Perfectionist escrita por Areshiya


Capítulo 2
Tranquility? As if.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado ao Gus, que pôs em prática o seu excelente poder de persuasão para que eu postasse o quanto antes.
[Nota: dedicar-lhe um capítulo melhor e maior na próxima]



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Abri os olhos devagar quando o sol adentrou sorrateiro pela janela. Piscando algumas vezes até me acostumar com aquela claridade inconveniente, olhei para baixo, sentindo um peso incômodo nos braços, e me deparei com uma cabeleira vermelha que ressonava profundamente. Olhei ao redor e encontrei algumas roupas espalhadas pelo quarto. Na mesma hora, me lembrei do ocorrido na noite anterior.

Depois da saída em grupo com o time de futebol da universidade na noite passada (e de, claro, uns bons copos de cerveja para fazer com que as bobagens do Naruto soassem ainda mais superficiais), Karin e eu fomos para o seu apartamento, o qual deveria estar vazio, já que sua colega de quarto tinha ido passar a noite na casa do namorado ou algo do gênero. Com o local vago e inteiramente nosso, pudemos desfrutar da nossa criatividade. E nós, obviamente, aproveitamos o máximo.

Sorri ligeiramente, ao mesmo tempo em que os fios vermelhos se remexeram levemente. Karin abriu os olhos devagar e, ao notar o meu olhar sobre si, abriu um pequeno sorriso antes de pressionar seus lábios no meu ombro.

– Bom dia, Sasuke-kun – disse, erguendo os olhos para mim. Eu apenas sorri.

Karin olhou ao redor do quarto e constatou o seu estado.

– Foi bastante divertido ontem à noite – ela disse, alargando o sorriso e erguendo os braços para envolver o meu pescoço – Topa uma segunda rodada antes do café da manhã?

Eu sorri de volta, mas balancei a cabeça em negativa.

– Eu preciso ir – eu disse, retirando seus braços do meu pescoço.

O sorriso dela desapareceu enquanto eu me levantava sem pressa da cama e entrava no banheiro.

– Mas por que, Sasuke-kun? – perguntou, parecendo chateada, quando comecei a fazer minha higiene matinal – Geralmente tomamos o café da manhã juntos.

Terminei minha higienização, demorando um pouco antes de responder, o que pareceu fazê-la ficar ainda mais irritada.

– Sua amiga vai chegar logo – eu disse, saindo do banheiro – Não quero estar aqui quando ela chegar.

Karin cruzou os braços, já sentada na cama. A ruiva vestia apenas a minha camiseta, que ficava consideravelmente grande em seu corpo pequeno.

– Como se Shion não soubesse o que fazemos quando você dorme aqui – ela bufou, arqueando uma sobrancelha.

– Sabe que ela fica irritada quando eu durmo aqui – eu disse, começando a me vestir – Porque aqui não é nenhum motel, como ela faz questão de lembrar irritantemente sempre que me vê.

Shion era a colega de apartamento de Karin. Loira, olhos arroxeados e um corpo curvilíneo que vivia menos coberto de roupas que o necessário – não que eu estivesse reclamando. Ela seria até muito bonita, se não fosse tão irritante quando abre a boca – principalmente quando o faz para me dirigir palavra.

Karin descruzou os braços, mas amarrou ainda mais a cara.

– Você deveria dar menos importância para o que a Shion diz – disse.

Eu sorri levemente e caminhei até Karin, sentando ao lado dela na cama.

– E você deveria encontrar uma nova colega de quarto – eu disse, abraçando-a pela cintura.

A ruiva desamarrou a cara e sorriu para mim. Passou os braços pelos meus ombros e abraçou meu pescoço.

– Vou pensar no seu caso, Sasuke-kun – disse, colando os seus lábios nos meus.

Desci minhas mãos pela sua cintura até a bainha da blusa. Karin deslizava suas mãos pelo meu tórax descoberto, começando a se animar com a ideia de eu a estar despindo. Entretanto, ao invés de eu continuar como a ruiva imaginava, puxei a blusa do seu corpo e levantei rapidamente da cama.

– Eu preciso ir – disse, enquanto eu vestia a camiseta. Ela me olhava, confusa, mas parecendo estar prestes a se irritar.

Peguei rapidamente o restante das minhas coisas pelo quarto e saí pela porta, antes que Karin pudesse dizer alguma coisa. Mas nem isso abafou o grito que ela deu quando saí do apartamento e peguei o elevador.

Que irritante.

Espero que ela desconte na Shion.

(...)

21 chamadas perdidas.

Olhei no visor e vi que seis delas eram do Naruto e quatorze eram de Karin. A última era um número não-identificado que não deixou recado, portanto, resolvi ignorar. Não que eu não ignoraria os outros dois, pois foi exatamente o que eu fiz.

Eu havia acabado de sair do banho. Tinha chegado exausto do apartamento de Karin, já sabendo da dor de cabeça que eu teria por ter ido embora às pressas. Deixaria de atendê-la até que a poeira baixasse, como eu sempre fazia.

Me enxuguei com a toalha e coloquei uma roupa qualquer, mas confortável. Logo, já estava deitado na cama lendo um livro sobre Direito Penal para a universidade. Passaria o sábado em casa, no silêncio do meu tranquilo lar, lendo o meu – não tão – interessantíssimo livro e tomando meu café expresso, longe de qualquer pessoa barulhenta que pudesse vir a me incomodar ou trazer algum tipo de dor de cabeça – coisa que era extremamente difícil, visto que eu era cercado de pessoas barulhentas.

Apreciei o silêncio por alguns instantes.

Tudo estava perfeito.

Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Bom, pessoal, espero que tenham gostado do capítulo. Era pra ser um pouco maior, mas resolvi dividí-lo e utilizar a outra parte para complementar o terceiro. Obrigada aos que comentaram e favoritaram o capítulo anterior! Postarei o próximo o mais rápido possível. Lembrem-se que críticas, sugestões e elogios, são muito bem-vindos, além de ajudarem a concretizar a história no geral. Até o próximo capítulo!



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