Treacherous escrita por Luby e Isa Peters


Capítulo 3
E começa uma nova vida.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra postar, é que aconteceram alguns probleminhas e minha amiga tá viajando, então fica complicado. Espero que gostem.



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Levantei-me preguiçosamente, fiz minha higiene matinal e procurei vestir uma roupa adequada para mais um dia ensolarado em Dallas, onde moro desde meus seis anos de idade. Desci para preparar meu café da manhã e ao chegar à cozinha, vi um bilhete fixado na geladeira; provavelmente de minha mãe. Ela trabalha muito desde o falecimento de meu pai e nunca está em casa. Ganha razoavelmente bem. É jornalista do jornal local e escreve sobre os eventos semanais, por isso faz muita hora extra. Às vezes me pergunto como ela consegue nos sustentar.

“Não voltarei para almoçar, volto à noite. Precisamos conversar, portanto, me espere acordada. Beijos, Mamãe.”

Não dei muita importância, pois não era a primeira vez que ela tinha de ficar trabalhando até tarde. E eu até entendo, ela está se sacrificando por mim, para o meu futuro. Mas a parte do precisamos conversar é o que me assusta. Não sei o que fiz dessa vez.

[...]

Após tomar meu café da manhã e lavar o que utilizei, voltei ao meu quarto, arrumei a imensa bagunça já acumulada, passando para a área da sala e depois banheiros. Quando eu já estava satisfeita com meu trabalho na casa, subi para tomar um banho. Troquei de roupa e fiquei mexendo em meu notebook, até as 19h. Esquecendo-me de almoçar. Quando me dei conta do horário corri até a cozinha para preparar o jantar, pois toda a terça e sexta-feira sou obrigada a prepara-lo. Depois de ter tudo aprontado fui para o meu quarto e aproveitei para colocar meu pijama.

Enquanto estava descendo a escada, escutei barulhos na porta. Mamãe. Ela entrou e pendurou o seu casaco e bolsa no cabideiro.

– Oi mamãe, como foi no trabalho? – perguntei tentando parecer o mais amistosa possível.

– Foi excelente filha, acho que estou perto de uma futura promoção! Mas estou faminta. Sobrevivi o dia todo à barrinhas de cereal. – respondeu exausta. Aposto que não queria mais conversar e seja lá o que eu tivesse feito, já havia sido esquecido.

– Ótimo, o jantar está pronto. – eu disse contente por ser útil à ela.

– A mesa já foi posta também?

– Sim.

– Obrigada filha. – falou assim que chegou à sala de jantar. – Você sabe que desde o falecimento de seu pai... – odeio quando ela fala do papai, porque geralmente ela chora. – ... eu estou trabalhando muito e sinto por não poder mais fazer certas coisas e deixa-las para você fazer.

– Mãe, eu já estou crescida. E é o mínimo que posso fazer por você, já que trabalha tanto. – disse minimizando todo o seu drama.

– De qualquer jeito, obrigada.

Depois de jantarmos, ela insistiu em me ajudar a lavar e guardar a louça. Por mais que eu negasse, porque era meu dia de preparar o jantar e isso incluía lavar a louça, ela continuou insistindo até que cedi. –

– Filha me lembrei que queria falar algo com você. – ah não, ela se lembrou. Eu fiquei totalmente nervosa nesse momento que quase derrubei um prato no chão. – Cuidado Sophia! – minha mãe me repreendeu pegando-o de minhas mãos. – Bom, como eu ia dizendo... Eu queria que soubesse que sua presença sempre foi essencial aqui nessa casa. Ainda mais depois que seu pai... – ela deu uma pausa, com os olhos marejados. – ... e talvez seja por isso que eu não queria te deixar ir para a faculdade. – Ai meus Deus! Ela falou queria, ou seja, no passado. Não acredito que Mandy consegui convencer ela. – Enfim vou te deixar ir para a faculdade , porque... – A partir desse momento parei de escutá-la e interrompi-a com um grande abraço e disse repedidas vezes que à amava.

Quando soltei-a vi seus olhos cheios de lágrimas e só assim pude perceber o quão importante era dizer isso à minha mãe – uma mulher visivelmente que quase nunca tendo o seu devido reconhecimento.

– Tenho que contar à Mandy. – disse eufórica, correndo às escadas e subindo apressadamente.

– Ela vai gostar de saber querida! – minha mãe gritou.

Ela mal sabia que também era tudo encenação de minha parte, não consigo acreditar que ela nem deu os créditos à Madison. Mas agora não importa, ela finalmente me deixou seguir os passos de meu pai.

Atirei-me em minha cama, pegando meu celular de cima da cômoda. Rapidamente disquei o número da Mandy, o qual já sabia de cor e salteado .

– Fala Soph. – antendeu sem ânimo algum.

– Parabéns Madison, não sei como você conseguiu, mas meus parabéns! – disse animada.

– Parabéns pelo quê? – perguntou confusa.

– Você só tornou meu sonho realidade!

– Isso quer dizer que...

– Sim! Ela permitiu que eu cursasse advocacia. Nem sei como te agradecer. Te amo amiga!

– Menos Sophia, bem menos. Vou para sua casa agora, pede para sua mãe deixar eu dormir aí, está bem? Beijos. – ela desligou na minha cara!

Depois de falar com minha mãe sobre Mandy vir aqui, que cedeu sem hesitar, fui à cozinha e peguei algumas guloseimas e refrigerante para mais tarde. Minutos depois a campainha tocou e fui correndo atender. Dei de cara com uma Mandy de pijama de ursinhos e pantufas em forma de cão, ao lado do seu pai que se segurava para não rir da situação. Eu não me encontrava muito diferente de Madison, com esse meu pijama de vaquinhas.

Ela se jogou em cima de mim me dando longo abraço e seu pai, soltou a bolsa de Madison no chão ao lado da porta. Ele se despediu falando que buscaria Mandy ao meio-dia do dia seguinte.

Ficamos acordadas até tarde, fantasiando como seria estar na faculdade. Até que ambas caímos em um sono profundo. Deixando que os sonhos permanecessem intactos em nossas mentes

[...]

2 messes depois...

Chegamos na universidade há duas semanas e pode-se dizer que fiz bastante amigos. Está bem! Só fiz dois amigos, mas eles de grande importância para mim. Tanta importância que eu posso até mesmo dizer que não preciso de mais nenhum outro amigo.

Seus nomes são Henry e Vanessa. Vanessa é minha colega de quarto e tenho certeza que se ela não fosse, nunca nos daríamos bem ou teríamos a chance de nos conhecer, pois ela é completamente meu oposto. Ela é de baixa estatura, tem cabelos negros – assim como os olhos – e cacheados. Ela é uma amante de festas e um tanto extrovertida, mas não deixa de ser estudiosa. Eu a descreveria como conversadora. Vanessa diz ter vindo de uma família pobre – não pobre miserável, só pobre, como classe média baixa – por isso manter as notas altas é prioridade pra ela, senão poderia perder sua bolsa de estudos. Ela está cursando pediatria, assim como o Henry já cursou.

Henry e eu nos conhecemos na sala de aula, ambos somos deslocados e acabamos fazendo dupla juntos em um projeto que foi finalizado há pouco. Pode-se dizer que nos demos bem – muito bem, na verdade – logo de cara. Ele e a Vanessa são amigos de longa data, praticamente irmãos, ou seja, eu o conheceria de um jeito ou de outro. Henry cursava pediatria e no segundo ano desistiu desse curso. Ele voltou depois de um ano já decidido de que queria cursar advocacia, mas ele confessou à mim que essa decisão sofreu um pouco da influência de seus pais.

Quando voltou para casa (assim como a Vanessa, ele mora na Filadélfia, Pensilvânia) após desistir de sua primeira faculdade, seus pais não o deixaram em paz, fazendo com que ele fosse passar uma temporada com a sua tia em Atlanta, que é advogada. Ele observou seu trabalho de perto, tirou suas conclusões de que não seria tão ruim assim se ele cursasse advogacia e voltou esse ano decidido à faze-lo. Deixando os orgulhosos e blábláblá.

Ele é mais alto que eu, deve de ter um metro e oitenta e poucos. Cabelos de cor castanho-claro e olhos esverdeados hipnotizantes. Seu físico é malhado – não que eu tenha reparado muito – mas uma vez fomos à academia daqui, e com fomos, digo: eu, Vanessa, Henry e Madison. E ele estava sem camisa. Henry vem de uma família bastante privilegiada e pequena.

Como disse não são muitos amigos, longe disso, mas sei que eu não poderia ter encontrado pessoas melhores para me relacionar.


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Notas finais do capítulo

OBS: A universidade fica em Dakota do sul.
Deem idéias.Beijos Amores...



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