“O barulho repugnante surgiu. Que jaez de grito era aquilo? Beth inclinou-se para frente, com as sobrancelhas arqueadas e a testa a quase enrugar, se continuasse assim iria realmente ficar plissada. Ela saiu da cama em uma piscada, e realmente fora algo horrendo o que a mesma acabara de ver, o líquido rubicundo espalhado por todo o lugar. Aqueles olhos avermelhados, tudo horrível.”

O grito ecoara pela boca da jovem, que se desesperava suando freneticamente. Beth acabara de ter um horrível pesadelo, mas, não fora um pesadelo qualquer fosse como se tivesse acontecido isso no passado da mesma. Ela se levantara rapidamente antes de um barulho ecoar por todo o local, e por sorte era só as janelas se batendo ao vento. Foi até o banheiro do dormitório e jorrou água da torneira da sua face, como se quisesse se manter acordada. Pegou a toalha ao lado, era macia e passou pelo rosto tentando retirar a quantidade de água.

–– Porque diabos ainda estás acordada? –– Para a surpresa de Beth, Bianca apareceu na porta com uma expressão facial nada satisfeita pro encontrar a suposta “irmã” fuçando o banheiro, e os barulhos da janela acordando-a. –– E porque gritou aquele momento? –– Enrugou a testa, em forma de dúvida.

–– Aquele pesadelo novamente. Bianca. –– A respondeu, dando de ombros e sentando na sua cama. –– Se eu tivesse a coleção de Drácula ou a maldição do tigre eu teria algo para fazer essa noite. –– Murmurou para si, cruzando os braços. Ela iria ficar no tédio a noite inteira e isso nunca foi de certa forma diversão na opinião dela.

–– Porque não experimenta dormir? –– Disse em um tom de ironia. As duas eram assim: Brigavam sempre e a qualquer momento. Como cão e gato, ou gato e rato, ou rato e queijou, ou rato e ratoeira. Enfim, brigas se espalhavam sempre quando as duas estavam juntas. Bianca deitou-se fechando as pálpebras, com tentativas de dormir.

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–– Kaname. –– Zero o encarou com os olhos semicerrados. –– Que grande honra encontra-lo, não? –– Soltara uma risada fraca entre os lábios meio carnudos. Ele retirou rapidamente a arma de seu bolso. E o sorriso saiu ao ver que Kaname não revidou para começar as lutas e brigas bestas que sempre os dois tinham.

–– Sem brincadeiras, Zero. Já se passou cinco anos desde a morte de Yuuki e ainda não vejo motivos para soltar risadas. –– Alertou o mesmo, logo após voltou com um olhar triste, então sentou-se num banco qualquer. A aula já havia acabado faz tempo dos mesmos e eles tinham que ir para os dormitórios. Mas, como de costume Kaname ficou no jardim e dessa vez Zero iria querer ver o motivo de Kaname ficar por fora. –– E o que faz aqui fora?

–– Digo o mesmo, caro “amigo”. O que faz aqui fora? –– Indagou, esperando uma resposta enquanto guardava a arma. Um tiro não iria atingir mais Kaname, Kaname era forte o suficiente para aguentar mais de cinco tiros. –– Ainda não me respondeu. –– Tentou apressar o moreno na resposta.

–– Eu gosto do ar livre e eu preciso disso. Aliás, cuido de uma série de vampiros você queria o que? –– Não gostou da indagação do mesmo então ficou encarando as estrelas que apareciam repentinamente no céu. –– Yuuki sempre observava as estrelas comigo. –– Ele murmurou baixo.

–– Quer parar de falar dela? –– Se exaltou. Zero não gostava que falasse de Yuuki. Era doloroso, realmente lembrar dela, uma gotícula de lágrima escorreu pela face do mesmo. –– Vou-me ir. Não tenho absolutamente mais nada para fazer aqui. –– Se retirou do local, começando a andar em direção aos dormitórios.

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O sol já surgia. Os estudantes da classe não-vampira, ou em outas palavras Day Class já estava na hora de se direcionar até o colégio. Beth colocou o uniforme e pôs um all star cano alto preto. Combinara certo com o uniforme que ela iria utilizar. Mais um dia na sua nova vida. Mais um dia.