When the Sun goes down escrita por Alexandria Mccurdy Kress


Capítulo 13
Saga I - Black Coat: She's back.


Notas iniciais do capítulo

Reviews???? Cade elas?? Eu sei que não estou merecendo mas... POXA GENTE!!!! T~T não sejam tao más!



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Como? Como ela sabia? Nem ela mesma saberia responder essa pergunta. Se podia sentir a pressão do olhar dos dois magos em cima dela, ansiosos esperando por uma justificativa. Ela não conseguia pensar e formular um jeito de responder aquilo. Era como se fosse um sonho. Ela simplesmente sentia memórias vindo a sua mente, igual quando sonhamos e lembramos do sonho no dia seguinte, como vagas lembranças. O que importava não era se fosse ou um sonho ou não. Como ela sabia de algo que ela nunca ouviu falar? A menos de 2 horas atrás ela mau sabia diferenciar as ferramentas de Freddie, e de repente ela simplesmente resolve um mistério, como se resolve um quebra-cabeça de quatro peças. E ainda tem a ousadia de dizer que foi simples. Como assim simples? Havia coisas que nem mesmo Brad, o mais velho dos irmãos, sabia sobre o portal pelo qual Shayne queria passar, e ela, uma mundana qualquer, sabia a resposta. Isso era impossível.

– E-eu... – Ela gaguejou. Sim, ela ainda não tinha a resposta, mas queria falar algo, somente que os enrolassem por um tempo. Algo começou a borbulhar dentro de seu corpo a fazendo estremecer. O mago loiro percebeu a agitação. Não poderia deixar ela entrar em colapso ali e agora.

– Esquece. Deve ter sido somente uma coincidência. – Ele se virou de costas, como se tivesse desistido daquilo. Freddie percebeu a atmosfera, e resolveu entrar no jogo.

– Sim, sim. E bastante comum, até mesmo para humanos. Está tudo bem Sam. – Ele acariciou uma de suas bochechas e sorriu. Ela esboçou um sorriso. Sim, era normal os humanos sonharem, e raramente, terem uma ou outra pequena premonição, mas resolver algo sobre um assunto que nem se sabe? Definitivamente aquilo não era normal. Não era humano. Os dois rapazes simplesmente decidiram ignorar o ocorrido e taxar como uma simples coincidência. De um certo modo aquilo acalmou Sam, mas algo em seu corpo continuava a borbulhar. Sentiu uma pontada na cabeça de novo, em seguida uma queimação começou a tomar conta de seu corpo, como se ele estivesse em chamas. Sua mente e sua visão embaçou por um momento, a fazendo esquecer de tudo por alguns segundos. Se apoiou na bancada. Era certeza, ela iria desmaiar ali e agora. Qualquer um que visse a cena pensaria na mesma coisa. Freddie correu para ajudá-la.

– Sam! Você está bem? O que houve? – Perguntou preocupado. Brad estava sereno e calmo. O rosto sem expressão, e os olhos ocos encarando a paisagem através da janela, pensando em algo que somente ele poderia saber. Nem um mago que lesse mentes poderia ver seus pensamentos agora. Estavam em um lugar muito longe de onde conhecemos. Sam começou a tremer um pouco. Seu corpo esquentou, e então uma sensação estranha a invadiu. Foi como se seu sangue virasse pimenta, e a incendiasse por dentro. Era horrível. Seus braços doíam, suas pernas não respondiam a seus comandos, sua cabeça parecia explodir. Um grito agudo de dor, agonia e desespero saiu de sua boca, seu corpo foi atraído para o chão e começou a tremer fortemente.

– Me-me a-ju-juda... – Ela implorou com a voz rouca e bem baixa, como se estivesse algo atrapalhando sua respiração. Os olhos do mago moreno se encheram de desespero.

– Brad! – O gritou. Na mesma hora que ele olhou, o mago fez uma expressão de horror. Aquela cena. Era simplesmente repugnante. Os dois tentavam socorrer Sam, que tremia e gritava ainda mais. O corpo dela estava frio e suado, seus cachos grudavam em sua face molhada de suor, seu corpo tremendo em uma dança frenética de agonia e desespero. A cabeça doía, doía muito.

– Fre-freddie... Man-manda...– Tentava falar ainda como se não conseguisse respirar.

– Manda...? – Repetiu baixinho Brad, observando tudo. Tudo o que Freddie conseguia fazer era assistir a mulher que ele gostava se contorcer de dor no chão. Não conseguia pensar em nada. Nada. E de repente... Ela parou. Grudou no chão. Seus olhos fechados. Ela havia morrido? Não. As gotas de suor levitaram e saíram completamente de seu corpo, o deixando seco, como se nunca tivesse suado. Os cabelos já soltos da face, lentamente se tornavam lisos, e logo depois castanhos bem escuro. A pele estava ficando branca, tão branca que parecia cinza. O vestido rosa, o mesmo que havia usado no festival antes de ser raptada por Brad, começou a se tornar outro. Antes era de um rosa cheio de babados, e agora se tornava preto, com detalhes de renda. Nos pés começaram a se formar sapatos negros de salto, nas mãos surgiam anéis de perolas e pedra de tom bem escuro. Como os dois moços estavam horrorizados com o que acontecia a sua frente, não puderam perceber o símbolo da Black Coat surgindo em seu pescoço, cortando a palidez perfeita de sua pele com sua tinta negra.

– O que é isso... – Freddie murmurou assustado. Os lábios se tornaram mais rosados perante a pele pálida, e as bochechas perderam a cor, os cílios se tornaram mais espessos e adquiriram a cor preta. A transformação parou de repente. Lentamente seus olhos começavam a tremer, em sinal de que iriam abrir. E quando ela o abriu, para a surpresa de todos, não estava azul. Estava roxo. Um roxo puxado para um violeta que cintilava malicia e desejo. Em um pulo ela se levantou, nem parecia que usava um salto tão alto. Se ajeitou.

– Que-quem... quem é você...? – Freddie perguntou. A moça, que ainda tinha as feições de Sam sorriu. Mas não era um sorriso comum. Era um sorriso frio.

– Oras, acho que seu irmão pode responder. – Ela observou Brad que agora tinha um olhar cheio de brilho, mas a expressão cheia de ódio e medo.

– Celina. – Falou não querendo acreditar nas próprias palavras. Ela não poderia ter voltado! Já fazia anos que ele havia a matado, ela não podia simplesmente tomar o corpo da namorada de Freddie e agir assim, sem mais nem menos.

– Há quanto tempo, Bradley. – Caminhou sensualmente até o loiro que estremeceu. Seu corpo estava frio como gelo, e seus olhos roxos como o céu a noite. Sim, eram por aqueles olhos de Brad se apaixonou.

– Celina? Celina Dragamon, a neta da 5 geração de fundadores da Black Coat? – O mago moreno não queria acreditar que sua namorada fora possuída. Especialmente por uma hibrida mestiça, que supostamente teve um caso com seu irmão mais velho.

– Eu. Em pessoa. – Ironizou na ultima parte, soltando uma risada. O olhar de Brad ainda se encontrava maravilhado. Ela continuava a mesma. Literalmente a mesma.

– Por que só mudou algumas coisas na Sam? Alias, por que você a possuiu? – Disse chocado. Ela se sentou reta e cruzou as pernas, bem do jeito que fazia.

– Ah queridinho, eu mudei o que precisava mudar. O corpinho da sua namorada, era o meu corpo. Só queria o que era meu. – Parecia ser impossível ela dizer uma só frase sem sarcasmo, ironia ou cinismo. Aquela mulher era... perigosa. Doía tanto em Freddie, que era quase impossível dele aceitar, que naquele momento, não era mais Samantha que estava sentada em sua frente, mas sim Celina Dragamon.

Seu corpo? O que isso significa? – Argumentou ainda sem encará-la.

– Ah! Esse corpo já passou por muita coisa. Já foi abrigo para muitas almas, muitas personalidades já passaram por ele. Os corpos que hoje andam por ai, são os mesmos de 100 anos atrás, o que muda e o espírito dentro deles. E a ultima “alma” que ele abrigou foi a minha. – Falou com indiferença a palavra ‘alma’.

– Então isso quer dizer que... – Começou a tentar falar. Será? Será mesmo isso que ele pensava?

– Sim Freddie. O corpo sofre algumas mudanças de acordo com a alma que ele abriga. – Brad constatou ainda artodoado. Sam. Onde estaria a alma de Sam agora?

Então tudo o que Sam havia sentido, seu corpo estremecendo, sua pele ficando fria, a dor de cabeça, o desconforto, as respostas sobre Shayne, era tudo sinal da possessão. Quem mandava as respostas para Sam através de memórias era na verdade Celina. Brad de repente ficou serio e com a expressão dura.

– O que veio fazer aqui? – Disse curto, grosso e ríspido. Ela sorriu. Parecia uma masoquista fazendo aquela expressão. Celina parecia gostar quando a tratavam mau. ‘Que nojo!’ pensou Freddie.

– Eu? Eu vim aqui acertar umas contas. Por que? Sentiu minha falta? – O escárnio escorreu pela sua boca. Era realmente um demônio.

– Nunca sentiria falta de um bicho estranho como você. – Respondeu ainda frio. A expressão dela se contorceu em uma careta estranha de desprezo e alegria. Aquela face era medonha. Com toda a certeza não era Sam.

– Ah mas eu senti tanto sua falta! E foi tão difícil induzir Shayne a fazer o feitiço... ops... – Disse irônica a ultima palavra. Não, não pode ser. Ela havia planejado tudo aquilo?

– Sabia que só apareceria se eu fizesse algo assim. – Brincou com os dedos longos e brancos.

Quem é você? – Freddie disse com repugnância. Ela soltou uma risada macabra.

– Oras, sou Celina Dragamon, maga da guilda Black Coat. Eu sou um demônio.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Se sim comentem e se não comentem também!!! Se tiver muitas reviews eu faço caps mais longos nas sagas!!!! POR FAVOR COMENTEM T^T



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