The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 6
Capítulo 6 – O retorno da princesa das trevas




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Capítulo 6 – O retorno da princesa das trevas

Zelda* estivera andando pelo castelo. Era um lugar lindo, adorava passear pelas várias salas e escadarias. Acordara cedo, havia dormido muito bem, ainda mais com o som da chuva, que continuava a cair desde madrugada. Ao passar pela saída para o grande jardim teve a impressão de ver Epona correndo pelo campo. Talvez Zelda e Link tivessem saído, mas naquela chuva? Observou mais um pouco e como não viu mais nada continuou seu caminho. Estava voltando ao quarto para encontrar Link*, que com toda certeza ainda estava dormindo. Cumprimentou alguns guardas e empregados pelo caminho, até chegar à grande escadaria em espiral que levava aos quartos no andar de cima. Chegando ao local, entrou no corredor, passando pelo quarto do outro casal e mais alguns até chegar ao seu e de Link*. Abriu a porta devagar e espionou lá dentro. Sabia! Ele estava dormindo. Deu uma risada silenciosa e entrou, fechando a porta e sentando-se ao lado dele na cama.

— Link*! Acorda, dorminhoco!

— Bom dia, Zelda*... – ele sussurrou, ainda com sono.

— Bom dia! Escute, está chovendo! – Ela dizia, alegre.

Ele entreabriu os olhos, era de manhã, mas continuava um tanto escuro e frio. Pode ouvir o som reconfortante da chuva do lado de fora.

— Se está chovendo, é melhor ainda pra dormir, Zelda – disse, colocando um braço em cima dos olhos e ouvindo uma risada dela – Pelo que ouvimos, eles sempre trabalham duro pra manter as coisas em ordem. Acho que devem estar fazendo isso hoje. Vamos dormir mais...

— Link, seu preguiçoso! – falou, puxando o braço dele, fazendo-o encará-la – Mas é verdade. Zelda disse que não precisávamos levantar tão cedo hoje.

— Devem estar tentando entender porque nós estamos aqui.

— Isso é algo que todos nós queremos saber. Quando você derrotou o Demon King, ele jurou que sempre renasceria em diversas eras pra nos caçar. Talvez, sem percebermos, uma nova guerra esteja se formando... – nesse momento, Link* viu aqueles olhos azuis sempre calmos e inocentes, com alegria infantil, tornarem-se sérios e o olharem profundamente.

Zelda* podia parecer frágil e indefesa, mas quando se tratava de mergulhar de cabeça, arriscando a própria vida pra proteger alguém inocente ou amado ou até o mundo, ela o fazia sem hesitar. E Link* sabia que ela faria isso, independente de tê-lo para protegê-la. Era uma força dela. Por alguns instantes, apenas o barulho da chuva do lado de fora era ouvido.

— Também estou preocupado, mas até agora não tivemos nenhum sinal claro. Não vamos nos alarmar sem ter certeza.

— Vou ceder a você desta vez, Link*. Durma bem – ela abaixou-se, trocando um suave beijo com ele e se afastando da cama.

Link* tornou a fechar os olhos, e sorriu ao ouvir o som suave da harpa. Zelda estava tocando Ballad of Goddess. Aquela canção era especial para eles, fora o começo de toda aquela jornada...

******

— Com essa chuva, vamos tomar um banho se voltarmos ao castelo agora – ele deu uma risada e sentou-se encostado em uma das árvores – Trabalhamos bastante ultimamente. Não há problema em darmos um passeio não planejado mais demorado – falou após Zelda apenas encará-lo por algum tempo.

Estavam num aglomerado de árvores próximo ao castelo. Epona também se abrigava debaixo das árvores próximas, às vezes sacudindo-se ao ser atingida por alguns pingos de chuva. Ela pulara a cerca do estábulo ao reconhecer a voz de Link para saudá-lo pela manhã e seguira o casal durante o passeio. Zelda acariciava o rosto comprido da égua, até que voltou sua atenção para Link novamente.

— Vem – Link chamou a esposa, estendendo a mão.

Zelda a segurou e assustou-se quando Link a puxou para seu colo. Após o choque, os dois riram da situação.

— E então? – Link começou, ajeitando-a em seu colo, permitindo que ela repousasse a cabeça e os braços em seu peito – Até quando vai esconder de mim que não anda se sentindo muito bem?

— Link...

— É admirável o quão duro você trabalha pelo povo e pela cidade. Mesmo com o imprevisto dos nossos visitantes dos céus, você tem feito bastante. Mas não acha que devia descansar um pouco mais e se alimentar melhor?

Ela não soube o que responder. Realmente andava trabalhando muito, junto com Link e Impa, mas não tinha certeza de que era isso que a afetava. Estava acostumada a esforçasse bastante.

— Zel... Se você esconder de mim quando não está bem, minha preocupação é grande.

— Me desculpe, Link – lhe respondeu, fitando os olhos azuis preocupados - Apenas acho que não seja algo sério e tão digno de preocupação. Só preciso de descanso – falou, fechando os olhos e recostando-se a ele novamente.

— Você está bem?

— Um leve mal estar. Não se preocupe, isso vai passar logo. O som da chuva é agradável... Deixe-me dormir um pouco.

Link pegou uma capa entre os itens que carregava consigo e a jogou sobre os dois, protegendo-os do frio e das gotas de chuva, que vez por outra chegavam até eles. Observou-a adormecer, preocupado. Afagou seus cabelos dourados enquanto fitava a chuva cair do céu cinzento. Aquelas nuvens negras até mesmo pareciam o prenúncio de uma nova guerra. Ganon controlara o corpo de Zelda da última vez, obrigando-a a lutar contra Link. Fora um dos momentos mais angustiantes e desesperadores de sua vida. Ganon tinha meios para atingir pessoas indiretamente. Ele poderia muito bem estar de volta e talvez até estar por trás da sonolência e mal-estar da princesa, mesmo sem nenhum sinal claro disso. Enquanto não encontrasse uma explicação lógica, o herói do tempo preferia pensar que era apenas cansaço, e que logo ela estaria bem.

******

Os olhos vermelhos procuravam em desespero o caminho para as escadas em espiral. Fora fácil entrar no castelo e passar pelos guardas e empregados sem ser vista. Era boa nisso. Ser parada, questionada e perseguida por eles só faria seu caminho ser mais longo. Apesar de se esconder entre as sombras, estava deixando uma trilha de gotas de sangue para trás. Os humanos não costumavam ficar olhando os cantos das paredes, mas em algum momento iriam perceber e ir atrás dela.

Finalmente chegou à sala circular que continha a grande escada espiral que levaria aos aposentos de Zelda. Assim como o restante do castelo, o lugar estava bem diferente da última vez que o vira. Estava iluminado, sem água e sem nenhum pedaço da escadaria faltando. Apesar da dor, ainda tinha força. Correu tão rápido quanto pode até atingir o último degrau e seguiu pelo caminho que já conhecia, até chegar à porta do quarto de Zelda. Bateu na porta com pressa, mas não teve resposta.

— Zelda! – Bateu novamente, nada.

Não queria entrar sem convite, embora naquela época, Zelda lhe permitisse isso. Não sabia como eram as coisas agora, mas precisa vê-la. Girou a maçaneta, percebendo que o quarto estava aberto e olhou lá dentro. Aparentemente não havia ninguém. Entrou e pode ver que o quarto também estava diferente de antes. Agora tinha uma cama maior e alguns objetos diferentes.

— Será que... A princesa se casou? Isso não importa agora... Preciso encontra-la! – Disse para si mesma, saindo do quarto e se deparando com uma menina baixinha de cabelos dourados e olhos azuis.

As duas se olharam assustadas. Midna olhou bem seu rosto, alguma coisa na expressão dela lhe era muito familiar. Algo que lhe fazia pensar imediatamente na princesa Zelda. Ficou intrigada. A menina aparentava ter uns quatorze anos. Dez anos não eram suficientes para a princesa ter uma filha daquele tamanho...

— Quem é você?! – Zelda* lhe perguntou.

— Procuro pela princesa! – Disse, ofegante.

— Zelda*! – Olhou na direção do quarto ao ouvir Link lhe chamar - Você! Quem é? – Ele perguntou ao ver a estranha, correndo para se colocar à frente de Zelda.

A mulher espantou-se ao ouvir a voz. Era ele!

— Link! – Correu para o lugar de onde vinha o som e viu um garoto se aproximar, olhando-o atentamente quando ele se pôs entre as duas, percebendo que havia se enganado, mas ficando ainda mais confusa ao ver suas feições.

Era muito baixinho, da mesma altura da garota. Mas seu rosto era idêntico ao de Link! Apenas um pouco mais jovem e com a mesma voz, embora mais suave.

— Como sabe meu nome?

— Não é você... Mas por que você é igualzinho a ele? E por que você é tão parecida com ela?

Os dois não entenderam nada e por instantes apenas a observaram, até perceberem trilhas de sangue percorrendo a mão direita da mulher e fazendo seu caminho para suas roupas e para o chão.

— Você está bem? – Zelda* perguntou.

— Eu nunca consegui me perdoar por ter fugido daquela vez... E agora fui forçada a repetir minha ação covarde! Esse foi o preço pela vida do meu povo e pela segurança deles e dos nossos reinos... Onde está a princesa?! Me digam?! Por que vocês se parecem tanto com Zelda e Link? Por que têm os mesmos nomes deles?

— Isso é uma longa história... Mas como você sabe sobre eles dois? Porque está no castelo? E como entrou sem ser vista?

— Espere... – Link* falou.

— Link*, você...

A mente do casal finalmente deu um estalo. Já haviam ouvido falar de alguém com tal aparência antes.

— Por acaso você seria... – ele começou.

A mulher os encarou.

— Eu sou Midna. A princesa de Twilight.


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