Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 53
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANO-NOVO GENTE!!!! Muita paz, saúde, felicidade e bênçãos para todos (além de histórias novas e inspiração, amém!)

HOJE A DESTROYERS FAZ 2 LINDOS FUCKING-POWER ANOS! Quem se lembra do comecinho da história, hum?

Muito obrigada por tudo gente. Mal tenho como descrever a alegria de poder continuar essa história com vocês. Passamos por muitos hiatus neste ano, e peço sinceras desculpas por isso novamente, mas vocês estiveram desde sempre aqui, acompanhando a fic, e me dando apoio, e fico muito feliz com isso :D

E para comemorar, tem um capítulo fresquinho e intenso para os shippadores de Simon/Sophia! Espero que gostem ;)

Boa Leitura!



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Sophia

Caminho lentamente pela calçada do hotel, admirando as luzes e a diversão alheia. Las Vegas é realmente linda.

— Soph!

Paro de andar, olhando para trás. Simon corre em minha direção, sorrindo.

— Olá — cumprimento-o hesitante.

Está indo para algum lugar em especial? — Ele pergunta, começando a me acompanhar na caminhada.

— Na verdade não. Estava procurando Stella ou algum dos outros, mas acho que já estão perdidos por aí.

Simon dá uma risada um tanto nervosa. Observo suas covinhas, e coro um pouco quando seus olhos encontram os meus.

— É... Acho que estão perdidos por aí — ele concorda por fim, e mergulhamos no silêncio. — Posso te levar a um lugar?

Meneio a cabeça positivamente antes que eu possa controlar.

Seguimos pela calçada lado a lado, passando pelo hotel e atravessando a avenida lotada. É incrível como a população de Vegas troca o dia pela noite.

Simon me guia pelas ruas iluminadas e agitadas, sorrindo para mim de vez em quando, ou corando quando nossos olhos se encontravam. Não sei ao certo qual meu sentimento com relação a ele, mas sei que é algo quente e perfeito de se sentir.

Avisto uma torre cheia de luzes, que poderia ser notada a quilômetros pela sua extensão. Obviamente eu já tinha notado ela pela janela do hotel, no entanto, de perto a impressão é completamente diferente.

Simon segura minha mão, antes de sorrir novamente.

— Acho melhor ficarmos invisíveis - ele sugere, e concordo com um menear de cabeça.

Avançamos com nossas mãos unidas e a cada passo uma onda de arrepios subindo por meu corpo.

Entramos na torre pelas portas de ferro, a adrenalina palpitando em meu peito conforme subíamos pelas escadas gastas. Em silêncio, percorremos cada patamar até o próximo andar, almejando o topo.

Minutos em silêncio se arrastaram durante o trajeto, até que finalmente chegamos.

Cada degrau valeu a pena. O patamar nos direciona até uma porta, que ao abrirmos, damos de cara com uma sacada sem qualquer proteção, mas com uma vista incrível.

É possível ver cada hotel, cada letreiro iluminado, cada carro atravessando as avenidas ladeadas de sons distintos e cores.

— É lindo — sussurro, maravilhada. Simon sorri, apertando ainda mais minha mão. Já não estamos mais invisíveis, sendo que não é mais necessário.

— Assim como você — Simon diz, segurando minha mão e desviando o olhar, tímido. Sorrio, mas não faço qualquer comentário, não arrumando palavras certas em meio ao nervosismo.

Nos sentamos à beira da torre, diante de uma queda perigosa, com o vento açoitando nossos cabelos e causando até um pouco de frio, mas nada que não dê para suportar.

— Sabia que iria gostar. Sei que prefere lugares onde se vê tudo, mas ninguém te vê — comenta Simon, balançando os próprios pés.

O imito, e o encaro por um segundo.

— Obrigada. Você é gentil, Simon.

Ele riu, ajeitando os óculos. Às vezes me esqueço deles, diante dos seus olhos tão bonitos e cheios de vida.

— E eu queria me isolar um pouco também. Sabe... Estou confuso. Sou um líder agora, e descobri que... Matei o meu pai.

Baixo os olhos. Ajeito meu cabelo atrás da orelha.

— Você não tem culpa, Simon. Não tem culpa de nada...

— Eu sei! E ao mesmo tempo... — Ele para de falar e noto seus olhos marejarem.

Seguro com mais força sua mão. Então tomo uma atitude inesperada, diante do céu escuro e das luzes de Vegas.

Selo meus lábios aos dele, em uma maneira de dissipar sua dor, e ao mesmo tempo um gesto simples e puro, carregado de sentimentos.

Ele segura meu rosto, aprofundando o beijo. O toque suave dos lábios dele, acolhedores e quentes é maravilhoso. Ficamos alguns segundos assim, sem realmente fazermos nada como entrelaçarmos nossas línguas ou atingirmos toques excessivamente quentes.

Me afasto sutilmente, abrindo os olhos devagar. Simon acaricia meu rosto, em seguida beijando-me.

Permanecemos mais alguns instantes desse jeito, em nosso paralelo transe. Seu toque é quente, seu perfume é arrebatador. Meu coração parece a ponto de sair pela boca, e fico feliz por ter guardado esse momento até agora. Meu primeiro beijo com Simon Walker, alguém gentil, carregado de fantasmas como eu, mas que possui sentimentos fortes por mim, assim como eu por ele.

Até que um barulho nos desperta. De chofre nos separamos, e olhamos na direção do som.

Um fecho de luz é lançado contra a terra, a alguns quilômetros de distância, e seu estrondo é como o de um raio. Tudo parece durar apenas alguns segundos antes de se apagar.

Coloco-me de pé, e Simon me segue.

— O que foi aquilo? — questiona, semicerrando os olhos.

Então repentinamente o fecho surge novamente, desta vez maior e fornecendo uma rajada de vento que esvoaça os meus cabelos e força que eu cubra os olhos com um dos braços.

O estrondo vem novamente, mais alto. Começo a gritar e caio no chão, sentindo minha cabeça explodir com o barulho ensurdecedor. Tudo cessa novamente.

Tossi repetidas vezes tentando limpar os meus pulmões. Quando finalmente consigo me levantar, vejo o estrago.

Um prédio de Vegas em chamas, gritos ensurdecedores lá embaixo, e figuras indistintas por conta da escuridão se lançando para o asfalto em meio ao desespero.

— Que maravilha!

Viro-me repentinamente. Suspiro em alívio e ao mesmo tempo em choque. A garota sorri, dando mais um passo.

— Clary! Que susto! Caramba — coloco a mão sobre o peito, olhando para o prédio em chamas novamente. Olho para Clary, que continua parada diante de mim, sorrindo. — O que...?

Seu pé atinge meu peito, e uma dor insuportável se propaga pelo local. Estou prestes a cair da sacada, mas ela segura-me pela gola da minha blusa, sorrindo diante do meu pânico.

Ela retira a peruca castanha dos seus cabelos escuros e curtos, mostrando a tatuagem de morcego em seu pescoço. É a Clarissa. No entanto, não é a nossa.

— Cadê o Simon? — questiono com os dentes semicerrados, segurando em suas mãos.

O vento balança nossos cabelos furiosamente... O risco de cair até o asfalto me assusta.

— Ah, o panaca deve estar voando por aí com Zack. Ele é muito gentil com desconhecidos, principalmente aqueles que são como nós, mas não são nós — Ela semicerra os olhos para mim. — A nossa Sophia não é tão sonsa e frágil. Espero que a minha versão não seja tão patética quanto você.

Dou uma risada, tentando parecer confiável. Ela utiliza roupas de guerra trabalhadas em couro, os cabelos pintados de preto em um corte militar, e nas costas um conjunto de armas que parece difícil de carregar. Seus olhos exalam fúria, e seus lábios comprimidos parecem apenas se converter em um sorriso carregado de maldade.

Se é possível, existe uma Clarissa pior do que a nossa.

— Pode apostar que ela não é patética! Você vai ver — praticamente grito, furiosa, engolindo meu medo de cair.

Clarissa sorri, abrindo uma de suas mãos, e em seguida a outra. Por um segundo paralisante nada ocorre, então seu punho vem em direção ao meu rosto...

E eu o bloqueio perfeitamente com um campo de força. Clarissa não parece surpresa, mas se afasta por precaução.

— Não vou perder meu precioso tempo com você. Aposto que Simon vai se divertir muito cuidando disso. Até logo! — E ela salta do prédio emitindo uma risada maquiavélica, antes de desaparecer de vista.

Covarde. A nossa Clarissa não fugiria de uma batalha tão estúpida.

Antes que eu pense mais alguma coisa, a porta de um carro vem em minha direção lançada de outro prédio, e desvio por pouco. Respiro fundo, colocando-me de pé.

— Olhem só! Aqui tem uma versão patética da Sophia! — um Simon Walker terrivelmente belo e assustador salta do telhado do outro prédio para o meu, sorrindo com satisfação. Ele não usa óculos, e seus cabelos pretos estão espetados cobertos de gel. Jaqueta de couro, jeans e botas completam seu perfil, além de mais músculos e altura.

Merda.

— Vou ter uma satisfação imensa em arrancar sua cabeça — diz, com um sorrisinho de canto, ficando em frente a mim.

Mas que droga está acontecendo nessa cidade? Versões terríveis nossas estão por Vegas. Então esse é o maravilhoso plano dos vilões? Inteligente e horrível.

— Então por que não vem cumprir sua ameaça? — replico cerrando os punhos, calculando meu próximo ataque.

— Com prazer — Antes que eu me prepare, Simon se lança contra mim com os punhos fortemente cerrados.

Desferindo o primeiro golpe, sinto como se meu rosto tivesse recebido uma pedrada, mas no segundo momento consigo bloqueá-lo com um campo de força, repulsando-o para trás.

— É só isso que sabe fazer? — Ele desdenha, arrumando uma mecha de seu cabelo antes de bater seu pé contra o chão, e este desmoronar sob os meus pés.

Caio para o piso do andar inferior, em meio à poeira e concreto. A escada de ferro bloqueia a continuação da minha queda, felizmente. Chegar até o final da torre é muito doloroso.

Uma pesada viga de ferro é lançada em minha direção, e salto para o lado como um felino na hora certa.

— Estou insatisfeito com essa versão da Soph. Parece que o máximo que você sabe fazer é fugir — Simon se mostra novamente, segurando outra pesada viga de ferro, e a gira na minha direção.

Antes que o metal atinja meus joelhos, dou um pulo, evitando-o. Simon dá uma risada e constato que prefiro mil vezes a versão nerd do Walker.

— Essa brincadeira está começando a me irritar — ele estala os pescoços.

Olho ao meu redor, elaborando um plano. Simon, no entanto, lança uma terceira viga contra mim, dessa vez atingindo certeiramente as escadas de ferro em que eu estava.

A escadaria desmorona e sou lançada contra o chão. A dor se propaga pelo meu corpo, e tenho certeza que algo perfurou meu joelho, mas não tenho coragem de olhar. Meus olhos vão para cima, e tenho um vislumbre da escada de ferro caindo por cima de mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sophia e Simon também não tiveram seu momento de completa paz, mas foi até que bom, não é? kkkkk.

O próximo capítulo será narrado pela Ash! Com muitas coisitas bombásticas acontecendo. Estejam preparados ;)

Tudo de bom para vocês em 2016! Que Deus abençoe vocês :)

Beijokas!



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