A Vingança dos Sete escrita por Number Nine


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom gente esse é meu primeiro capítulo, já venho pensando em escrever uma fic sobre os legado há algum tempo, mas só agora tive coragem de escrever rsrs
Espero que gostem



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Quatro

Não confio nele, todos os meus instintos naturais pedem, melhor imploram pra eu matar Adamus Suketh ou fugir e deixá-lo desacordado, mas preciso dele. Pelo menos como um escudo vivo para até o telhado para que possa encontrar BK e fugirmos desse inferno.

Estamos subindo para a cobertura por uma escada de emergência quando sinto o peso das arcas que eu carregava por telecinese diminuir. Olho para trás e vejo andam segurando duas delas com dificuldade. Ele tenta sorrir pra mim, mas aquela pele pálida e olheiras protuberantes me impedem de demonstrar qualquer sinal de empatia por ele.

- Desculpa, só queria ajudar. – ele diz meio sem graça, mas sem largar as arcas da mão.

- Tudo bem, vamos nos apressar, quero saber se meu amigo está bem. – digo avistando a porta para a cobertura.

- Seu amigo é uma Quimaera né? – Adam pergunta, mas não tenho tempo de responder.

A cobertura estava toda cheia de buracos de canhões mogadorianos. Vejo suas armas espalhadas por todo o local, mas nada de BK até o momento. Meu corpo não aguenta mais isso. Eu desabo no de joelho no chão desesperado e finalmente olha para meu tornozelo. A cicatriz nova está mais afastada das outras três, muito mais. Então percebo que ainda hpa um espaço entre a marca da morte da número Um e a nova cicatriz. O número Oito está morto.

Não resisto. Estou desesperado, preocupado com os outros que estão lá. Será que foram capturados também? E muita agonia, mas não a tempo ainda de checar o tablet. Estou a ponto de desistir quando cinto uma lambida na minha cara.

Olho para frente e vejo Bernie Kosar, mancando da perna traseira e cheio de machucados, mas ainda vivo. Não dou tempo nem dele falar algo. Agarro ele e começo a usar meu legado de cura imediatamente.

Nem sabia se isso iria dar certo, mas vejo que BK está ficando com o pelo sem marcas vermelhas e elas começam a desaparecer até só restar seu pelo branquinho com manchas marrons. Bernie começa a mancar.

“está tudo bem John” BK diz em minha mente. “Eles vieram me ajudar”.

“Eles?” eu pergunto mentalmente. Mas a pergunta e respondida imediatamente.

Vejo aparecerem mais Animais de trás de uma parede. Um bode, um macaco, uma coruja, um rato e um castor. E mais atrás um lobo de olhos dourados do quase do tamanho de um leão. Sinto que esses animais não são daqui, de repente um pensamento milagroso vem a minha cabeça, será que eles são...

“Olá número Quatro” o Lobo fala em minha mente “Hadley nos falou de você, que bom que Adam conseguiu te achar a tempo”.

- Areal, pessoal que bom que conseguiram! – Adam fala se aproximando do lobo e o afagando no pescoço.

“John” Bernie fala em minha mente “Essas são as Quimaeras que vieram na outra nave, a que você viu em seus sonhos”.

Olhos pra todos aqueles animais. Todos eles falam oi pra mim em minha mente. Não consigo acreditar. Logo quando estava perdendo as esperanças, mesmo depois de perdermos Oito, Ella ter sido capturada e Cinco ser um traidor, será que realmente temos esperança?

Vejo Adam checando se os outros animais estão bem. Sorrindo pra eles. De algum modo isso me incomoda, Quimaeras são animais de Lorien. Mas era como se elas o considerassem um de nós.

- Por que elas não te atacam? – pergunto de um modo seco. – Elas parecem se sentir bem à vontade com você.

O mogadoriano me olha. Ele parece estar meio triste com o modo que falei com ele. Eu quase me senti mal. Quase. Por Lorien, estou virando um mini Nove.

- Eu as resgatei de uma base mogadoriana, sem falar que elas respeitam quando mostrei meu legado pra elas. – ele me diz.

Aquelas palavras. Será mesmo que Adam pode ser um mogadoriano do bem? Mas como ele conseguiu um legado. Isso só me fez lembrar da minha suposição que Setrakus Rá poderia ser lorieno. Tenho tantas pergunta pra fazer a Adam que quase me esqueci que tenho que encontrar Sarah e os outros no Zoológico.

- Temos que nos apressar número Quatro. – Adam fala como se pudesse ler minha mente

Olho para as quatro arcas no chão e fico pensando em como vamos sair de lá com elas, apesar de que. A arca de Oito se tornou inútil agora. Esse pensamento me deprime, mas temos que escapar logo.

- Você tem alguma idéia milagrosa pra nos fazer fugir daqui?- pergunto.

Adam sorri pra mim. Ele está muito empolgado com essa situação, embora eu não possa compartilhar isso. Mas me sinto esperançoso com as Quimaeras.

- Pensei que não fosse pergunta. – ele diz. – Pessoal...

Todas as Quimaeras começam a se transformar em aves. Quatro viraram águias, e pegaram as arcas com suas garras. Bernie Kosar e Areal viraram aves parecidas com falcões, só que gigantes com corpos de um metro e meio aparentemente. Ao abrirem as asas, cada uma tinha dois metros. Olho pra Bernie e entendo o que fazer. Subo em suas costas o abraçando no pescoço bem forte.

Vejo Adam fazer o mesmo com Areal.

- É a primeira vez que vai voar num falcão gigante no meio de Chicago? – ele me pergunta rindo. – Porque se não for me diga que é seguro, to me cagando de medo aqui.

Começo a rir da piada dele.

-Infelizmente é a primeira vez. E sinto profundamente que iremos acabar virando asfalto.

Ele começa rir meio nervoso.

As Quimaeras levantam vôo e começamos a nos afastar do edifícos Hancock. Lá de baixo vejo algo inacreditável. Policiais e mogadorianos se combatendo atrás de seus carros e furgões. Parecia estar havendo uma troca de tiros feroz entre eles.

- Papai não vai ficar nada feliz com isso. – Adam fala tirando sarro da cena.

- Papai? – Pergunto meio espantado.

Adam olha pra mim meio espantado. Acho que ele esqueceu que não estava mais viajando sozinho e deixou os pensamentos altos demais.

- Deixa pra lá. Para onde vamos agora número Quatro? – ele diz mudando de assunto. – Espero que tenhamos um plano de fuga.

Olho para as Quimaeras e tento me focar em todas ao mesmo tempo. É a primeira vez que tento fazer isso. Agora entendo como Ella se sente. Mando todas as Quimaeras se dirigirem para o Zoológico e mandei Bernie Kosar assumir a liderança para ajudar a guiá-las pela cidade.

- Vamos para o Zoológico. – aviso para Adam. – E não, não tenho um plano de fuga muito bom.

O mogadoriano não parece muito feliz com a notícia, mas tenta sorrir.

- Ok, você manda.

Sete

De mãos dadas com Seis corremos invisíveis pelo pântano a todo frenesi. Meu peito ainda dói muito.

Quero largar a mão de Seis e voltar correndo pra onde Oito está congelado no bloco de gelo e tentar curá-lo mais uma vez. Talvez se eu usar toda minha força consiga fazê-lo ressuscitar. E se eu não conseguir, que os mogadorianos me matem. Assim terminaria o estorvo que eu represento pra toda a Garde. Mais uma pessoa que eu amo se perdeu pra sempre. Não suporto mais isso.

Sinto a mão de Seis me apertando mais forte. E me fazendo correr mais rápido. Acho que ela percebeu minha agonia. Agora temo por sua vida e pela de Nove. Tenho que curar a fratura da coluna que ele sofreu. Não posso me permitir morrer até que os dois estejam sãos e salvos bem longe daqui. Depois posso me permitir ser capturada e morta e finalmente dar um fim a está vida amaldiçoada.

- Rápido. Marina vamos nos esconder naquela gruta! –Seis fala invisível do meu lado.

A gruta era um buraco no meio de uma montanha. – Aquilo é suicídio-. Penso em falar para Seis, mas não iria ajudar em nada eu ser pessimista nessa hora. Corremos até ela.

Quando entramos. Seis solta minha mão e voltamos a ficar visíveis. Olho para meio nervosa sem saber qual seria o plano. Ela tira Nove de suas costas e o pousa suavemente no chão.

- Seis. Qual seria exatamente seu plano? – pergunto meio nervosa.

Ela olha pra mim tirando seu cabelo loiro já desbotando e aparecendo alguns fios pretos naturais da sua face. Ela estava tão nervosa quanto eu. Pelo os inchados percebi que ela estava chorando também.

- Cure-o – ela diz olhando pra mim apontando pro Nove. – Eu irei fechar a entrada.

Sinto minhas pupilas arregalarem de espanto. Mas acato a ordem e coloco minhas mãos no abdômen de Nove e começo a curá-lo nas feridas que ele tinha mais superficiais naquela parte. Ainda havia a fratura na coluna que ele sofreu. Na hora que eu o iria virar ele de lado para poder curar sua coluna sinto que alguma parte da montanha está começando a tremer, melhor. É como se a terra estivesse se deslocando.

Olho para frente da gruta e vejo que Seis está fazendo a terra em volta da abertura começar a se deslocar para fechar a entrada por onde nós viemos. Claro ela controla os elementos, esqueci completamente o que ela pode fazer com a terra também.

Volto a me concentrar em Nove e tentar curá-lo. Sinto um frio na barriga, sensação sempre volta quando são ferimentos tão profundos. Vejo que Nove mesmo desmaiado, está começando a amenizar sua expressão de dor. Até que finalmente eu consigo curar seu ferimento e o coloco deitado no chão de barriga pra cima.

Olho pra frente e não percebi que meu legado de visão noturna estava começando a entrar em ação. Seis realmente conseguiu fechar aquela entrada. Acho que agora estaremos seguros. Desde que a caverna tenha oxigênio o bastante pra que fiquemos seguros.

Ela para na minha frente e fica de joelhos como eu. A seguir o que acontece é algo inédito na minha vida. Seis me abraça chorando. Chorando muito. Não resisto mais e cedo finalmente à dor.

- Sinto muito Marina. – ela me diz soluçando. – Se eu ao menos tivesse percebido antes que Cinco era um traidor... Talvez... Talvez Oito tivesse sobrevivido.

- Não é sua culpa. – falo soluçando também. – Nenhum de nós percebeu. Todos fomos culpados.

- Sim, mas eu já estive lá na base deles. Eu havia percebido algo de estranho naquele desgraçado, mas... Fui uma tola! Estava tão feliz por ter visto que todos nós estávamos reunidos que não percebi os sinais.

Seis finalmente para de chorar e começa a enxugar os olhos. Infelizmente as lágrimas continuam a sair pelos meus olhos como uma cachoeira incessante.

- Ele jogou a Xitharis fora, ele não queria falar conosco, não ia aos treinos, vivia arranjando briga com Nove. Era Óbvio.

- Não foi sua culpa. – uma voz masculina que reconheço sendo a de Nove vem atrás de nós. – Eu também não percebi que aquele hobbit maldito tinha algo de errado, melhor percebi, mas só pensava em vencer essa guerra logo.

Nós duas nos viramos para encara Nove. Ele milagrosamente achou um lampião com óleo e conseguiu o ascender o que fez a caverna começar a se iluminar e o meu legado começar a desaparecer.

Ele não parecia estar chorando. Mas sua expressão é de puro ódio.

- Marina, você tinha o elemento surpresa e não matou aquele filho da puta! – Nove vocifera pra mim.

- Nove para! – Seis berra em protesto para ele.

Sinto uma pontada em meu peito. O que Nove disse é verdade, foi minha culpa. Eu poderia ter feito o sacrifício de Oito não ter sido em vão, mas não consegui matar aquele traidor do Cinco.

- Lamento Nove. – Digo me controlando pra não chorar novamente.

Nove levanta e começa a alongar os músculos na nossa frente.

- Tudo bem, vamos dar o troco agora. – ele diz. – Seis você já esta melhor da porrada na cabeça?

- Sim, mas por quê? – Seis pergunta meio espantada.

-Porque você vai abrir a entrada de novo e vamos la matar todos eles agora! – Nove diz caminhando onde a terra impedia a passagem.

- Você está louco! – Seis fala incrédula.

- Com certeza. – falo em concordância. – Nove, quero me vingar também, mas se sairmos do jeito que estamos iremos morrer.

O garoto nos fuzila com os olhos. Percebo que eu e Seis iremos ter que lutar contra Nove. Pelo modo que ele olha pra nós irá abrir caminho naquela terra e irá sozinho para derrotar todos aqueles mogs.

Antes que algo pudesse acontecer. Começamos a ouvir um barulho de passos vindo do outro lado da caverna. Meu corpo gela. Percebo que Nove e Seis pararam de brigar e ficam a postos para quando eles chegarem. – A guerra acabou -. Penso. É nosso fim. Estamos encurralados e não temos espaço pra nos locomover direito.

Talvez Seis conseguisse escapar ficando invisível, ou Nove fugindo por cima. Mas sei que os dois não iriam fazer isso. São guerreiros dispostos a lutar até a morte. E irei morrer assim. Irei lutar dessa vez. Morrerei lutando.

Os passos começam a se aproximar cada vez mais...


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal espero que tenham gostado, deixem reviwes por favor dizendo que acharam. E digam o que eu posso fazer pra melhorar na fic



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