Amor de final de ano escrita por Nyo


Capítulo 1
Preparação para as festas


Notas iniciais do capítulo

Bem, um casal bem pouco trabalhado aqui no Nyah, não? Eu sinceramente amo esses dois, mas acho que existem tão poucas fics deles. Eles são tão fofos, tem uma relação tão linda ♥(Se alguém se interessa em escrever sobre ele fale comigo, eu tenho ideias pra dar e vender)Ok, isso era pra ser uma one-shot de ano novo, mas eu acabei escrevendo demais, então virou uma three-shot [?].Erros de grafia, emprego errado das palavras, falta de nexo e problemas com vírgulas podem ser encontrado. Pois é, meu português é horrível.Mas, aqui está sem mais delongas, "Amor de final de ano - parte 1"



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Toris parou em frente ao conhecido apartamento, a casa estava longe de ser a sua, porém, ele a conhecia melhor até, que o próprio dono, enquanto deixava sua mente vagar, a porta foi aberta.

– Liet, você finalmente chegou! – o dono do apartamento, o cumprimentou. – Entre, eu ainda não estou pronto, mas vou terminar rapidinho, eu juro. – Sorriu.

Toris devolveu-lhe o sorriso, sempre achou, o sorriso do loiro uma das coisas mais bonitas nele. Entrando na residência, como se estivesse em casa, respondeu.

– Bom dia, Feliks. – O moreno seguiu o loiro até o quarto.

– Toris, eu vou ficar pronto em um segundo, então poderemos tomar um café, e sair. – O polonês bateu a porta na cara do lituano que o seguia.

Toris parou em frente à porta, massageando seu nariz. Toda vez que seguia o loiro, quando este estava se arrumando, nunca lhe era permitido entrar no quarto deste, não era a primeira vez que levava uma batida na cara.

Voltando para cozinha, abriu o refrigerador, e armou uma bolsa de gelo para si, e sentou-se na bancada da cozinha estilo americana de seu anfitrião. Enquanto sentia o frio percorrer seu corpo, divagou, sobre tudo que já havia visto ali. Eram milhões de anos de convivência, seu primeiro encontro com Polônia sempre seria inesquecível. Enquanto a cômica, porém afetuosa, memória corria-lhe a mente, ouviu o barulho de saltos batendo contra o piso.

– Do que está rindo aí sozinho, Liet? Você está ficando louco. – o loiro, usando uma blusa feminina, com a bandeira de seu país, e uma saia curta, sentou-se a sua frente. – Ou isso é um efeito da velhice? – sorria brincalhão.

Voltando a realidade, Toris riu, em todo o tempo que tinham de amizade, Feliks não mudara nem um pouco.

– Estou só lembrando algo engraçado. E quem você está chamando de velho? Você é tão velho quanto eu Polônia. – o moreno retrucou.

O polonês, imediatamente fechou a cara, fazendo um bico emburrado.

– Tooooris! Você sabe, que não gosto de ser chamado de “Polônia”, fora do trabalho. – fez birra, ainda olhando triste para o seu rapaz a sua frente.

O moreno riu mais uma vez, retirando o gelo de seu nariz. Levantou-se deixando Fliks a encara-lo, enquanto dirigia-se ao fogão. O loiro reclamava alguma coisa sobre seu nome ser “Feliks” e “Polônia” ser apenas um título.

– O que você quer de café da manhã Feliks? – Toris perguntou, começado a retirar os ingredientes do armário.

O polonês voltou a mostrar seu belo sorriso, ao ver que o lituano o chamara pelo nome. Girando no banco, voltou-se para o amigo.

– Qualquer coisa. Tudo que você cozinha é maravilhoso, Liet! – exclamou feliz, adorava a comida do moreno, desde que começaram a visitar a casa um do outro, fora do trabalho, Toris sempre cozinhava pra ele.

– Eu tinha certeza que você diria isso. – o Lituano sorriu virado para o fogão.

Se olhassem para os dois, naquele momento, o lituano tinha certeza, ninguém saberia que, sua amizade, havia começado por causa de uma aliança, feita obrigatoriamente por seus chefes. Toris considerava Feliks, a pessoa mais importante dentre todas as suas relações, havia pouquíssima coisa que o loiro não conseguia arrancar dele. Feliks, que sempre teve dificuldade de confiar nas pessoas, sentia-se feliz por ter o moreno ao seu lado, Toris era seu único amigo, e o loiro não queria abrir mão dele.

Enquanto o lituano cozinhava, seu anfitrião, contou-lhe como havia sido sua semana, por causa da aproximação do final de ano, os dois estavam muito atarefados, portanto, não conseguiam se encontrar com tanta frequência quanto normalmente. O café passou rapidamente, o silêncio era inexistente, mesmo que o lituano não soubesse o que dizer, o polonês nunca deixaria que um clima pesado se instalasse ali, portanto, inventava um assunto, como era normal. Conversaram, desde as coisas mais simples, até as mais ridículas, porém nunca falavam sobre nada sério. Assim que a refeição acabou, Toris foi encarregado de lavar a louça, com a desculpa que Feliks não queria estragar seu esmalte.

A pedido do loiro, os dois encaminharam-se ao shopping mais próximo. Como estavam em época de festas, o local, estava completamente decorado, havia luzes piscando para todo lado, enfeites pendurados nas paredes, e uma enorme árvore de natal na praça de alimentação.

– Feliks, por que nós viemos aqui? – não era a primeira vez, que o lituano era arrasto para um lugar, sem nem saber o propósito.

Deixando de admirar a bela decoração, Feliks virou-se para ele.

– Eu preciso comprar uma roupa nova, para a festa de ano novo do França. – o loiro o olhou alegremente. – E, quero a sua opinião.

Toris suspirou, não era a primeira vez que se encontrava nessa situação, na maioria das ocasiões, em que haveria eventos especiais, o polonês lhe chamava para ajudar a escolher uma roupa.

– Eu não entendo, por que eu tenho que vir sempre com você? – perguntou massageando suas têmporas.

Não, que não gostasse de sair com Feliks, porém, eles sempre acabavam na seção feminina de alguma loja, com o polonês levando uma pilha de roupas e pedindo sua opinião. Uma coisa que lhe era um mistério, era o motivo de sua opinião ser tão importante para o loiro, seria mais apropriado, se Hungria, Linchertistain, Seyshalles ou Vietnam viessem com ele, afinal, qualquer uma delas, entende mais de moda feminina que ele.

O polonês, diante da pergunta do moreno, ficou estático por um segundo, porém, sua expressão costumeira, voltou em seguida.

– Ora, porque é você Liet, você é meu melhor amigo, e é você que eu quero que me veja bem vestido. – respondeu, alargando seu sorriso.

Pensando nos milhões de significados, que sua mende dera para esta frase, o lituano corou, porém, para sua sorte, Feliks já estava andando em direção à primeira loja. Mesmo que tivesse sido por um segundo, Toris podia jurar que, quando o loiro se virou, um tom avermelhado preenchia suas bochechas.

Andaram por muitos estabelecimentos, até que, entraram em uma loja que havia aberto recentemente. Feliks estava encantado, na nova loja, havia tanto roupas femininas, quanto masculinas, que eram magnificas.

– Liet! Que loja perfeita, da próxima vez, vamos vir aqui de primeira, ok? – o polonês disse, enquanto corria em direção a uma arara, cheia de vestidos, sem deixar tempo para Toris responder.

Com calma, o lituano, começou a observar a loja, não havia muita gente, mesmo que o ambiente fosse agradável, e o shopping estivesse cheio, por causa das festas. Enquanto seguia Feliks pela seção feminina, o moreno deparou-se, repentinamente, ao longe, com um conjunto de peças sociais da seção masculina.

– Ei, Liet, o que você está olhando? – Feliks balançou seu ombro, retirando-lhe do pequeno torpor.

Toris encarou o amigo por um segundo, o polonês estava com um vestido branco em mãos.

– Aquilo, - apontou para o manequim que estava usando o conjunto – a roupa social do manequim.

Olhando na direção apontada, Feliks coçou seu queixo pensando.

– Aquilo não combina com você, Toris. Acho que um tom mais escuro seria melhor. – comentou.

Olhando do loiro, para o manequim, o moreno sacudiu a cabeça, como se quisesse afastar um pensamento desagradável.

– Não é pra mim, acho que ficaria muito bem em... – ele fez uma pausa. – Ah, deixa pra lá, vamos. Já escolheu algo?

Feliks ficou parado olhando para o moreno, que logo voltou sua atenção para seção feminina. Prestou atenção, mais uma vez, na roupa apontada pelo lituano. Poderia ser que...

– Ei, Feliks! O que você acha desse vestido? – Toris o chamou.

Voltando sua atenção para o moreno, e observando o vestido ele fez uma careta.

– Não, esse vestido é horrível, Toris. Você não tem senso de moda? – Mostrando para o moreno o vestido que tinha em mãos, continuou. – Vou experimentar esse, vem. Eu quero a sua opinião.

Os dois dirigiram-se ao provador. Como Feliks adentrou a ala feminina, Toris foi obrigado a ficar lá fora, esperando o amigo sair com o vestido. Enquanto esperava, Toris imaginou, como o loiro ficaria na roupa que vira antes. Depois de alguns minutos pensando, chegou à conclusão, que a roupa cairia bem no outro, e que, preferia quando, Feliks usava suas roupas normais, mesmo que não tivesse coragem de admitir isso para ele, sabia que o polonês gostava de usar roupas femininas, e não queria ferir seus sentimentos.

– Ei, Toris, o que você acha? – o menor saiu do provador.

O vestido, branco de alças, lembrou à Toris um vestido de noiva, o que o fez corar. A peça estava perfeita no loiro. O vestido o deixou encorpado, e o tom branco realçou seu rosto, desprovido de maquiagem, deixando-o ainda mais bonito. O moreno, vendo Feliks sorrir diante de sua imagem no enorme espelho, sentiu-se corar ainda mais. Estava envergonhado de achar o loiro tão lindo, quanto deveria, afinal, eles eram amigos

Feliks sentou-se ao lado do lituano, sorrindo-lhe se orelha a orelha.

– O que você acha Toris? Seja sincero. – ele passou suas mãos pelo comprimento do vestido.

O moreno sorriu, era por isso que vinha com o amigo sempre que este pedia, adorava ver a alegria do mesmo, quando dizia que a roupa lhe caia bem, sua animação ao perguntar a opinião dele.

– Você ficou lindo Feliks – respondeu baixo para que apenas o rapaz ao seu lado ouvisse.

O sorriso do loiro deu lugar a um leve tom de vermelho em suas bochechas. Levantou-se girando novamente em frente ao espelho.

– Obrigado, fico feliz que você tenha gostado Liet! – disse animado.

Depois de alguns minutos mais de espera, o lituano estava com seu companheiro, no caixa da loja, comprando o vestido.

– O que vamos fazer agora, Toris? – questionou Feliks enquanto saiam da loja.

Olhando ao redor, Toris viu uma atração especial do shopping, uma loja que fazia fotos de simulações de casamento. Antes mesmo que sua mente pudesse lhe fazer uma advertência, de como aquilo seria estranho, ele já estava chamando o loiro.

– Feliks, que tal olharmos aquela loja? – disse puxando o amigo na direção do local.

Um pouco atordoado, o polonês olhou para o local apontado pelo rapaz ao seu lado. Nunca havia visto a imensa loja naquele local.

– É, uma loja de ensaios, de casamento! Você é um gênio, Toris! – Feliks, a gora puxava o moreno na direção do grande estabelecimento.

Ao passarem pela porta, a primeira coisa que Toris percebeu foram as filas, e mais filas de roupas nupciais. Os vestidos eram de encher os olhos, os ternos, eram elegantes, porém sua beleza não ficava pra trás se comparados aos vestidos.

– Que lindo. – ouviu o loiro sussurrar, enquanto segurava o braço dele com mais força.

O silêncio que reinava naquele paraíso coberto de branco, logo foi quebrado por uma tendente.

– Posso ajuda-los? Senhor? Senhorita? – cumprimentou-os educadamente.

O lituano ficou quieto, enquanto Feliks falava com ela. Sentiu-se incomodado com o fato da mulher que os recebeu ter chamado o loiro de senhorita. Toris estava imerso em pensamentos durante o percurso de apresentação da loja. Primeiro, foram levados até o estúdio onde eram batidas as fotos, o local onde ficavam os vestiários, seguindo para um local cheio de bolos lindos, e por fim, onde eram guardadas as roupas. Lá, o moreno despertou completamente, as roupas que ficavam na entrada eram lindas, porém, as vistas ali, eram fora do padrão.

Feliks fora a primeira coisa a atrair sua atenção, o loiro parecia vidrado, sorria diante dos lindos vestidos e ternos, mostrando pra ele seus favoritos. Ver o polonês tão animado e legitimamente feliz, deixou o lituano sem palavras, já havia visto seu amigo alegre, porém nunca daquela maneira, os olhos verdes, brilhavam de animação. O que se passaria pela mente do menor naquele momento? Perguntou-se.

– Toris, vamos fazer algumas fotos, eles vão alugar as roupas para a seção. – ele foi chamado pelo loiro. – Esse terno, você tem que experimentar. - o terno entregue ao moreno, tinha um tom negro, com uma gravata em tom de azul, que pouco se destacava. – Acho que vai ficar lindo, combina com você.

Toris dirigiu-se ao provador, enquanto o loiro, com a desculpa, que dava azar ver a noiva com a roupa do casamento, ficou escolhendo seu vestido. Alguns minutos depois, o moreno saiu do provador, o terno, era do seu tamanho, não precisariam mexer em nada para as fotos. Ele havia encontrado uma seleção de flores e lenços para por no bolso da frente do paletó, escolheu uma pequena flor de plástico, branca e vermelha, as cores da bandeira da Polônia.

– Feliks, você já está pronto? – ele bateu na porta do provador.

Recebeu um curto silêncio em resposta, seguido pelo barulho de sapatos batendo no chão.

– Entre Toris, eu já estou quase pronto, só preciso de ajuda com uma coisa. – gritou o loiro de dentro do provador feminino.

Meio hesitante, ele entrou. O que encontrou deixou-o de queixo caído. Feliks estava incrivelmente bonito, seu corpo pequeno e magro, ficava delineado com o vestido longo, que tinha uma saia enorme, e uma cauda comprida, o branco realçava a pele clara do polonês, e seu cabelo tinha um destaque impressionante.

– Liet, - ele sorriu – me ajude a colocar o véu.

O moreno ficou parado, atordoado, Feliks estava muito bonito, parecia que iria casar de verdade naquele dia, o que o deixou pensativo, se o loiro casasse de noiva, quem seria seu noivo? A curiosidade começou a mexer com ele, sabia que aquilo poderia lhe tirar o sono.

– Tudo bem – respondeu indo até o outro.

Ao se aproximar, pode observar o rosto do polonês que, além de apresentar um sorriso, estava com um leve tom de vermelho, o que fez o lituano pensar, que ele estava lindo. Pegando a tiara com o véu, que estava pousada na mesa, ele postou-se em frente ao loiro, pondo o delicado objeto em sua cabeça.

– Obrigado, Toris – o menor agradeceu, levantando a cabeça na direção do mais alto.

Olhando para a face do rapaz a sua frente, Toris pensou, novamente, em quem seria a pessoa para qual Feliks vestiria aquela roupa um dia. Inconscientemente, Toris se aproximou cada vez mais de Feliks, que retribuía esse movimento, fazendo a mesma coisa, porém, antes que qualquer ação precipitada acontecesse, a moça que os atendeu bateu na porta do provador.

– Com licença, já estão prontos? – perguntou ela educadamente.

A contragosto, Feliks se afastou do mais alto, que estava congelado.

– Vamos Toris, temos algumas fotos para tirar. – respondeu um pouco desanimado, contorcendo os lábios.

O lituano, mecanicamente, seguiu a mulher até o estúdio. Enquanto andavam, Toris observou seu companheiro, que parecia ter perdido toda sua animação, agora, aparentava estar refletindo sobre algo, o moreno, acreditava que o loiro, assim como ele próprio, estava pensando sobre o que havia acontecido no provador. Aquilo fora perigoso, chegaram perto demais de fazer algo que poderia causar arrependimento mutuo, mesmo que, no fundo, ignorando completamente sua mente, o lituano quisesse que aquilo tivesse acontecido. Encarando discretamente o pequeno polonês, mais precisamente, os finos lábios do rapaz, ele perguntava-se, como seria poder sentir gosto daquela pequena parte, pela qual passavam palavras animadas, que expressavam toda a felicidade do amigo. Milhões de coisas rodeavam sua mente, fazendo o lituano repreender-se, pela maioria de seus pensamentos, os quais envolviam, uma vida romântica com Feliks, ele não deveria pensar em ir além da amizade, não sabendo das consequências que poderiam vir.

Assim que entraram no belíssimo estúdio, Feliks, magicamente parecia ter recuperado sua animação. Ele sorriu ao ver o belo bolo em uma pequena mesa, junto a uma parede decorada.

– Que lindo! – exclamou surpreso. – Não acredito que vamos bater fotos aqui.

Toris olhou em volta, apreciando a decoração, sabia que em toda sua longa existência com país, nunca mais teria oportunidade de ver um ambiente como aquele, raramente, as nações presenciavam casamentos, e alianças, não eram celebradas daquele modo.

– Aproximem-se, quantas vocês querem bater? – perguntou a moça com um sorriso sínico nos lábios.

Antes que Toris pudesse dizer qualquer coisa, Feliks tomou à dianteira.

– Nós queremos bater oito fotos.

Será que teriam dinheiro para pagar tudo? Perguntou-se o lituano, nunca trazia muito dinheiro consigo quando saia com Feliks, não achava que poderia pagar pelas e fotos, e depois pagar por uma refeição.

– Tudo bem. Vocês podem se aproximar do bolo? – os dois obedeceram aos pedidos da mulher, que agora estava ao lado de um fotógrafo. – Certo. Fiquem lado a lado, para começarmos.

Os dois se posicionaram como o pedido, Toris sorria, meio desconfiado, enquanto Feliks parecia legitimamente feliz. Três fotos foram batidas, até que a próxima posição fosse feita, o fotógrafo pediu para que os dois ficassem de mãos dadas, seguido por um abraço, onde o foco principal eram seus rostos. Para a quarta foto, Feliks pediu uma posição especial, implorando ao lituano que o pegasse no colo como um verdadeiro noivo faz com sua noiva.

– Eu acho que isso não vai dar certo... – Comentou Toris.

O loiro parou a sua frente, sorrindo.

– Vamos Toris, você consegue. – implorou. – Por favor!

Como sempre, o moreno não conseguia negar nada ao polonês.

– Tudo bem, vem. – disse dobrando o corpo para agarrar Feliks.

Com facilidade, o menor subiu em seu colo, envolvendo seu pescoço com os braços. Toris pode observar, novamente, o belo sorriso estampado no rosto de seu amigo. Sentindo-se bem, olhou para câmera, com o que em sua opinião, era o sorriso mais verdadeiro que conseguiria dar para aquelas fotos.

– Puxa, vocês deveriam se ver nesse momento, estão lindos assim. – comentou a atendente sorrindo.

A última foto daquela posição foi batida, assim que Toris soltou Feliks, este pediu um minuto para voltar ao vestiário.

– Vai ser rapidinho – disse enquanto saia rapidamente pelo corredor.

Mais rápido do que o lituano esperava, o menor já estava de volta ao estúdio.

– Eu disse que seria rápido. – comentou sorrindo.

Assim que o loiro entrou no estúdio, o moreno ficou mais estático do que quando o viu de noiva, esperava ver um novo vestido, ainda maior que o primeiro, porém, o que viu era muito diferente do esperado. Feliks estava usando um terno branco, completamente oposto ao dele, com uma gravata clara, poderia ser estranho, mas Toris achava que ele ficava ainda mais bonito daquele jeito, perante os olhos do lituano, aquilo parecia correto, o polonês usar roupas masculinas, tinha a sensação, de que aquela era a primeira vez que o via vestido daquele jeito.

O fotógrafo e a atende, se ficaram surpresos, não disseram nada, apenas continuaram, como se Feliks estivesse do mesmo jeito que antes.

– Vamos recomeçar? – o polonês pediu.

Novamente, uma foto dos dois postados, um ao lado do outro foi tirada, em seguida, eles fingiam cortar o bolo, depois entrelaçaram os braços com duas taças de champagne, como um brinde.

– Para a última foto, eu quero algo especial, tudo bem? – o menor pediu.

– Eu não vou te carregar no colo de novo. – falou o lituano.

Assim que as palavras saíram de sua boca, ele se arrependeu de proferi-las, pois não queria magoar o loiro, porém, para sua surpresa, o loiro riu.

– Não, isso não tem graça sem o vestido. – respondeu. – A foto vai ter que ser batida rapidamente. Certo?

O fotógrafo assentiu, e Feliks, em um movimento rápido, puxou Toris para si, encostando os lábios dos dois, em um pequeno beijo. O lituano não teve nem tempo de se perguntar o que estava acontecendo, seus instintos o levaram a envolver a cintura do loiro a sua frente, que envolveu seu pescoço, elevando os pés para ficarem da mesma altura. Tão rápido quanto começou, o suposto beijo, acabou.

Mais vermelho do que a cor da própria bandeira, o polonês se soltou, e correu para falar com a atendente, deixando um lituano estático, parado no estúdio.

♥ ♥ ♥ ♥

Como as fotos não ficariam prontas imediatamente, o polonês e o lituano, a pedido do primeiro, procuraram por porta-retratos, para colocar as novas fotos batidas. A conversa seguiu normalmente, e o clima entre os dois não mudou nem um pouco, o que fez o moreno pensar, que para Feliks, o beijo não havia significado nada, mesmo que ele estivesse completamente perdido depois do acontecimento, então, não comentou nada. A manhã se seguiu, os dois almoçaram, conversaram, e percorram todo o shopping, como era costume. Antes de voltarem, passaram no estúdio para pegar as fotos, que àquela altura, já estariam prontas.

– Vamos deixar para olhar quando chegarmos a casa, ok? Eu quero que seja uma surpresa. – Feliks pediu.

– Tudo bem, mas por que dois envelopes? – perguntou o lituano.

– Ora, um é seu Liet. – respondeu o polonês sorrindo.

Toris ficou um pouco surpreso, não esperava ganhar uma cópia das fotos.

– Ma-mas, Feliks, eu não tenho dinheiro pra pagar isso. – disse nervoso.

O loiro sorriu.

– Não reclame Liet, é um presente pra você. – comentou o polonês entregando o envelope ao lituano – Eu insisto, quero você tenha uma lembrança desse dia também.

Toris aceitou o envelope, com um sorrisinho no rosto, estava feliz por receber aquele presente, mas não queria que seu amigo pagasse pelas fotos duas vezes.

– Obrigado – agradeceu.

O polonês sorriu, agarrando seu braço.

– De nada. Agora vamos, eu ainda quero ver um filme, antes de você ter que voltar pra casa. – Feliks o arrastou até o carro.

Durante o caminha de volta, enquanto Feliks, falava sobre as fotos, e sobre a festa de natal, Toris pensava sobre as coisas que haviam acontecido, o que não era a primeira vez, fizera isso muito hoje, deu-se conta. Lembrou-se, novamente, do beijo, e sentiu suas bochechas esquentarem levemente, não era normal ele ter gostado tanto do pequeno contato entre suas bocas.

Sua mente tentava traçar milhões de explicação para o que estava sentindo, porém, seus milhões de linhas de pensamento, acabavam sempre em um mesmo ponto, que naquele dia, tinha se apaixonado por Feliks, ou mesmo, que aquele sentimento, já poderia existir há muito tempo, porém, ele não lhe dera forças para crescer, até aquele momento. O carinho que sentia, a liberdade, a aproximação, tudo aquilo, eram sentimentos comuns a uma pessoa apaixonada, que ele sempre sentiu pelo polonês. Se sentiu idiota por sua ficha ter caído agora, ou pelos sentimentos terem aparecido.

Junto com a sensação de que era um idiota, o medo o preencheu, sabia que o loiro não tinha esse tipo de sentimento em relação a ele, e se tivesse, eles nunca poderiam ficar juntos, nações eram condenadas por contato romântico, mesmo que a maioria dos países violasse essa lei, ele não queria por o menor em risco.

Toris remoeu-se, sobre o que deveria fazer, como qualquer nação sensata, resolveu que não falaria nada, e simplesmente, manteria a amizade dos dois, como fora durante todo aquele tempo. Claro, seria com um pouco de custo, mas ele além de querer proteger o loiro, também se sentia inseguro sobre tudo aquilo, nunca tinha se apaixonado antes.

Assim que chegaram, Feliks o arrastou para o sofá para verem as fotos juntos, com muito cuidado, ele as tirou do envelope. Elas estavam na ordem que foram batidas. Quando chegaram na foto em que o lituano estava com o polonês no colo, o loiro parou, pegou um porta retrato, e colocou a foto.

– Eu adorei essa aqui – disse o polonês sorrindo.

Olhando da foto, para o sorriso do polonês, acabou deixando escapar:

– Você está lindo nessa foto Feliks. – assim que percebeu seu erro, calou-se.

O polonês parou o que fazia e encarou o lituano, sem acreditar no que tinha ouvido, só poderia ser coisa da sua cabeça. Tentou agir normalmente, mas sem sucesso.

– Você também estava lindo com aquele terno Liet. – respondeu corado.

O lituano suspirou, não sabia como fazer o clima voltar ao normal, sorte, que o polonês resolveu fazer algo.

– Vem, vamos continuar, agora vem as melhores fotos, não concorda? – disse sentando-se novamente.

Enquanto continuavam passando, o lituano observou a diferença, entre as fotos em que o menor estava de vestido, e as que ele estava de terno. Chegou à conclusão, que preferia Feliks usando não só terno, mas roupas masculinas. Combinava mais com ele, mesmo que a maioria das pessoas e nações, o confundissem com uma mulher, Toris o achava mais bonito, quando estava com suas roupas normais.

– Feliks, você fica muito mais bonito quando está com suas roupas normais, sabia? – Toris disse inconscientemente, ainda olhando para as fotos.

Feliks sorriu, sem olhar para seu amigo, não tinha ideia do que havia acontecido com o lituano. Ele passou a penúltima foto, chegando naquela em os dois estavam se beijando, corando, sem saber o que fazer, rapidamente pegou a foto e pressionou-a contra o seu peito.

– Essa foto fica comigo – foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça.

A primeira reação de Toris foi surpresa, depois uma vontade imensa de ver a foto.

– Por favor, Feliks, deixe-me ver a foto. – pediu rindo.

– N-não. – o polonês ficou ainda mais vermelho.

– Por favor, vamos. – cada vez que pedia, sentia mais afeto pelo loiro, estava se divertindo com o momento.

– Não, e-eu não vou deixar! – Feliks parecia uma criança, querendo proteger se tesouro mais precioso.

Mesmo sabendo que aquilo seria maldade, o lituano elevou-se do sofá, e ficou cara-acara com o polonês, fazendo o menor corar fortemente.

– Por favor, me entregue a foto, Polônia. – disse chegando cada vez mais perto, fazendo o menor desviar o rosto.

Feliks entregou-lhe a foto, porém estava relutante.

– Isso foi sacanagem Liet. – disse fazendo bico.

Segurando cuidadosamente a foto, olhou para Feliks.

– Eu sinto muito. – Passou a mão no cabelo do loiro. – Mas não vai fazer mal eu ver, afinal, você me deu uma cópia.

Toris avaliou a foto com muito cuidado, mais especificamente, avaliou o polonês com cuidado. Percebeu, o quanto este estava determinado na hora do beijo, e o quanto parecia estar gostando daquilo, os braços dele envoltos em seu pescoço, estavam esticados, e ele podia perfeitamente percebe que o polonês fazia esforço para que os dois ficassem da mesma altura. Na opinião do moreno, aquela era a foto perfeita. Desviando os olhos do objeto em suas mãos, olhou para Feliks.

– Eu vou fazer um chocolate pra você, mas, por favor, me perdoe. – disse o lituano sorrindo.

O polonês olhou pra ele desconfiado.

– Vou ganhar dois marshmellows? – perguntou.

Levantando-se e indo em direção à cozinha, o lituano gritou:

– Claro que sim. – respondeu.

– Eba, você é o melhor Toris! – riu o menor. – Eu vou colocar o filme para nós assistirmos, ok?

– Tudo bem. Prometo que não vou demorar. – respondeu o lituano, enquanto começava a preparar os chocolates quentes para os dois.

A tarde passou voando, logo chegando ao fim. Os dois passaram o tempo todo assistindo filmes, começaram com ação, depois uma comédia romântica, e por fim um filme de terror, que fez com que Feliks se agarrasse ou moreno, e se escondesse debaixo das cobertas. O que, não desagradou o maior por completo.

Despediram-se cada um com sorriso no rosto, porém, as semanas seguintes seriam terríveis, afinal, não poderiam se ver até a festa de natal. Aquelas seriam as piores semanas da vida de Feliks, e Toris, não fazia ideia de que sentira tanto a falta de sua, recente descoberta, paixonite.


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Notas finais do capítulo

E por isso não podia ser uma one-shot, quando eu vi, o início já estava desse tamanho, então já era tarde demais.Eu disse que muito erros seriam achados, espero que todos tenham saído ilesos dessa aventura -qPor tudo que é sagrado no mundo, me digam se eles ficaram muito ooc, esse é o meu pior pesadelo, odeio quando não sou fiel aos personagens.A parte dois será postada amanhã (se meus pais não me matarem até lá).Obrigada por lerem, por favor comentem, nem que seja pra me xingar, adoro ser criticada ♥