O Que Nos Mantém Unidos. escrita por Lara


Capítulo 11
Ele Tem Que Saber


Notas iniciais do capítulo

Ê!!! Mais um capítulo!!! Acho que vocês vão gostar dele :)
Boa leitura.
Escritora: @germangielover
Tradutora:@ClaraAlonso_FC



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– Filha, não dá pra mudar essa cara não? – perguntou Angelica entregando um suco de laranja para sua filha.

Angie bocejou e tomou um gole do suco. Estava horrível. Tinha olheiras, estava pálida e sentia que estava prestes a cair no sono.

– Dormi duas horas, mamãe. Como quer que minha cara esteja? – respondeu ela se levantando e indo até a cozinha.

Angelica a seguiu e pegou uma cartela de ovos para fazer o café da manhã de sua filha e seu neto.

– Já pensou no que vai dizer ao German? – perguntou enquanto quebrava os ovos e colocava-os em uma tigela.

– Sim. – respondeu ela enquanto se apoiava na mesa do café da manhã.

– E quando vai dizer?

– Não sei... Amanhã, na outra semana... Sabe? Estive pensando: pra que apressar as coisas? Melhor fazer isso devagar, com o tempo. Talvez eu conte logo, ou leve mais algum tempo.

Angelica revirou os olhos e virou para ver sua filha.

– Quanto mais você atrasa as coisas, mais complicadas elas ficam, filha. Você sabe disso melhor que ninguém.

Angie suspirou. Sabia que tinha que dizer, mas não queria ver German. Sentia uma confusão de sentimentos quando o via, não sabia se sentia raiva ou culpada.

A Campainha tocou.

– Eu atendo! – Disse Angie correndo até a porta.

Na verdade ela não queria continuar a conversa. Angie se apressou e abriu a porta. Quando viu quem estava na porta um sorriso foi desenhado em seu rosto.

– Vilu! – disse a mulher surpresa.

Angie sentiu um temor quando a viu. Estaria com raiva dela?

– O que? Não vai me dar um abraço? – Perguntou Violetta com um sorriso enquanto abria seus braços.

Angie sorriu e se aproximou de sua sobrinha para abraça-la forte. Voletta tinha crescido desde a ultima vez que Angie tinha a tinha visto. Agora estava quase da sua altura, com a diferença de uns quatro centímetros. Despois de abraçar Violetta, se separou e disse:

– Não sabe o quanto me fez falta.

Angie a olhou com saudade. Até agora parecia que Violetta não estava com raiva dela, durante esses anos ela pensava que Violetta não queria vê-la nunca mais. Quando ela se foi, nem se despediu de sua sobrinha, ela não tinha culpa de nada mas na verdade, só de apenas ver Violetta sua dor voltava. Ela a fazia lembrar de German, tanto quanto Thiago fazia.

– Tenho certeza que você não sentiu minha falta tanto quanto eu senti a sua. – respondeu Angie passando a mão no cabelo de sua sobrinha.

Violetta sorriu. Já sentia falta dos carinhos que Angie lhe dava. Violetta tinha crescido sem sua mãe e ao descobrir que Angie era sua tia, ela descobriu uma felicidade indescritível em sua vida. Quando Angie a abraçava, de certa maneira, sentia que sua mãe estava com ela. Como se Angie fosse um anjo que sua mãe estivesse mandando para cuidar dela. Quando Angie foi embora, Violetta sentiu como se uma parte dela tivesse ido embora com Angie, no começo ficou com raiva por ela ter abandonado ela, mas depois queria fazer de tudo para que ela voltasse.

– O que faz aqui? – perguntou Angie enquanto deixava Violetta entrar.

Ela não se moveu da porta, mas esticou sua mão e pegou a mão de Angie.

– Precisamos conversar. – disse ela com sinceridade.

Angie a olhou curiosa e assentiu com a cabeça. “Com certeza tem a ver com German.” pensou. Angie pegou sua bolsa perto da porta e acompanhou sua sobrinha. Caminharam alguns minutos sem dizer nada. Em alguns momentos Angie percebia como Violetta se virava e a observava com um sorriso, como se estivesse se lembrando dos velhos tempos de quando viviam juntas. Depois de um tempo, chegaram a um restaurante e se sentaram.

– Dois cafés por favor. – pediu Violetta quando a garçonete as atendeu.

A garçonete anotou o pedido no caderninho e levantou o olhar. Quando percebeu, ficou boquiaberta ao ver Violetta. Timidamente perguntou:

– Desculpe. Você é a Violetta?

Violetta sorriu.

– Sim. – respondeu simpaticamente.

– Minha filha é sua fã. Poderia me dar um autografo? – perguntou a garçonete tirando uma folha do caderninho entregando-a para Violetta.

– Claro!

Violetta deu seu autógrafo e o entregou para a mulher que a agradeceu e se retirou para a cozinha para preparar o pedido. Angie sorriu e olhou para Violetta orgulhosa.

– Imagino que já está acostumada com isso. – disse a loira.

– Sim, faço muito. – respondeu Violetta – mesmo assim ainda não estou acostumada.

– Sua mãe ficaria orgulhosa de você. – disse Angie enquanto pegava a mão de sua sobrinha sobre a mesa.

– Violetta sorriu e apertou a mão de sua tia. Tinha sentido muitas saudades dela.

– Eu sei que está. – respondeu Violetta devolvendo um sorriso para sua tia. – Mas bom, não estamos aqui para falar de mim, e sim de você.

Angie separou sua mão e olhou para a garota curiosa. O que German havia dito a ela sobre a noite anterior que ficou cuidando dela? Violetta, por sua parte, sentia um nervosismo enorme dentro de si mesma. A pergunta estava torturando e a única coisa que queria era uma reposta. Se tudo fosse como ela imaginava, a vida de seu pai e dela mudariam drasticamente, seu futuro estaria atado com o de Angie, “Como sempre devia ter sido” pensou Violetta enquanto sorria.

– Angie, posso te perguntar alguma coisa? – perguntou Violetta enquanto tomava coragem para perguntar logo.

– Claro. – respondeu ela com medo do que sua sobrinha diria.

Violetta ficou em silencio por alguns segundos até que tomou um pouco de ar e perguntou:

– Quem é o pai do Thiago?

Nesse momento Angie sentiu como se sua alma caísse até seus pés. “Como ela sabe?” se perguntou com o coração batendo a mil. Rapidamente o medo de que German soubesse de algo, começou a crescer dentro dela. Violetta a observava, entendendo a resposta imediatamente, os gestos de Angie eram suficientes para entender tudo. Violetta suspirou com decepção e se inclinou na mesa sem poder acreditar.

– Violetta, me perdoe. – suplicou Angie enquanto passava uma mão pelo seu cabelo. – eu... eu não queria esconder. Eu ia dizer só que... Como seu pai vai reagir? Sua família? E se ele quisesse afasta-lo de mim? Não poderia suportar, eu...

– Angie. – Violetta interrompeu esticando sua mão, impedindo sua tia – papai não tem namorada, e muito menos esposa. Ele nunca te afastaria de Thiago, Angie. Ele te ama e nunca te faria algo que lhe causasse dor. Papai mudou, não é o mesmo German faz anos, desde que você se foi ele mudou muito.

Angie a observou com dor em seus olhos. Violetta sabia, ainda doía que German tivesse a enganado com Jeremias.

Ele tem que saber. – disse Violetta procurando o olhar de sua tia, já que esta olhava para baixo.

Angie subiu o olhar e assentiu com a cabeça. Justo quando ia dizer algo o celular de sua sobrinha tocou. Violetta o procurou em sua bolsa e atendeu:

Sim? ... Ah, papai. Estou tomando café ... Claro, te vejo agorinha ... Estarei em casa dentro de uma hora ... Tchau.

Violetta deixou o celular ao lado de seu prato e continuou falando com sua tia. Angie estava com a cabeça fixa na mesa invadindo o olhar de Violetta. Violetta suspirou e esticou sua mão para pegar a de sua tia. Com o contato, Angie levantou o olhar e encontrou os olhos de sua sobrinha, iguais aos de German.

– Sei que papai te magoou muito, Angie, e entendo que você se foi pela dor que ele te causou mas não me diga que não pode dizer a verdade para papai, Angie. Papai me afastou de você durante quinze anos Angie. Tem ideia do quão horrível é não conhecer seu passado? Nunca tive companhia, estive sozinha por muito tempo e quando te encontrei, minha vida mudou muito. Quer que Thiago sofra o mesmo? Você está o afastando de seu pai e de sua irmã! Não cometa o mesmo erro que papai comenteu, Angie. Papai tem que saber que tem um filho.

Angie a observou e respirou fundo, assentindo com a cabeça. Violetta tinha razão, tinha toda a razão. Estava cometendo o mesmo erro que havia causado o ódio que ela tinha de German fazia muito tempo. Não poderia continuar com isso.

– Tem razão. – concordou Angie – eu o direi, mas me dê um tempo. Não foi fácil me encontrar com ele e nosso passado de novo.

Violetta a olhou compreendendo e assentiu com a cabeça.

– Então, isso é tudo. Tenho um irmãozinho! – exclamou Violetta enquanto se colocava de pé.

Angie soltou uma gargalhada e se levantou para abraçar Violetta com força. As duas riam, como se o tempo não tivesse passado. De repente alguém tocou o ombro de Angie.

– É... me desculpe. – interrompeu a garçonete – seu café.

Violetta recebeu os dois cafés e voltou a se sentar. Angie fez o mesmo e tomou um gole do café.

– Angie, me promete uma coisa? – disse Violetta.

– Claro. – respondeu Angie mais feliz.

Ver sua sobrinha havia trazido alegria a ela. Com um sorriso Violetta extendeu a mão e levantou seu dedo mindinho para que Angie fizesse o mesmo e os juntasse.

– Me promete que nunca mais vai me deixar de novo.

O interior de Angie se estremeceu. Em sua mente vieram as lembranças de quando Violetta era uma criança, quando ainda precisava dela. Agora era uma mulher, uma grande mulher. Não podia deixa-la de novo. Nunca mais se distanciaria dela.

– Eu prometo. Nunca mais eu vou embora. – respondeu ela juntando os mindinhos das duas.

Violetta rio e disse:

– Te amo.

– Eu te amo mais! – respondeu Angie com seu sorriso irradiante.

– Eu até o infinito.

Angie sorriu e lembrou o que sempre diziam.

– Eu, até o infinito... E um pontinho vermelho!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Espero que tenham gostado, beijos e até a próxima.
Comentem.
Ahh... Esse capítulo é bem importante viu ;D logo, logo saberão porquê.



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