O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 4
Palavras Desconexas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem qualquer erro..

Aproveitem Druna o máximo que puderem;



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Já se faziam semanas que Luna estava hospedada na casa dos Malfoy, e a experiência estava cada vez mais insuportável.

Por ser fim de ano, Narcisa e Lucius mal paravam em casa por causa do trabalho, o que resultava á uma Luna sozinha e trancada com Draco doninha insuportável anêmico Malfoy.

– Bom ver você Lovegood. - Debochava Astoria, passando com Draco pelo jardim e vendo Luna dentro da piscina, em um estado de espírito relaxado.

Luna tirou os óculos que protegiam seus olhos do sol escaldante daquela tarde e olhou Astoria com desdém.

– Pois eu preferia que você estivesse sendo atropelada por um carro. - Luna retrucou, enquanto Draco reprimia um sorriso por toda aquela "rebeldia". Aquela loira insuportável sabia ser foda quando queria.

– Vamos Draquinho. - Astoria se voltou para Draco, alisando o peito do loiro por cima de sua camiseta branca. - Temos muito que aproveitar.

– É, temos sim. - Draco sorriu com sarcásmo quando Luna revirou os olhos. Astoria beijou os lábios do loiro que fez questão de retribuir um beijo que começara, mas de olhos abertos, encarando Luna.

"Filho da puta" , pensou Luna.

Quando o beijo finalizou, ainda com Draco olhando Luna para provocá-la, Astoria sorriu com animação, puxando o loiro pela mão para adentrarem a casa pelos fundos, por o jardim com a piscina ser no fundo da mansão justamente para ser um lugar de privacidade.

– Vai indo na frente. - Pediu o loiro vendo a morena murchar o sorriso, mas obedecer.

Luna, que voltara a colocar os óculos e se encostara no azulejo frio da piscina, sentiu uma presença perto de si e bufou, constatando ser Draco antes mesmo dele se pronunciar.

– Não tô pra te aturar hoje. - Luna alertou-o, com irritação na voz.

– Se divertindo aí sozinha, priminha? - Ele perguntou com deboche, se agaixando na beira da piscina.

– Com certeza aqui está bem melhor do que ter que ficar olhando pra sua cara feia. - Mentiu quando soltou a palavra feia.

– É mesmo? - O loiro sussurrou sarcasticamente próximo ao ouvido de Luna, que tinha os cotovelos escorados na barra da piscina e mexia o corpo lentamente dentro da água.

– Vai se ferrar, Draco. - Mandou a loira quando se zangou por ter os pelos da nuca eriçados quando sentiu a respiração do loiro próxima ao seu ouvido.

– Você é irritantemente atraente, sabia disso? - Draco indagou, o rosto ainda próximo ao rosto de Luna,que apesar de estar dentro da piscina, estava mais próxima dele do que queria, mas de costas.

– E você é irritantemente idiota. - Ela retrucou ganhando um silêncio sarcástico como resposta. Suspirou em alívio pensando que o loiro tinha voltado para sua tarde de núpcias com a "cara de cavalo da Astoria".

Se assustou quando a água da piscina se espalhou por todos os cantos e um loiro se materializou em sua frente. Tirou os óculos zangada e os jogou no chão longe da piscina.

– Ah não Malfoy, me deixa em paz hoje. - Pediu com uma súplica irônica. Draco sorriu maroto, bagunçando os cabelos platinados á fim de desencharcar os fios.

Luna se amaldiçoou por perceber o quão sexy ele ficava com os cabelos desgrenhados.

– Astoria tá te esperando. - Ela alertou-o com deboche. - Não devia deixar sua namoradinha esperar.

– Eu não tô nem aí pra ela. - Draco tinha os olhos vidrados nos de Luna, e antes mesmo de terminar sua fala, as mãos ágeis do loiro agarraram a cintura fina e escultural de Luna. A loira estremeceu quando o viu próximo demais. Mais do que podia, do que devia.

– Ora essa. - Luna debochou sem mesmo conseguir deixar de encarar aquela íris azul acizentada. - Achei que estivesse apaixonado.

Draco riu com ironia.

– Ás vezes você é bem burrinha sabia? - Draco indagou enquanto apertava mais a cintura da garota com as mãos. Ficaria vermelho ali,com certeza.

– Quer tirar as mãos de mim? - Luna quase gaguejou.

– Porque? - Draco moveu o corpo na água, os corpos agora tendo contato. - Acho que não é só eu que ando pensando demais em certas pessoas irritantes.

– O que quer dizer com isso, eu posso saber? - Perguntou a loira com as sobrancelhas arqueadas, torcendo internamente para não demonstrar que estava mexida com aquela proximidade toda.

– Draco! - Ouviu-se um grito vindo já de dentro da mansão dos Malfoy. Luna rolou os olhos e bufou com irritação, empurrando Draco para longe de si dentro da água e se virando, tomando impulso com as mãos no azulejo da beirada e saindo da piscina.

Draco bufou quando a viu sair. Imitou-a e logo se viu longe da água.

Segurou Luna pelo braço quando a loira pegava a toalha e calçava os chinelos, irritada, para sair dali.

– Não encoste em mim. - A loira ordenou zangada, sentindo um puxão em seguida e logo tendo novamente seu corpo colado no dele, seus olhos vidradros nos dele, seu sangue fervendo por ele.

– Além de burra, insuportável, mimada e irritante, você é cega! - Vociferou o loiro.

Os dois ouviram um "DRACO" novamente gritado por Astoria de dentro da mansão.

– Anda, sua cadelinha tá esperando por você. - Luna puxou o braço tentando se soltar mas Draco o segurou com mais força. Deu um passo a frente, encarando os olhos dela o máximo que pôde.

– Quando vai perceber as coisas Luna? - Indagou o loiro com irritação. Luna estremeceu com aquele olhar e com o garoto a chamando por seu nome. Era raro um momento assim. Ou eles estavam fingindo pazes na frente dos pais, ou fora uma vez que Luna estava doente e no hospital e o Draco foi visitá-la. É claro, ele só podia estar bêbado naquele dia quando disse que ela iria ficar bem para brigar com ele mais vezes.

– Olha Draco, eu não tô entendendo qual é a sua. - Luna podia sentir a respiração quente do loiro próxima ao seu rosto.

– Quer saber? Esquece. - O loiro soltou o braço de Luna de supetão. - Como eu disse, além de burra você é cega, como uma pessoa com tantos defeitos enxergaria o óbvio?

E saiu dali com o olhar de desdém, batendo com força os pés no chão e molhando cada piso que se deslocava. Luna ainda estava sem reagir. Que merda foi aquela?

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

– Ele falou isso com você? Desse jeito? - Ginny indagava com surpresa, a ruivinha tinha acabado de chegar da faculdade e aproveitou para visitar a amiga. Podia não ir muito com a cara de Draco, mas assim como Luna, adorava Narcisa e era sempre bem vinda.

– Exatamente desse jeito. - Luna estava sentada na cama, os cotovelos apoiados sobre os joelhos, o rosto apoiado entre as mãos. Droga, porque passara a tarde inteira pensando naquela doninha depenada? - Ele pirou não foi?

– Bom, talvez tenha broxado em uma transa com Astoria e por isso estava com a cabeça cheia.. - Supôs a ruivinha fazendo Luna quase rir, quase.

– Não, ele chegou com ela, e Draco nunca broxaria na cama. - Replicou Luna com os pensamentos exatamente em uma cena dessas.

– Aé é? - Ginny arqueou as sobrancelhas.

– Puro sexto sentido feminino, só isso. Ele é muito playboizinho para se dar ao luxo de acontecer isso com ele. - Explicou ela, já na defesa. Ginny riu e rolou os olhos.

– Se você diz. - Ela deu de ombros. - A questão é.. Draco provavelmente ta querendo você.

– Me querendo? - A voz de Luna demonstrou deboche. - Tá querendo me zoar, Ginny?

– Se ele disse "quando vai perceber as coisas" é porque ele tá querendo. - Explicou a ruiva com sensatez e Luna negou com a cabeça de imediato.

– Draco me odeia. - Retrucou Luna de prontidão, sem cogitar aquela possibilidade.

– E você odeia ele.. - Continuou Ginny enquanto Luna assentia. - E acha ele gostoso.

– Ah, qual é Ginny. - Luna riu pelo nariz sarcasticamente.

– Não pense que me esqueci quando me disse isso. - Ginny relembrou o momento em que Luna desabafava, á meses e meses atrás, sobre as insuportáveis brigas com Draco.

– Eu disse sem pensar. - Luna contrapôs sem encarar a amiga.

– Qual é Lu. - Ginny debochou. - Somos melhores amigas. Eu percebo como você fala dele comigo.

– Que ele é chato, metido, insuportável..

– E gato, e gostoso, e excitante.. - Ginny completou a frase da amiga.

– Você tá brincando com a minha cara. - Luna se levantou da cama a fim de sair do quarto, estava aparentemente revoltada com o rumo daquela conversa.

– Luna. - Ginny também se levantou do pufe e entrou na frente da amiga. - Pode mentir pra quem quiser. Pra mim não.

– Para de palhaçada Ginevra. - A loira ralhou dando a volta por Ginny e abrindo a porta do quarto. A ruiva rolou os olhos, odiava ser chamada por seu nome completo e só era chamada assim por Luna quando a amiga estava muito irritada.

– Confessa que você tem uma quedinha pelo Draco. - Ginny provocou enquanto saía do quarto junto com Luna.

– Se alguém escutar isso eu mato você. - Luna rosnou enquanto descia as escadas para a sala. Ginny soltou um sorriso malandro.

– Então você admite? - Pergunou malandra.

– Não admito nada. E cala a boca. - Mandou Luna pela última vez antes de chegar na sala.

Seu estômago revirou com a cena que viu. Draco e Astoria aos beijos no sofá, e esse "aos beijos" significava um pouco mais em uma mente adolescente com hormônio, se é que podem entender.

– Avisem quando estiverem usando a sala como motel. - Luna esbravejou irritada, quando viu Draco sair de cima de Astoria e a encarar.

Ginny chegou bem atrás e parou ao lado de Luna. Não sabia se ria da cara de ciúme estampado da amiga, da expressão de deboche de Draco, ou do risinho irônico de Astoria que permanecia em baixo do corpo do loiro.

– E porque eu avisaria? - Draco indagou, as sobrancelhas arqueadas e um sarcásmo intencional na voz.

– Talvez porque eu possa querer descer aqui com minha amiga. - Luna ironizou, as palavras saíam cuspidas de sua boca.

– Não tem problema. É uma cena linda de se ver. - Draco sentiu um beijo em seu pescoço, mas o corpo não reagiu. Talvez já tivesse enjoado de tudo aquilo. Mal conseguia se excitar com Astoria ultimamente.

– Claro que é. - Luna riu com sarcásmo. - Vamo Ginny.

Luna segurou a ruivinha pela mão e tratou de sair da sala, mas Draco a impediu quando praticamente pulou de cima de Astoria e foi ao encontro da loira, segurando-a pelo braço.

– Posso saber onde vai? - Ele perguntou com uma voz autoritária.

– Não toque em mim. - Luna puxou o braço com força e repugnância, dessa vez conseguindo se livrar de Draco. Ginny olhava de um para o outro e Astoria estava de braços cruzados, a expressão irritada era clara em seus olhos. Olhava a cena com nojo.

– Você tem que me dizer onde vai. - Draco ordenou encarando-a nos olhos.

– Eu não tenho nada. Continue fazendo da sua casa um motel, não vou ficar aqui pra ver isso. - Luna se afastou de Draco, voltando novamente a caminhar com Ginny para sair dali.

– Ou me diz ou ligo pra minha mãe. - O loiro apelou quando viu Luna já no pé da escada que dava ao portão. A risada que a loira deu foi irônica.

– Que lindo, filhinho da mamãe. - Ela debochou, sem dar ouvidos as ameaças dele.
– Draco! - Chamou Astoria já perdendo a paciência, mas sendo ignorada.

– Lovegood eu não tô brincando. - Ralhou Draco, perdendo a visão de Luna e Ginny que já desciam as escadas. O loiro apressou o passo até a escadaria e pegou as meninas lá em baixo. - Garota,fala agora.

– Ou você vem, ou morre querendo saber. - Gritou Luna, sem ao menos se dar conta de que acabara de convidar Draco Malfoy para seguí-la com sua amiga. Mas claro, aquilo era só para descontar em Astoria, que a pertubou por tantos anos. Era só isso, lógico.

Ou não?


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Notas finais do capítulo

Astoria tem os cabelos castanhos nessa fic, assim como na cena que ela aparece com Draco e Scorpius no expresso.

Meresso algum review?