The Red Strand escrita por Obake Suripu


Capítulo 5
V Katherine


Notas iniciais do capítulo

Desculpem ficar tanto tempo sem postar, houve alguns imprevistos... Com vocês, o 5º Cap.



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Katherine se sentia preocupada e feliz. Preocupada se o plano daria certo, e feliz por poder ajudar. Não era o plano mais genial do mundo, mas era tudo o que tinham.

Mais tarde, depois de escurecer, subiu ao mastro. Nico não estava lá, mas ela gostara daquele lugar. Realmente, era bom para pensar. Minutos depois, Nico também subiu ao mastro.

– O que faz por aqui? – perguntou ele.

– Você tinha razão. É bom para pensar – disse Katherine, enquanto Nico sentava-se ao seu lado.

– Realmente.

Ficaram em silêncio por mais alguns minutos, então ela resolveu quebrá-lo.

– Annabeth não era a 7ª, era?

– O que quer dizer com isto?

– Você é o 7º. Annabeth queria ser a 7ª, para ficar ao lado de Percy. Mas você é o escolhido. Os deuses mataram Annabeth para provar isto. Annabeth não morreria com tanta facilidade.

Katherine era uma pessoa muito lerda. Já chegaram a compará-la com Percy. Mas quando queria, conseguia raciocinar.

– Eu... – Nico hesitou por alguns segundos, mas cedeu – Eu sou o 7º. Queria proteger Percy, por isso deixei que Annabeth o fizesse. Não era forte o suficiente.

– Se não fosse forte o suficiente, os deuses não haveriam lhe escolhido.

– Eu não acho isso. Os deuses apenas querem brincar comigo.

– Está dizendo isto pelo que sente por Percy?

Os olhos de Nico se arregalaram. Katherine pensou ter ido longe demais. Mas Nico apenas começou a corar.

– Como... Como você... – então sua expressão ficou sombria – Jason...

– Não, Jason não me disse nada. Apenas sei. Se prestar a atenção, dá para perceber.

– Quer dizer que...

– Não, somente eu percebi. Acho que os outros estariam atônitos por descobrir isto. E não se preocupe. Não direi a ninguém. Juro pelo Estige.

– Está bem...

– Bem, agora Annabeth se foi, e você deve proteger Percy por ela.

– Eu sei. Mas se disser que sou o verdadeiro 7º, Percy me culparia pela morte de Annabeth. Se eu tivesse dito antes, Annabeth ainda estaria viva.

– Mas Percy sabe que a culpa é minha, e não sua. Se eu não estivesse na floresta, vocês não teriam que me salvar.

– Eu poderia ter te deixado lá. Eu poderia ter esperado o sinal de Percy. Eu poderia ter defendido eles, não você. Mas não. Eu fiz de tudo para te salvar, e não me arrependo disso.

Katherine estava tão aliviada, que poderia ter chorado. Mas se conteve. Desde que chegara ali, pensara que o filho de Hades a havia odiado. Mas ela só estava ali por ele. Por que ele quis salvá-la. Katherine sentiu seu rosto ficar quente. E percebeu que estava corando.

– Obrigada... Obrigada por tudo. Se não fosse você, eu... Estaria morta agora.

– Morta?

– V-vamos mudar de assunto. Que tal me contar sobre essa tal de Bianca?

– Já disse, só falarei de meu passado quando contar o seu.

Katherine respirou fundo. E então se pôs a falar.

– Eu morava com meu pai, desde que nasci. Quando tinha 7 anos, ele morreu. Eu não tinha outra família. Minha mãe, Nêmesis, apareceu no dia seguinte ao enterro. Ela me contou sobre ser uma deusa. Eu era uma criança, então isso era demais para mim. Briguei com ela, acusando-a de inventar uma desculpa esfarrapada por me deixar. Ela me disse que eu deveria encontrar semideuses, e assim poderia viver em paz. Eu não a escutei.

– Então quer dizer... Que Nêmesis a deixou, para que se virasse, com apenas 7 anos?

– Sim... Bem, desde criança, me interesso por coisas um tanto macabras. Sabe, exorcismo, evocação de mortos, etc. Então, quando meu pai morreu, achei que poderia trazê-lo de volta. Fui ao seu túmulo, fiz uma oferenda, e rezei ao deus da morte. De certa forma, havia acreditado em algumas coisas que minha mãe me dissera. Depois de rezar para Hades, ele apareceu para mim. Não achei que fosse funcionar, mas funcionou. Ele me disse que não poderia devolver meu pai, que era contra as regras. Mas que poderia me dar um presente. Uma bênção. Na hora eu não acreditei. Hades também disse que eu era uma semideusa com um destino brilhante, e que com sua bênção poderia ir mais longe. Não acreditei em nada que ele disse, por isso cheguei a me irritar. Ao voltar para o orfanato, deram-me uma bronca, e que não deveria sair assim. Ao me perguntarem onde estava, disse que estava falando com o senhor da morte, e que ele nem era grande coisa assim. Eles me puniram por mentir, deixando mais afazeres que o normal para mim. Eu estava com raiva, e não queria fazer nada. Por isso, sem querer, invoquei vários fantasmas para me ajudarem. Fiquei maravilhada, e aprendi a acreditar nos deuses. E jurei lealdade a Hades, como pagamento pela bênção. Depois disso, fugi do orfanato e comecei a procurar semideuses.

– E quanto à bênção de Hipnos?

– Uma vez, em um sonho, Hipnos me disse a mesma coisa que seu pai. Que tinha um papel muito importante a desempenhar no futuro. Então me deu a bênção.

– Assim, sem mais nem menos?

– Sim. Ainda não sei o que querem dizer com isto, mas sinto que está relacionado a vocês.


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Notas finais do capítulo

Gotaram? Bem, comentem, porque já estou desanimando...



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