Docemente perigoso [HIATUS] escrita por Izzy Simpson


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a Ali Presley, por ter recomendado a fanfic. s2 Obrigada, meu amor! *-*

Eu sei que possivelmente ficou um capítulo meio blé, mas eu juro que ele é importante e que eu precisava dele para chegar ao próximo, que é quando cabeças vão rolar. É que eu tinha que desenvolver os relacionamentos entre eles e deixá-los se conhecer um pouco mais antes de geral se pegar e tals. kkk Zoeira.
PRÓXIMO CAPÍTULO - O RESTO DA CAMBADA. Os nossos queridíssimos super-heróis vão dar as caras (finalmente, né?) e completar a turminha!

Conversamos mais lá embaixo! ;D



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A chuva veio tão forte quanto previam os meteorologistas. Levantando-se do sofá, indo até o banco sob a janela e sentando-se ali, Andrew observava com pouco interesse as gotas que batiam no vidro e escorriam. Bruce e Tony haviam se afastado para conversar em particular, o que ele achou um pouco estranho, mas o que ele devia fazer? Não era de sua conta. Ainda mais estranho foi vê-los subir as escadas às pressas, como se algo tivesse ido muito errado.

O jovem empresário suspirou e pensou seriamente em ir embora, não queria ser mais um problema na vida de Bruce. Várias semanas já haviam passado, ele estava bem. Era um filho da mãe sortudo, um milagre. Permaneceu ali durante um longo tempo. Ele nem saberia dizer quantos minutos havia esperado, talvez fossem horas, mas finalmente eles desceram. Lentamente e passo a passo eles se aproximaram de Andrew. Tony, impaciente, sentou-se no sofá na mesma posição de antes. Parecia despreocupado, ou fazia de tudo para parecer. Já Bruce, que era mais transparente e cuidadoso para com os outros, mostrou alguma preocupação no modo como olhava para Andrew.

— Então, aconteceu alguma coisa? — o jovem empresário resolveu perguntar.

Bruce olhou para Tony, como se esperasse que este o encorajasse, então voltou a encarar o hóspede. Ele assentiu com a cabeça antes de se sentar sob a janela, ao lado de Andrew.

— Sim... — o cientista disse e respirou fundo antes de continuar. — Nós precisamos resolver um problema logo pela manhã, então...

Tony o olhou com expectativa. O doutor pensou seriamente sobre mandar Andrew embora, mas ele não podia fazer isso. Talvez Stark não entendesse, mas depois de tudo o que ele vira. O homem ser deixado à beira da morte, um corpo abandonado na chuva, alguém sem nome desfalecido no sofá de sua casa. Bruce simplesmente não conseguia mandá-lo procurar outro lugar. Não haveria problema algum em deixá-lo ficar ali enquanto eles estivessem fora, seria bom ter alguém cuidando da casa.

— Eu quero que você fique aqui. Se quiser, é claro — Bruce continuou. Stark quase se engasgou ao ouvir aquelas palavras. — Seria bom deixá-lo escondido aqui, não acredito que aqueles homens irão voltar, então você está seguro. Pode ser que nós demoremos, mas isso não será um grande problema.

Andrew deu um semissorriso. Não sabia ao certo se devia dizer que sim ou que não, mas sentiu-se aliviado por não precisar ir embora, era arriscado andar por aí, ele sabia bem. O empresário sentiu que poderia abraçar Bruce ali mesmo, segurá-lo em seus braços e... Olhou para Stark, voltando atrás em seus pensamentos. Assentindo com a cabeça, o jovem empresário continuou fitando Tony, esperando uma resposta dele, que ficou um bom tempo sem dizer nada, até que a posição em que estava sentado ficou desconfortável, assim como o clima daquela sala de estar.

— Nós partimos pela manhã — Stark disse apenas. Então olhou para Bruce, levantando-se. — Eu vou para a minha casa.

O doutor Banner foi até Tony, segurando delicadamente o cotovelo dele.

— Não quer ficar essa noite? — ele perguntou.

Stark negou com a cabeça.

— Não, preciso resolver algumas coisas — Tony respondeu com um tom de voz afetuoso, mas uma expressão séria. Então beijou a ponta do nariz de Bruce. — Te vejo amanhã.

Os dois trocaram um rápido beijo, deixando Andrew desconcertado com a cena “romântica”. Bruce abriu a porta para Tony, trocaram acenos uma última vez antes de o doutor trancar a porta atrás de si e fitar Andrew.

— Não precisa ficar constrangido — Bruce disse, atraindo a atenção de Andrew, que encarava a janela.

— Eu não estou constrangido — o outro respondeu com um sorriso, fazendo o doutor Banner dar uma risada contida. — Qual é, doutor Banner, eu não estou, é sério! — Andrew insistiu, se levantando e indo até Bruce. — Por que eu estaria?

Andrew se aproximou o suficiente para fazer o doutor ficar sem graça. Os olhos azuis do empresário o encaravam atentamente, sem desviar, sem praticamente piscar durante alguns segundos.

— Pelo contrário, doutor Banner... — ele avançou um passo, ultrapassando os limites da “distância segura”. — Confesso que senti uma pontada de inveja do quão sortudo o senhor Stark é.

Após dizer isso, Andrew sentiu que já havia dito o suficiente, então tratou de se retirar para seu quarto, deixando o doutor Banner completamente desconcertado.

Bruce se sentou no sofá. Andrew era um homem estranho, certamente. Cabelos escuros, olhos azuis, alto, poderoso e influente. O que estaria um homem como ele fazendo ali? E certamente havia gente procurando por ele, pois ele sumiu sem mais nem menos. E, além disso, Bruce não vira o empresário fazer uma ligação sequer, talvez ele não tivesse dado notícias a ninguém. Isso teria ligação com aqueles homens que tentaram matar o empresário?

O doutor Banner não conseguia fazer sua mente parar de trabalhar esse assunto, então ele resolveu fazer um chá e tentar dormir um pouco, já que teria muito que fazer no dia seguinte.

O nascer do sol visto da mansão Stark era o mais incrível dos espetáculos. Tony sabia disso, e essa era uma das razões pelas quais ele se propusera a acordar cedo aos domingos. Fora dos domingos, o simples pensamento de sair de sua cama antes das sete e meia era irritante, exceto quando ele tinha uma missão importante a realizar e outro homem enfiado na casa de Bruce Banner.

Stark conhecia o ritual pré-missão: arrumar uma mochila com alguns itens importantes, pois era uma viagem e eles não sabiam quando voltariam, deixar tudo devidamente programado com JARVIS e com seus empregados e funcionários. Ele mandou uma mensagem para Bruce, mas este ainda não havia respondido. Talvez estivesse dormindo, mas isso era meio impossível, pois Bruce era a pessoa que acordava mais cedo.

Jogando a mochila nas costas, colocando os óculos escuros que, ele sabia, o deixavam com uma aparência mais esportiva e pegando suas chaves, ele saiu de casa. Pegando seu carro, ele estava na casa de Bruce em poucos minutos.

Tocou a campainha e esperou. Poucos segundos depois, Bruce abriu a porta e o cumprimentou em um tom de voz baixo, Tony fez o mesmo e entrou. A casa estava silenciosa e muito arrumada, o que dava uma atmosfera interessante a ela. O empresário foi até o centro da sala, onde estava a mochila de Bruce, que havia ido até a cozinha. Ao voltar, os dois cruzam olhares esquisitos. Tony tentou quebrar o clima.

— Então, onde está o pobre Andrew? — ele perguntou.

Bruce respirou fundo, demonstrando certo cansaço e desânimo, provavelmente dormira tarde.

— Está dormindo. Ele jamais acordaria uma hora dessas. Eu jamais o faria acordar uma hora dessas.

— Muito bom — Stark respondeu. Olhando Bruce fixamente, ele deu um sorriso, tocando os óculos escuros e empurrando-os para trás. — Vamos?

O doutor Banner, ainda sonolento, concordou com a cabeça sem sorrir de volta e seguiu o outro. Tony percebeu que ele parecia preocupado.

Esperaram poucos minutos em frente à casa de Bruce, quando o carro chegou para levá-los. Os dois se acomodaram no banco do carro, que, embora parecesse pequeno visto de fora, era muito espaçoso por dentro. A viagem se seguiu silenciosa durante a primeira parte do percurso, mas isso começou a incomodar a ambos.

— No dia em que ele acordou, as primeiras palavras que ele disse foram “Ajude-me”. Eu nunca soube o que eu deveria fazer — Bruce começou a falar, olhando para baixo. — Talvez fosse um delírio de quem não percebeu o tempo passar, talvez ele achasse que ainda estava no chão da rua, que ainda seria baleado. Eu achei que aqueles dois homens voltariam atrás dele. Por dias eu controlei o Outro Cara com todas as minhas forças, pois eu acreditei que eles voltariam. — O cientista encarou Tony. — Foi um inferno.

Stark passou a mão pelo ombro do outro. Eles ainda precisavam de mais duas horas antes de chegar ao lugar, o sol havia se escondido atrás das nuvens, dando lugar a um céu cinzento outra vez. Os dois heróis alimentaram aquele silêncio por mais alguns instantes antes de Tony apoiar o queixo sobre o ombro de Bruce e depositar um beijo em seu pescoço, fazendo-o dar um sorriso.

Os dois já estavam meio sonolentos dentro daquele carro. Depois de rodar por uma hora e alguns minutos, eles já haviam conversado sobre tudo, jogado todos os jogos e mexido em todos os aplicativos para celular que existiam no mundo. Resolveram dormir. Cada um se jogou em um canto do carro, apoiando-se na janela e fechando os olhos. Tony demorou um pouco mais a pegar no sono de vez, observou o rosto adormecido do doutor Banner por um tempo e a paisagem mudando do lado de fora enquanto o carro acelerava cada vez mais, mas não demorou a dormir também.

Quase duas horas inteiras se passaram quando Bruce despertou, notando que Tony também estava acordando. Ajeitando-se no banco, ele tossiu e sentiu uma vontade enorme de voltar a dormir.

— Que horas são? — perguntou Bruce, mas logo se lembrou de seu relógio de pulso. — Já passa das nove horas, devemos estar chegando.

Stark passou a mão pelo rosto, ainda sonolento, mas todo o cansaço se esvaiu ao repousar os olhos sobre o pulso do seu companheiro e notar o objeto provavelmente caro e muito brilhante. Ele gastou bons segundos observando e formulando um comentário que não parecesse muito inquisidor.

— Belo relógio, doutor Banner — Tony disse com pouco interesse, olhando para o lado oposto, onde a paisagem continuava correndo pela janela.

Bruce deu um pigarro se graça.

— Ahn, obrigado, foi um... Presente.

Tony ficou em silêncio, tinha uma preguiça enorme de prolongar aquele assunto que provavelmente os levaria a uma discussão, então apenas bufou e continuou a olhar para fora do carro.

Bruce estava certo, eles estavam chegando, pois ao olharem ao redor, aquela cidade era completamente diferente do lugar onde estavam antes de adormecerem. Constituída por ruínas de prédios e pistas intactas, a paisagem ganhava um aspecto de filmes de terror. Após mais algumas ruas, o carro parou em frente a uma construção, antes de entrar no estacionamento. Os dois cientistas notaram que não haviam sequer ouvido a voz do motorista. “Talvez seja uma missão um pouco mais sigilosa do que eu pensava”, concluiu Bruce para si mesmo enquanto saía do carro, vendo Tony fazer o mesmo.

Mal deram alguns passos para longe do veículo e foram recebidos diretamente por Nick Fury, o que fez os dois cientistas se entreolharem preocupados. Tony engoliu em seco quando viu a expressão dele — que já não era simpática por natureza — ficar ainda mais séria e, possivelmente, muito insatisfeita.

Dirigindo-se diretamente a Bruce Banner e ignorando a presença de Tony por uns instantes, o diretor da SHIELD o encarou nos olhos por um tempo, suavizando suas expressões por um breve instante, como se entendesse que o cientista não era o culpado ali, mas voltando à impassibilidade.

— Doutor Banner — Fury parecia bravo e preocupado ao mesmo tempo —, por que não nos avisou que estava com ele? Ele é a peça fundamental dessa missão!

Nick Fury disse e saiu andando na frente, mostrando a urgência da situação e indicando que eles deveriam segui-lo, Tony e Bruce se entreolharam novamente, então Stark fez a pergunta pelos dois:

Ele?

Nick Fury se virou para ambos com uma expressão grave no rosto.

— Sim, ele. Andrew Harvey Tromburg.


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Notas finais do capítulo

Well, well, meus docinhos. Quanto tempo, hein? Eu demorei mais porque esse último ano da escola feat. ENEM está me matando. Agora que está relaxando mais, porque está no período "quem não passou/estudou não passa/estuda mais".

Bem, espero que não tenham desistido de ler a fic, pois eu mudei os rumos do que eu estava planejando, mas vai ficar tudo bem, tá? Nós vamos sobreviver. Eu precisava fazer esse capítulo assim para não correr com as coisas, tudo pelo capítulo 4, que vem com altas revelações por aí. MUAHAHA'

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SIM, NO PRÓXIMO TEREMOS TODOS OS VINGADORES! QUEM TÁ FELIZ LEVANTA A MÃO!!! E eu até daria um spoiler básico, mas acho que vocês não vão querer isso não, não é mesmo?

Beijo!

Obs.: Eu vou passar a avisar no meu perfil os dias de postagem ou motivos de sumiço (quando necessário), então se você não sabe onde olhar para se informar, vou fazer um "quadro de avisos" por lá. Beleza? Até mais, docinhos! ^^



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