Escrito nas estrelas. escrita por Val-sensei


Capítulo 2
Momento estrelar.




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As horas se passaram rapidamente Mu, Shaka, Saori, Afrodite, Seiya, Shiryu, Shunrei, Shun e June já estavam andando pela trilha que dava a pequena aldeia perto do Olímpo. Já dava para ver as luzes coloridas o barulho das músicas misturadas a leve fumaça que subia vagarosamente ao céu.

O cheiro de comida já entrava pelo olfato aguçado de Shaka.

– Hum! Que cheiro bom! – Shaka verbalizou fechando os olhos e sentindo o aroma cada vez mais próximo.

– Já estamos chegando, Shaka – June sorriu ao loiro, atarracada no braço de Shun.

– Nossa você parece um cachorro morto de fome para sentir cheiro de comida a essa distância – reclamou Afrodite.

– Melhor ter o olfato aguçado e sentir cheiro de comida do que sentir cheiro de rosas como você sempre sente Afrodite – Shaka o olhou enfezado.

– Ei, pare vocês dois! Estamos indo para nos divertir, lembram-se? – perguntou Mu.

– Olha aqui seu carneiro desgarrado – os dois olharam para Mu que estava esperando pacientemente a resposta dos dois.

– Você tem razão - suavizou Afrodite olhando as luzes coloridas não muito distante deles.

Seiya e Saori estavam abraçados e calados, Shun e June conversavam e tentavam acalmar os ânimos e Shiryu e Shurei caminhavam sem silêncio.

A caminhada foi curta, mas logo eles estavam de frente a dois imensos pilares, um tori, passaram por ele e foram por uma rua onde via algumas cada várias barracas, mas algumas estavam tão lotadas que eles preferiram nem chegar perto. O céu estava cheios de balões que iluminavam o festival lhe dando um ar mais festivo, o barulho das pessoas conversando animadas em volta deles, o barulho dos tambores ao longe, as garotas andando com as roupas típicas; yukata para enfeitiçar alguns garotos.

O local inteiro estava ocupado por barracas, o céu estava cheios de balões que iluminavam o festival lhe dando um ar mais festivo, em cada barraca havia algo novo, mas algumas estavam tão lotadas que era preferível ir para as mais vazias para suprir a suas curiosidades.

Os rapazes olhavam curiosos de um lado para outro quando Saori viu uma barraquinha, escrito: “teste o seu amor aqui”.

– Vamos lá meu pegasuzinho do amor, quero testar o seu amor por mim – ela fez um beicinho.

– Acho que não teria necessidade de testar, mas já que você quer tanto assim – ele caminhou com a mão em sua cintura com um dos braços.

A deusa toda empolgada caminhou ao lado dele para barraquinha e foram testar o seu amor.

Ficaram apenas Shun, June, Shunrei, Mu, Shaka e Afrodite eles continuaram pela rua colorida, com barraquinha de um lado e de outro, a fumaça das comidas entrava nas narinas de Shaka, o indiano estava enfeitiçado com o cheiro das iguarias gregas e seguindo o seu olfato aguçado não viu quando se separou do grupo e foi em direção a uma barraquinha onde havia comidas típicas como sopa de lentilha, flores de abobrinha recheadas com arroz ou queijo e ervas entre outra iguarias.

Ele olhava sentindo a saliva brotar em sua boca. Agora Shaka ia cometer o pior pecado para um indiano, a gula, depois de alimentar-se com todas aquelas iguarias com certeza ele ia ter que meditar e cantar todos os mantras possíveis para tirar aquele pecado tão tentador. Sorriu e começou a pedir os pratos.

– Onde foi o Shaka? – perguntou Shun olhando e vendo só ele, June, Mu, Shunrei Shiryu e Afrodite.

– Provavelmente foi comer. Ele custou a esperar chegar aqui com aquele faro de cachorro dele – era Afrodite com as suas criticas sobre o virginiano.

Eles sorriram animados quando Afrodite viu uma barraquinha com vários tipos de rosas, flores e viu algumas garotas ali em volta e foi até lá ver as flores e jogar o seu charme deixando Shun, Shiryu, Shunrei, Shun. June e Mu.

June e Shun conversavam em sussurros, Shun estava com o braço em volta da loira enquanto sorria a ela.

Shiryu tinha um dos braços de Shunrei e hora ou outra dava um beijo no rosto dela, Mu ia um pouco mais atrás dos dois casais se sentindo um pouco incomodado.

Eles viram uma barraquinha de peixinhos e foram tentar pegar um peixe, Mu ficou afastado apenas olhando os casais em um clima romântico.

Mu estava começando a se arrepender de ter ido, estava incomodado de ficar perto dos casais e logo Shu e June se separaram deixando apenas Shiryu e Shunrei na barraquinha dos peixinhos.

Agora sim ele estava deslocado, queria sair dali correndo do que ser um castiçal inteiro, sentia se incomodado no meio daquela situação então vagarosamente começou a afastar do casal, até que estava a uma distância favorável do mesmo. Começou a caminhar sozinho pelas ruas coloridas com balões e fitas dependuradas na banca, suspirou fundo olhou o céu e viu estrelas brilhando no céu lembrou se do seu golpe extinção estrelar, deu um sorriso fraco, um suspiro cansado e ficou distraído viajando naquele céu negro carregado de pontinhos amarelos e brilhantes quando escutou alguém correndo em sua direção, mas antes que pudesse se virar para ver quem era e dar licença para a pessoa passar, ela colidiu com ele e o derrubou no chão.

Os olhos castanhos dela penetraram nos verdes dele.

Mu a olhava e viu que a suas roupas estavam levemente rasgadas, um pouco suja, com lagrimas nos olhos, escutou alguém gritar:

– PARA ONDE ELA FOI?

A garota se levantou rapidamente de cima do rapaz e disse delicadamente.

– Me desculpe – ela o olhou pela ultima vez ainda estirado no chão e saiu correndo e deu uma olhada para trás.

Mu se levantou e olhou para todos os lados e logo ele viu três homens enormes, mal vestidos, com um sorriso malicioso e um deles disse:

– ELA ESTA LÁ - apontou para a garota que estava um pouco distante de Mu e corria o mais rápido que podia.

– Vamos, temos que pegá-la ou o chefe vai nos castigar.

Mu parou e os olhou fixamente para os homens e deu um sorriso, não sabia se podia se meter, mas aquela garota precisava de ajuda e então ele elevou o seu cosmo e lançou a sua rede de cristal diante dos homens, os mesmos que corriam e não percebeu a rede, sentiu como se estivessem presos a uma teia de aranha e foram se enroscando ainda mais.

Mu chamou a sua armadura com o seu cosmo e logo a vestiu, aproximou dos homens e disse:

– O que queriam com aquela menina? – ele simplesmente perguntou vendo eles imóveis na sua rede.

– Você é um cavaleiro de ouro de Atena?

– E o que parece – ele aproximou-se dos homens. – Então vão me dizer o que queriam com a garota por bem, ou por mal – ele elevava o seu cosmo novamente.

Os dois homens se olharam preso na rede invisível de Mu e tremendo como vara verde eles começaram meio inseguros:

– Ela foi vendida ao nosso chefe – um deles começou.

– Era o primeiro dia dela como escrava sexual dele – o outro completou.

– Mas ela fugiu e deixou o nosso chefe furioso, por que ele queria a garota – confessou o mais baixo.

– Ela é virgem e ele a queria – o outro começou a tremer.

Mu não acreditava no que ouvia, aqueles caras iam levar a garota para um maranata cheio de dinheiro e luxo para satisfazer os seus desejos obscenos.

Revirou os olhos em tédio olhou para a sua armadura em ouro e tirou um pedaço onde sabia que não ia lhe fazer falta.

– Isso paga a garota? – ele estendeu a mão com um pequeno pedaço da armadura.

Os dois arregalaram os olhos e ficaram boquiaberto, aquele pequeno pedaço de ouro valeria muito mais que qualquer ouro que o chefe deles tivessem, pois era o ouro de uma armadura sagrada, feita pela deusa Atena.

– Sim paga – eles o olharam temerosos.

– Ótimo, digam ao seu chefe que o Mu de Áries comprou a escrava dele.

Os dois fizeram que sim com a cabeça e Mu os deixou presos ali até que alguém os retirasse, usou a sua telecinesia para achar a garota e logo se teleportou para perto onde ela estava.

Mu retirou a sua armadura ficando com o seu manto vermelho sobre a sua camiseta amarela, sua calça colada verde musgo, um cinto branco amarrando a camiseta junto com o manto que cruzava sobre os seus ombros e ia até os joelhos.

Mu a viu encolhida abraçadas aos seus joelhos de trás de uma rocha grande e com muitas lagrimas nos olhos, parecia um bichinho amuado e com medo.

– Agora ficará tudo bem – a voz do cavaleiro soou calma e tranquila ela o olhou assustada, já ia correr de medo quando ele a segurou pelo braço.

Ela tentou se soltar, trêmia, sentia as lagrimas escorrerem pelo rosto, sentiu um medo terrível.

– Ei! Fique calma, eu não vou fazer mal a você – ele a soltou lentamente.

Ela fixou os seus olhos castanhos nos verdes dele e viu que era o rapaz que havia caído em cima dele.

Mesmo assim sentiu medo um medo lhe subir, desviou o olhar do dele e saiu começou a correr novamente. Ela corria o mais rápido que podia e sempre olhava pra trás para ver se ela estava correndo atrás dela, mas ela não viu ninguém e quando se virou novamente escorregou e caiu ralando os joelhos e os cotovelos. Sentiu arder, levantou-se com dificuldades e fazendo caretas de dor, tentou caminhar, mas sentiu dificuldade, sentiu as lágrimas descerem os seus olhos.

“Para onde eu irei agora?” se perguntou em pensamento sentando-se no chão novamente. Olhou o céu e viu as estrelas brilhando viu as constelações unidas, encostou o queixo no joelho e se perdeu completamente nas estrelas.

– São lindas, não são?! – ele sentou-se ao lado dela e ela se assustou já ia se levantar, mas sentiu a dor lancinante e sentou-se novamente se apoiando nele.

– Você se machucou feio, não podia sair por ai correndo assim – ele olhou para ela. Sentia a grama fresca sentado sobre ela.

– O que você quer? – ela perguntou arisca sem olhá-lo.

– Dizer que você está livre só isso – ele se levantou olhou as estrelas. – A constelação de Áries é a mais bela de todas – ele traçou estrela por estrela formando o carneiro e sorriu. – Espero um dia vê-la novamente – ele olhou para ela de um modo gentil. – Queria cuidar dos seus ferimentos, mas sei que não confia em mim e com toda a razão – ele suspirou fundo e começou a caminhar lentamente.

– Como assim estou livre? – ela olhou para todos os lados e só viu os dois. Ele já estava um pouco distante e parou virou o seu rosto para ela sorriu meigo.

– Você não será obrigada a ir a lugar nenhum com ninguém, nem satisfazer desejos de ninguém.

Ela o olhou sem entender, tentou se levantar para ir até ele, mas os aranhados em seus joelhos a impediram e o sangue escorreu pelos cortes ela gemeu de dor, colocou a mão sobre o local.

– Isso está horrível! – ele comentou olhando. – Eu posso cuidar deles para você, mas só se você quiser.

Ela o olhou novamente em seus olhos verdes e sentiu um pouco mais de confiança, mesmo assim ainda temia.

– Por favor... – ela sentia a dor nos joelhos ralados, escorrendo sangue nos cotovelos.

– Posso! – ele se curvou pedido para tocar nela, pegá-la no colo.

Ela fez que sim com a cabeça, apesar de temer.

Mu sentia o corpo dela trêmulo, fixou suas mãos só onde devia e usou o seu tele transporte para chegar mais rapidamente em sua casa. Assim que apareceu em um dos quartos a colocou na cama com cuidado e gritou:

– KIKI ONDE ESTÁ O QUITE DE PRIMEIROS SOCORROS?

O garotinho apareceu com a pequena maleta ao lado do seu mestre e assustado ao vê-lo ali pergunta:

– O que faz aqui? – perguntou ele surpreso ao vê-lo. - Não era para estar no santua...

– Shiiiu! – ele pegou a maleta e abriu. - Não está vendo, eu estou com visita – Mu abriu a pequena maleta pegando o que precisaria.

– O que ela faz aqui? – ele apontou para a garota que olhava para os dois.

– Ela se machucou, então resolvi ajudar – ele colocou água destilada e começou a limpar os joelhos da garota e ela gritou e puxou o joelho para perto de si, esquecendo que ele a olhava.

Ele viu a calcinha dela, mas desviou o olhar e disse:

– Eu sei que vai arder, mas eu tenho que limpar os seus ferimentos ou vão infeccionar – Mu limpava os joelhos dela.

– Mu por que está cuidado dessa garota? – perguntou Kiki a olhando.

– Não faça perguntas Kiki, e vá arrumar algo para moça comer – ele fechou o semblante para o seu discípulo.

– Eu não sou seu escravo! – ele o encarou.

– Vá logo Kiki! – ele deu uma ordem e o menino saiu do quarto. – Desculpe o meu discípulo ele é meio rebelde – ele sorriu já limpando um dos cotovelos dela.

– Discípulo? – ela ergueu a sobrancelha.

– Sim eu ensino ele algumas coisas como se fosse um mestre.

– Entendi – ela o viu enfaixar o braço dela.

– Pronto agora você ficará bem – ele já ia se levantar e a ouviu.

– Mu, por que aquele garoto não terminou a frase de onde você deveria estar?

– Kiki é muito arteiro – ele se levantou. – Vou ver o que ele está aprontando na cozinha – ele começou a caminhar quando o garoto apareceu com uma bandeja com bolachas, suco e algumas frutas. – Você foi rápido Kiki – ele sorriu ao menino e pegou a bandeja e colocou sobre o colo dela. – Coma a vontade – ele bocejou, ergueu os braços, esfregou os olhos e virou-se para o seu discípulo e disse:

– Mais tarde troque as ataduras dela, Kiki, eu vou descansar um pouco, hoje o dia foi bem agitado – ele já ia caminhar quando ouviu.

– Obrigada Mu – ela olhou e deu um sorriso tímido a ele e o viu sair.

– Não sei por que ele tem que me deixar como sua babá – ele cruzou os braços e bufou enquanto via-a comer.

– Ele tem poderes, não tem? – ela perguntou interessada.

– Sim, Mu tem poderes – ele sentou-se na cama.

– Onde ele deveria estar? – ela perguntou curiosa.

– Em lugar nenhum – ele se levantou da cama. – Coma de uma vez e pare de faze perguntas – ele ficou emburrado.

A garota acabou de comer e Kiki foi levar a bandeja até a cozinha, e quando voltou ao quarto ela já dormia.

****

O festival terminava. Os cavaleiros estavam acompanhados com suas respectivas damas e os que não estavam acompanhados seguiam pelo mesmo caminho de volta.

– Ninguém viu o Mu? – perguntou Seiya abraçado com a Saori.

– Talvez ele já esteja na casa dele – comentou Shiryu ao lado de Shunrei.

– Não quero saber do Mu, quero chegar na minha casa e tomar um bom chá indiano e cantar uns quinze mantras para ver se eu melhoro o meu estômago – Shaka segurava a barriga e com a mão na boca.

– Quem manda ter o olho maior que a barriga.

– Melhor ter o olho maior que a barriga do que colocar o nariz onde não deve – Shaka viu Afrodite se coçando todo.

Os outros riram dos dois.

– Deve ter sido alguma flor que me deu alergia.

– Pelo visto ela conseguiu ser mais venenosa que você – comentou Shun rindo.

Os demais riram também.

– Não vejo a hora de ver uma cama – comentou June cançada.

– Verdade, esse festival foi bem divertido – comentou Shunrei.

A conversa seguiu animada até chegar às casas de quem pertenciam Shun, June ficaram junto com a deusa no seu santuário. Shunrei e Shiryu ficaram na casa de sagitário para dormirem.


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