Aquele que te Ama de Verdade l escrita por Amy Kaori


Capítulo 1
One Shot - Aquele que te Ama de Verdade


Notas iniciais do capítulo

Isso devia ter sido postado dia 25 de dezembro, hahaha!
Aproveitem!!



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“Eu não pareço um príncipe”
Você não é um princípe, é um gato pervertido, como um daqueles personagens ladrões misteriosos...

“Caramba, você é uma princesa desastrada, sabia?”
Se você é um ladrão-gato pervertido, porque eu seria uma princesa? Sou a mocinha que cai na sua armadilha.

Não ter continuado essa cena, foi um grande erro. Ter me preocupado com o que Tadase ia pensar... Eu fui realmente muito burra naquela época...
Amores platônicos são um lixo, Tadase está namorando a Lulu atualmente, eu ainda mantenho minha amizade com ambos, mas quando ele disse “Você deveria correr atrás de quem te ama de verdade”, eu fiquei sem reação.

Bem, eu fiz faculdade de medicina, mas eu segui uma carreira bem diferente, confeitaria!
Não me dava muito bem na cozinha, mas Suu me ensinou a amar a culinária e hoje eu tenho uma loja em Paris! Não, eu não estou brincando quando digo Paris!

– Ei, Amu! Não durma na banheira! – Miki reclamou.
– Não se preocupe, Miki. Não estou dormindo. – sorri para minhas Charas.
– Amu, no que estava pensando? – Ran perguntou curiosa como sempre.
– O quanto eu fui idiota... – sorri com o que eu disse – Bem, não precisam saber, mesmo vocês sendo uma parte minha, preciso de um pouco de privacidade, pelo menos com meus pensamentos. – levantei da banheira e me enrolei na toalha saindo do banheiro e indo até minha cama que já tinha meu pijama dobrado em cima da cama com as roupas intímas juntas.
Coloquei a roupa e me deitei na cama abraçando o travesseiro e suspirando, eu sinto falta de quando ele ficou na minha casa e eu tive que escondê-lo...
– Amu, estamos no inverno, cubra-se, por favor. – Dia pediu gentilmente.
– Hã? – notei a amarelinha apontando para as cobertas que eu estava em cima – Ah, sim, obrigada, Dia. – me cubro com os cobertores – Boa noite, garotas.
– Boa noite, Amu. – as quatro charas responderam em uníssom, mas com tom de preocupação na voz e eu notei.

Acordei no dia seguinte com o despertador tocando, levantei com dificuldade, pela preguiça e fui para o banheiro, enquanto Miki escolhia já criava uma roupa para ir para o serviço, Suu fazendo o café da manhã, enquanto Ran e Dia arrumavam minha cama.
Saí do banheiro com um sorriso no rosto.
– Obrigada, garotas! Você me salvam bastante me ajudando assim!
– Bom dia, Amu! – as quatro disseram.
– Bom dia, Ran. Miki, Suu. E Dia. – sorri no final e elas ficaram felizes, a preocupação tinha ido embora.
– Sua roupas está em cima da cama, Amu. – Miki disse e me troquei.
Suu havia feito umas panquecas, estavam deliciosas como sempre e depois coloquei um par de botas e um guarda-chuva, por causa da neve que caia.
– Vamos? – todas concordaram com a cabeça e saímos de casa.

Não demoramos a chegar no meu local e trabalho, onde eu era a chefe, entrei e olhei para Miki que já estava acostumada a esse pedido. Minhas roupas mudaram para as de uma cozinheira.
– Vamos lá?
– Sim!
O relógio marcava seis da manhã, logo minhas funcionárias chegariam e eu abriria a confeitaria as seis e meia. Pode parecer estranho, mas minha confeitaria é grande, tem dois andares, não é difícil tomar conta dos clientes, afinal, foi para isso que contratei seis garotas. Três ficam no caixa para pagamento e outras três vão anotar os pedidos.
Ran, Miki e Dia ficam de olho em tudo que ocorre, enquanto eu e Suu ficamos na cozinha fazendo tudo, é bom ter a cozinha só para mim, tenho a liberdade de falar “sozinha”, no começo todas se assustaram com o fato de eu fazer bolos tão rapidamente, mas é que eu faço um e Suu outro, assim vai realmente mais rápido.

Os últimos clientes estavam indo embora, assim como as duas últimas funcionárias, foi quando o casal loiro entrou pelas portas confeitaria e uma funcionária logo foi me avisar, enquanto a outra atendia o pedido de ambos.
– Podem ir, vocês duas. Irei cuidar desses clientes eu mesma. – disse em frânces e sorri e elas concordaram saindo do local de trabalho – Já foram atendidos? – perguntei ao casal.
– Dois pedaços de pudim. – Tadase se manifestou.
– Aguardem um momento, por favor. – peguei os pedidos deles e levei até a mesa que eles se sentaram.
Assim que entreguei o pedido, minhas roupas mudaram para as que eu estava de manhã.
– Obrigada, Miki. – me sentei a mesa – Vocês estão diferentes, mais felizes. O que aconteceu, posso saber?
– Sobre isso que gostaríamos de falar com você, Amu. – Lulu disse após engolir um pedaço do doce – Tadase me pediu em casamento.
Se eu estivesse bebendo algo, eu teria cuspido, com certeza, mas eu apenas fiquei quieta por alguns segundos e sorri.
– Meus parabéns!! Estou muito feliz que enfim o planejamento do matrimônio vai começar!
– Nós gostaríamos que você fosse a madrinha do casamento. – meu sorriso morreu.
– Eu o quê?! – perguntei assutada.
– N-Não gostou da ideia...? – Lulu estava triste.
– Não é isso. – respondi – A proposta apenas me pegou de surpresa.
O que eu disse realmente era verdade.
– Eu aceito, Lulu. Vai ser uma honra! – ela abriu um sorriso brilhante.
Falamos de assuntos aleatórios, assim como nossos Charas. Logo eles se foram e eu fechei o estabelecimento e fui para um beco.
– Ran – chamei a chara – Faça o Chara Change, por favor.
As asinhas rosas logo apareceram e eu peguei elas e coloquei no bolso da jaqueta e pulei indo em direção a Torre Eiffel.
– Amu, o que estamos fazendo aqui, tão alto ~desu? – Suu perguntou.
– Está tão frio... – completou Miki.
– Vim refrescar os pensamentos. – mostrei a língua a elas – Vocês acham que eu mudei muito?
– Você ficou mais madura e mais pensativa depois que Tadase começou a namorar Lulu. – Dia se manifestou.
– Vocês sabem a razão de eu ter vindo para Paris? – perguntei.
– Para ver se encontrava Ikuto. – elas responderam juntas.
– Sim, isso mesmo. – respondi com certo rubor no rosto – Posso não ter cumprido meu objetivo, mas fico feliz de estar onde estou agora.
– Amu. – Miki chamou – Você tem que desencalhar logo, irá ser madrinha de três casamentos, mas você ainda nem namorou alguém. – olhei para ela com raiva que logo desapareceu.
– Você tem razão, mas quem eu iria namorar? – perguntei um silêncio se intalou.
– Poderia ser comigo, não acha? – uma voz masculina perguntou e imediatamente virei para trás.
– Ikuto... – eu estava de boca aberta e sem palavras.
Ele se sentou ao me lado e me puxou para seu colo, o que resultou em eu ruborizada.
– Com vinte e cinco anos e você não conseguiu ninguém? É de se impressionar. – ele me abraçou e deixou sua cabeça em meu ombro.
– Você ouviu tudo, não é?
– Claro que ouvi, sempre que paro em Paris, venho a este lugar, mas não esperava encontrar meu presente de Natal adiantado aqui.
É mesmo... Amanhã era Natal...
– Gato pervertido, aqui está frio, vamos para minha casa. – ele sorriu e me pegou no colo como princesa.
– Em qual direção, mocinha? – ele fezo chara change e fui guiando ele até minha casa, onde caímos pela chaminé.
– Não acredito nisso! – bufei de ódio e ele caiu na gargalhada.
– Você está hilária com o rosto todo preto! – ele continuou a rir.
– Olha quem fala... Você está ridículo! – tentei segurar a risada em vão – Tem um banheiro no segundo andar, lá no fim do corredor, tome um banho. Irei tomar um banho em meu quarto.
– Imaginei que poderia tomar banho com você. – a cauda de seu chara change balançou.
– Como você mesmo disse. I-ma-gi-nou. – separei as sílabas – Miki, faça uma outra roupa para Ikuto, por favor.
– Pode deixar! – ela concordou e começou a desenhar.
– Agradeço, não iria querer colocar a mesma roupa que acabou de passar por um chaminé. – ele sorriu e o chara change se desfez – Mas eu preciso de algo para me secar.
– Vá indo para seu banho, logo Yoru aparecerá lá com sua toalha. – ele concordou e subiu as escadar da casa.
Eu fiz o mesmo, porém entrei em um cômodo diferente.
– Sua casa é bem grande ~nya. – Yoru comentou enquanto eu pegava uma toalha para o dono dele.
– Realmente, é bem grande, foi coisa de sorte. – entreguei a toalha a ele – É muito pesado?
– Não ~nya. – ele respondeu e saiu do local.
Não demorei muito no banho como normalmente, logo que saí da banheira, me enrolei na toalha e suspirei, odiava o frio. Abri a porta e fui a procura de minha calça de moletom e um moletom.
– Belas curvas. – escutei ele dizer.
– O que pensa que está fazendo aqui? – me virei e vi o azulado com o mesmo estilo de roupa que eu escolhi.
– Nada demais, apenas ficar te olhando.
– Saia daqui!! – gritei empurrando ele do meu quarto e trancando a porta logo em seguida.
Me troquei e logo desci as escadas e vi Ikuto conversando com minhas Charas, enquanto ajudava Suu a fazer o jantar.
– Amu, eu fiz um yakisoba, espero que não se importe.
– Não me importo. – respondi e peguei os prato, talheres e copos, colocando os na mesa – O que você quer? Leite, chá, suco...?
– O que você for tomar. – ele apenar respondeu, colocando a panela com o yakisoba no centro da mesa.
– Vai ser chá, então. – fiz os chás e logo despejei nos copos.
– Eu quero leite ~nya. – Yoru disse.
– Gelado, normal ou quente? – perguntei.
– Morno. – sorri e esquentei o leite no microondas.
– Amu, como conseguiu comprar uma casa desse tamanho? – Ikuto perguntou.
– Foi um golpe de sorte, eu fiz intercâmbio e fiquei aqui, era um casal que não podia ter filhos, no ano que passei aqui eles praticamente me adotaram como uma filha, me mimaram muito e no dia que eu fui embora, eles disseram que eu poderia ficar com a casa quando eles morressem, eu iria estar no testamento. Foi estranho, mas devo muito a eles. Visito o túmulo deles a cada dois meses.
– Morreram do quê ~nya?
– Em um acidente de carro, eu recebi a notícia da família deles, aliás, a família do casal me odeia, pois eles queriam muito ficar com essa casa.
– Então o casal sabia do interesse dos familiares no imóvel e decidiram escolher uma “pessoa qualquer”.
– Foi a mesma conclusão que cheguei. – comentei colocando a primeira garfada do macarrão em minha boca – Está delicioso! – olhei para ele e sorri – E seu pai, alguma novidade?
– Eu desisti de procurar algo sobre ele, estou na orquestra por diversão.
– Entendo... – o silêncio se instalou
Terminamos de comer e lavei a louça, as Charas disseram estar com sono, o que com certeza era mentira, mas não me importei e deixei elas irem.
– Eu me encontrei com Tadase um pouco antes de te encontrar. – Ikuto comentou.
– Ele disse algo?
– Apenas sorriu para mim e disse algo como “boa sorte”.
– Ikuto, você está apaixonado por alguém? – perguntei como se aquilo fosse normal.
– Estou, desde os meus dezessete anos. – ele respondeu.
– E quem seria essa pessoa? – perguntei curiosa, mesmo sabendo a resposta.
Estendi o pano que sequei a louça em cima do microondas e me virei para ele.
– Por que quer saber? Você sabe a resposta, certo? – ele me perguntou se aproximou de mim ajustando nossas alturas.
– Sei sim, é só para confirmar. – sorri – Você deixaria a orquestra para ficar comigo?
– Não vejo mal nisso. – ele deu um sorriso malicioso – Também não vejo mal nenhum em finalmente emperimentar esses lábios.
Devo ter colorido meu rosto de rosa ou vermelho, mas não me importei e entrei na brincadeira.
– Já estava achando estranho você estar a tanto tempo assim e não ter feito nada. Profiter, je suis un innocent qui est tombé dans leur piège. – outro sorriso malicioso se formou em seus lábios.
– Os inocentes gritam por ajuda, sabia?
– Eu sou uma inocente diferente, sabia? – sorrimos e ele me beijou.
Quando nos separamos para pegar ar, Ikuto me olhou malicioso novamente.
– Você já beijou alguém?
– Não, por que? – perguntei estranhando a pergunta.
– Você beija bem demais para alguém que nunca beijou. – meu rosto foi colorido novamente com meu rubor.
– Isso quer dizer que gostou. – sorri satisfeita.
– Mas eu quero mais que um beijo. – ele disse e eu suspirei.
– Como se eu não soubesse disso, gato pervertido. Mas sabe, eu não gostaria de perder minha virgindade em uma cozinha. – ele riu, uma risada gostosa de se ouvir.
– Não se preocupe com isso. – ele me pegou no colo ao estilo noiva – Você vai ter uma noite adorável.
– Espero que seja o mesmo para você.
– Sendo com você, eu não me importo com o resto. – estavamos na cama – Tem certeza? – ele perguntou no meio de um de nossos beijos.
– Acho que uns cinco anos de certeza. – ele não entendeu muito bem e eu voltei a beijá-lo, enquanto ele tirava meu moletom.
Fazia mais ou menos a cinco anos atrás que Tadase disse aquela frase “Você deveria correr atrás de quem te ama de verdade”. Eu encontrei, enfim. Aliás, aquela noite seria uma longa e agradável noite. Um belo presente de Natal.


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Notas finais do capítulo

As duas primeiras frases entre aspas é do último episódio de Shugo Chara! :)
Espero que tenham gostado!



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