Mudança de Mundos- hiatus escrita por VerônicaChasePetrovaSalvatore


Capítulo 26
26-Coliseu, entrada para o subterrâneo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, semana de provas, sabem como é...



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O dia passou comigo assistindo filmes com Percy e os outros dormindo, eles estavam cansados da viajem e desacostumados com o fuso horário, acabei dormindo no meio do sétimo filme que eu assistia com Percy e acordei só no outro dia.

–Annabeth Chase!- gritou uma voz feminina batento (esmurrando) a porta, abri os olhos lentamente, ainda sonolenta, o quarto estava escuro, olhei o relógio, eram seis e meia da manhã

–Quem é?- pergunta a voz cansada de Percy ao meu lado, sonolenta levanto da cama e abro minimamente a porta, que é escancarada e Thalia entra com Nico e Alice atrás

–Porque vocês não nos acordaram antes?- grita Thalia me fazendo ficar tonta

–Vocês tinham que descansar- diz Percy baixinho- para poder seguir viajem- Thalia então se calou

–Desculpe- disse Alice, dócil- vamos partir daqui aalgumas horas, depois do almoço, se quiser dormir um pouco, Percy

Porque só o Percy? Era o que eu me perguntava enquanto me banhava e eles conversavam com Percy, Alice estava muito legal com ele, legal até demais.

Você está com ciúmes” disse uma voz em minha cabeça, a mesma voz de ontem, parecida com a minha

“Quem é você?” pergunto

Pode me chamar de Evanly” ela responde

“Certo, Evanly...” penso mas a voz já havia sumido

–Voz inútil- resmungo e me olho no espelho, eu vestia um short preto de corrida relativamente curto, uma blusa regata branca justa e estava descalça, hoje estava um dia quente, saio do banheiro e vejo que só Percy está no quarto, deitado na cama com as luzes apagadas e o ar condicionado ligado no frio. Calço uma sapatilha qualquer e vou até a porta

–Aonde você vai?- escuto Percy perguntar

–Bem- começo nervosa- deixaram bem claro que só você pode descansar aqui- sinto ele segurar meu braço e tento escapar mas ele me pega no colo e me coloca na cama, ao seu lado.

–Nada disso- ele diz me abraçando- você vai ficar aqui comigo até as nove horas, entendeu?- quando percebi que ele não me largaria assenti, me aconchegando no peito dele.

Acordei as oito e quarenta e cinco, Percy mantinha os braços a minha volta, me virei nos braços dele até ficar de frente para seu rosto, passei meus dedos pelos seus fios negros, massageando sua nuca em um gesto involuntário, o vejo sorrir de olhos fechados e paro, afastando minha mão do rosto dele, ele a segura e coloca ela em sua nuca novamente.

–Continua- pede ele abrindo os olhos, nossos rostos estão muito próximos, os olhos verdes de Percy são completamente hipnotizantes, ele se aproxima e eu também, sinto sua respiração quente se misturar com a minha, nossos lábios se roçam, então...

–Percy!- escuto Thalia gritar, me afasto bruscamente dele e me levanto, calçando uma sandália enquanto ele abre a porta- Atrapalho alguma coisa?- Thals pergunta sorrindo sentindo a tensão no ar, nego com a cabeça e saio do quarto, passando as mãos pelos cabelos e tentando entender o que aconteceu naquele quarto.

Desci para tomar meu café da manhã, comi um sanduíche de peito de peru e um milkshake de chocolate, depois fui ao meu quarto terminar de arrumar as coisas enquanto Percy conversava com os outros sobre o novo “endereço”. Me sentei na cama e esfreguei a testa, pensando no que viria agora, então percebi, aquilo não era só um resgate de uma deusa potencialmente poderosa, aquilo era um jogo, não só de poder e armas, inteligência e enigmas e sim um jogo também de emoções, eles vão tentar nos virar uns contra os outros e se conseguirem... o jogo acaba, e nós perdemos.

...

Saímos do hotel e fomos para a estrada novamente, Thalia e Nico escutavam música juntos no banco de trás e Percy e Alice conversavam na frente e eu estava quieta em um canto, olhando para o vidro, tentando não me importar em ficar de “vela” de dois casais ainda não formados.

Se você continuar pensando assim você vai perde-lo” disse Evanly referindo-se a Percy

“Por que se importa?” perguntei, rude

Pode parecer egoísta mas além de meimportarcom você, eu tenho que ajudá-la a quebrar a maldição” ela parecia triste

“De novo essa maldita maldição” suspirei “Será que eu nunca vou poder ser feliz sozinha?”

Não, o seu amor por ele já a consumiu faz tempo, não tem como sair disso agora, aconteceu com todas, inclusive comigo” disse ela “Presa sem poder ver seus amores nem depois da morte, esse foi um dos motivos do acordo em que os três grandes não podem ter filhos” ela suspirou e continuou “ Você pode até tentar ser feliz sem ele, mas vai sempre ter um vazio dentro de você, sinto por isso” terminou e sumiu

Sem perceber, deixei uma lágrima cair, descer pelo meu rosto, seguida de outras, poucas mas fortes e as únicas que eu derramaria hoje, prometi a mim mesma enquanto enxugava meu rosto, pelo canto do olho percebi que Percy me observava pelo espelho, por um instante preocupado, quase sorri, mas logo ele volta a conversar com Alice e substituo meu sorriso pela vontade de chorar, afinal, eu não importava para ele, acho.

Desci do carro antes que os outros e me dirigi para a entrada, tive uma conversa rápida com os seguranças, utilizando um pouco de névoa eles nos deixaram passar, entramos rapidamente e todos começaram a se separar individualmente e andar pelo Coliseu, procurando alavancas, portas e passagens, então todos se encontraram no meio.

–Espera- eu disse- vamos nos dividir em grupos, é melhor duas cabeças pensando juntas do que só uma, menos no caso da Annabeth- então nos dividimos, Thalia e Nico e Alice e Percy , eu fiquei sozinha, como sempre.

“Evanly” cantarolei

“Aqui estou, o que deseja, Cinderela?” brincou ela

“Uma passagem subterrânea do Coliseu eum novo ex-namorado, com novos amigos de brinde, por favor” respondi amarga

Só posso atender o primeiro pedido, onde você está?” perguntou ela e descrevi o local para ela “ Vire a esquerda!” fiz o que ela pediu “Está vendo uma rachadura na parede?” afirmei “acima dela vai ter uma falha na parede, como uma bolinha de vidro, corte o seu dedo e ponha ali, a passagem precisa de sangue para abrir” dei um passo para trás, receosa e neguei

“Tenho que chamar os outros” avisei, mas antes que ela reagisse gritei pela “equipe”. Assim que eles chegaram expliquei como a passagem funcionava, Alice, contrariando a mim, cortou o próprio dedo e pingou o sangue na passagem, ela se abriu e entramos, estava escuro e cheio de teias de aranhas mas o que fez meu estômago revirar foi Percy, olhando Alice com admiração.


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Notas finais do capítulo

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