POV Austin

Ela estava linda. Simplesmente linda. Decidi fazer um piquenique com ela, afinal ela ama piqueniques. Passamos numa padaria e eu comprei o necessário e a levei ao farol. O encontro foi ótimo, nos conhecemos muito. Estávamos indo pra casa, e eu decidi me declarar para ela, e criei coragem e a pedi em namoro, e fiquei surpreso quando ela aceitou. O melhor beijo da minha vida foi o que nós demos depois que ela aceitou ser minha namorada. Minha. Cara eu não acredito! Ela é minha namorada! Caminhamos de mãos dadas, até a moto. Passamos na padaria e devolvemos a cesta e a toalha que eu pedi emprestado ao seu Carlos. Fomos para casa e ela veio abraçada a minha na moto, sua cabeça apoiada em minhas costas. Não tenho palavras para descrever a minha felicidade. Chegamos a casa era meia noite. Muito tarde pra sair sem avisar a ninguém.

Entramos em casa de mãos dadas, estava tudo escuro. Quando eu liguei as luzes nossos pais estavam sentados no sofá nos encarando e o dois com a cara não muito legal. Senti a mão da Ally fria, ela com certeza tava com medo.

–Eu posso saber onde vocês estavam?- Meu pai disse

–A gente saiu pai. – A Ally disse, nós continuávamos parados na porta de mãos dadas e eles nos olhavam e olhavam principalmente para nossas mãos.

–E só voltam essa hora? Onde vocês estavam? E o que estavam fazendo?- A Penny disse. Engoli em seco, a Ally notou e falou baixo em meu ouvido:

–É melhor nós contarmos logo, eles vão ter que saber mesmo.

–Concordo. – eu disse no mesmo tom, vi ela se arrepiar. Se a situação não estivesse tão crítica eu tinha rido. Caminhamos até o sofá e nos sentamos na frente deles. E ainda estávamos com as mãos enlaçadas. Meu pai olhou de novo para nós e perguntou.

–Vocês querem nos dizer alguma coisa?

–Éh... Pai e-eu, quer dizer nós queremos contar uma coisa. – ele nos olhou esperando- Nós... Nós... estamos namorando. – Falei essa parte muito baixa, a Ally riu. Eu a cutuquei, não era hora de rir, mas pra falar a verdade eu também queria rir.

–Vocês o quê? Eu não entendi. – ele disse

–Nós... –Decidi contar logo, respirei fundo e disse – Nós estamos namorando. – Eles arregalaram os olhos e meu pai gritou.

–O QUEÊÊÊÊÊÊÊÊ?????? Como assim? Mas desde quando? Como? Vocês dois? – ele perguntava nervoso e não parava de falar

–PAI – eu disse e ele parou e prestou atenção – Eu a pedi em namoro hoje, eu sei que é muito cedo, mas nós nos gostamos e ela aceitou ser minha namorada. – Ally apertou minha mão levemente, apertei a dela do mesmo jeito. As mãos dela se encaixam na minha perfeitamente.

–E quem disse a você que isso está certo?- Meu pai disse e eu gelei – Fora! – ele disse me assustei, mas vi que ele estava falando sério então me levantei e sai. A Ally e a Penny protestaram irritadas, mas ele não disse nada veio atrás de mim e quando eu passei pela porta ele a fechou. Fiquei parado na porta tentando processar o que acabara de acontecer. De repente escutei sua voz.

–Isso não está certo assim Austin, bata na porta. – fiquei confuso, as lágrimas já estavam em meus olhos, mas mesmo assim bati.

–Boa noite rapaz, eu sou o pai da Ally, por favor entre. – entrei sem entender nada e a Ally e Penny se controlavam pra não rir. Mas o quê? – Sente-se. –Sentei em sua frente.

–Pai o que... – ele me interrompeu

–Se você quer namorar a minha filha, não é assim que acontece. Você tem que me pedir permissão primeiro. – Agora eu entendi, meu coração relaxou a mil. –Qual são as suas intenções com ela?

–As melhores possíveis. Eu quero fazê-la feliz como ela nunca foi. Eu quero dar a minha felicidade a ela se for possível. – Olhei para Ally e ela sorria emocionada, a Penny do sorria do mesmo jeito.

–Se é assim, eu permito o namoro. Agora me dê um abraço de sogro e de pai. – Ele gargalhou e eu o abracei, As duas mulheres riam vendo a cena. – Ally?

–Sim pai?- ela falou

–Fora! – nós caímos na gargalhada e ela saiu rindo muito. Ela bateu na porta do mesmo jeito que eu.

–Boa noite senhor. – ela disse

–Boa noite, você veio? – ele perguntou se fazendo de desentendido

–Vim pedir a sua permissão para namorar seu filho. – ela disse rindo, eu e Penny continuávamos rindo com aquilo.

–Ah sim entre vamos conversar direito. –Depois que eles estavam sentados meu pai falou.- Qual são as suas intenções com ele? Eu sei que isso não é comum, mas quando se tem só um filho e o ama muito, temos que saber se vão amá-lo do mesmo jeito que nós não é Penny?

–Claro que sim Lester. – ela falou rindo.

–A minha intenção é amá-lo ainda mais. Quero fazê-lo feliz do mesmo jeito que ele me faz, e ainda mais se for possível. E Então o senhor me permite? – ele sorriu feliz

–Claro que eu permito, mas falando sério agora meninos eu estou muito surpreso com essa notícia e também estou muito feliz. Meus filhos juntos! Quer dizer isso soa muito estranho, mas vocês não são irmãos então não tem problema. Eu espero que um cuide bem do outro porque os dois são meus tesouros. – Nós dois o abraçamos –Penny você sabia disso?

–Na verdade eu desconfiava, dá pra notar o jeito que eles se olham. – ela falou rindo

–Eu também achei muito estranho a mudança do Austin, e claro só podia ser por um motivo. Ele ta apaixonado.

Nós continuamos rindo até que ele disse que estava na hora de dormir, pois estava muito tarde. Eles subiram na frente e a Ally foi beber água, fui atrás dela.

–Que susto que ele me deu. – eu disse e ela riu

–Depois que você saiu ele disse pra gente parar que ele tava brincando. – nós rimos e ficamos nos olhando, lembrei-me de como ela estava hoje mais cedo e resolvi perguntar.

–Ally o que aconteceu na escola hoje? Não diga que não foi nada porque eu sei que foi. O que houve? – ela me olhou apreensiva e respirou fundo

–Austin eu não ia te contar porque depois de tudo o que aconteceu eu não quero estragar nossa noite, mas... – ela me olhou me analisando e agora eu tava com medo.- O Jake, aquele idiota da praia estuda na mesma escola que eu, e sem querer eu esbarrei nele. Ele foi todo arrogante e não queria me deixar sair de sua frente e disse que o que você fez com ele na praia não ia ficar por isso mesmo. – Eu tenho certeza que a minha cara tava vermelha de raiva nesse momento – Austin, por favor esquece ele, não vale a pena. – ela disse parando na minha frente.

–Esquecer??? Não tem como esquecer! É de você que nós estamos falando. Se ele quer alguma coisa venha resolver comigo e não ficar te pressionando na escola. E porque você não falou isso pra mim antes?? – Eu falava muito irritado pra ela

–Me desculpa, mas eu não queria te ver assim, ele não vale à pena. – me virei e comecei a andar de um lado pro outro na cozinha. – Austin! Olha pra mim. – eu parei e ela segurava meu rosto e suas pequenas mãos. Em seu olhar comecei a me acalmar. – Por favor, deixa aquele imbecil pra lá. Talvez se eu tivesse te contado antes nós nem tínhamos tido um encontro tão maravilhoso como o nosso, e talvez nem estivéssemos namorando agora.

–Tudo bem, mas se ele chegar perto de você de novo eu... – ela me interrompeu com um beijo. Eu esqueci totalmente do que eu ia dizer e me concentrei apenas nela. Que sem os saltos ficava na ponta do pé pra me beijar.

–Esquece ele – ela disse quando nos afastamos, mas continuamos abraçados – Ele não vai fazer nada. Nós estamos namorando Austin eu nem acredito. – ela falou animada

–Pois é agora você é minha pequena. – ela fez uma careta e eu ri – O que foi você não é pequena não?- ela balanço a cabeça dizendo que não. – Então tá se você diz... – ela riu – Vamos dormir tá na hora.

Subimos para os nossos quartos e eu dei um selinho de boa noite nela antes de ela entrar para dormir. O Dez já dormia em seu colchão, tomei uma banho e fiquei pensando no quanto eu estava feliz de ela ser minha namorada. Mas também não esqueci do Jake, isso não vai ficar assim. Virei-Me de lado e acabei adormecendo pensando na minha pequena.