Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 32
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Como vão?

Antes de mais nada, quero agradecer a STOCKER PELA QUINTA RECOMENDAÇÃO DA FIC *---* Muito obrigada mesmo! E bem-vinda à história ;)

Sei que demorei galera, mas como avisei na página do Facebook, estive com um sério bloqueio ultimamente, e as ocupações do colégio me deixaram fora por um tempo.

Agora estou entrando de férias portanto... Animação!!! õ/ Não sei por quanto tempo ainda terei tempo livre (nuss que poético!), mas tentarei avisar vocês caso venham novos empecilhos.

A Maratona ainda continua, até que eu consiga postar os capítulos que já organizei para vocês :)

Boa Leitura!



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Clarissa

Passo a ponta dos dedos pela marca de queimadura em meu pescoço, uma onda de fúria consumindo meu peito.

Aquelas vadias vão me pagar muito caro, de preferência enquanto se desfazem em sangue.

Visto a roupa para a aula de Educação Física, que se resume a um short branco e uma regata da mesma cor, com o All Star vermelho para finalizar.

Certifico-me que o lenço preto está cobrindo meus ferimentos, e fecho a porta do meu armário com força.

As outras garotas mantém um fluxo de conversas que chega a ser... Irritante. O vestiário deveria ser um lugar onde as pessoas se trocam, não onde menininhas histéricas colocam em prática as leis fúteis da irmã magoada do James.

Grande bosta.

– Ei, Wayne! – Olho por cima do ombro, vendo a tal da “cadela-maravilha” (Bridgit) que cercava a “cachorra-sênior” (Lexi), me encarando com puro desdém. As amiguinhas dela começam a rir e é fácil concluir que eu sou o motivo das hienas estarem mostrando os dentes.

Oh, será que elas querem ter as gargantas estraçalhadas?

– O que acha de entrar para o meu time de queimada? – questiona Bridgit, e as cinco garotas ao seu redor começam a rir.

Viro-me completamente, arqueando uma das sobrancelhas.

– Você é rápida, Spence – Ashley se intromete, mostrando seu jeito “adorável” de ser. – Já está roubando o lugar da Riddle?

– É melhor eu herdar o império, do que uma nojenta como você – Bridgit sacode os cabelos escuros, com um sorriso falso direcionado a mim. – Então, Wayne? Que tal entrar para o meu time?

Avanço, um lindo sorriso irônico surgindo em minha face.

– Tenho uma ideia melhor – meneio a cabeça brevemente. – Que tal uma queimada mais... Mortal?

– Clarissa! – Aurora já está entre eu e a Spence, como sempre atrapalhando as discussões empolgantes. – Você está no meu time, lembra?

Reviro os olhos. A Clarkson acha que sou um perigo para a sociedade, e que pode me prender em uma gaiola, neste caso me mantendo em seu clube de “gente legal”.

Talvez seja útil ela pensar dessa forma afinal de contas.

– É eu lembro sim – meu tom irônico é facilmente perceptível. – Só estava sugerindo um jogo mais interessante.

– Como assim? – Jenna, a outra piranha, se mostra curiosa.

Encaro Aurora de modo vitorioso.

– Bom, acho que vocês não são capazes de fazer isso – meneio a mão, prestes a dar as costas para as putas de carteirinha.

Como eu pensei, elas logo mostram seu lado desafiador.

– Está insinuando que não somos capazes de vencer o time da Clarkson? – Bridgit solta uma gargalhada, sendo acompanhada pelas outras vacas.

– Ei! – Stella se aproxima tão indignada quanto às outras garotas. Até Sophia se une a nós. – Nós que vencemos vocês facilmente.

– Até parece, Richard! Com uma bolada só já matamos você! – Jenna provoca, mexendo os ombros com deboche.

E todo aquele “blábláblá” frustrante e desnecessário tem início. Apenas Aurora não cai na armadilha, e trata de me puxar para fora da roda.

– O que você está tramando? – sibila, semicerrando os olhos ameaçadoramente.

Faço minha cara de inocência.

– Estou apenas tornando as coisas mais divertidas – Encaro as outras garotas. – Vocês querem jogar ou não?

Desafiando umas às outras, o time da Clarkson e da Spence deixa os vestiários.

Encaro Aurora.

– Estou no seu time, lembra? – Dou um soquinho em seu braço antes de sair dos vestiários.

(...)

Dizem que quando uma garota está na TPM, e mata alguém é facilmente inocentada.

No começo da minha “carreira”, James vivia me dizendo que provavelmente “meus dias de stress” eram mais longos do que para a maioria das garotas – tão longos que chegavam a serem... Diários.

Acho que meu álibi de TPM pode ser útil agora. Embora não tenha matado ninguém (acreditem, eu tentei), a perna quebrada da Spence, o baço destruído da Jenna e as costelas de uma garota que até esqueci o nome (deve ser algo como Angel ou Blander), me custaram um sermão do professor de Ed.Física, da vice-diretora, da diretora, e da própria Aurora.

– Onde já se viu jogar queimada com bola de basquete? – Exasperou-se, enquanto eu limpava o sangue da minha mãe, conquistado graças ao nariz quebrado de um menino que cismou de me irritar.

– Ah, vê se cala essa boca – bufei, pegando minha bolsa e tratando de dar o fora dos vestiários.

E agora estou aqui, largada entre os bancos das arquibancadas, enquanto uma turma qualquer vai embora da quadra.

Há muito tempo já deu o horário para eu cair fora desse lugar. No entanto, o livro que roubei da biblioteca está quase no fim, e prefiro terminar para devolver de uma vez.

Até mesmo eu tenho um hobbie, meus caros (além de matar e explodir coisas). Acreditem; ler também entra na minha lista.

Folheio a última página de “A Culpa É Das Estrelas”, torcendo o nariz criticamente para o fim nada feliz.

Mas que merda.

Não acredito que li 222 páginas só para saber que o mocinho morre e a garota fica sozinha.

Se tivesse uma continuação, a Hazel já estaria com o Isaac, e o Augustus entraria no esquecimento. Eu preferia que fosse assim.

Esse tipo de amor não existe. Aliás, entrou em extinção. Apenas os tolos que gostam de ser chifrados que correm atrás de uma praga como essa não gente como eu.

Solto um bufo de indignação, antes de descruzar as pernas e me levantar.

Atravessando os corredores vazios do colégio, chego até meu armário. Pego minha bolsa, colocando o livro entre os cadernos e puxo o zíper com força.

Que se foda. Vou queimar essa droga assim que dar o fora daqui.

– A menina que roubava livros – uma voz às minhas costas faz com eu semicerre os olhos, pausando meus movimentos pouco a pouca.

Puta que pariu.

– Não achei que você gostasse de roubar livros também – Dylan Allen exibe um sorriso sarcástico, trajando a jaqueta vermelha do time de futebol americano, jeans escuros e All Star. Por fim, exibe os cabelos avermelhados mais encaracolados do que o normal. Esse cara só fica fora por dois dias e cisma de voltar diferente. Com certeza estava tendo dor de cotovelo por causa da Riddle. Babaca.

Levo uma das mãos à cintura, meneando a cabeça para o lado.

– É um dos meus passatempos favoritos – Dou um passo à frente. – Além de matar e torturar pessoas inúteis, claro.

Faço menção de sair, mas Dylan surge diante de mim. Reviro os olhos.

– Andei pesquisando umas coisas bem legais nesses dois dias – Uma de suas mãos toca uma mecha de meus cabelos, e recuo sob seu toque instantaneamente. Dylan sorri de canto. – Não sabia que a famosa Clarissa Wayne tinha sido tão fofinha quando criança...

Não dou chance para que ele termine a fala, e o empurro contra um dos armários puxando uma tesoura de dentro da jaqueta. No entanto, antes que eu finque a ponta da lâmina em seu pescoço, Dylan usa sua rapidez e prende meus braços às minhas costas, lançando-me contra a estrutura de ferro e me imobilizando completamente.

– Melhor ser mais gentil – Dylan murmura, e eu emito um bufo. – Não estou a fim de brigar com você hoje – Se afasta repentinamente, e o encaro.

– Bom, eu também não quero brigar com você hoje – Guardo minha tesoura no bolso da calça, sorrindo forçadamente. – Só quero enfiar uma faca na sua testa e fazer uma fogueira com seus restos mortais.

Dylan solta uma risada.

– Você não faria isso. Seria uma perda terrível para a humanidade.

Faço uma careta. Desde quando esse verme se tornou tão convencido? Levar um pé na bunda não fez bem para ele.

– Não vim aqui para falar sobre o que descobri nesses últimos dois dias – se apressa a dizer, desinteressado.

– Não veio estender uma bandeira branca, certo? – Mexo em meus cabelos, observando a cara de babaca do Dylan.

– Mesmo que você seja uma puta sem sal – o encaro descrente. Ele tá pedindo para ser torturado, decapitado e queimado! – Tenho bons motivos para você não me matar agora.

Dessa vez sou eu quem solto uma boa gargalhada. O Dylan é como a Aurora; acha que pode declarar a paz mundial.

– E quais seriam esses motivos, sr.Salvador da Pátria? – Arqueio uma das sobrancelhas.

Ele dá de ombros, olhando os dois lados do corredor.

– O seu irmão revoltado, talvez – cerro os punhos, tão forte que sinto minhas unhas cortarem as palmas de minhas mãos.

Charlie.

Quando soube que ele queria (e quer) me matar, pensei em caçá-lo primeiro e acabar de uma vez por todas com essa história.

Mas não! Tive de ouvir Stella e James, e cancelar meus planos. Agora arrependo-me amargamente por ter recuado.

Ergo os olhos, encarando-o diretamente.

– O que você está querendo?

Dylan se aproxima.

– Vou impedir que você e Charlie se encontrem hoje – diz com uma certeza inabalável.

Franzo o cenho.

– Você estava contando o prazo? – pergunto falsamente surpresa. – Que meigo. – Ironizo.

Allen me empurra contra o armário.

– A Aurora me alertou que seria ruim você ser morta. Eu acabei cedendo e concordando com ela... Além do mais – Acrescenta tão próximo que nossos rostos quase se tocam. Seus olhos encontram os meus por um milésimo de segundo. – Acho que suas loucuras fariam falta.

Uma de minhas mãos chega à sua face, e toco seus lábios com o polegar.

– Jura? – sussurro aproximando nossas bocas, e semicerrando os olhos a medida que nossos lábios se chocam em um cálido beijo.

Arranho sua nuca, enquanto Dylan aperta minha cintura, prensando-me ainda mais contra o armário, nossos lábios se afastando e sua boca percorrendo meu pescoço...

Em certo momento, aproximo meus lábios de seu ouvido.

– Vá se ferrar – murmuro, beijando sua bochecha em seguida.

A risada ecoa em minha mente, e o cenário gira em meu redor. Dylan desaparece, e em seu lugar se encontra um velho conhecido.

Seus cabelos escuros e os típicos olhos verdes continuam os mesmos desde dois anos atrás. Trajando uma jaqueta de couro preta e os jeans surrados, Jack Benson exibe uma barba rala em sua face, e um sorriso zombeteiro em seus lábios.

– Continua boa desmascarando as minhas ilusões – Seus olhos vagam por meu corpo, o sorriso ainda vivo em seu semblante.

Meneio a cabeça. Jack foi um antigo colega da Liga das Sombras e como James, tem o poder do ilusionismo. Ah, ia me esquecendo; Jack foi meu ex-namoradinho, que por acaso eu matei.

– E você deveria estar na cova – digo calmamente. – O que o trás de volta, querido Jack?

– Talvez a vontade de me vingar de você? – sugere, sorrindo debochadamente.

– Entra na fila, querido – Dou-lhe as costas. – Já tem muita gente atrás de mim.

Jack me segue, soltando uma risada irônica.

– Como o seu irmão? – indaga, mas não lhe respondo. – Acho que ele não vai mais incomodar.

– Você o matou? – pergunto desinteressada.

– Não. – responde, cessando sua caminhada. – Caroline o pegou.

Paro de andar e viro-me para encará-lo.

– Então a Caroline está mesmo viva? – Sorrio, levando as mãos à cintura. – Quer dizer que vocês dois sabem quem está trazendo os mortos de volta.

Jack dá de ombros.

– Vagamente – Sua calma me irrita. – Mas isso não interessa – Ele sorri maliciosamente. – Sabia que o tal do Allen descobriu tudo sobre o seu passado cor de rosa?

Estreito os olhos para ele.

– Você andou espionando todos eles? – Indago, arqueando uma das sobrancelhas. – Por quê?

– Uau! – Jack ergue as mãos, fingindo surpresa. – Você se importa com eles?

Permaneço em silêncio. Jack fecha a cara na mesma hora.

– Está do lado errado, Clarissa.

Solto uma risada debochada.

– Estou no meu lado – o corrijo, dando de ombros. – Você que está errado aqui, Jack. Vindo me ameaçar quando posso mata-lo novamente.

– Cuidado, Wayne – Ele não se abala com meu comentário. – Pelo que sei, você já saiu ferida ajudando a S.H.I.E.L.D – Toco as queimaduras em meu pescoço. – Pode ser pior se ficar contra nós.

Semicerro os olhos novamente.

– Veremos – digo com uma fúria mal contida.

Jack passa por mim, seguindo até a saída da escola. Cerro os punhos.

Essa história toda está se tornando cada vez pior.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da capa nova?

Quero agradecer aos leitores que comentaram no capítulo anterior e continuam me motivando a continuar postando. Obrigada mesmo, gente :)

Espero vê-los em breve.

Beijokas.



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