Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Como estão hoje?

Ultimamente tenho passado por um distúrbio de inspiração nessa fic! Sério, não tem um dia que eu não tenha uma nova ideia para essa história.

Alterei alguns projetos, assisti alguns filmes (entre eles, Capitão América 2 - O Soldado Invernal) e espero alcançar a expectativa de todos vocês ao decorrer da trama.

Não sei quantos capítulos teremos, porque como já disse, MUITA COISA vai acontecer!

Já que mencionei "Capitão América 2", vou avisar que os fatos ocorridos no filme, ainda não aconteceram na trama. Se derem uma olhada na nova sinopse, verão que a luta contra Loki ocorreu há dois anos, o mesmo período em que os fatos do filme têm início.

Não tenho certeza, mas provavelmente irei encaixar O Soldado Invernal na história õ/

Quem ainda não assistiu ao filme, recomendo. É ótimo!

Bom, antes de liberá-los para o capítulo, quero agradecer a Livery, Robbie, Pedroo, Catwoman e Um Leitor pelos reviews mandados :) Não tive tempo de respondê-los, mas vou tentar fazê-lo até amanhã.

Boa Leitura!



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Ashley

Eu definitivamente tenho minhas desconfianças quanto a Sophia Tompson.

Não é por sua falta de estilo, ou pelas tentativas infrutíferas de se isolar do mundo. Tão pouco é seu embaraço ao falar com Simon, ou como ela consegue manter aqueles cabelos loiros com vida o tempo todo... Não!

Meus motivos vão muito além.

Se está pensando que é pela tática da vaca da Lexi em nomear a Sophia ao invés de mim no time de líderes de torcida... Acertou.

É inveja sim. Inveja da mais horrenda possível.

O que aquela loira de farmácia tem que eu não possuo? Eu quem merecia aquela vaga, e não a Tompson! Argh.

Cheguei a desabafar com Aurora, ontem mesmo, sobre minhas desconfianças. E se a Sophia for coleguinha da Lexi, e estiver aqui apenas para colocar uns contra os outros?

Mas a querida “Aura” fez questão de lembrar que a Sophia na verdade foi uma verdadeira heroína, e graças a ela que estamos aqui. Afinal, foi ela quem avisou o Hulk do ataque a NovaHead, e ele chamou os Vingadores.

– Você está assim porque a Lexi escolheu a Sophia ao invés de você – disse, em tom acusatório, fazendo com que eu bufasse.

Não sei por que estou agindo assim. Nunca fiz o papel de recalcada da história. Sempre saí por cima em qualquer situação, e agora estou praticamente me jogando na lama.

O que fazer?

Pensando nisso, visto meu uniforme da S.H.I.E.L.D, e miro minha imagem no espelho do banheiro.

Foco, Ashley.

Estou agindo como uma idiota, implicando dessa maneira com a esquisita. Mas... E se ela não for quem aparenta ser?

De imediato, me recordo do meu passado, e a imagem em meu espelho se torna uma passagem para as lembranças.


Nem sempre pertenci à Nova York como imaginavam.

Meus pais, Josh e Laurence, eram bastante conhecidos popularmente. Minha mãe era jornalista, e meu pai era dono de uma revista de moda. Combinação perfeita, certo?

Eu morava em São Francisco, embora algumas vezes, viajasse para a Califórnia ou para Londres e Paris com meus pais.

Eles desejavam um terceiro filho, e não sei ao certo por que. Já tinha James e eu, por que mais um?

Minha mãe já não podia mais engravidar, e meu pai viu a solução perfeita para o caso quando sua sogra, Sandra, indicou um orfanato não muito longe.

Caroline Miller fora adotada pelos Turner assim que completei quatro anos. Tinha uma doçura incomparável à de qualquer outra criança, sem falar em sua rara beleza. Cabelos loiros encaracolados, olhos cinzentos e pele tão branca quanto à neve... Estava mais para uma mistura de Bela Adormecida, Cinderela e Branca de Neve, como minha mãe fazia questão de ressaltar.

Na época, James e eu vivíamos juntos. Ele, inocente, aceitava meu gosto por bonecas Barbie, e até me acompanhava algumas vezes. Porém, depois que a Miller chegou, sendo da mesma idade que ele. E eu, logo estava deixada de lado, como óculos de sol da Gucci em dias de inverno.

Caroline Miller já não estava sendo uma irmãzinha adorável como imaginei que seria; estava sendo a filhinha perfeita, ocupando meu lugar, e deixando meus pais e meu irmão mais felizes do que jamais seriam comigo.

Os anos passaram, e a cada dia era mais difícil ver James ou Caroline separados. Ambos viviam grudados, como chiclete, e obviamente que estranhei isso.

Até que um dia, alguns caras vieram cobrar uma dívida ou algo do gênero com meus pais - que por sinal eram empresários bem sucedidos no mundo dos negócios.

Eles se recusaram a algo, e os assassinos os mataram, sem qualquer piedade. Eu estava escondida no andar superior, trancada em meu quarto. Da janela de meu dormitório, pude ver os homens armados levando os corpos de meus pais embora, enquanto James e Caroline fugiam de mãos dadas, esquecendo minha existência.

No dia seguinte, a polícia tinha chegado até nossa casa, e me encontraram. Meus avós paternos, Roger e Annie, ficaram com minha guarda, pois minha avó Sandra estava com uma doença terminal e era incapaz de cuidar de mim.

Eles me trouxeram para Nova York, e mimaram-me o máximo possível. Tinham consciência de que eu ainda me recordaria de tudo quando crescesse, mas acho que acreditavam que com roupas, sapatos, viagens e festas de aniversário incríveis, eu poderia passar por cima de tudo.

E talvez, eles pensavam que quando encontrasse James e Caroline, poderia perdoá-los...

O tanto que sofri durante todos esses anos, me alertaram para duas coisas:

Primeiro – Nunca confie em uma menina perfeita e tímida tão rapidamente.

Segundo – Mantenha-se no comando da situação.

Essas foram coisas que não fiz, e acredito que possa me arrepender amargamente por isso...


– Ashley? – Aurora estava na porta do banheiro, e me despertou de meus devaneios instantaneamente. – Tudo bem?

Reúno todas as minhas forças para repuxar meus lábios, e exibir um sorriso.

– Sim... Está tudo bem. – confirmo, começando a escovar meus cabelos.

Aurora coloca as mãos na cintura, uma expressão de preocupação atingindo seu rosto.

– O que há Ash? Você não é de agir assim. – diz, me avaliando com seus olhos azuis perspicazes. – Primeiro, implica com a Sophia. E agora, fica toda pensativa...

Coloco a escova na pia, e me viro para encará-la.

– O.K, você me pegou – suspiro, impaciente. – Ando muito preocupada...

– Com o que?

– Com o retorno de James, e com a Sophia no mesmo grupo que nós...

Como pensei, Aurora exibe um sorriso irônico.

– Está com medo que a Sophia roube seu lugar? – brinca, mas sei que no fundo está falando sério.

E o pior, é que ela não deixa de estar certa.

– Talvez – confesso, embicando os lábios. – Ela me lembra alguém que conheci... E isso não vem ao caso, mas... Sei bem como é ser ignorada por uma pessoa tímida e fofinha demais...

Aurora me avalia, totalmente séria.

– O que aconteceu entre você e James no passado? – questiona, e me sinto mal por não poder abrir o jogo com ela. – Por que se odeiam tanto?

Ficamos em silêncio, nos encarando. Desvio o olhar, e Aurora entende minha negação em abrir o jogo.

Ela não merece saber por mim, mesmo que o James seja um canalha por querer conquistá-la.

– Sinto muito – murmuro me encostando a pia. – Não posso te contar...

– O.K – responde um tanto decepcionada. – Está tudo bem.

E surpreendentemente, me envolve em um forte abraço. Recuso-me firmemente a derramar uma lágrima sequer (meus olhos vão inchar, droga!), no entanto, logo estou chorando como uma criança, como a jovem Ashley Turner que vira seus pais mortos, e o irmão fugindo com a “Princesa Santinha”.

Aurora afaga meus cabelos.

– Quando quiser falar, saiba que estou aqui – fala, gentilmente, enquanto se afasta de mim. Assim como eu, seus olhos estão marejados.

Apresso-me em secar minha face, e forço um sorriso em agradecimento. A Clarkson sorri também.

– Tente não culpar a Sophia – encolhe os ombros, fazendo menção de sair. – Ela não tem nada a ver com isso tudo, vai por mim. Acho que pode ter sofrido o mesmo que você.

Deixa o banheiro, permitindo que eu me olhe no espelho novamente, admirando meu reflexo. Enquanto passo minha inseparável maquiagem (hoje, sendo mais simples), imagino se estou sendo uma idiota como a Lexi, ou reencarnando a Caroline.

Não falo das roupas e das revistas de fofoca, mas será que eu realmente queria entrar para o time de líderes de torcida? Será que não estava apenas querendo atrair mais pessoas para perto de mim, na intenção de jamais ficar só?

Sinceramente, não sei. Não sei de mais nada. Minha vida sempre foi um maldito mar de armadilhas, que continuo atravessando mesmo sem perceber.

Suspiro, erguendo a cabeça, confiante.

Já que estou nessa, tenho de mudar algumas coisas.


(...)


Os treinamentos feitos para nós basicamente envolvem tiro ao alvo, luta corporal, inteligência e força.

Não é necessário saber tudo, mas é aconselhável usar seu poder de alguma maneira útil.

Ao fim de cada hora, os agentes da S.H.I.E.L.D saíam, e outros os substituíam. Tivemos um tempo para descansar, comer alguma coisa e lá estávamos nós de novo, testando nossos limites.

No segundo dia de treinamento, James apenas observa de longe quase oculto em meio às sombras. Talvez Aurora não tenha percebido sua presença, mas eu notei de primeiro momento.

E não, não gosto dessa história nem um pouco. Ele já deveria ter ido embora há exatos dois dias! Será que está realmente interessado na mente da minha amiga para cometer alguma loucura? Ela está completamente cega, se não percebe que ele vai usá-la para depois descartá-la como lixo.

Faço uma careta quando Zack me derruba mais uma vez.

– E novamente, venço Ashley Turner! – comemora, erguendo os braços.

Bufo, colocando-me de pé.

A sala de treinamento não é, nem de longe, tão espaçosa como possivelmente é na base fixa da S.H.I.E.L.D. Estamos no ar há dois dias, e não suporto a ideia de um possível ataque.

E se formos atacados por vilões em pleno ar? Eu não posso sair voando por aí!

Felizmente, de acordo com o Fury, nós pousaremos dentro de três dias. Ou seja, ele quer nos testar bastante antes de finalmente nos colocar no chão...

E se não passarmos em tudo isso... Iremos conhecer o bom vento vindo do Sul, enquanto caímos para a morte!

Oh my god!

– Ashley? – Zack me desperta dos costumeiros devaneios, com o cenho franzido de alguém que está me chamando há muito tempo.

– Oi! – Coloco-me de pé, balançando a cabeça, afastando pensamentos negativos. Eu vou passar! Vou passar nos testes, e serei uma excelente heroína! É isso aí!

– Você está estranha – Zack continua com a sobrancelha arqueada.

Dou de ombros.

– Estou bem. – digo, olhando de soslaio para o James. Aurora está com ele agora, rindo e conversando.

Zack parece perceber minha tensão.

– Você não deveria se preocupar – diz, cruzando os braços. O encaro. – James não parece querer o mal da Aura, pelo modo como estão...

Os encaro novamente. Aurora faz uma careta para algo que meu irmão disse, e ele dá de ombros, despreocupado. Aparentemente, não está usando seu poder mental sobre ela.

Por quanto tempo sua santidade durará, James?

– Tenho medo de confiar demais, e acabar me ferrando... – murmuro, sem pensar. O loiro a minha frente sorri de modo irônico.

– Que tal não se meter, Ash? – ele segura meus ombros. – Melhor focar no treinamento! Melhorar as habilidades, para voltarmos logo para casa.

Acabo por concordar. Ele tem razão.

– O.K. Onde paramos? – pergunto, respirando fundo.

Zack, por ter tido um bom desempenho em luta corpo a corpo, está me ajudando com alguns golpes. Sou horrível, mas acredito ter melhorado desde o começo. Pelo menos aprendi que em uma luta, arranhar, puxar o cabelo e estapear não é algo muito útil como eu tinha imaginado.

Como já disse nosso espaço não é muito grande. A sala é mediana, e possuí alguns sacos de areia para golpear, o piso é especialmente feito para levar uns tombos, e tem alguns alvos mais ao fundo, onde vários tipos de armas estão depositados em mesas.

Por enquanto, estamos na fase mais simples. A agente Romanoff (que por sinal não tenho visto na nave, assim como os Vingadores), exibiu seu bom-humor ao dizer que as coisas se tornariam ainda mais difíceis. Sério, pensei que ela estivesse brincando!

Novamente, Zack me derruba, sem dó nem piedade.

– Tem que se concentrar mais, srta.Turner – brinca, sorrindo de canto.

Levanto-me com sua ajuda, bufando. Talvez eu não esteja tão boa quanto tinha imaginado.

No entanto, logo que estou de pé, uma fisgada em minha cabeça faz com que eu vacile por um instante.

– Ash? – Zack se mostra preocupado, envolvendo-me em seus fortes braços.

Respiro com dificuldade, paralisada pela dor. Logo, a fisgada aumenta, de uma forma tão abrasadora, que as vozes ao meu redor tornam-se completamente inaudíveis.

– Eu te amo querida. – Laurence sorri, com ternura em seu olhar. – Você é única.

Abraço Laurence. Mais feliz do que jamais estive, a envolvo entre meus braços, e afundo meu rosto em seus cabelos escuros. Desejo com todas as forças continuar nesta família, eternamente. Não quero perdê-los jamais.

– Você é perfeita, Caroline. – sussurra com um largo sorriso emoldurando sua face, deslizando sua delicada mão por meu rosto. – Será uma grande mulher.

(...)

Vejo a casa em chamas, e um sentimento horrível preenche meu peito.

– Temos de voltar! – grito, tentando me desvencilhar da mão que insiste em segurar meu pulso com firmeza.

– Não podemos! – James grita de volta, sem me encarar. Sua voz está impregnada de frieza, mas reconheço um filete de amargura em meio àquelas palavras.

Olho novamente para trás.

Os corpos de Laurence e Josh são arrastados pelos homens armados, que não demonstram emoção em seus atos doentios. Tento retornar, mas já é tarde demais.

A casa em chamas desaparece, assim como minhas esperanças de ter uma família.

– Ashley!

Alguém me sacode pelos ombros, enquanto outro me mantém segura entre seus braços.

– Ashley, acorde!

Abro os olhos, desorientada. Sinto o suor frio em minha pele, e tudo se torna estranhamente desfocado quando tento mirar o rosto da pessoa que se mostra desesperada pelo meu estado.

– Ashley!

Dessa vez, suas mãos alcançam minha cabeça, e um choque repentino termina com minha agonia.

Fecho os olhos com força, e os abro.

James me encara com certo desespero. Aurora se encontra ao fundo, com Stella, Simon e Sophia.

Olho para o lado, e encontro os olhos geralmente despreocupados, mas agora preenchidos de ansiedade, do tão sarcástico Zack Oliver.

– Caroline... – murmuro, com a voz fraca pelo choque de agora há pouco. – Visões... Dela...

Meu irmão arregala os olhos brevemente. Entreabro os lábios, em busca de ar. Pela primeira vez, percebo que o antigo James não morreu totalmente. Seus olhos impregnados de preocupação, não mentem minhas palavras.

Ele se preocupou em me salvar do que quer que tenha invadido minha cabeça agora.

E eu devo uma a ele, mesmo que ainda não confie inteiramente.

Fecho os olhos, e ouço a voz da profissional Maria Hill, antes de me entregar à inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Sim, sim. Em breve uma nova personagem entrará na história! Só uma questão de tempo...

Perceberam que a Clarissa deu uma sumida? Não se preocupem, que o próximo será narrado por ela ;)

Então pessoal, preciso de opiniões urgentes! Acham que a fic está sendo bem desenvolvida? Sugestões para vilões? Estou pensando em vários, mas quem sabe vocês não propõe outros também?

Depende dos reviews, galera!

Portanto, não deixe de mandar suas opiniões :) Ajuda muito!

Até o próximo domingo.

Thanks *-*



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