Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 36
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como vão?

E eu não morri! Uhu u.u

Bom, sinto muito, muito, muito mesmo por não ter postado durante tanto tempo. Juro que tentei conciliar o TCC do meu curso e a escola nova, com as fics, mas não deu muito certo. Ainda tive contratempos de saúde com minha bisa, algo que acabou mexendo comigo e com minha família desde janeiro. Graças a Deus estamos retornando à rotina normal, e minha bisa se encontra bem melhor. Consegui apresentar o TCC do curso (me formei! Uhu!), e a Etec não é exatamente um empecilho para minha inspiração (claro, que de vez em quando talvez eu suma por conta dos trabalhos e lições, mas sempre vou voltar).

Enfim, agradeço a todos que comentaram e mandaram MP's p mim, pedindo tão gentilmente para que eu voltasse com a fic kkkkk. Obrigada mesmo, gente ;)

E dedico este capítulo a quem ainda não desistiu de acompanhar a Destroyers.

Boa Leitura!



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Stella

Paro em frente à pequena sala de música do colégio, sentindo-me estranhamente incomodada.

Minha irmã e minha mãe haviam sido entregues como o combinado, assim como os pais do Zack, da Aurora e a matriarca dos Walker.

Hoje faz uma semana que a Iniciativa Destruidores teve seu fim decretado pelos vilões, e acredito que isso nos afetou bastante de qualquer forma.

– Olá – digo com certo desânimo, fechando a porta.

Aurora para de dedilhar o piano, e Sophia tira o violino do ombro.

– Stella – A loira sorri aparentemente feliz por eu ter vindo. – Onde estão os outros?

Suspiro pesarosamente.

– Zack foi ao cinema com uma líder de torcida, enquanto Simon e Dylan estão treinando para o jogo de amanhã. James e Clarissa estão fazendo alguma coisa importante por aí – Largo a mochila no chão, e sento-me em um dos pufs dispostos entre os instrumentos musicais. – Você estava certa sobre o grupo, Soph.

Ela se retrai um pouco, tão incomodada quanto eu. O fato de todos terem se distanciado depois do golpe que recebemos, não foi uma grande novidade. Escolhemos isso ao preferirmos salvar as vidas de nossos parentes.

– Como estão sua mãe e sua irmã, Stella?

Dou de ombros, mexendo em meus cabelos com certo desinteresse.

– Estão normais - Embico os lábios.

Aurora se levanta, pegando a bolsa deixada próxima à porta.

– Meus pais acham que sou uma aberração – Sua voz aparenta um leve tremor, causado talvez, pela vontade incontrolável de chorar. – Eles estão só me aturando, eu acho.

Sophia segura o ombro da amiga em um sutil gesto de conforto.

– Eles vão acabar aceitando – Sorri minimamente. – Você é a filha deles, afinal.

Aurora meneia a cabeça positivamente, de uma forma que corta o coração de qualquer um que vê. É certo que ela não planejava contar a verdade aos pais tão cedo, de uma maneira tão repentina, mas Caroline e Jack destruíram nossas opções. Eles conseguiram acabar com tudo.

– E a Ashley? – Sophia termina de guardar seu violino, com uma dedicação imensa.

Cruzo os braços, contendo um muxoxo de impaciência. Decididamente a irmã do James foi a que mais se distanciou. Com suas típicas futilidades, tem dado mais preferência ao time de líderes de torcida do que aos nossos encontros de sexta à noite.

– Deve estar no shopping com as novas amigas – respondo simplesmente. Aurora e Sophia trocam um olhar significativo antes de sairmos da sala de música.

Sexta-feira à noite nós criamos o hábito de irmos a algum lugar legal. Começou na semana passada na verdade, mas espero que se torne um costume semanal ao menos.

Alguns colegas nossos estão reunidos nas arquibancadas, enquanto os garotos caminham até os vestiários, completamente exauridos do treinamento.

Simon acena para nós de longe, porém o alerta de que tal gesto não é para Aurora e eu, soa em minha mente. Sophia é a única que retribui o cumprimento, corando em seguida.

Hum. Aí tem coisa.

Mas ao contrário do que eu esperava, Aurora apenas meneou a cabeça negativamente, como se soubesse de algo a mais. Assim que Sophia se distrai com seu celular, a Clarkson murmura para mim:

– Ela não gosta do Simon.

E pensando melhor, concluo que ambos não combinavam tão perfeitamente quanto eu imaginei de início.

(...)

O filme tinha sido particularmente interessante, embora eu não tenha me prendido aos fatos que desenrolavam diante e meus olhos.

Talvez Aurora e Sophia não tivessem percebido, mas alguém nos observava em meio à escuridão da sala do cinema. Mantive meus olhos e ouvidos atentos ao menor ruído ou movimento, prevendo algum ataque fora do comum.

– Stella? – Sophia quebra minha linha de raciocínio e por um momento não lhe respondo. – Ei!

– Estou ouvindo – continuo olhando ao redor enquanto saímos da seção caminhando até a saída para o shopping.

Aurora tira seu celular da bolsa e para de caminhar na mesma hora, afastando uma mecha de cabelo do rosto.

– Zack ligou umas dez vezes – comenta, fitando-nos com aquele olhar do tipo “lascou”. – O que será que aconteceu?

Sophia aperta meu braço, impaciente.

– O que você viu?

Bufo, indignada com a pressão que fazem para cima de mim.

– Tinha alguém nos observando o filme inteiro – Sussurro com urgência, tentando manter a calma. – Não sei quem, mas estou com uma sensação... Ruim.

A maioria das pessoas já passou por nós, deixando-nos a cinco passos de sairmos do cinema.

Aurora emite uma série de bufos e xingamentos, enquanto afasta o celular do ouvido.

– Zack não atende – informa com uma visível preocupação. – Vou tentar faltar com a Clarissa ou com o James.

Se distancia, enquanto eu tento não surtar. Esse com certeza é um teste da Caroline para ver se vamos descumprir o trato ou não. Embora Zack seja forte o bastante para se cuidar sozinho, é difícil não se preocupar.

Será que ele foi sequestrado por alguma líder de torcida vingativa?

– James e a Clarissa estão na S.H.I.E.L.D resolvendo algumas “questões” e não podem sair agora – Aurora guarda o celular. – Liguei na casa do Zack, mas a sra.Oliver disse que ele não estava lá. Tentei falar com os outros, mas hoje ninguém está a fim de atender a merda do telefone!

Sophia massageia as têmporas por um segundo.

– Ok. Não podemos agir abertamente senão a Caroline vai acabar com tudo – Encara-nos com uma determinação quase assustadora. – Sou a única por aqui que pode desaparecer sem deixar rastros. Vou procurar pelo Zack e em duas horas ligo para vocês. Enquanto isso, vocês vão para casa e tentem acionar os outros. Mantenham seus pais seguros – Seus olhos deixam uma expectativa no ar. Quase que maquinalmente, Aurora e eu assentimos.

Deixamos o cinema juntas, para nos separarmos assim que alcançamos o estacionamento do shopping.

Ao contrário do que eu esperava o tempo estava gelado e chuvoso, com raios cortando o céu de tempos em tempos.

Talvez fosse Zack lutando contra um vilão qualquer, ou a tempestade repentina não passasse de uma coincidência. Fosse o que fosse não era um bom presságio.

(...)

A chuva não cessou nem mesmo com a Kate substituindo o dia. Sophia ligou há algumas horas atrás, dizendo que a casa de Zack estava completamente deserta, e que havia sinais de luta em várias extremidades do local.

Tal notícia só serviu para me deixar mais inquieta.

Dylan, Simon e Ashley já estavam sabendo do sumiço repentino do Oliver, mas apenas o Allen e o Turner puderam fazer o trabalho de busca.

Clarissa e James não deram sinal de vida e eu não conseguia parar de pensar no que diabos eles estavam fazendo, ainda por cima na S.H.I.E.L.D.

Sem conseguir pregar os olhos, resolvo fazer algo de útil. Puxo a caixa de metal de debaixo da cama, depositando-a em cima do colchão.

Com um menear de mão, o cadeado destrava e a tampa se abre, revelando algumas pistolas e munição pertencentes à Clarissa, mas que costumo guardar caso uma emergência ocorra (como a casa da Wayne ser invadida e ela perder todo seu armamento).

Confesso que nunca fui muito fã de armas, mas logo que aprendi a fazê-las, comecei a partilhar certo carinho pelas minhas criações.

Destravo a Glock .9mm, retirando o pente de munição. Com um movimento de mãos, a arma desmonta, e suas peças flutuam diante de meus olhos. Pego a flanela no fundo da caixa e começo o longo processo de limpeza da arma. Peça por peça, lustro e retiro a rezina que se acumula com o uso excessivo.

Assim que concluo a tarefa, remonto a Glock manualmente, e miro contra a parede para ter certeza de que não perdi o jeito.

Quando começo o mesmo processo com a outra arma, um ranger de porta me sobressalta. Olho no relógio do despertador, vendo que são quatro da manhã. Merda.

Os passos se aproximam da porta do meu quarto e rapidamente pego um bloquinho de anotações e a caneta em cima do criado-mudo.

Não vamos dizer que eu não esperava por isso.

Guardo a caixa de metal em baixo da cama, no exato instante que a maçaneta da porta gira, o ferro derretendo sobre o fogo.

A figura adentra o cômodo, com outra em seu encalço, as únicas pessoas que eu não esperava ver.

E continuamente, as gotas de chuva martelam contra o vidro da janela, os raios e trovões dominando o céu.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam do retorno da história?

Não deixem de comentar.

Pretendo atualizar outras duas fics minhas antes de postar na Destroyers, mas prometo não tentar demorar demais dessa vez kkkkkk.

Beijokas!



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