Everything Has Changed. escrita por letyb


Capítulo 2
Último dia de aula: PARTE II


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz esse capítulo com pressa, não gostei muito. Espero que entendam a fic.

E POR FAVOR, CASO VOCÊS GOSTEM DA FIC, COMENTEM OU MANDEM POR MP.
Eu preciso saber se o enredo está interessando vocês.

Se tiver algum erro de português, sei lá, por favor me avisem que modificarei o mais rápido possível.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455013/chapter/2

Eu e meus amigos decidimos que almoçaríamos juntos em um restaurante, antes de irmos para casa. Eu tinha os melhores amigos que qualquer pessoa na face da terra poderia ter. Eles eram tudo para mim, eu os amava, mesmo com os seus defeitos, que não eram poucos. Cada um deles tinha uma personalidade diferente. Como por exemplo... o que a Johanna tem de bonita, tem de ousada. Ela nunca se importou com o que as pessoas falavam ou pensavam a seu respeito. Sempre teve muitos amigos, sabia puxar assunto como ninguém. Todas as vezes que eu estava no tédio, ligava para Johanna, ela sempre tinha algum assunto interessante, nunca ficamos menos que vinte minutos conversando pelo celular. Infelizmente ela não tinha planos para o futuro, queria aproveitar ao máximo o final da sua adolescência, fazer coisas que pessoas de dezoito anos costumavam fazer, ficar, namorar, ir a festas, passear no shopping, etc. Já a Annie, é uma menina super inteligente e muito meiga, ela sempre nos ajudou muito, principalmente na hora da prova. Se bem que, eu não costumava pedir cola e sim ajudá-la a passar para todos os alunos sem que ninguém percebesse. Ela também não quis ir para nenhuma Universidade, o que é uma pena pois ela seria aceita de primeira. Sem sombra de dúvidas ela é uma das pessoas mais maduras que eu já conheci, nem parece que só tem dezoito anos. A Annie foi a última a entrar no colégio, só nos conhecemos quando eu estava no sexto ano, ou seja, há três anos atrás. Não posso esquecer de falar do Finnick, que era bonito, musculoso, era o tipo de homem que atraia as mulheres, e era disso que ele gostava. Sempre foi pegador. Vocês acreditam que ele perdeu o BVL com cinco anos de idade? Pois é. Mas voltando a atualidade: nenhum namoro com ele dura muito, ele sempre partiu o coração das garotas, e muitas vezes discuti com ele por isso, sei bem como é sofrer por amor, já passei por isso uma vez. É horrível. Ah, e tem a Madge, minha melhor amiga, essa vocês já conhecem. É aquela retardada do primeiro capítulo, que também sonha em ser uma estrela de cinema. Ela começou a atuar há treze anos atrás, e não estou falando isso só porque é minha amiga não, mas, ela é muito talentosa. Eu não tenho metade do talento teatral que ela tem, sem contar que a voz dela é linda, se bobear ela ainda consegue fazer participação em um musical na Broadway.

Ao chegar lá, reservamos uma mesa para cinco pessoas. Depois de tanto comer, conversar e tirar fotos, resolvemos pagar a conta e ir para casa, estava ficando tarde. Olhei no relógio.

– Gente, já são três horas da tarde, então provavelmente a carta já chegou lá em casa, alguém quer me acompanhar? – perguntei.

– Eu adoraria amiga, mas tenho que ir ao shopping. Boa sorte e quando tiver o resultado, por favor, me liga. – Annie disse. Sorri.

– Eu vou, é claro. – Respondeu a Madge, que parecia um pouco desconfortável, notava-se pelo seu tom de voz. Sorri novamente.

– E vocês? – perguntei enquanto observava Johanna e Finnick que estavam trocando carícias.

– Desculpa, não podemos, temos que ir pra casa, mais tarde temos um encontro. – disse Johanna, olhando para ele com uma expressão completamente apaixonada. É, esqueci de citar isso, eles estão ficando faz alguns dias. Eu até poderia alertá-la, mas ela sabe muito bem como ele é, e entrou nessa porque quis, então ela que quebre a cara. Quando ela vier chorando, eu vou é rir. Não que eu seja má, mas ela sempre soube que não deveria se envolver com o Finnick.

– Me perdoe Katniss, mas não dá mesmo para te acompanhar, quando tiver o resultado me liga. – Finnick disse com um sorriso no rosto. Eles se levantaram e saíram de mãos dadas.

– Tchau! – gritei em tom brincalhão. Eles viraram para trás e acenaram.

– Então é isso, vou indo, boa sorte amiga! – disse Annie, enquanto vinha me abraçar e saiu em seguida.

– Só sobramos nós, vamos? – Madge perguntou. Peguei minhas coisas e fomos em direção a rua, chamamos um taxi. Dez minutos depois já estávamos na minha casa. Infelizmente, minha mãe havia ido para seu trabalho, ela era médica. Acho que ontem a ouvi comentar algo sobre um plantão hoje a tarde. Mas tudo bem.

– Madge, coloca a sua mochila no meu quarto, enquanto eu vou até o correio ver se alguma carta chegou. – falei enquanto subia os degraus. Ela subiu bem atrás de mim, foi direto para o meu quarto, enquanto eu, passei no quarto da Prim antes. Ela estava deitada assistindo TV.

– Hey maninha, cheguei tá? Vou no correio agora ver se chegou algo para mim. – falei.

– Tá bom Katniss, já estou descendo.

– Está melhor? – perguntei. Ela assentiu com a cabeça. Então desci, abri a porta e fui até o correio. Comemorei ao ver um envelope rosa lá dentro. O peguei e entrei em casa. Dei de cara com a Madge.

– Ah, que susto, já ia atrás de você! – ela disse em um tom brincalhão, rimos. Olhei para a escada e lá vinha ela, Primrose Everdeen, que se sentou no sofá, esperando eu abrir o envelope, Madge fez o mesmo. Fiquei em pé, na frente da TV as encarando. Até que tomei coragem e abri. Na carta estava escrito:

"Senhorita Katniss Everdeen, é com imenso prazer que informamos que você é uma finalista para estudar na ADAP. Sua matrícula deve ser feita até Janeiro. Por favor, compareça até a Universidade com algum responsável e os documentos necessários.”

– Passei! – gritei. Imediatamente as duas vieram me abraçar, ficamos pulando por alguns segundos, parecíamos malucas.

– Ai Katniss, estou muito orgulhosa de você, a mamãe vai adorar saber disso! – dizia Prim, enquanto pegava seu celular e discava o número da mesma. – apenas sorri. Madge veio me abraçar.

– Meus parabéns amiga, eu adoraria ficar mais um pouco aqui com você, saiba que estou muito orgulhosa, mas eu tenho que ir para casa, tenho a minha carta para ler também, e ainda preciso passar no shopping para comprar uma bolsa nova. – nos afastamos e sorrimos.

– Tudo bem, não esqueça de me ligar, hein? – rimos. Ela subiu para pegar sua mochila e desceu correndo.

– Estou indo gata, beijos. – disse e foi em direção à porta. Fiquei me perguntando "por quê ela colocou a sua mochila lá em cima, se já sabia que não poderia demorar? Que garota maluca."

– Katniss, a mamãe quer falar com você. – falou Prim, enquanto me entregava seu celular.

– Alô?

– Filha, meus parabéns. Te amo muito, você não tem noção de como fiquei orgulhosa.

– Obrigada mãe, eu também te amo.

– Eu sei querida. Eu devo chegar de madrugada, então vou direto para a cama, por quê nós não almoçamos fora amanhã? Nós três, juntas? – ela me perguntava, pelo seu tom de voz alegre, parecia que ela estava sorrindo.

– Tudo bem. Obrigada, beijos. – Desliguei e entreguei o celular na mão da Prim que me olhava curiosa.

– O que houve? – ela perguntou.

– Nada, mas ela disse que amanhã vamos almoçar fora, que tal?

– Ah, tudo bem. Você vai fazer algo agora? – Prim me perguntava.

– Vou ligar para alguns amigos e depois não terei nada pra fazer, bom, pelo menos eu acho. Me dê um minuto. – falei enquanto fazia um sinal para ela aguardar, peguei meu celular e disquei o número da Annie.

– E aí amiga? Foi aceita? – Annie perguntou.

– Sim amiga, estou muito feliz, você não tem noção! – respondi alegremente.

– Que bom Katniss, isso vai ser ótimo para a sua carreira, você sonha com isso há anos. Só acho que, já que estamos quase no final de Dezembro, por quê você não começa um cursinho bobo de teatro?

– Boa sugestão, o cursinho daqui do lado só dura cinco meses. – respondo.

– Ótimo, suas aulas não começam só em Julho?

– Sim, isso é bom. Mas ainda não tenho lugar pra morar e tal... – pausa – Sabe Annie? Eu ainda tenho que ligar para o Finnick, beijos, depois nos falamos. – desliguei o celular com pressa e disquei o número do celular dele.

– Alô?

– Oi, passei. – falei em tom alegre.

– Que ótimo Katniss, espere um segundo. – ouvi ele chamar a Johanna que provavelmente estava no mesmo lugar que ele.

– Alô?

– Oi Johanna, sou eu, Katniss, fui aceita naquela universidade! – digo e ouço um grito histérico do outro lado da linha.

– Parabéns Katniss, te desejo tudo de bom nessa sua nova vida em Los Angeles, você merece. – ela respondia.

– Obrigada, mas preciso desligar agora, manda um beijo pro Finnick e se divirtam. – falei, ouvi sua risada, em seguida desliguei.

– Ei Katniss, vamos na sorveteria? – Prim me pergunta.

– Agora? Eu queria descansar um pouco, mais tarde a gente sai. – respondo e ela apenas sorri. Resolvo ligar a televisão e assistir um filme, deitada no sofá. Acabei dormindo. Acordo com duas mãos frias me encostando e uma voz longe que dizia:

– Katniss, acorde. – acordei aos poucos, olhei para cima e Prim estava inclinada me balançando, numa tentativa de me acordar.

– Oi, o que houve? – perguntei assustada.

– Já são quase sete e meia da noite, vamos? – assenti com a cabeça. Fui me levantando aos poucos, olhei para Prim e ela já estava pronta, usava uma regata preta cavada, um short jeans customizado e um tênis Vans. Ela tem quatorze anos, e é extremamente bonita, eu sempre me senti uma mendiga perto dela. Ninguém acredita quando eu digo que nós somos irmãs. Ela era muito diferente de mim, acho que as únicas semelhanças que nós temos é que nós somos altas e loiras, ah e vaidosas. Ela era um pouco explosiva sabe? Mas tinha vezes que ela conseguia segurar esse ódio que ela sentia da humanidade.

– Prim, que roupa é essa? Achei que nós só fossemos ir na sorveteria. – falei.

– Mas nós vamos, é que já pensou se eu encontro o Cato por lá? Eu quero estar bonita. – ela disse com um sorriso malicioso.

– Para com isso, Prim, que droga, ele tem dezenove anos, você só tem quatorze, se ele quiser ficar com você, vai querer coisas a mais e não quero que você sofra igual a mamãe. – falei irritada. Acontece que, Cato era um garoto da nossa escola, ele se formou antes de mim, é um ano mais velho. Ele se parece com o Finnick em questões físicas. Talvez ele seja mais forte ainda, o que atrai as meninas, sem contar na suas atitudes de playboy. Andava de moto, sempre com alguma garota na garupa, é claro. A Prim tinha uma queda por ele, mas não contei para minha mãe, pois ela não aceitaria. Meu pai a abandonou assim que descobriu que ela estava grávida de mim. Ela sofreu muito com isso, pois na época só tinha dezessete anos, ainda morava com seus pais. Até que, quando eu havia feito quatro anos de idade, ele voltou, seduziu a minha mãe e a engravidou novamente, dessa vez da Prim. Ela tem um ódio tão grande dele, principalmente porque ele nunca mais nos procurou. Mas eu sabia que ela foi, é e sempre será apaixonada por ele. Como eu também sei que, às vezes o amor nos cega, e foi isso que ele fez com a minha mãe quando eu tinha quatro anos, ela se deixou levar pelas “atitudes” dele e se ferrou mais uma vez.

– Tudo bem, me perdoe. Podemos ir agora ou você ainda vai fazer algo? – ela perguntou, peguei em sua mão e fui saindo em direção a rua.

Nós andávamos calmamente e de vez em quando reparávamos alguns meninos de olho na gente, ou pior ainda, na Prim, ela chamava a atenção de muitas pessoas, inclusive de adultos. Ao chegar na sorveteria mais próxima, pego uma casquinha de chocolate e ela um sundae de morango. Começamos a tomar o sorvete em silêncio, obsevando os carros que passavam na rua, de vez em quanto olhávamos uma para a outra. Até que resolvi quebrar o silêncio.

– Prim, eu vou pra Universidade, e você? O que você quer fazer da vida? – perguntei. Sem hesitar ela me responde:

– Katniss, eu admiro isso que você tem de sonhar em ser atriz, sabe? Mas eu não quero isso, na verdade eu não quero fazer nada. – ela respondia enquanto tomava seu sorvete, sem nem olhar para mim.

– Prim, qual foi? Isso não é brincadeira, você sabe disso, nossa mãe se tornou médica porque não tinha outra opção, ela deu duro pra tentar ganhar um salário bom, e mesmo assim ela ainda ganha pouco, você espera que ela te sustente pra sempre?

– Não Katniss, eu sei que ela não vai durar esse tempo todo pra me ajudar, eu vou trabalhar, é claro que vou. O que eu quis dizer é que não quero fazer nada que envolva Universidade. Eu não nasci pra isso, até mesmo porque minhas notas não são tão boas como as suas. – ela respondeu, dessa vez ela olhou em meus olhos e eu senti que ela tem medo disso, não sei o por quê e nem como, mas ela tem.

– Eu te entendo, mas sabe o que eu acho? – perguntei olhando em seus olhos, ela sustentou meu olhar. – Acho que você seria uma excelente modelo. – ela sorri.

– Obrigada, mas eu não acho. – respondeu, e continuou a sorrir.

– Como não? Você é alta, vaidosa, se veste super bem... – falei enquanto apontava para a roupa que ela estava usando. – Ah e não posso esquecer que você é muito bonita, mas eu não vejo você como uma garota linda qualquer, você sabe, metade das meninas da sua escola são extremamente lindas. Mas você consegue ser melhor do que elas, seu rosto, seu cabelo, você parece uma modelo, eu sempre pensei dessa forma. E me sinto feia perto de você. – falei, tentando ver qual seria sua reação, ela continuou sorrindo, olhou para o chão por alguns segundos à procura de uma boa resposta.

– Isso é verdade, eu também me acho linda, não que isso faça de mim metida. Os meninos da minha turma dizem que eu tenho corpo de modelo. – ela olha para mim com uma expressão divertida.

– Tá vendo? Eu acho, que você deveria dar uma pesquisada na internet sobre isso. Vai que você gosta, a mamãe ficaria super orgulhosa, já pensou? Eu sendo uma atriz mundialmente conhecida e você uma modelo nacionalmente conhecida. – falo.

– Ah, por quê você tem que ser mundialmente conhecida e eu só nacionalmente? – ela perguntou.

– Porque eu sou mais velha e os atores sempre são mais conhecidos que os modelos, mas nós ganharíamos uma grana boa para ajudar a mamãe. Pense nisso. – falei.

– Tudo bem, eu nem queria ser tão famosa mesmo. – ela disse alegremente. – Mas, você sabe que a maioria das modelo têm bulimia não é? Katniss eu não quero ficar cismada com esse tipo de coisa e ficar forçando vômito. – ela disse, parecendo um pouco assustada. E com razão, essa era a parte ruim de ser modelo.

– Isso é verdade Prim. Vamos pra casa? Está ficando tarde, amanhã conversamos melhor sobre isso, o que seria ótimo pois a cada segundo que passa eu fico com mais medo de... – eu estava quase terminando a frase, quando escuto o toque do meu celular, atendo.

– Alô?

– Oi amiga, é a Madge.

– Oi, me desculpa não ter te ligado antes, acabei dormindo, acordei agora pouco e estou na sorveteria com a Prim, qual foi seu resultado? – perguntei.

– Infelizmente não fui aceita, liguei pra lá e disseram que eu deveria ter 800 pontos, eu só consegui 768. Mas estou bem, eu até queria ir pra Universidade, mas não vou desistir do meu sonho, quero ir pra Califórnia, com você.

– Tudo bem amiga, me desculpa mas tenho que ir pra casa agora. Amanhã nos falamos, beijos. – desligo o celular. Pago a conta e vou pra casa com a Prim. Ao chegar lá, vamos direto para nossos quartos, que são um do lado do outro. Nem parecia, mas o tempo tinha passado rápido demais, já eram dez e meia, a Prim tinha ido dormir, já eu, fiquei na internet pesquisando algumas coisas sobre atores, como sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Críticas, sugestões, elogios são bem vindos.

POR FAVOR, CASO VOCÊS GOSTEM DA FIC, COMENTEM OU MANDEM POR MP.
Eu preciso saber se o enredo está interessando vocês.

PS: NÃO SEI QUANDO POSTAREI O PRÓXIMO CAPÍTULO, INFELIZMENTE TENHO MUITAS COISAS PARA FAZER NAS FÉRIAS E SOBRA POUCO TEMPO PARA ESCREVER.