Pegamos o carro e saímos, eu estava com um vestido que com certeza Killian iria amar, era um preto tomara que caia e justo, eu não me importo com essas superstições tolas de final de ano em que as pessoas escolhem cores para atrair paz, dinheiro... blá, blá, blá. Neal talvez não fosse gostar por causa da cor, já que ele conhecia bem o que cada cor significava, mas ele talvez não se importasse, já que a casa vai estar tão cheia e todos bêbados.

Parei o carro em frente a casa e Neal abre a porta e me enlaça em seus braços e me prende em um beijo apaixonante, porém com gosto de álcool, começou cedo hoje.

– Boa noite meu amor!!! – disse um Neal feliz.

– Boa noite, olha... essa é a minha amiga Regina que eu te falei. – e a empurrei para entrar e fechei a porta.

A casa estava mesmo lotada, gente dançando, bebendo, se divertindo... a música tocava alta e luzes piscavam e brilhavam por toda a grande sala, o DJ estava lá em cima das escadas extasiado pela música, todos parecia bem felizes.

– Amor, eu vou ter que te deixar sozinha agora, eu estava no meio de uma partida de 21, se quiser aparece por lá. – Neal me beijou novamente e se foi.

– Ele fica sempre muito feliz e enérgico quando a casa está cheia, ele quer estar com todo mundo ao mesmo tempo, e ai Regina o que achou dele? – eu perguntei.

– Um cara bacana. – parecia que ela estava procurando alguém.

– Quem é que você está procurando, eim? Marcou com algum gatinho aqui, foi? – eu perguntei sorrindo, peguei um copo de champanhe que estava na bandeja do garçom que acabou de passar por nós.

– Emma, você vai me odiar pra sempre.- Regina estava tensa.

– O que? Eu não entendi.

– Killian está aqui. – disse Regina nervosa.

– O que? – eu comecei a rir. – quem?

– Killian Jones, mais conhecido como Gancho.

– O Gancho? O meu Gancho? – eu realmente não estava entendendo o que ela estava falando.

Quando de repente um cara de cabelos negros e lisos, bem cortado, com uma blusa xadrez abraça Regina por trás e beija seu pescoço. Regina se vira e eles começam a se beijar. Quando terminam e ele olha pra mim, são os olhos do azul mais lindo que eu já vi na minha vida, os olhos que me levaram a fazer loucuras, os mesmos olhos que ficavam postados por horas em mim depois que a gente transava. Os olhos do cara que eu mais amei na minha vida.

– Lembra-se dela Killian? – falou uma Regina que me dava nojo.

Eu estava paralisada, totalmente sem ação... depois de 5 anos ele está ali na minha frente, eu não consigo acreditar... e ainda mais com Regina que se dizia ser minha melhor amiga.

Killian também ficou sem palavras, eu estava diferente... meu cabelo agora era loiro e não mais com mechas vermelhas e preto. Eu namorava um cara sério, por isso não usava mais brincos estranhos, nem pulseiras de caveira e outros itens que na época eu achava um arraso, eu me senti nua na frente dele e precisava sair dali o mais rápido possível, ele continuava o mesmo Killian de sempre, só que também sem os brincos e roupas estranhas.

Eu só consegui dizer: - Sua cobra, eu te acolhi na minha casa sua vadia miserável.

Dei as costas para ela furiosa, quando ela puxa meu braço: - Vem aqui falar com seu grande amor.

– Regina, para com isso. – Killian disse puxando o outro braço dela. – Vamos embora daqui.

– Não mesmo amorzinho, a festa nem começou. – Regina parecia agora fora de si.

Lágrimas tinham começado a escorrer pelo meu rosto: - Me solta Regina. – eu gritei e puxei meu braço, subi as escadas furiosa com as lágrimas pegado fogo no meu rosto.

Entrei num dos quartos lá em cima e me joguei na cama soluçando. Alguns minutos depois a porta se abre, mas eu não olho quem era.

– Emma?

Disse Killian, eu não me mexi, continuei ali chorando e me amaldiçoando por ter confiado naquela garota estúpida meus sentimentos, e ela me enganava esse tempo todo.

Eu senti ele se sentando na cama próximo a mim: - Emma... olha me desculpa, eu não sabia que você ia estar aqui, eu não sabia que Regina te conhecia... eu...

Nessa hora eu me sentei na cama e ficamos cara a cara, depois de 5 anos tentando esquecer, estamos agora eu e ele, sozinhos num quarto. Ele passa a mão no meu rosto para enxugar minhas lágrimas, mas eu viro o rosto.

– Não sabia que você já tinha sido solto. – consegui dizer por fim.

– Eu não queria te encontrar nessas condições. – ele disse.

– Claro que não queria me ver de cara inchada chorando, né? – eu disse.

– Não é isso... eu não queria te reencontrar no meio de uma confusão, mas... se bem que a gente só se encontra assim, não é? – ele sorriu. – Você está mais linda do que nunca.

– Na última vez pelo menos a gente saiu com uma garrafa de cerveja, hoje só temos tristezas, magoas... – eu baixei o rosto.

Ele pegou meu queixo e me fez olhar pra ele: - Adorei esse vestido.

Eu consegui sorrir: - Eu sabia que você ia gostar.

– Hum... então tem pensado em mim? – de repente o olhar dele se iluminou.

– Não... quer dizer... – eu me levantei. – Olha Killian eu vou pra casa, certo... então, adeus.

Eu já segurava o trinco da porta quando ele se levantou e veio atrás de mim, ele pegou a mão que eu ia abrir a porta e com a outra me segurou pela cintura e beijou meu cabelo.

– Killian. –disse eu de olhos fechados já totalmente entregue aos encantos dele.

Quando me dei conta já estávamos na cama.