Amor Alem da Morte escrita por Suzannah Carol


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

TERMINADO!



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''Eu te amo''- era tudo que eu queria dizer para ela, a única coisa que eu não pude dizer quando eu a conheci, quando ela estava morta.


Dizem que nós só damos valor a uma coisa quando perdemos, e quer saber de uma coisa, é a pura verdade. Eu passei os melhores momentos da minha vida ao lado de uma mulher que estava morta, foi isso mesmo que eu disse morta. Tudo isso começou em uma bela manha ensolarada, um ótimo dia para levantar cedo e fazer uma bela caminhada no parque, isso é claro se você nao estivesse acordando de uma terrível ressaca, conseqüência de uma noitada com os amigos.


 Eu estava lá, na minha cama, rolando de um lado para o outro, me espreguiçando, enrolando para sair da cama. Puxei o edredon para descobrir minha cabeça e olhei pro lado. A minha visão foi realmente magnífica, uma coisa difícil de acontecer quando se esta de ressaca, ao lado da minha cama, sentada na poltrona, tinha uma mulher, o que mais tarde eu descobriria que nao era uma mulher, era A mulher.  


 Ela estava devidamente vestida para uma festa, cabelos soltos, um vestido vermelho e um salto preto. Uma mulher com quem eu certamente dormiria, mas o problema era: Eu nao me lembrava de ter ido com ninguém para casa. Eu nao estava, digamos assim, em meu perfeito estado quando sai do bar, mas eu me lembraria se por um acaso eu tivesse companhia, o que eu nao me lembrava. Já que eu nao sabia o que ela estava fazendo lá, resolvi pergunta-la, mesmo que a expressão dela nao fosse das melhores, ela parecia stressada, ou nervosa, eu nao sabia muito bem.


 - Bom dia!


 - Ai meu Deus! - ela se afastou tampando o nariz - Vai escovar esses dentes.


 - você passa a noite comigo e agora vem reclamar do meu hálito? - ao invés de responder minha pergunta e tirar a minha duvida se eu tinha ou nao dormido com ela, ela simplesmente começou a rir, com verdadeiro deleite da situação, eu só nao sabia qual era a graça.


 - Por que você esta rindo?


 - você acha mesmo que eu dormiria com você?


 - E por que nao? - ela riu mais um pouco antes de responder.


 - Já que você quer mesmo saber, eu falo porque nao. (a) você nao é o meu tipo, desculpe; (b) você é muito galinha.


 - você nem me conhece como pode saber?


 -você também nao me conhece, ou melhor, nunca me viu na vida essa é a primeira vez e a primeira coisa que você acha é que eu dormi com você, ou seja, isso é muito comum pra você, dormir com quem você nao conhece, qual outro nome eu posso dar para isso alem de galinhagem?


 - Eu nao sou galinha, sou um conquistador nato.


- Que seja.Posso falar meus últimos motivos? - ela nao esperou eu responder e continuou - (c) você é muito desorganizado. Olha esse quarto! E (d) você tem um mau hálito terrível.


 - Tudo bem, já deu pra perceber que você nao é uma das minhas maiores fãs, mas saiba que você esta perdendo muita coisa, nesses meus 24 anos de vida ninguém nunca se arrependeu de ficar comigo.


 - Tudo bem, (e) você é muito metido, alguém tem que te dizer que você definitivamente nao é a ultima bolacha do pacote.


 - Ta bom, eu já entendi o recado, você nao gosta de mim. Mas me responde uma coisa, se eu nao te conheço, se você nao dormiu comigo e nem pretende dormir, o que você esta fazendo aqui afinal de contas?


 - você nao sabe? - a sua expressão me disse que ela estava tão perdida quanto eu.


 - Claro que nao, eu acordei agora e quando vi você estava aqui sentada ao meu lado. Eu pensei que você soubesse.


- E eu pensei que você soubesse. Eu nao sei como eu vim parar aqui, a ultima coisa que lembro é que eu estava no meu carro, indo para uma festa, depois eu estava acordando aqui nessa poltrona do lado de um homem que eu nunca vi na vida. Eu pensei que você tinha me trazido pra cá.


 - Definitivamente nao.


 Nós ficamos nos olhando em silencio por um longo tempo, ate que eu resolvi falar.


 - Qual o seu nome? - minha voz estava estranha, nao era a voz sedutora que eu costumava usar com uma mulher, era uma voz carregada de sinceras compaixões. A voz que geralmente se usa para falar com uma criança frágil que se perdeu dos pais. Uma voz que nao era adequada a ela, por que ela nao era uma criança e muito menos frágil, ela era uma mulher, uma mulher independente, forte e confiante. Que por algum motivo estava no meu quarto, mas que nem eu nem ela sabia qual era ele.


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Notas finais do capítulo

reviews??



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