Em menos de duas semanas, regrando como podíamos tanto a comida, quanto os cocos com água acabaram, e passamos por matas que não tinham mais frutas, não tinhas mais vida, pois as árvores, as folhas estão morrendo, o clima está bastante seco e quente, e sem muitas opções, decidimos parar em uma cidade. Herman e Kayo desceram para procurar comida em algum casa ou mercado abandonado, depois de passados uns vinte minutos vieram Herman e Kayo correndo com duas sacolas de mercadorias cada um, logo que entraram no ônibus, Herman foi a toda velocidade, parecendo fugir, e aí me caiu a ficha, eles roubaram, pois não temos dinheiro algum. E isso me entristeceu, agora viraríamos ladrões, e depois, assassinos? Não, me recuso a pensar assim.
Depois de estarmos bem longe daquela cidade, Herman parou um pouco dentro da mata, para ficarmos escondidos, pois milhares de pessoas famintas, famintas de tudo, e que podem machucar outras pessoas por água, comida, roupa estão por aí, em qualquer lugar. Porque agora ninguém vai se preocupar em ser assaltado por dinheiro, e sim por algo muito mais precioso, água.
Todos nós cansados de ficar tanto dentro do ônibus, saímos e nos sentamos no chão mesmo, desejando sentir aquela maravilhosa brisa de vento fresquinha, mas tudo que se sentia era um ar quente e abafado, sem falar no sol, que tanto de manhã, quanto à tarde, estava escaldante. Kayo e Herman decidiram entrar na mata a procura de algum lago, eles tinham que tentar. Confesso que não acreditava que encontrariam um lago, mas felizmente, eu estava enganada, eles voltaram sorridentes, o que me fez levantar e perguntar:
–E aí?
–Encontramos água! -disse Kayo não conseguindo esconder sua felicidade
–Vamos até lá! -Herman
E nós fomos seguindo Herman e Kayo
Chegamos ao lago, todos rindo, como não ficar feliz?
–Precisamos armazenar água, mas não temos recipiente! -exclamou mamãe
–Já vim aqui nessa região, e do outro lado da floresta, seguindo a trilha tinha um casebre abandonado, e lá nas paredes, em cimas de tábuas, tem garrafas de refrigerante, é só ir pegar, e eu posso ir. -Kayo
–Não sei, é perigoso, aqui em um lugar, onde só tem mato, mas precisamos das garrafas, então eu vou, e você fica protegendo as mulheres e Kyl. -Herman disse para Kayo, que concordou com a cabeça