Our Song escrita por Apimentada


Capítulo 7
I'm Yours


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Gente, como minhas aulas vão começar terça, infelizmente, eu vou começar a postar mais rápido agora e provavelmente semana que vem vou passar a demorar a escrever! Desculpa :(((
Boa leitura!!



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O relógio marcava 7:30 da manhã e eu já estava na rua dirigindo. Minha vontade era de ficar em casa e não ir para lugar algum. Mas jogar tudo fora ? Depois de um ano ? Isso é certo ? Cheguei no aeroporto e me sentei em um dos bancos que havia lá. Um cara que estava sentado do outro lado ficou me encarando. De repente ele sorriu enquanto mascava o chiclete. Tudo bem, isso foi a coisa mais esquisita que eu já vi, depois ele pegou o chiclete com um dedo e o esticou da boca até uns 10 cm depois dela. E levantou a sobrancelha. Sem. Comentários. Tentei ignorar sua forma ridícula e estranha de me seduzir, enquanto olhava para os lados. Afastando meus pensamentos, resolvi ligar para a Magali. Eu estava preocupada com ela. Havia muito tempo que não nos falávamos. Caixa postal. Talvez eu vá no apartamento dela hoje. Avistei o Do Contra perto da porta de entrada para aeroporto. Fiquei " colada " na cadeira por um instante até que resolvi me levantar. Afinal, eu vim até aqui mesmo.

_ Oi... -- eu disse séria me aproximando--

_ Você veio. -- ele disse surpreso--

_ É, parece que sim.

Ficamos nos encarando por um tempo, até que eu o abracei e lhe dei um beijo na bochecha.

_ Boa viajem. -- eu disse em um meio sorriso--

_ Eu só ganho isso ? -- ele disse de forma brincalhona --

_ Você sabe porque vim aqui.

Virei de costas e não falei mais nada. Vim aqui só para ele saber que nada estava acabado, mas também não estávamos bem. Entrei no carro quando senti meu celular vibrar no meu bolso.

_ Alô ?

_ Oi Mô! É o Cebola. Deixa eu te falar... Estou ligando porque o diretor nos chamou para ir no estúdio.

_ Ué, por quê ?

_ Não sei. Ele não disse.

_ Ok, eu já estou indo.

O que será que o diretor queria comigo ? Dirigi o mais rápido até o estúdio e entrei lá dentro. A primeira pessoa que vi foi o Cebola que parecia entediado esperando.

_ Oi gente! -- eu disse--

_ Oi. -- o Cebola cumprimentou --

_ Bom dia galera! Eu chamei vocês dois aqui porque eu precisava avisar uma coisa importante. Lembra da música que fizeram ? -- assentimos -- Teve 80 milhões de acessos!

Nós ficamos bobos de primeira, mas depois gritamos de comemoração e nos abraçamos.

_ Conseguimos! -- o Cebola disse--

_ É!

Nos separamos envergonhados e nos entreolhando.

_ Cebola... -- eu comecei--

_ Pode me chamar de Cê. -- ele disse me interrompendo--

_ Ah, tá. Hã... Cê, eu queria falar que foi ótimo trabalhar com você.

Ele sorriu e me deu uma cotovelada de leve no braço.

_ Também foi ótimo trabalhar com você.

_ Bom, eu... Vou ter que ir agora mas... A gente se vê né ?

_ É. Claro!

_ Então... Tchau!

_ É. Tchau!

Quando me virei para ir embora, ele segurou meu braço direito e me puxou para perto dele. Ficamos poucos centímetros de distância e me senti traindo o Do Contra. Me afastei um pouco.

_ Bem... A gente podia fazer alguma coisa agora... O que acha ?

_ Pode ser. -- eu disse sorrindo--

_ Pode ?

_ Por que não ? Não vou fazer nada. Ah não ser que considere assistir filmes água com açúcar a tarde inteira, alguma coisa.

Ele riu e soltou o meu braço de leve.

_ Não. Vou pegar uma coisa e já volto.

Assenti e esperei sentada. O diretor veio até mim sorrindo animado.

_ Mônica, as pessoas adoraram ver você cantando! O que acha de me escrever uma música ?

_ Es- escrever ?

_ Sim. Você consegue ?

_ Acho que sim...

_ Ótimo! -- ele disse e saiu--

Por que eu disse que sim ? Eu nunca compus nenhuma música!

Eu nunca mexi nesse ramo para falar a verdade. Fiquei em estado de choque esperando o Cê chegar, até que ele apareceu.

_ Vamos ?

_ S- sim.

Fomos até o estacionamento e eu disse que iria pegar o meu carro, porém o senhor Cebola não permitiu.

_ Não. Vamos na minha moto. -- ele disse subindo na mesma--

_ Não. Vamos no meu carro. -- eu disse abrindo a porta--

_ Moto.

_ Carro.

_ Moto.

_ Carro.

Ele desceu da moto e eu sorri vitoriosa. Ele ficou parado na minha frente me analisando e perguntou:

_ Quanto você pesa ?

_ Hã... Sei lá, talvez 50, por que a perg...

Antes de eu terminar a frase ele me pegou no colo e fechou a porta do carro. Eu me debatia e gritava inutilmente. Enquanto ele só apontava para mim e falava: " Não se preocupem! Ela é louca! ". Filho. Da. Mãe.

_ Eu não vou nesse troço! -- gritei em protesto--

_ Sim, você vai. -- ele disse me colocando em cima dela e me dando o capacete-- Qual o problema ?

Não queria falar que tenho medo de motos, mas queria fazer de tudo para não irmos nela.

_ Por favor. -- implorei--

_ Coloca o capacete. Eu gosto de acelerar. -- ele disse com um sorriso malicioso--

Engoli em seco e coloquei o maldito capacete. Ele acelerou e eu soltei um gritinho fino e alto. Ele riu. Aposto que estava adorando aquilo. O apertei forte na cintura e pude sentir sua barriga definida. Soltei um pouco, sem jeito e ele percebeu.

_ Pode segurar. Eu não mordo. -- ele disse sorrindo-- Bom, nem sempre.

Eu estava com tanto medo que nem reparei que não sabia aonde estávamos indo. Eu estava torcendo para não ser em nenhum lugar proibido ou estanho. Fechei os olhos com medo de ver minha morte, quando senti a máquina assassina parando. A primeira coisa que vi foi uma roda gigante.

_ Um parque de diversões ?

_ Sim. Eu sempre vinha aqui quando criança. Me traz boas lembranças.

Cebola me ajudou a descer da moto e eu achei até cavalheiro, se não tivesse sentido ele pegar na minha bunda.

_ Não toca em mim! -- eu disse lhe dando um tapa na cara--

_ Ei! Espera! Foi um acidente! -- ele disse com a mão no rosto--

Lhe dei as costas e continuei andando na sua frente. Por um tempo ele ficou andando atrás de mim, mas depois de um tempo me alcançou e ficamos lado a lado.

_ Desculpa...

_ Não precisa.

_ Você não anda muito bem né ?

O silêncio me reinou e fiquei olhando para frente. O Do Contra me invadia a mente desde que brigamos. Nunca fomos o casal perfeito, entende ? Só que eu sinto que o nosso amor está acabando. Parece que não temos o mesmo sentimento de um ano atrás. E isso dói. Machuca.

_ Não. -- respondi depois de uns cinco minutos--

_ Não se preocupe. Vou tentar te animar. -- ele disse pegando na minha mão --

Sorri enquanto ele me puxava até a toda gigante. Sentamos nos assentos que balançavam. Segurei firme apreensiva e ele pôs a mão sobre a minha.

_ Fica calma.

Respirei fundo e sorri levemente. A roda gigante começou a girar de vagar.

_ Eu sei que estou sendo uma boba mas... Não venho aqui com muita frequência. Então não me lembro como é.

_Não ligo. -- ele disse dando de ombros--

_ É engraçado como não se importa com essas coisas. -- eu disse sorrindo--

_ É engraçado como você liga.

As luzes coloridas do parque faziam seus olhos castanhos ficarem de várias cores e observei isso como uma criancinha curiosa para ver qual cor viria após a outra. Ele me encarou e parecia estar fazendo o mesmo.

_ Seus olhos estão roxos. -- ele disse sorrindo--

_ E os seus verdes. -- eu disse também sorrindo--

Nós rimos de nós mesmos e ficamos observando as pessoas que estavam embaixo.

_ Sempre achei bobo as pessoas dizerem que a gente do alto parece formigas. Parecemos mais vários pontos. Como carrapatos.

Quando terminei de dizer isso o Cebola gargalhou e eu fiquei inocentemente tentando entender.

_ Carrapatos ? -- ele perguntou-- É, estou em uma roda gigante com uma louca.

Eu lhe dei um tapa no ombro e rimos mais uma vez. Confesso que não me divertia assim fazia tempo. Corei ao notar o quanto ele era bonito e esperei a roda gigante parar para descermos. Tinha um homem que estava no meio do parque com um violão e um microfone cantando. Tinha várias pessoas ao redor. Fomos até lá dar uma olhada, até que inesperadamente o Cê resolveu ir falar com o cara. Ele se sentou no banco e pediu emprestado o violão. O cara tinha outro microfone e ficou com ele. Todos estavam confusos, inclusive eu. O toque de uma música familiar começou a tocar e o Cê começou a cantar.

Well you done done me and you bet I felt it

I tried to be chill but you're so hot that I melted

I fell right through the cracks, now I'm trying to get back Before the cool done run out,

I'll be giving it my bestest

And nothing's going to stop me but divine intervention

I reckon it's again my turn to win some or learn some But I won't hesitate no more, no more It cannot wait, I'm yours

Ele levantou o olhar para mim e várias meninas gritaram quando o reconheceram e por causa da música. Sorri e ele sorriu de volta. O homem que estava cantando, ficou fazendo segunda voz.

Well open up your mind and see like me Open up your plans and then you're free Look into your heart and you'll find love love love

I'm sure There's no need to complicate, our time is short This is our fate, I'm yours Well open up your mind and see like me Open up your plans and damn you're free There's no need to complicate Cause our time is short This oh this this is out fate, I'm yours!

Todos aplaudiram e várias garotas pediram autógrafos. Demorei um tempo para poder chegar até ele.

_ O que foi isso ? -- perguntei sorrindo--

_ Me deu vontade.

Rimos e resolvemos ir embora, pois já estava tarde. Primeiro fomos até o estacionamento do estúdio para pegarmos o meu carro. Finalmente meu carrinho seguro e perfeito! Seguimos até minha casa separados. Assim que chegamos lá, ele desceu da moto e eu do meu carro.

_Hoje foi muito legal. -- eu disse-- Temos que repetir.

_ Claro. Quando quiser!

Nos abraçamos e por algum motivo desconhecido, lhe dei um beijo na bochecha. Ficamos próximos nos olhando e ele sorriu. Ele passou seu braço esquerdo levemente em volta da minha cintura, me puxou forte contra o seu peito e se aproximou do meu rosto. Fiquei tensa e enrijeci. Ele me deu um beijo na bochecha e sussurrou no meu ouvido:

_ Boa noite.

Arrepiei com o seu sussurro e entrei na minha casa tentando entender... que merda eu tinha feito ? Por que eu beijei ele - mesmo tendo sido só a bochecha - ? Tomei um banho quente para deixar de pensar naquele acontecimento. Lavei o rosto e quando passei a mão aonde ele beijou paralisei me lembrando do seu beijo. Tudo bem, talvez eu devesse ter dormido sem um banho. Escovei os dentes e pus parte do meu cabelo atrás da minha orelha. Lembrei que foi nela que o Cê sussurrou de uma forma sexy. Tudo bem, o que está acontecendo comigo ?! Me deitei na minha cama e meu último pensamento foi o Cebola cantando hoje no parque.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Música: I'm yours - Jason Mraz
MANDEM REVIEWSS!!!! Beijos!!! ;)



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