loiro, os cabelos dela estavam agora roçando pelas costas dele, cobrindo o rosto de Luna completamente.

– Preparada priminha? - O loiro sentiu os pés molharem e afundarem na areia quando se encontrou dentro do mar.

– Draco é sério! - Luna tentou apelar. - Eu vou te matar se você fizer isso.

– É um! - Começou o loiro a contar e Luna sem mais se importar tirou as mãos da barra do vestido e usou-as para tentar se soltar do garoto. Draco sorriu maldoso quando prendeu mais Luna com os braços e olhou para o lado, podendo ver aquelas coxas roliças e a loira apenas de calcinha. Uma visão e tanto.

– Seu filho da puta, se você me jogar na água eu vou cortar suas bolas e vou sair na lancha do seu pai procurando um tubarão para dar pra ele comer! - Ameaçou Luna em desespero, olhando pra baixo e podendo ver uma onda mais bem formada nos pés de Draco. Estavam indo para mais fundo.

– É dois! - O loiro levou os braços para a cintura de Luna e segurou com força.

– Não, infeliz! - A loira esperneou pela última vez quando ouviu um "é três" escapando maldosamente pelos lábios de Draco, e seu corpo praticamente voou no ar, encontrando a água congelante instantes depois. Afundou no mar e sem direção, nadou até encontrar o vento gélido da noite novamente. Seu vestido estava encharcado, seus cabelos roçavam contra a água e sua respiração era acelerada. Limpou o rosto enquanto podia ver Draco se aproximando entre risadas próximo de si.

– Eu devia ter gravado isso. - Draco ria com sarcasmo.

– Seu infeliz. - Luna quase tremia de frio pela temperatura da água. Como Draco só tinha molhado as pernas, não sentia a terça parte a qual a loira estava sentindo. - Eu te odeio Draco, sério!

– Poxa priminha, juro que eu fiquei magoado. - Debochou o loiro encarando-a e vendo-a abraçar os braços e tremer os lábios.

– Vai pro inferno, idiota. - Ralhou, se movendo na água quase como um robô enferrujado a fim de sair dalí.

– Ei, ei, ei. - Draco segurou um dos braços de Luna, que respirou fundo irritada e se virou abruptamente.

– O quê que foi? - Esbravejou, sem paciência.

– Vai, fala agora que eu sirvo pra muitas coisas.. - O loiro tinha uma sedução tentadora na voz, que não intimidou Luna, apesar do arrepio em sua nuca que ela jurava internamente ser causado pelo frio.

– Vai se fuder! - A loira soltou o braço da mão de Draco com um puxão e o empurrou com a força que tinha naquele momento pra dentro da água.

Sentiu novamente seu braço ser preso antes do loiro cair na água e só conseguiu raciocinar quando seu corpo foi eletrocutado novamente pela água congelante. Abriu os olhos de imediato e pôde ver o corpo de Draco abaixo do seu, o sorriso era presente nos lábios dele. Mas nada de deboche ou ironia. Ambos os cabelos loiros nadavam dentro da água. Tentou se soltar do loiro, que parecia a levar mais baixo. Soltou um palavrão embaixo d'água quando seu corpo foi impulsivamente puxando e encontrou com o dele. Os olhos azuis que queimavam se encontraram.

Luna se dando conta de onde estava quando seu corpo começava a implorar por ar, ergueu o braço livre e fez um gesto próximo ao pescoço, mostrando a Draco que estava sem ar. O loiro soltou-a de súbito e subiu em um mergulho, trazendo a loira para cima pela mão. Quando encontraram novamente o ar livre, Luna ofegou e começou a tossir.

– Ei, tá tudo bem? - O loiro se aproximou dela mostrando pela primeira vez preocupação.

Luna inspirou profundamente, controlando a respiração e parou lentamente de tossir. Draco suspirou em alívio. Quando os olhos encontraram novamente, Luna parecia prestes a chorar.

– Ei, quê que houve? - Draco perguntou cauteloso, se aproximando mais. A loira respirou fundo e engoliu o choro.

– Fundo demais. - Explicou com a voz embargada. Draco sentiu culpa ao ver os olhos dela molhados.

– Desculpa, eu não queria que.. - Ele se viu sem saber o que dizer e apenas engoliu em seco.

– Tudo bem. - Luna assentiu, como se não quisesse deixá-lo se sentir culpado. Olhou longe e viu que as ondas mais distantes do mar eram bem mais violentas.

– Desculpa mesmo. - Draco voltou a pedir, a culpa já lhe corroía. - Eu.. se quiser você pode me bater. - O loiro abriu os braços e viu Luna contrair as sobrancelhas.

– O que? - Ela indagou abrindo um sorriso divertido.

– Vem, pode bater, tô esperando. - O loiro fechou os olhos e fez uma expressão dolorida no rosto, esperando por tapa, murros e chutes na área sensível.

– Não banque o ridículo. - Luna rolou os olhos vendo a cena. Draco voltou a olhá-la desentendido.

– Não está querendo me matar? - Ele indagou surpreso e viu a loira negar. - Certo, você é realmente maluca de pedra.

– É, acho que somos malucos de pedra juntos. - Luna riu junto dele, as risadas se misturaram. - Vamos voltar, to com frio.

– Espera. - Draco segurou-a pela mão quando a loira se virou. Luna se virou e encontrou os olhos acizentados dele.

– Vai me jogar de novo na água? Porque dessa vez sim eu te mato. - Luna ameaçou e viu-o negar, os olhos dele pararam nos lábios dela. Um novo arrepio percorreu a nuca da loira só por aquele simples olhar.

– Você disse que tá com frio, não é? - Indagou Draco retoricamente, os corpos estavam próximos, ambas as respirações aceleraram de súbito.

– Aham. - Respondeu a loira sentindo as pernas bambearem. Mas que droga!

– Acho que isso pode te ajudar. - Draco mal voltou a olhá-la nos olhos e envolveu-a pela cintura em um movimento intenso. Os corpos se colaram e o ventre de Luna pulsou. Os olhos se vidraram, o loiro soltou uma mão da cintura da garota e segurou-a pela nuca.

– Draco. - Luna arfou sentindo a respiração dele. Outra loucura em tão pouco tempo? Aquilo não acabaria bem, Luna pare!

A loira ignorou totalmente sua mente racional quando sentiu os lábios de Draco roçarem nos seus. Conteu um gemido impulsivo quando uma das mãos dele desceu para sua bunda e a apertou.

Isso é loucura.

Entreabriu a boca quando a lingua de Draco pediu passagem e correspondeu de mais do que bom grado aquele beijo que ela passara já dias desejando - mesmo que não admitisse nem sob pena de morte - . Aquele gosto de novo. Tão bom, tão tentador. As mãos da loira foram involuntariamente parar entre a cabeleira loira platinada e os dedos de Luna envolveram os fios e os puxaram. Draco mordiscou os lábios já avermelhados de Luna quando sentiu, e sugou todo o gosto dela quando chupou a língua da garota. Os corpos se roçaram um no outro, pedindo por contato.

Draco desceu a mão que a segurava na nuca e envolveu-a pela cintura, a outra mão livre fez o percurso até uma das coxas de Luna, e puxou-a para envolver seu quadril. O beijo se intensificava a cada toque, a cada arfar, a cada vez que o desejo aumentava.

A mente de Luna parecia ter adormecido, pois já não a atormentava com pensamentos conspirando em oposição àquele ato. Mas, precisando absurdamente de ar, soltou os lábios dele subitamente e encarou os olhos acizentados mais uma vez. Draco soltou a coxa da garota e subiu a mão para a cintura dela, agora envolvendo-a completamente enquanto Luna permaneceu com as mãos entre os cabelos do loiro. Respiravam ofegantes, as pernas de Luna estavam sem equilíbrio, o corpo de Draco queimava.

– Eu continuo odiando você. - Foi o que Luna conseguiu falar depois de minutos mirando aqueles olhos e permanecendo na mesa posição. Quem olhasse de longe, qualquer um que fosse, diria que era um casal de namorados. Ora essa.

– Eu também. - O loiro soltou um sorriso maldoso e sentiu o corpo ser empurrado. Percebeu que Luna não se zangara ou tivera um choque de realidade, apenas precisava ficar longe ou faria besteira novamente, assim como ele.

– Tudo bem, eu.. - A loira se perdeu nas palavras, de costas pra ele, fitando a casa á beira mar de longe. - Vou entrar e.. - Se virou para Draco, vendo-o bagunçar os cabelos. - Não me siga. - Mandou, com insegurança. - E isso nunca aconteceu tá?

Draco assentiu com um sorriso, vendo Luna se virar e sair do mar ás pressas. A loira secou um pouco o vestido e tirou a água do cabelo antes de adentrar a casa.

Olhou em volta, as ondas do mar tinham se acalmado. Respirou fundo e a consciência realista lhe martelou a cabeça. Aquilo não podia estar dando certo, aquela aproximação era totalmente errada, não se brinca com fogo se não quer se queimar. Mas que droga de voltade de beijar ela de novo era aquela?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Campanha: deixem reviews e ajudem essa escritora carente a ser feliz.

Leitores fantasmas - que eu sei que existem - por favor apareçam!

Ah, e perdoem qualquer erro ortográfico, vou corrigir assim que puder!

Xoxo, Jen