Break Of Dead #2 escrita por Write Style
Notas iniciais do capítulo
Olá novamente caros leitores.
Depois dos trágicos acontecimentos em Break of Dead e com alguma da minha disponibilidade libertada, decidi dar avanço à ideia da continuação da minha história. Para aqueles que a conhecem, este é um reencontro, para os restantes bem vindos (aconselho vivamente a ler o primeiro livro para apreciar este ao máximo)
Podem deixar os vossos comentários, pois isso é uma das coisas que me faz continuar a desenvolver estas histórias. Vou deixar de conversas e deixar-vos apreciar ^^
Lembro-me perfeitamente, como se fosse ontem, nas manhãs quentes de inverno em que acordava completamente tapado e quente. Sempre fui a pessoa mais preguiçosa daquela casa e por isso mesmo, acabei por ter algumas manhãs barulhentas e de repreensão. A minha mãe era mesmo a pior. Se eu passasse para lá de uma certa hora que a mesma considerava ser aceitável para levantar da cama, podem ter a certeza que não conseguia lá permanecer durante mais de dez minutos. O meu pai quase nem ligava e por vezes era ele nessa situação, a ser acordado à força. De qualquer das formas éramos felizes.
Ser filho único sempre teve as suas vantagens e claro que também eu tive as minhas. Foi sempre tudo para mim e como eu queria (a maior parte das vezes, claro). O meu liceu ficava a vários quilómetros de casa, devido à minha mudança de um condomínio para uma moradia nas periferias de Richmond, havendo uma muito mais perto, a dois ou três quarteirões, mas as regalias de filho único sobrepuseram-se também ai, ao ser-me permitido manter os estudos lá. Foi no ano de todas essas mudanças, que eu conheci a Marie.
Sempre foi boa pessoa para mim, mas a principio, apenas falava comigo um “bom dia” e um “até amanhã”, mas foi apenas quando ambos pensamos tirar a carta que realmente nos conectámos como amigos. De tal forma que ambos optamos pela mesma escola de condução e por ironia do destino, até o mesmo instrutor. Bruce Owen revelou-se uma pessoa excelente desde o primeiro minuto, quando tive a minha primeira aula prática. Marie sempre esteve ali, ao meu lado para me apoiar e eu comecei a sentir um avanço na nossa amizade.
Esqueci-me do dia exato, mas em Janeiro meti na cabeça que iria descobrir o que realmente existia entre mim e ela. Guardei a minha confissão para o dia em que ambos íamos ter uma aula conjunta de condução. Quando a aula acabasse, iria chegar-me perto dela, talvez com uma conversa normal e simples qualquer para desanuviar o ar e logo após isso, convida-la para sair. Tinha de tentar, ao menos isso. Estava ali a algumas horas de distância apenas e fiquei bastante nervoso nessa altura.
Era só esperar pelo fim da aula de condução… mas a aula de condução nunca acabou. Esperava levar uma negativa da parte dela e se isso acontecesse, voltaria para casa e jantaria com os meus pais… mas voltei para casa e já lá não estava ninguém.
Às vezes fico a pensar: terei imaginado tudo, ou é apenas algo que está tão longínquo no tempo que parece quase um sonho? Quem foi Bruce? Quem foi Marie? Eles morreram, mas como posso eu ter a certeza, se nem consigo pensar direito sobre a situação em que me encontro neste momento? Zombies, sangue, mortes, pessoas a enlouquecer? O que é isto? Como vai ser daqui para a frente?
Mas mais importante, a questão que nos últimos tempos me tem atormentado sem fim, depois por tudo o que passei, nesta eternidade destroçada e quebrada: Quem realmente sou eu?
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