Daylight escrita por JulySantos


Capítulo 6
Namorados?


Notas iniciais do capítulo

6/11



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Ele andava pelo corredor do hospital ansiosamente, queria encontrar com Bella novamente, queria vê-la, tocá-la, ouvi-la... Beija-la. Ao pensar na ultima parte acelerou o passo.

Abriu a porta do quarto sem sequer bater, dando de cara com uma cena no mínimo desagradável. Um ser totalmente insolente estava debruçado sobre Bella, beijando a testa dela... BEIJANDO.

Limpou a garganta e deu um pigarro para que sua presença fosse notada, o homem moreno ergueu-se e olhou para trás, então Edward notou um uniforme de enfermeiro que ele vestia.

– Bom, já vou indo, até outro dia, Bella. – Ela saiu do quarto dando um acenada com a cabeça em direção a Edward. Edward acompanhou o tal sujeito com o olhar, nada amigável alias, e depois que ele saiu voltou o olhar para Bella, que estava parcialmente corada, por lembrar do beijo.

– Quem é ele? – Edward perguntou enquanto se aproximava. Bella achou graça da forma como ele perguntou, parecia incomodado.

– Ah, é o Jacob, ele é enfermeiro, estava me ajudando com o banho. – A ultima parte era apenas brincadeira.

Edward sentiu sua cabeça ferver.

– Você está brincando não é? – Perguntou, os olhos se arregalando um pouco, Bella riu com gosto, de repente não havia mais raiva, nem ciúme, a risada dela soava doce.

– Claro que eu estou brincando. Estou feliz que você tenha vindo me ver novamente. – Ela afirmou corando um pouco novamente. Edward sentiu que aquecia por dentro, estava feliz por ela estar feliz por ele estar ali.

– Acho que não consigo ficar muito tempo sem vir te ver. – Ele disse com um sorriso lindo nos lábios.

– Que bom.

–Hum... Onde está a sua mãe? – Ele perguntou sentando-se em sua já habitual cadeira.

– Foi comer. – Respondeu sem o olhar nos olhos. Um silencio desconfortável tomou conta do quarto.

Na mente de ambos a explicação para o silencio : o beijo que havia acontecido ontem. Obviamente eles haviam gostado do que havia ocorrido, mas como agir normalmente depois disto? Agir como se não houvesse ocorrido nada, ou conversar e esquecer?

– Bella, sobre oque aconteceu ontem... – A frase que ela temia escutar dele começava a sair da boca dele, boca que já esteve sobre a dela, ela suspirou baixinho ao lembrar.

– Eu sei, foi sem importância. – Falar e ter consciência disso, era melhor que escutar e se machucar não era? Talvez não.

O que não doeu tanto para ela falar, doeu nele ao escutar.

– É assim que você pensa? – Ele perguntou já se decepcionando. Ela notando a pontada de tristeza na voz dele, apressou-se em balançar a cabeça negativamente.

– Não, mas eu sou... Quer dizer você é tão... – Ela virou o rosto deixando um lágrima escapar, ele se apressou em secar aquela lagrima com a ponta dos dedos.

– Não chore... Não chore, Bella o que aconteceu?

– Nada.

– Sério? Vamos fingir que eu acredito ok? – Ele sussurrou fazendo uma cara adorável, o que fez ela soltar um pequeno sorriso. – O que foi princesa? – Ele perguntou preocupado, ela sorriu novamente ao escutar o apelido carinhoso.

– Esquece Edward, eu quero que você continue meu amigo. – Ok, não era inteiramente verdade.

Edward fez uma pequena careta com aquela frase, ele não havia gostado nada de ouvir aquilo. Não queria ser só amigo dela, o que crescia dentro dele estava além das paredes de uma amizade, ele queria os beijos, os abraços, os sorrisos, as lágrimas, queria tudo dela, queria tudo que viesse dela.

– Não, eu não quero esquecer, eu não quero esquecer por que eu gostei...

– Ed...

– Não deixe-me falar, eu passei a noite inteira pensando em você, pensando no que havia acontecido entre nós, pensando nos seus lábios, Bella, eu não quero ser só seu amigo, eu quero tudo com você. – Ele terminou o pequeno discurso olhando nos olhos chocolates, que estavam marejados, surpresos, assustados e felizes.

– Mas... Mas eu... – Ela não conseguiu terminar, um bolo se formou em sua garganta.

Como ela poderia explicar a ele, uma coisa que ela mal podia explicar a si mesma?

– Você oque? Você é linda Bella. – Ele sussurrou apaixonado, a voz derretida, a olhava com adoração. – Depois de ontem, pensei que você quisesse o mesmo que eu, pensei que você retribuísse o que eu sinto.

– Não é questão de retribuir ou não, Edward, só não quero me iludir a toa.

– Quem disse que eu quero te iludir? Eu não sou assim. – Ele disse firme. Ela assentiu.

– Eu sei disso, acredite, eu sei, mas eu me conheço bem, e sei que em menos de um minuto, eu poderia me apaixonar por você, e sabe o que aconteceria se tentássemos? Você iria perceber que estando com uma pessoa como eu, tudo teria limites, você não teria tanta liberdade, você seria privado de muitas coisas. – Ela respirou fundo e não o olhou depois de falar tudo, fechou os olhos levemente, esperando escutar o barulho da porta indicando que ele estava indo embora, para que enfim ela pudesse chorar, quando depois de trinta segundos o barulho da porta não foi ouvido, ela levantou o rosto levemente e abriu os olhos. Ele ainda estava ali.

Ele havia escutado a tudo calado, queria saber o que ela pensava sobre tudo, e estava feliz por ter escutado, ela não havia dito que não estava apaixonada por ele, pelo contrário, ela disse que em menos de um minuto poderia se apaixonar, e isso o deixou pronto para tudo.

Ele entendia perfeitamente os medos dela, mas nunca em momento algum ele pensou em brincar com ela, ele realmente a queria.

– Eu te entendo, entendo seus medos, mas eu realmente quero você, preciso estar com você. – Ele disse simplesmente, fazendo-a corar e se emocionar pelas poucas palavras ditas por ele. – Diz que você acredita em mim, por favor, diz. – Ele pediu apertando levemente a mão dela.

– Eu acredito em você. – Ela sussurrou.

– Vai me deixar provar que eu realmente gosto de você? – Ele perguntou se contendo para não gritar, ela assentiu sorrindo docemente, o coração de ambos batendo desesperadamente.

Tendo aquela resposta positiva, ela não tinha o que esperar, apoiou os braços ao lado do corpo dela, e lentamente foi aproximando os lábios da boca dela, fechou os olhos quando os narizes se encostaram.

Os lábios se encontraram finalmente, dessa vez o selinho não foi o suficiente para nenhum dos dois, ele calmamente passou a ponta de sua língua pelos lábios dela, que suspirou, aproveitando-se disso ele deslizou sua língua pela boca dela que sem aguentar soltou um gemido baixo que deixou Edward louco, uma de suas mão subiu e ficou no pescoço dela, como se para impedir que ela se afastasse, porém ele teve de deixa-la respirar, beijou suavemente a bochecha dela que estava corada, e deu um sorriso.

– Então, já posso contar ao meu pai que estamos namorando, ou devo pedir a sua mãe primeiro?


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