PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 4
Capítulo 04 - Seduzido pelas Sombras


Notas iniciais do capítulo

Saudações queridos leitores!!

Quero agradecer a todos que estão acompanhando a fic, em especial aqueles que estão comentado. ^^

Este capitulo será bem revelador e mostrará um pouquinho de como está Kevin Maerd Junior quando se fala de batalhas! ^^



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Capítulo 04 – Seduzido pelas Sombras

<><><><> Cena da Segunda Temporada Durante primeiro dia da Copa Equipe <><><><>

– Parabéns pela vitória esmagadora. - Era um videophone no qual mostrava a imagem de Davis Motto, um dos administradores da Estilo de Poder. - Um minuto e um segundo foi arrasador. -




Claudios Maux sorria diante o videophone. Ele estava em uma roupa elegante, um terno todo preto, com camisa e gravata também preta. Ele era o Supervisor de Hoeen, que atendia por Ceifador.




Naquele momento ele estava participando da Copa Equipe como o líder dos Gladiadores, no entanto a equipe desconhecia sua ligação com a Estilo de Poder.




– É uma luta de vida ou morte, simplesmente isso. Eles não morreram porque o juiz impediu. - Dizia o rapaz com dentes perfeitamente alinhados, corpo trabalhado e cabelo alinhado. - Ainda não sei porque prefere que esse grupo se mantenha longe da Estilo de Poder, mas respeito sua decisão. -




– Sou o líder apenas nominalmente. Como falei eles não obedecem a nenhuma regra a não ser a do anonimato e a de vida ou morte de suas atividades. - Ele sorriu maliciosamente. - Resolveram participar da Copa Equipe por ser o único jeito que teríamos de entrar na Quest Liga sem que nos expuséssemos demais e também como forma de encontrar novas vitimas para nossos jogos. - Ele passou a língua pelos lábios. - Se eles fossem abordados para fazer parte da Estilo de Poder, eles matariam os recrutadores. Se por ventura isso não acontecesse, eles não iriam aceitar nenhum tipo de ordem ou missão que não fosse fazer alguém sofrer. -




Davis sorria diante aquilo. Ele sabia que não poderia colocar um grupo como aquele sob seu comando, mas tendo Ceifador com eles, poderia sempre colocá-los na direção de alguém que estivesse causando problemas. Eles não precisavam jurar fidelidade, simplesmente seriam usados sem perceber.





– Mas, acredito que seu contato tenha haver com algo promissor que identificou na Copa. - Diz Davis. - Resolvemos que a Estilo de Poder não agirá na Copa Equipe. Queremos ver o novo Presidente da Associação de Batalhas ter a falsa sensação de que ele é intocável. Mas, estou curioso. -




– Não encontrei nada de promissor além do que já conhecemos. Poke Fight, Poke Music, Poke Escolhidos, Kevin. - Um sorriso se fez. - Eu enfrento Kevin na próxima rodada. Assim como as outras equipes nas rodadas seguintes. Quero permissão para incapacitar ou matar os pokemons deles, caso algum acidente venha a ocorrer. -



– Se você abater os pokemons deles significará que eles não são uteis para o nosso propósito. - Disse Davis.

<><><><> 1 semana após o final da Copa Equipe <><><><>

O porto estava tenso o seu primeiro momento calmo. Durante todo o evento da Copa Equipe eram pessoas chegando e saindo a todo momento e tirando a madrugada, o movimento era tão intenso que as pessoas que trabalhavam no lugar dificilmente conseguiam momentos para descansar ou simplesmente para fingir trabalhar.

No entanto, os trabalhadores sempre se arriscavam em observar as diversas batalhas pokemons que ocorriam nas dependências do porto. O local era um pouco certo para confrontos, sempre havia alguém a esperar uma embarcação que estaria disposto a cruzar pokebolas.

– Me solta! -

Um rapaz, com cara de seus 20 poucos anos agarrava uma jovem branca de cabelos negros. Puxando-a para junto de si.

– Larga ela cara! - Gritava Lucas. Um garoto de pele morena, cabelo crespo e de altura mediana.

Lucas tinha tudo para descer o braço no agressor da menina. Ela era sua namorada, ou pelo menos tinham um relacionamento. Cinthia era realmente muito bonita e chamava a atenção de qualquer um. Mas, o adversário era totalmente musculoso e já havia havia provado ser um lunático.

Gaulês era um treinador membro de uma equipe de treinadores chamados de Gladiadores. Considerados bem encrenqueiros, eles pareciam ser especialistas e lutas, apesar de nada ser realmente comprovado.

– Olha só, eu não estou muito interessado em você não. - Disse apontando para Lucas. - lutamos e fizemos uma aposta. Se ela ganhasse ela poderia levar dois itens médicos dos meus, e se eu ganhasse eu ganharia um beijo. - Ele sorriu. - Se ela tivesse ganho, por acaso ela seria uma dama e não levaria meus itens? -

Lucas havia iniciado sua fala dizendo que ele deveria ser cavalheiro e não cobrasse a aposta. Mas, claramente o rapaz não era paenas habilidoso com a pokebola, mas também com as palavras.

– Lucas! - Gritava Cinthia. - Faça alguma coisa. -

O menino cerrou os punhos sem saber o que fazer. No final das contas ele havia metido-a nisso tudo. Eles estavam em um grupo com 8 treinadores e iriam pegar um barco daqui a duas horas. No entanto, ele queria mais um pequeno momento a sós com a menina, posi sabia, não mais teria essa oportunidade depois que o navio partisse. Convencê-la a ir mais cedo para o porto foi fácil, mas ele se atrasou e quando chegou a batalha já estava no fim.

Ao que parecia Cinthia estava interessada nos itens médicos que u Gaulês havia exibido antes e decidiram batalhar. Para Lucas não fazia muito sentido ela ter aceitado dar um beijo na aposta, afinal todos sabiam que o Gaulês era da equipe finalista da Copa Equipe, mas não tinha como discutir muito naquele momento.

– Então... - Lucas parou por alguns instantes. - Cinco mil para deixá-la em paz. - Lucas mostrava o dinheiro.

Cinthia olhou para Lucas não acreditando naquilo. Ele estaria pagando para que o cara a deixasse em paz ao invés de simplesmente protegê-la. No entanto, O Gaulês saltou a menina para surpresa de Lucas, que duvidava que ele fosse aceitar a proposta.

– Você é um garoto esperto. - Disse o Gaulês. - Mas, para não falar que eu sou um cara injusto, faremos uma aposta com esse dinheiro. -

Cinthia correu para Lucas. Protegendo-se atrás dele, tentava dizer para não aceitar que certamente eles teriam de batalhar e ele perderia.

– Batalhamos. Se eu vencer, levo os cinco mil e te dou um soco no meio de sua fuça. Você ficando de pé após o soco, deixo-a em paz. - Gaulês olhou para Cinthia. _ Se não ficar em pé, volto a cobrar a aposta dessa coisinha linda. -

– E seu eu vencer? - Questionou Lucas.

O Gaulês riu durante alguns instantes. Mas, viu que Lucas falava sério.

– A menina leva os dois itens médicos que apostamos, você leva mais cinco mil e me dá um soco nas fuças. - Diz Ele sorrindo.

– E se você ficar de pé? - Questionou Lucas.

– Vou deixar você me bater uma vez. E depois vou embora. - Disse o Gaulês.

– E se você não ficar de pé? - Questionou Lucas.

– Sério? - o Gaulês voltou a rir.

<><><><> 10 meses após o final da Copa Equipe - Ginásio de Azalea <><><><>

Lucas estava no ginásio de Azalea batalhando pela insignia da Comeia contra Bugzy. Ele usava seu Blastoise, seu ultimo pokemon, mas sentia que a batalha chegava perto do fim. Bugzy usava seu Scyther e a diferença de velocidade estava fazendo toda a diferença.

– Obrigado pela hospitalidade. -

A voz surpreendeu a Lucas. Tratava-se de mais um dos amigos de equipe do gaulês, Claudius Maux. Ele parecia estar hospedado no ginásio, ou prestes a partir.

Aquilo mexeu com Lucas, lembrando que a luta contra o Gaulês fora a coisa mais suja que já viu. Além dele vencê-lo rapidamente, usou várias coisas que estavam no local para acertar o pokemon de Lucas, como latas de lixo, remos, pequenos barcos e até mesmo tentou enfocar o pokemon usando uma corda de barco.

No final, perdeu. Levou um tremendo soco no rosto. Seu nariz quebrou ele viu estrelas e desmaiou. Quando recobrou os sentidos, ele estava rodeado pelos amigos, mas Cinthia não estava lá.

Ininguém soube dizer ao certo o que aconteceu com Cinthia. Apenas que quando chegaram, ela estava com ele. Mas disse que ia viajar sem eles. Difo pensando se aquele maldito Gaulês cobrou a aposta e se ele fez algo mais. Lucas pareceu se enfurecer ao ver o amigo do Gaulês.

– Preciso acabar com isso antes que ele vá embora. - Lucas se enfureceu. - Deixe o casco para ele acertar, agarre-se a arvorece. Quando ele estiver batendo Vire-se com a arvore para cima dele. -

Scyther viu a oportunidade de atacar com sua lamina, mas acabou acertando o casco como Lucas havia ordenado que Blastoise deixasse. Com a aproximação de Schtyher, Blasoise girou tentando acertá-lo, como já havia tentado fazer diversas vezes e não havia conseguido devido a seus curtos braços. Mas, desta vez ele girou arrancando a árvore do chão e acertando Scyther com ela, devido a ao tamanho da árvore.

Blastoise saltou rápido para o locla onde seu adversário havia caído. Sentando em cima dele, a prender suas laminas, e começando a socar seu rosto desenfreadamente.

– Seu trapaceiro! - Gritou Bugzy! - Acha que é legal bater num pokemon com algum objeto durante a luta? -

<><><><> 2 meses antes da Liga de Pokemon de Jotho <><><><>

– Então você quer encontrar Gaulês? -

Aquele era Spartacus, outro membro dos Gladiadores. Lucas havia chegado até ele após a dica de Claudius, dizendo que deveria procurá-lo na Cidade de LitleRoot. Se não o encontrasse lá, certamente encontraria outro da equipe que saberia lhe dizer o paradeiro do camarada Gaulês.

Lucas após conquistar as oito insignias de Jotho, ainda tentando bastante tempo até o inicio da Liga, resolveu seguir na direção do Gaulês. Ele não sabia para onde Cinthia tinha ido e nem conseguia noticias dela. Gaulês certamente não saberia, mas iria arrancar dele uma revanche e a resposta para o que ele havia feito com Cinthia.

– Exatamente. - Disse Lucas. - Já percebi que ele não está aqui. Me fez esperar a noite toda vendo esses treinadores trapaceiros fazendo das suas, mas é evidente que ele não está aqui. - Lucas cerrou os punhos. - Eu sei que você é muito maior que eu, mas meu problema não é com você. Diga-me, onde ele está que partirei. -

Spartacus começou a rir. Ele chegou a se envergar deixando Lucas ainda mais irritado. Lucas sacou uma pokebola. Estava disposto a lutar para conseguir a informação se fosse preciso. Agora ele sabia que o grupo eram treinadores que realizavam lutas fora das regras, não seria pego com tanta facilidade nos golpes baixos.

– Metade dos garotos de sua idade treme ao me ver, sem nem ao menos saber quem sou. - Spartacus tentava conter o riso. - Você, sabendo quem sou ainda saca um pokebola querendo apontá-la para mim? - Ele bateu as palmas das mãos uma na outra. - Presenciou todo o evento, o que foi dito no final? Se prestou atenção sabe onde e quando ocorrerá o próximo? -

Lucas assentiu com a cabeça.

– Ele estará lá. É o organizador da vez. - Disse Spartacus sorrindo. - Mas, não aconselho a ir até lá. Evidente que está querendo lutar com ele. Não acha que chegará e o desafiará facilmente, não é? Antes que consiga isso os caras que estarão no evento cairão sobre você. -

– Esperarei o evento terminar e então o abordarei. - Diz Lucas.

– É uma ótima estratégia. - Diz Spartacus. - Se por ventura ele se recusar a lutar ou mesmo te dar atenção, o que fará? Sabe que não conseguirá a atenção dele a força. Você não tem músculos para isso e ele ainda terá muitos treinadores “trapaceiros” perto para pedir ajuda. -

Lucas parou por alguns instantes pensando naquilo. Ele realmente não teria como fazer o Gaulês falar. Imaginou que encontrá-lo seria o suficiente para provocá-lo a falar. Mas, diante do que viu na noite passada sabia que na melhor das hipóteses, ele o ignoraria. Sendo o mais provável ele ser atacado pelos trapaceiros por qualquer motivo.

– Ei! Não perca as esperanças, camarada. - Spartacus percebeu que Lucas havia perdido um pouco de seu impeto. - O que você precisa é simplesmente uma oportunidade de lutar contra sem que ele possa fugir. -

– Como se algo fosse impedi-lo de fugir. - Resmungou Lucas.

– Se você prestou atenção, o campeão do evento tem direito a lutar contra o organizador. - Spartacus cruzou os braços. - Percebeu que eu lutei contra aquele que venceu o evento? Se participar do evento e vencer, Gaulês terá de lutar contra você. -

<><><><> 1 semana após o final da Liga Prateada <><><><>

O ambiente era escuro e talvez a pouca iluminação ajudava a Lucas a esconder um pouco do pavor que estava sentindo. Das poucas vezes que sentiu medo como aquele, ele estava diante da Estilo de Poder. Agora, ele estava diante de Ganicus, dito o mais habilidoso dos organizadores da Liga das Sombras. Mas, ele não estava li para batalhar, ele sequer estava no meio de um evento.

– Eu não gosto muito de rodeios, então vou perguntar apenas uma vez e você responderá apenas uma vez. - A voz estava bem calma, o que não combinava com a expressão do rosto de Ganicus. - Por que fugiu? -

– Não fugi. Participei de um evento no intuito de enfrentar o Gaulês. Spartacus sabia que eu estava apenas atrás de... - Lucas foi interrompido por um chute no estômago.

– Você ouviu as regras da Liga das Sombras antes de entrar. A participação custa 30 mil. - Ganicus gfalava aproximando-se dele. - Uma vez inscrito deve participar até o Evento Final, a Taça das Sombras. A ausência em mais de Três eventos sinaliza uma falta grave. -

– Eu... Sou treinador honrado. Competidor de Ligas oficiais. - Lucas se levantava. Percebia que o negócio estava sério e que teria que enfrentá-lo. - Não direi nada a ninguém sobre vocês, mas eu não vou continuar com vocês. -

– Você não pagou os 30 mil. Faltou a 4 eventos, Fez-me vir até aqui para ouvir você falar que é honrado? - Ganicus tentou acertar um soco em Lucas, mas ele esquivou-se rapidamente e avançou com um Gancho para acertar o queixo do adversário, mas antes que pudesse levou outro chute o lançando para longe.

O chute acertou o peito do rapaz deixando-o sem conseguir respirar. Ganicus ficou olhando-o tentar recuperar o fôlego com certa curiosidade. Poucos eram os que desviavam de seus socos e tinha certeza, ninguém tão novo havia feito aquilo.

Pela história que sabia sobre Lucas, ele estava atrás de Gaulês por alguma coisa que o próprio Gaulês nem lembrava-se. Gaulês se metia em tanta confusão que não costumava memorizar as situações a não ser que ele tivesse apanhado, o que não foi o caso.

Ganicus sorriu. Lucas tinha que enfrentar o Gaulês. Talvez não saíssem no braço realmente, mas com aquele impeto que Lucas apresentava tinha certeza que sangue iria rolar.

– Nos deve 30 mil. Vou levá-lo de volta comigo e vai dos Eventos até ocorrer a Taça. Pague-nos até lá ou vai morrer. - Ganicus abaixou-se perto de Lucas que estava ainda com falta de ar, pegou a pokeagenda dele e ergue-se. - Isso vai garantir que estará conosco. Fuja e diga que perdeu sua credencial de treinador e coordenador que voou a uma delegacia e digo que um ladrão deixou cair. - Ele sorriu ao ver a cara de medo de Lucas. - Você pode nos ver como trapaceiros, mas não se esqueça somos a respeitável equipe de Treinadores Pokemon, Gladiadores. -

<><><><><> Dias Atuais <><><><><>

A floresta deixava passar a luz e o calor, mas ainda assim não tinha tanta claridade no local. Lucas olhava incrédulo para a situação. Após ter sido aprisionado por Kevin e perdido o termino do misterioso evento, ele agora era desafiado pelo jovem loiro que parecia o chantagear. Vencendo ele recuperaria seu pokemon perdido e poderia ir sem mais problemas, perdendo teria de contar o que foi o evento da noite passada.

Lucas poderia simplesmente se recusar, mas havia dois detalhes. O primeiro era que não conseguiria deixar seu pokemon para trás daquela maneira. O segundo era que estava encrencado demais com os organizadores para simplesmente ir embora. Talvez, durante a luta, pudesse ter alguma ideia de como escapar da punição.

Mas, jamais imaginou que faria uma luta como aquelas. Ele havia escolhido Torkoal, um pokemon tartaruga com atributos de fogo e casco metálico. Ele possuía uma estrutura forte, chegando a medir 1 metro e meio e altamente pesado. No entanto, seu adversário escolheu um inusitado Ratata. Um pokemon rato que não media mais do que trinta centímetros de altura e cinquenta de comprimento. Com um rabo grosso e enrolado de coloração roxa em cima e branca nas partes de baixo, o que mais chamava a atenção eram seus dois dentes da frente que eram bem salientes.

– Não vou ter piedade! - Gritou Lucas. - Circulo de Fogo em torno de vocês. -

Torkoal bateu com a pata diante direita no chão erguendo a cabeça como se estivesse inspirando e abaixou a cabeça, para a posição normal, esticando-a um pouco para frente disprando uma forte rajada de fogo. A rajada de fogo não seguiu em frente fez uma curava e logo Torkoal e Ratata estavam cercados em um circulo de fogo.

Kevin deu dois passos para trás, sem esboçar muita reação. Manteve um olhar sério e as mãos nos bolsos. Observava Ratata olhando um pouco inseguro as chamas que haviam cercado-os.

Ratata tentava controlar uma leve tremedeira e uma vontade de sair correndo. De inicio parecia apenas um leve susto das chamas que o cercaram, mas aos poucos podia se perceber que ele estava bem temeroso. Um fato era que aquela seria sua primeira batalha ao lado de Kevin e a batalha parecia tão séria e com tanto em jogo que era dificil não pensar que um desempenho baixo, ainda que com uma vitória, lhe faria ser abandonado novamente.

Por outro lado ainda havia o local, aquele solo estava banhado por sangue de demônio e Ratata não era um pokemon muito forte ou mesmo evoluído para resistir a pressão que o sangue daquele solo exercia sobre os fracos.

– Acalme-se. - Disse Kevin. - Eu te disse que você é cheio de potencial e só precisa da forma de batalhar correta. Esqueça o local e siga as instruções. Continue encarando-o. -

Lucas riu surpreso. Ele havia conhecido Kevin a um ano e meio atrás quando os dois trabalharam juntos em um hotel. Naquela época Kevin não possuía um Ratata, sabia que o pokemon havia sido capturado daquele período para cá. Mas, pela fala de Kevin, ele havia sido capturado muito recentemente.

Ratata é um pokemon do tipo normal. Não possui muitos ataques a longa distancia, sempre terá de se aproximar para atacar. Basta mantê-lo distante que não precisarei me preocupar. Com aqueles pensamentos na cabeça, Lucas já sentia a vitória se aproximando. Ele tinha uma vantagem de seu pokemon possuir uma forte defesa natural, o casco, e ainda fortificada pelo metal que a revestia.

– Lança chamas! - Comandou Lucas.

– Corra para para direita, contornando a demarcação feita com fogo por eles. - Disse Kevin.

Novamente Torkoal batia com a perna direita no chão, levantando a cabeça e abaixando-a, esticando o pescoço e disparando uma rajada de fogo. Esta agora foi na direção do adversário. Mas, assim que as chamas começaram a ir em sua direção, Ratata virou-se para a direita e começou a correr conforme Kevin instruiu.

O lança chamas não cessou e Ratata ia sendo perseguido pelas chamas, esforçando-se para se manter afastado delas. Torkoal ia girando, em seu lugar, aos poucos. Ele estava próximo do circulo de chamas e já não podia girar mais e Ratata seguia na sua direção, agora em linha reta. Ele iria mergulhar direto em seu lança chamas se continuasse.

– Cavar em direção ao fundo e volte para minha posição. - Disse Kevin.

Ratata correndo percebeu que o lança chamas agora viria de frente para ele e que de certa forma estava quase cercado. A sua direita estava a parede de chamas do circulo que os prendia. A esquerda e atrás vinha o lança chamas, como uma pilar bloqueando-o um recuo ou esquiva a esquerda. Só poderia ir para frente, mas estava claro que as chamas o acertariam, antes dele alcançar seu adversário.

Lucas viu o pokemon escapar entrando debaixo da terra. Olhou e percebeu que Kevin havia movido-se para a esquerda. Trincou os dentes irritado com aquilo, mas deu-se por satisfeito ao ver que ao invés de efetuar o ataque surpresa do cavar, Ratata apareceu próximo de onde Kevin estava.

O circulo de fogo é uma das minhas armas mais eficazes na Liga das Sombras. Não tendo arena defina, minha melhor chance é delimitar, eu mesmo, o campo. Dificilmente um pokemon vai se aventurar a passar pelas chamas, assim eu comando o tamanho do campo. Outro fator importante é a visão do treinador que é diminuída drasticamente devido as chamas. Dependendo da posição e tamanho dos pokemons ele sequer consegue ver o que está acontecendo. Por isso cada vez que meu pokemon realiza um movimento ele bate no chão para caso eu esteja sem visão eu saiba onde ele está e possa dar alguma dica. Lucas repassava um pouco de sua estratégia de combate, uma vez que Kevin começou a se reposicionar e claramente isso significava que ele havia percebido o efeito do circulo de fogo.

Lucas franziu o cenho quando viu Kevin caminhar de volta a posição inicial e aos poucos Ratata o acompanhá-lo, beirando as chamas. Mas, logo viu que Kevin passou do seu ponto inicial e parou mais adiante.

– Lança chamas! - Gritou Lucas.

– Cavar em direção ao fundo e volte a superfície em linha reta. - Comandou Kevin.

As chamas quase pegaram Ratata, mas ele conseguiu entrar na terra antes de ser acertado. Lucas e Torkoal olharam em volta. Apesar de Kevin falar para ele aparecer do outro lado do circulo, nada garantia que o pokemon iria realmente fazer aquilo.

– Terremoto. - Comandou Lucas.

O efeito seria formidável e certamente poderia até terminar com a batalha. Com Ratata de baixo da terra o poder do terremoto seria duas vezes maior. No entanto, antes que Torkoal conseguisse efetuar o ataque o Ratata havia saltado para fora da terra, bem ao lado dele.

Torkoal deu alguns passos para o lado apreçado e de forma desengonçada. Ele era um pokemon lento e esta seria a única vantagem que talvez Ratata pudesse explorar.

– Rabo de Ferro! - Comandou Kevin.

Ratata no alto fez seu rabo começar a brilhar emitindo uma luz acinzentada. E tentou acertar Torkoal, mas o mesmo recolheu-se para dentro de seu casco Defendendo-se do ataque.

– Defesa de Ferro! - Comandou Lucas.

– Salte rapidamente por cima dele e caia mergulhando na terra no Cavar em direção ao fundo e volte para minha posição. - Comandou Kevin que colocava a mão na frente dos olhos.

Um brilho fosco tomou conta do casco de Torkoal por alguns instantes, enquanto Ratata tocava o solo e já saltava rapidamente por cima do adversário, que escondia-se dentro do casco. Caindo do outro lado do pokemon e já iniciando o cavar conforme comandado por Kevin.

– Canhão de Metal! - Gritou o moreno.

Kevin cerrou os punhos ao escutar aquilo. A tecnica consistia em uma rajada de energia explosiva com propriedades de metal. Era realmente forte e foi comandada segundos antes de Ratata sair de dentro da terra, ele não tinha como parar a saída e foi acertado com tudo.

Ratata caído perto do buraco que acabará de fazer, tentou se levantar, mas realmente o ataque havia sido forte. Olhava para frente, mas fechava os olhos, incomodado com o brilho do casco do seu adversário que estava a refletir as chamas do local. Seus músculos tremiam e e sentia a pele um pouco queimada. Agora o calor de dentro do circulo parecia duas vezes maior, dificultando ainda mais o respirar.

– Circulo de fogo novamente para aumentar as paredes! - Comandou Lucas sorrindo.

A combinação das técnicas de Lucas estava funcionando perfeitamente. O circulo de fogo limitava o tamanho do campo e deixava o calor do local muito alto, fazendo com que a respiração fosse cada vez mais difícil. A defesa de ferro fazia a defesa aumentar, mas também deixava o casco metálico mais forte, refletindo as luzes do local ofuscando a visão de seus adversários constantemente.

Se fosse um Torneio Pokemon a combinação renderia bons pontos para Lucas. Em uma batalha estaria garantindo uma grande vantagem de campo, como na verdade estava. Mas, na Liga das Sombras aquilo era tão fundamental quanto respirar.

– Explosão de fogo! -

– Role para o lado direito com o rolo. - Disse Kevin.

Lucas arregalou os olhos surpreso com o fato de Ratata ainda se mexer. Kevin encarou-o através das chamas por alguns instantes e Lucas deu um passo para trás. Kevin sempre teve um olhar animado, mesmo quando cansado. Em batalhas, já tinha visto um olhar frio e vazio, como se ele não se importasse com o que viesse a acontecer. Os olhos de Kevin estavam vazios e sem vida naquela batalha, mas transmitiam uma sensação de estranha, uma sensação de perigo.

– Ele não tem muitas forças para desviar-se. Por instinto um ser vivo indefeso pronto para levar um golpe, fará o que? - Questionou Kevin olhando para Lucas.

– Explosão de fogo! - Lucas ignorando as falas de Kevin

– Encolher-se. Só dele se encolher ele já consegue começar a fazer o rolo. Não precisa de muita velocidade para apenas esquivar-se. - Kevin dizia calmamente. - Você sabe, Rolo é o ataque favorito de Trevor, meu maior rival. Sei muito bem como funciona o ataque. - Kevin viu o ataque de explosão de fogo se aproximar e Ratata estar parado sentindo muitas dores. - Sei que pode fazer o cavar, então faça como das outras vezes! - Gritou Kevin.

Ratata lentamente levou uma pata a frente depois da outra. Sentia-se esgotado e queria parar de lutar. Mas, sabia que parar de lutar naquele momento significava levar o golpe que vinha em sua direção. Usou o cavar desaparecendo de baixo da terra.

Lucas olhou assustado. Esticava o pescoço e percebia, se o rato viesse em linha reta, acertaria Torkoal. E se ele não estivesse planejando vir em linha reta, como fez todas as outras vezes, iria vir para cima de Torkoal de qualquer jeito.

O adversário estava acabado. Mas, teve energia para fazer o cavar. Certamente não seria derrotado sendo acertado pelo cavar. Mas, como o ataque seria muito efetivo poderia causar danos que fariam Torkoal demorar para se levantar dando chances ao adversário de novos ataques furtivos.

– Corra para o meio e vaça circulo de fogo de torno de si. - Comandou Lucas.

Esse era um movimento que diferenciava aqueles que participavam da Liga das Sombras dos demais pelo mundo. Lucas até então não havia feito nenhum movimento que seria ilegal, mas estava pronto para fazê-lo, como havia prometido fazer no inicio da partida. Indo para o meio do campo, ele se cercaria de fogo e ficaria esperando o pokemon adversário fazer algo, pelo tempo que fosse. O ar quente faria todo o trabalho por ele e ele não precisaria se mover, ficaria apenas esperando.

Em Batalhas e torneios o pokemon que ficar 5 minutos sem realizar nenhuma ação e é desclassificado, sendo dado como derrotado. Mas, para a Liga das Sombras, azar o do pokemon que ficar parado. Se ele possuí grandes habilidades para ter a coragem de ficar parado por tanto tempo, azar o dele.

A primeira mão não era algo tão ilegal, mas o que Lucas faria era ocultar-se nas chamas, onde ninguém o pudesse alcançá-lo. Já tendo feito isso algumas vezes e vencido desta forma, ele partia para mais uma vezes liquidar a fatura com seu adversário.

Ratata apareceu exatamente no local onde o seu adversário estaria, mas Torkoal já corria para o meio do circulo. Ele olhou incrédulo pronto para se jogar no chão e não mais mover-se. O carlo era grande. Seus músculos doíam, assim como todo o seu corpo. Além de sentir seus pelos queimados.

– Fez um ótimo trabalho Ratata. - Disse Kevin. - Agora, Cave para fora disso antes que se machuque. -

Ratata escutou aquilo e viu Torkoal parar no meio. Não esperou para vero que aconteceria e cavou rapidamente por baixo da parede de fogo.

– Como é? -

Lucas ficou surpreso com aquilo. Estava acostumado, nos últimos tempos, a ninguém fugir da batalha. Não usaria o cavar para fora do circulo de fogo, já que isso não o traria nenhum beneficio, pois ele teria que uma hora voltar e pior do que estar dentro, era tentar entrar ficando exposto as chamas e aos terremotos.

Torkoal bateu o pé direito no chão, preparando-se para iniciar o ataque, mas sua batida de pata dianteira direita fez tudo tremer. O chão embaixo do pokemon de fogo cedeu e ele caiu no grande buraco que se formava.

– Torkoal! - Berrou Lucas.

A poeira fizeram o circulo de chamas se apagar rapidamente. Nada podia ser visto, mas Kevin ão parecia tão preocupado. No entanto, Ratata e Lucas pareciam completamente surpresos. Não sabiam que Kevin havia calculado cada cavar feito comandando.

Cavando sempre em linha reta, passando pelo meio diversas vezes, Ratata acabou criando uma cadeia de túneis, deixando o terreno frágil para que um pequeno abalo fizesse tudo desmoronar. A batida de pata de Tokoal fez o efeito que Kevin esperava. Cada movimento que comandou a Ratata foi para o levar para a armadilha que criou, um campo frágil que não suportasse o peso e os movimentos de Torkoal. Até mesmo o rabo de ferro, medindo a força de defesa do pokemon adversário, para ter certeza de que apenas quatro tuneis seriam o suficiente para que quando tudo desmoronasse o pokemon adversário não tivesse força para sair do soterramento.

– Como? Como? - Berrava Lucas.

A poeira havia abaixado e ele podia ver o pokemon tartaruga de fogo, completamente preso na terra e extremamente zonzo. Ele ainda não havia desmaiado, mas estava sem condições de continuar a luta.

Sem condições de continuar a luta. Mas parecia que seu treinador não concordava com aquilo. Na Liga das Sombras ou desmaiava ou desistia, aquela prisão de movimentos não significava vitória. Kevin percebeu isso ao ver Lucas irritado ir na direção de Torkoal.

Ratata também percebeu aquilo. Ele estava maravilhado com o que havia feito, sem realmente entender bem como havia feito. Levantou-se rapidamente, sentindo as dores do corpo e correu na direção de Torkoal com seu rabo emitindo a luz acinzentada.

– Não! - Gritou Lucas.

Mas, era tarde. Ratata acertava Torkoal com seu golpe Rabo de Ferro fazendo o adversário desmaiar.

– Isso... Isso.. - Lucas parecia não acreditar que seu Torkoal havia perdido para um Ratata que estava nas últimas. - Um ratata? Eu estou morto. Eu estou morto. -

– O que você está eu não sei. - Disse Kevin caminhando na direção dele e parando junto a Ratata e fazendolh-e um afago nos pelos queimados, antes de esticar a mão para que ele subisse pelo seu braço e fosse até seu ombro. - Mas, subestimou o pokemon errado. -

– Como esse Ratata pode vencer meu Torkoal? - Piscando ainda atordoado Lucas parecia não acreditar no que aconteceu. - Não importa. Eu vou morrer. Eles vão me matar assim que me encontrarem. -

– Eu adotei esse Ratata ontem. - Disse Kevin. - Mas, eu já o conhecia. No meu último dia de aula, na escola de Tin, dois treinadores passavam pela cidade e fizeram uma batalha de demonstração. Um deles usou um Ratata, este Ratata. -

O Ratata parecia concordar com a cabeça. Ninguém saberia explicar aquilo, mas Kevin e Ratata se reconheceram. Parecia que o destino havia decidido dar uma chance aos dois.

Kevin lembrava-se os movimentos que ele havia visto no último de escola e sabia o quanto aquele Ratata poderia aguentar. Apesar do Canhão de Metal quase ter acabado com ele, tinha certeza, Ratata ainda tinha mais energia guardada, mas já estava tão acostumado a perder que simplesmente, não fazia-o. Preferia cair aos primeiros sinais de dor, para que não sofresse mais, inutilmente.

– Você tem uma habilidade e tanto para reconhecer a diferença entre os semelhantes. - Disse Uma voz. - Eu gostaria que tivesse me reconhecido. -

Lucas olhou assustado e viu uma Oficial Jane, acompanhado de uma enfemeira Joy surgirem de dentro da floresta. Ele olhou para Kevin assustado e estava preparando-se para correr, quando percebeu que ainda não havia recolhido Torkoal e que Kevin agora tava na frente do Pokemon impedindo que ele pudesse o fazê-lo.

– Derrote-me e eu entrego seu pokemon perdido a você. Perca e terá que contar o que foi aquele evento da noite passada e como você está metido nisso. - Kevin sorriu maliciosamente. - Eu só não disse para quem teria que contar. -


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