My Neko escrita por Beyond B Nat


Capítulo 22
Corrida contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Esse é o antepenúltimo capítulo da fic T-T Por um lado fico feliz por ela estar chegando ao fim pois trás a sensação de missão cumprida e agradeço as pessoas que a acompanharam até aqui =D

Pros que seguem minhas outras fics, adianto avisar que ficarei escrevendo só nessa até acabá-la, ok? Isso para enrolar menos nessa (e, também, tou com um pouco de dificuldade de escrever os detalhes, aí se eu ficar alternando voi demorar mais ainda '-')

Bom, aproveitem o capítulo o/



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Aoni

Acordei. Estava me sentindo um pouco tonto e com fome. Aquele humano me dopou várias vezes pra garantir de eu não tentaria fugir... Eu quero sair daqui. Estou com medo... Medo... Minha cabeça doeu de novo. Veio umas imagens na minha cabeça. Eu num vilarejo sentindo medo, culpa. Eu estava confuso, não entendia o que aconteceu comigo. Fogo! Fogo de novo!! Minha cabeça vai explodir!!!

– Ora, acordou de novo.

Olhei na direção da voz dele. O humano me deixou esses dias algemado nesse quarto escuro. Eu até que tentei me transformar pra ver se conseguia sair delas, mas como ele me dopava várias vezes eu não conseguia me concentrar devido a tontura e sonolência e, mesmo se conseguisse mudar, eu não conseguiria sair pela porta trancada.

– Não precisa fazer essa cara. Hoje você vai sair daqui. Não é o que você quer?

Não respondi. Esse humano é malígno, tenho certeza de que ele não faria isso por gentileza. Tenho certeza que ele está planejando algo.

– Aqui, tome. Você não me será útil se morrer de fome.

Eu não disse? Olhei para a comida que ele colocou na minha frete. Com a fome que tou eu poderia comer até pedra, mas eu não vou comer nada que esse humano maldito me der!

– Vai fazer greve de fome é? Não adianta agir assim... Você será bem útil, assim que eu tiver total controle de você, ficarei rico e, possivelmente, não precisarei te confinar num lugar como esse.

– Não vou... Fazer nada... Que você mandar... - minha voz saiu falha. Não só estou com muita raiva como estou péssimo.

– Quando estiver tudo feito, você me obedecerá de bom grado. E eu já disse pra não fazer essa cara. He! Prefere estar fora daqui? Com o seu "nii-san" que te largou aqui? Ou com a garota que te trata como um bichinho de estimação? Aliás, curioso, e quando ela passar a gostar de um humano de verdade? Acha que ela iria continuar te tendo em casa? Duvido o futuro namorado ou marido dela gostar de ter um outro cara próximo dela, ha ha ha!

Ele está errado. Eu posso ter perdido a conciência bem rápido naquele dia, mas vi que meu irmão estava sendo afetado pela gás também. Juro até mesmo ouvir ele dizer "desculpa" quando eu estava apagando. E no caso da Sayo... Eu não sei... Na última vez que a vi ela disse que não acreditava que eu a amo só por que sou um gato, mas eu preferia estar com ela, que é gentil, do que aqui! Ele tentou colocar muito coisa ruim na minha cabeça sobre eles, mas eu não acredito.

– Agora coma sua comida.

Rosnei pra ele. Eu quero é que esse maldito vá pro inferno! Ele suspirou e disse:

– Ok, se é assim... Não vai comer mais nada. - ele se afastou por uns segundos e pegou uma caixa de viagem e a abriu - Se transforme e entre aí. Não vou te arrastar em forma humana pelo trem.

– Não.

Ele tirou de um bolso uma máquina de choque e soltou uma descarga em mim. Essa dor é horrível.

– Eu já tou perdendo a paciência com você seu monstro miserável! Se transforme! - outra descarga - Se transforme sua aberração!!

– E-eu não consigo... - não aguento isso, eu quero morrer, sair daqui, qualquer coisa...

Ele me olhou com uma expressão assustadora. Por favor, irmão, Sayo, alguém, me ajude...

Kuro

Depois de eu ter resumido toda a história e ficar decidido de que acharíamos e salvaríamos o meu irmão no templo, onde mais do que provavel que aquele homem o levaria, informei aproximadamenta a localização em um mapa do Japão num computador. A lua estará mais cheia amanhã.

Hideki foi rapidamente para casa pegar e organizar umas coisa e eu, a humana e seu irmão ficamos no arpartamento dela. Quando for a hora, sairemos pra encontrar Hideki na estação. Enquanto passava o tempo, Sayo e Shussan ficaram fazendo sei lá o que e eu fiquei na sala cochilando. Tou levemente sonolento por causa do efeito da droga. Será que na realidade aquilo está realmente me matando, só que aos poucos,de modo que não percebo? Não, não dá pra eu ficar pensando nisso agora. Tenho que me preocupar em salvar o meu irmão daquele maldito.

Acordei e parecia de madrugada, já que as luzes estavam apagadas. Dessa vez dava pra eu sentir um pouco de fome, então fui para a cozinha e peguei a primeira coisa que achei que tivesse um jeito agradável. Voltei pra sala e fiquei comento o salgado que achei e "viajando" em minha mente. Não entendo o que aquela kitsune vê nos humanos...

–----Flash back on------

– Bem, já que tudo está resolvido, precisamos agir logo antes que não tenho como encontrarmos o Aoni de novo! Ou pior... - Shussan falou.

– Certo. Obrigada por nos ajudar, Yuri-chan. Oh, se não se importar que te chame assim.

– Tudo bem, todos me chamam assim, huhu.

– Vamos logo? - Hideki falou - Vamos ter que organizar tudo perfeitamente para chgarmos a tempo.

– Tem razão.

Eles terminaram de se despedir dela e todos foram subindo, eu fui logo atrás, até que senti algo tocar o meu ombro. Era a garota. Ou melhor, a kitsune.

– Por que não falou pra eles que sou um raposa (kitsune = raposa), hum? - Ela falou com um sorriso, digamos, malicioso.

– Deve ser por que, se eu dissesse, você falaria que eu saí correndo por medo de você. Tsc! Até parece.

Ela riu e deixou visível suas orelhas de raposa tão brancas quanto o cabelo dela.

– É, diria sim, he he.

– Por que você está aqui, se misturando aos humanos. Essa espécie não presta, é maliciosa, arrogante, intereseira...

"Kuro!" ouvi um dos humanos me chamando. Ok, posso me acostumar com esse nome.

– Nem todos os humanos são ruins. Pela história que você contou, é realmente difícil de ter fé neles, mas... Para tudo existe um excessão. Alguma hora você poderá entender.

– Tá... - falei revirando os olhos - Até, talvez, um dia desses.

Me virei e subi logo antes que algum daqueles humanos desça pra tirar satusfação (como se eu ligasse...)

–----Flash back off------

De repente os meus pensamentos foram interrompidos por perceber um movimento pela sala, então me virei e era a huamana. Ela parecia por um segundo ter parado e ficou olhando pra mim.

– O que foi? - falei.

– Hum, nada... - ela falou tirando uma mecha do seu cabelo do rosto.

– Por eu estar aqui, por um segundo lembrou do meu irmão, não é? hu. - não pude conter o riso sarcástico, mas de certo modo eu entendo bem os motivos de ela pensar nisso.

– Apesar, hum... Da cor do cabelo e da personalidade ser diferente, vocês são um pouco parecidos. Não, tou pensando besteira, só por que vocês são basicamente da mesma espécie não quer dizer...

– Mas somos mesmo. - interrompi.

Ela ficou quieta por uns segundos. Tímida e mesmo assim "forçando amizade"...

– Você parecia bem triste enquanto contava a história de você e do Aoni.

– Era por acaso história para estar feliz?

– Não é isso que quero dizer, só que... Bom... Apesar de, em tese, não saber como é, imagino como deve ser. Você sofreu muito, talvez até um pouco mais que o Aoni, não é?

Depois de uns segundos de silêncio, respondi:

– Se ele pudesse lembrar tudo que fez, ele sofreria cem vezes mais do que me sinto mal com tudo isso. Ele até mesmo matou humanos que ele gostava. Essa "maldição" é uma merda...

– Entendo... Bom... Vou voltar a dormir. Boa noite.

Não respondi, apenas vi ela indo pro corredor. Pra quê essa humana foi inventar de falar comigo?

Sayo

Finalmente amanhaceu. Estou um pouco anciosa pra encontrar o Hideki logo e todos irem para onde ficava o templo em que "tudo começou". Tentei nessa madrugada conversar com Kuro, eu sei que ele se sente muito mal com o que está acontecendo, mas não consegui falar muita coisa...

Acordei Shussan e fui preparar o café da manhã pra todos. Kuro continuou dormindo, o deixei quieto. Na aparência ele é tão parecido com o Aoni (parando pra pensar, isso é meio óbvio, ele são irmãos) mas a personalidade é bem diferente. E não digo apenas por Kuro ser frio e estrassadinho (isso parece apenas "modo de defesa"), mas sim por que, bom, se tratando de personalidade felina, Aoni é mais ativo e Kuro mais quieto.

Assim que terminamos e eu já ia acordar Kuro ele se levantou. Parece que ele tava esperando a gente terminar pra ele comer sozinho, só acho. Essa solidão toda chega a ser triste, nem eu chego a ser tanto assim...

Terminamos de organizar o que tinha que ser feito então fomos logo pegar um ônibus. Tomara que não percamos o trem...

Hideki

Devo admitir, não confui muito no Kuro ter ficado na casa da Sayo, mas ficar com ele aqui que não fico! Bem que... O que diabos estou fazendo? Não tenho a menor chance com Sayo, depois do que aconteceu, mesmo assim vou ajudar a achar o cara que arranhou a minha cara. Bem que, apesar disso tudo, ainda gosto da Sayo, então o motivo disso talvez seja para vê-la feliz, apesar de jamais ela ser "feliz comigo", digamos assim.

Nunca me apaixonei antes e me apaixono justamente por quem não tenho chance nenhuma que não seja amizade? Friendzone é foda... Bem que prefiro ser só um amigo do que ficar longe dela. Talvez ela esteja certa, um dia vou superar isso...

Peguei a minha mochila com o necessário e corri antes que perdesse o ônibus. Tomara que eu não chegue atrasado!

Shussan

Nem demorou muito parar chegarmos na estação, francamente, achei que demoraria mais. Enfim... Facilmente avistamos Hideki já nos esperando perto da platarforma. Ué? Quem tá asioso pra salvar o Aoni aqui? A Sayo ou ele? Ha ha ha!

Ah! Kuro está com a gente na forma humana, só pra dizer. Pelo jeito ele não estava com a menor vontade de parecer que era um bichinho de estimação. Cara, irritante pra caramba esse orgulho todo dele...

– Que bom, achei que você não chegariam a tempo, acabaram de última hora mudando os horários dos trens e o nosso sai daqui a dez munutos.

– Mesmo se perdessemos agora, não há importância. Ele só estará no templo a noite. Apesar de que, se chegarmos depois do ritual ter sido comcluído, poderar ser tarde...

– Aquele momento estranho que o irritadinho que se sente culpado tá ligando pra porra nenhuma!

– Shussan, olha a língua... E dá pra vocês três não se estranharem ao menos uma vez?

– Meio difícil. - Kuro falou irônico. Que "leve" vontade de dar na cara dele...

Depois desse tempo, finalmente entramos no trem. Agora o que resta é chegar na cidade mais próxima do antigo templo e ir andando até lá. O foco é chegar lá depois de ter anoitecido, pois o cara que está com o Aoni não chegará durante o dia, segundo Kuro. Cara... Acho que Sayo não devia estar aqui. Não é apenas que se falharmos ela ficará mal por não termos conseguido salvar o nekomata e etc; e sim por que... Qual é a chance de alguém acabasr morrendo?

A viagem foi passando e parecia bem longa, Sayo até dormiu. Eu estava quase também, até que Kuro chamou a atenção de mim e do Hideki.

– Ei, aproveitando que ela está dormindo, tenho que dizer uma coisa.

– O quê?

– Você podem gostar dela de sua própria maneira e etc, por isso quero pedir logo esse favou: Arrumem um jeito para ela não chegar ao templo.

– Do que você está falando?! tava armando tudo?!

– Claro que não! Você é idiota ou o que?! Se algo der errado, meu irmão pode perder o controle e corre o risco dela morrer. Sei que vocês não querem isso, um por que gosta dela e outro por que é sua família. Eu só não quero que ela morra por que, não que eu ache que ele possa se lembrar, mas, se isso ocorrer... Não quero que ele tenha mais um motivo de sentir culpa.

– Entendi... - falei. - Mas não sei como poderíamos evitar que ela vá pra lá.

– Você pode enrolá-la de algum jeito enquanto pegamos o caminho sozinhos - Hideki falou - sem Kuro vai ser um pouco difícil achar o templo.

– Mas nem pensar!

Nós três olhamos. Eita porra! A quanto tempo ela tava ouvindo?!

– Você não vão me deixar pra trás!!

– Pera aí, Sayo! - tentei amenizar a situação - Entenda, não queremos que você morra!

– Eu posso ter risco de morrer lá, mas tanho tanto quanto vocês! Não me tirem dessa história como se eu fosse uma garotinha frágil! Tà pensando que eu sou quem?! Além disso, eu fui um pouco injusta com o Aoni... Mesmo que isso arrisque a minha vida, eu tenho que ir lá.

Ficamos calados por alguns segundos. Mais que coisa bizarra eu, o irmão mais novo, querendo proteger a minha irmã mais velha desse jeito.

– Ok, se você já sabe o que estávamos planejando, então não tem jeito. - Kuro deu de ombros.

Sayo cruzou os braços e nos encarou. òtimo, parece que três pessoas aqui vão perder o rim.


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