Daylight escrita por JulySantos


Capítulo 8
Surto


Notas iniciais do capítulo

8/11



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Bella abriu os olhos lentamente, estava um pouco tonta e suspirou ao perceber que estava no hospital novamente, percebeu que estava sozinha, e suspirou novamente.

Ela sentiu a garganta um pouco seca, mas não chegava a estar sedenta realmente, não tentou esticar o braço, sabia que iria doer um pouco e preferia alguém chegar para poder ajuda-la.

Não demorou muito, cerca de dez minutos depois que ela despertou, Edward adentrou o quarto, e deu um pequeno sorriso, o monitor cardíaco registrou a alteração nos batimentos do coração dela.

– Oi. – Ela disse com um pequeno sorriso.

Ele se aproximou dela e beijou delicadamente seus lábios, mantendo um contanto por alguns segundos, separou-os um pouco e depositou um suave selinho nos lábios dela, para em seguida puxar a poltrona para o mais perto da cama possível.

– Como você esta? Está tonta? Com fome ou sede? – Perguntou enquanto acariciava o rosto dela.

– Bem, não, eu não estou tonta, não estou com fome e se você puder me ajudar a beber um pouco de água eu irei agradecer. – Sorriu de forma doce, ele assentiu e pegou a jarra com agua e despejou um pouco no copo e pegou um canudo, guiando para a boca dela, ela sugou um pouco e quando estava satisfeita empurrou o canudo, ele afastou o copo e o depositou na mesinha.

Enquanto ele esticava o braço, ela percebeu o adesivo no braço dele, e franziu a testa.

– Fiquei preocupado com você. Muito preocupado na verdade. – Ele disse.

– Você esta bem? Aconteceu alguma coisa com você? – Ela perguntou, fazendo com que ele franzisse a testa sem entender.

– Estou ótimo, melhor impossível, por que?

– Você fez um exame de rotina então?

Ele então entendeu, quanto ela apontou para o pequeno adesivo, ele havia esquecido de tirar.

– Eu...

– Você? Por favor, diga logo, estou preocupada, você esta mesmo bem? – Ela perguntou novamente, desta vez agoniada.

– Não se preocupe, anjo, eu só... Quero saber se posso doa minha medula a você. – Ele disse a olhando nos olhos. A pequena boca dela se abriu levemente, a deixando com um ar infantil.

– Você quer... quer doar sua medula? Pra mim?

– Nada me deixaria mais feliz, anjo. – Ele limpou uma pequena lagrima que escorreu de seu olho.

– Você sabe que só existe uma chance em cem mil, não é? – Ela perguntou depois de alguns segundos em silencio, ele torceu os lábios levemente.

– Seja um pouco mais otimista. – Ela lhe deu um doce sorriso em resposta.

– Vou poder voltar pra casa? – Ela perguntou, ele beijou sua mão delicadamente.

– Hoje não, você vai ficar em observação. – Ela suspirou assentindo.

– Não faça essa carinha, talvez amanhã você possa voltar. – Ele disse tentando reconforta-la acariciando levemente seu rosto.

– Você não deveria estar na faculdade? – Ela perguntou.

– Já acabei por hoje, sabe sou um excelente aluno. – Piscou o olho para ela.

– Você deve fazer muito sucesso no campus. – Ela comentou sorrindo.

Ele sorriu também, porém não falou nada, apenas ficou estudando o rosto de Bella enquanto ela divagava um pouco sobre o assunto.

– O que está passando por sua cabeça? – Ele perguntou quando percebeu que ela não falaria se ele não perguntasse. – Não esta pensando nenhum tipo de besteira, não é? – Ela balançou a cabeça negando.

– Só estava pensando que, você deve estar perdendo muita coisa por minha causa, fica muito tempo aqui e...

– Bella... – Ele tentou pará-la, porém sem sucesso, pois ela continuou como se ele quisesse escutar.

– ... Com toda certeza muitas garotas perfeitamente normais, devem estar querendo uma chance com você, garotas com corpos saudáveis e cabelos brilhantes e macios. – Ela sussurrou a ultima parte, seus cabelos faziam tanta falta.

Não importava o quanto aquilo soasse superficial, toda mulher ama seus cabelos, não importa se eles forem lisos, cacheados, ondulados ou crespos, você vai cuidar dele, vai querer o melhor shampoo, condicionador, creme para pentear, aquela hidratação super concentrada que deixa seus cabelos macios, e aquele reparador de pontas cheiroso. Nenhuma mulher se importa de gastar um pouquinho a mais no salão com aquela nova cauterização.

Ela sentia falta disso poxa. Ela é uma mulher, ela era vaidosa, e agora percebendo seu estado, sentia uma vontade imensa de chorar.

Mas não o fez, não queria demonstrar fraqueza na frente de Edward, não que ela quisesse parecer inabalável, mas não gostava de chorar na frente de outras pessoas, quando o fazia era porque já não suportava segurar.

– Anjo, eu estou aqui, com você, por você e para você. Eu não ligo para as outras garotas, elas não me interessam. Hei, o que aconteceu com aquela garota forte? – Perguntou tentando aliviar o clima.

– Ela caiu na real. Percebeu que esta com uma pessoa que pertence a um mundo diferente, em uma relação que não vai andar para lugar algum, uma relação que não terá base para nada, por que amanhã eu posso não abrir os olhos. Já pensou nisso Edward? Amanhã você pode estar livre de mim, e ai não terá que ficar om pena de terminar comigo, coitadinha da Bella, não posso terminar com ela isso provavelmente a coitada não aguentaria a rejeição, fiz uma caridade e agora preciso carregar o peso dela. – Ela murmurou olhando para o outro lado.

Edward estava com a boca levemente aberta, os olhos um pouco arregalados, ele estava sem reação. Preferiu não falar nada, apenas levantou-se e sai do quarto, esbarrando em Renée que se preparava para colocar a mão na maçaneta.

– Edward, o que foi querido? – Renée perguntou um pouco alarmada.

– Bella... – Foi a única coisa que ele conseguiu murmurar.

Renée suspirou já sabendo o que havia acontecido.

– Ela disse que você esta com ela por pena, que não merecia você, e que você provavelmente não vê a hora dela morrer? – Renée arriscou.

– Quase isso. Isso acontece muito?

– As vezes, toda essa situação influencia muito no psicológico Edward, as vezes ela tem uns rompantes desse jeito. Eu já a escutei dizer, que eu preferia que ela não tivesse nascido, que eu deveria ter parado em Leah, mas depois ela volta ao normal, não precisa se preocupar. – Ele assentiu.

– Vou conversar com ela. – Ele disse, Renée assentiu, porém antes que ele entrasse novamente no quarto, escutou o pai chamando-o.

– Edward, filho.

– E ai, pai? – Edward perguntou ansioso.

Porém toda sua esperança se esvaiu quando Carlisle balançou a cabeça negativamente.

Edward suspirou, porém já sabia o que iria fazer.


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