Os três estavam totalmente perdidos. Brent, a cada minuto ficava mais faminto e muito cansado. Há dias, que não encontraram nenhuma pista, nem uma simples pegada de um pé, iria ajudá-los na procura por Philip e desvendarem todo o mistério que escurecia suas vistas.

O mais importante era, manterem-se unidos até o fim e encontrarem uma saída da floresta. Estava escurecendo e não ficaram nem um pouco a vontade com o lugar, apesar de ouvirem muitos barulhos estranhos e não terem muita experiência com florestas fazendo barulhos desconhecidos.

Era a primeira aventura de Juliet numa floresta e não se sentira acomodada, nem um pouco. Mal podia olhar para os lados sem pensar em Philip. “Se ele estiver vivo...” , pensava consigo mesma. Ela cutucava a mesma ferida a cada barulho estranho que ouvia na floresta.

– Temos de arranjar um lugar para dormir, – Juliet falou pensativa – o tempo já escureceu, está frio aqui e preciso muito de repouso.

– Olha. Nós entendemos que você poderia ter voltado sozinha. Eu avisei. Não consigo mais ficar olhando em você e ter que perder a única esperança que nos resta. Então acalme-se e procure outra forma expressar suas tristezas sobre Philip, sem ter que ficar me enchendo o saco, Juliet. – Mary desenrolou tudo o que havia em sua mente. Acumulada desde o sumiço de seu sobrinho.

– O que deu em você? Eu perdi meu filho!

– E eu perdi minhas esperanças.

Mary saiu correndo após a dura discussão que tivera com sua irmã. (elas quase não brigavam, quando acontecia era pelo fato de uma estar cansada dos sermões da outra) Não olhou para trás, apenas ouvindo os gritos de sua irmã.

***

Brent não reparou que havia se distanciado delas. Olhou por todo lado, em busca de duas mulheres parecidas uma com a outra. Procurou os rastros por onde passara, mas ele não era muito experiente com pegadas, ainda mais em uma floresta, com várias folhas de galhos no chão. A única coisa que aprendera com florestas foi com seu pai, que sempre saia nos dias de primavera em caçadas a veados.

Estava em uma inclinação, que lá no alto dava para ver uma trilha formada pela própria natureza, com várias árvores de alto porte e arbustos espalhados em torno dele. Nenhum sinal de alteração humana, ou pegadas, apenas uma velha placa de madeira, escrita em tinta branca ao seu lado (antes não percebera), Village Maddy Jane.

***

Mary correu até não ter mais fôlego para prosseguir, queria apenas distanciar-se dos gritos de sua irmã. Parou para descansar. Estava numa trilha estreita, ao redor, muito mato pendia sobre ela, tampando sua visão frontal. Ouviu um barulho muito próximo e saiu correndo, pensando se Juliet a seguiu aquele tempo todo. Sem ter visão pela frente, tropeçou em seus pés. Não havia percebido, mas depois da trilha era só descida, então, Mary rolou por dois minutos até não ver mais nada.