The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 26
Capítulo 26 – Adentrando o Domínio dos Zoras




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Capítulo 26 – Adentrando o Domínio dos Zoras

— Aquela coisa fica andando por aí às vezes. Tenho certeza que Ganon te mandou pra cá com a esperança de que ela te pegasse ou você morresse de hipotermia. Ainda bem que te encontrei primeiro.

Após nadarem e andarem um bom pedaço do Domínio dos Zoras, Ruto finalmente a levou a um lugar seco e afastado, um tanto difícil de ser encontrado por alguém inexperiente, onde poderiam se esconder até um sinal de que tudo estivesse bem. Zelda estava usando sua magia para se aquecer e secar aos poucos suas roupas.

— Ruto, estou preocupada – falou deslizando uma mão pelo ventre, estava mais saliente, por isso Ruto percebera.

— Com sua criança? Não fique, ele está bem. Eu tenho certeza. Você estaria realmente mal se o bebê tivesse se ferido. Haverá muito que aprender como mãe de primeira viagem, mas com Impa ao seu lado não há com o que se preocupar. Tenho certeza que você vai ser uma mãe excelente, Zelda. Há quanto tempo?

— Na verdade... Acabei de descobrir, faz poucas horas. Há semanas tenho sentido coisas estranhas. No começo achei que eu estivesse doente, mas comecei a desconfiar e usei minha magia tem alguns dias. Eu senti vida aqui dentro, mas não queria dizer nada sem ter certeza. Deve ter uns dois ou três meses.

— Eu diria que três, já está visível. Ou tem mais de um bebê aí.

— Mais de um?! Na primeira vez? Não acho que seja possível. E não me assuste! Apesar de valer muito a pena, partos são muito difíceis e dolorosos. Duas crianças na primeira vez deve ser mais complicado e doer mais ainda. Porém... Eu ficaria feliz em ter mais de um.

— Está com medo...? Tudo bem, completamente normal uma vez que você nunca teve filhos.

Ruto não tinha filhos até o momento, e sabia que o mundo Zora funcionava totalmente diferente do mundo dos hylians, mas Zelda não era sua única amiga hylian e a rainha zora tinha um bom conhecimento sobre os humanos.

— Mas conte-me. Como descobriu?

— Eu teria um diagnóstico quando fomos atacados e eu saí correndo pra ajudar com os goblins. Eu desmaiei no final do combate e Impa me contou quando eu acordei. Link ficou muito feliz – sorriu ao lembrar-se.

— Quanta crueldade. Como aquele verme ousa impedir que vocês aproveitem um momento desses e ainda os separa?! – Ruto suspirou com raiva e ficou um tempo em silêncio - Estaremos bem aqui. Tenho certeza que Link vai aniquilar aquela coisa que invadiu e congelou nosso domínio. Viemos nadando pela superfície da água, mas se você pudesse ver lá embaixo, há muitos de nós congelados lá. Acho que só eu e o príncipe escapamos, ele também está perambulando por aí. Não podemos fazer muito sozinhos.

— Que coisa horrível! Link me contou sobre essas coisas naqueles tempos e fiquei revoltada, mas ver de perto é ainda pior. Às vezes me sinto mal. Esse reino foi deixado em minhas mãos, e mesmo com Link ao meu lado, o que posso fazer por ele e pelo reino parece tão pouco... Ele está sempre correndo de um lugar a outro e se machucando. Desde que nós éramos crianças.

— Não pense assim. Mesmo com um herói, também precisamos de alguém pra manter o reino organizado e ninguém faria isso melhor do que você. E não se esqueça de que você luta excelentemente bem, mas sabe... Link me contou uma vez sobre o pior momento da vida dele. Quando Ganon o forçou a lutar contra você. Mesmo quando tudo acabou, ele estava desesperado. Disse que jamais teria se perdoado caso tivesse ferido a pessoa mais importante da vida dele e que nunca mais queria te ver em perigo. Tenho certeza que por você ele faria isso mil vezes se fosse necessário.

— Ele me disse isso no dia em que recuperou a memória – a princesa sorriu – Mas ainda me sentia mal por tudo que o fiz passar. Quero que isso acabe, que Link tenha uma vida feliz, que nós três sejamos felizes.

******

Link* abriu um grande sorriso ao chegar do lado de fora. Olhou em volta enquanto Impa fechava a passagem. O céu estava azul e calmo, pessoas começavam a sair de casa e uma grande ave vermelha sobrevoava o vilarejo, o que intimidou vários moradores. Nunca haviam visto um loftwing, certamente pensavam ser um monstro. O pássaro encarou Link* e emitiu um som como se dissesse “olá”. Link* assobiou e a ave mergulhou dos céus até pousar à sua frente. Muitos moradores gritaram e correram.

— Ei! Esse pássaro é meu, não se assustem! – Ele gritou em resposta e os que tinham coragem suficiente pararam de correr e olharam o pássaro de longe.

Com Zelda* desfalecida em seus braços, Link* não podia acariciar o pássaro, mas o loftwing aproximou-se e afagou a cabeça do dono coma sua própria, em seguida abrindo as asas e soltando um grito de felicidade e satisfação.

— Também senti saudades. E ela vai ficar bem, não se preocupe.

— Essa ave é sua? – Impa perguntou.

— Sim, ele é. Zelda* deve tê-lo trazido de Skyloft quando se conectou com a deusa. Nós e esse pássaro nós conhecemos desde os tempos em que Hylia estava viva. Se ele está aqui, provavelmente precisarei da ajuda dele no final de tudo isso. Hylia nunca faz algo sem propósito.

— Ele é lindo. Nunca vimos nada parecido.

— Volte a voar, mas não saia desse vilarejo sem mim. Eu vou te chamar em breve.

O pássaro levantou voou e desapareceu. Os moradores ainda olhavam espantados.

— Precisamos de ajuda, vamos procurar alguém. Conheço muita gente nesse lugar.

Não foi difícil conseguir ajuda com uma das moradoras do lugar. Ela lhes ofereceu um quarto até Zelda* despertar, e também lhes deu comida e leite, além de mil agradecimentos por Link* ter libertado o vilarejo da escuridão. Impa conversava com ela enquanto Link* ajoelhou-se ao lado da cama em que Zelda* estava, segurando uma de suas mãos.

— Você parece um anjo dormindo, mas acorde logo, e seja você mesma, por favor.

A garota ainda demoraria um tempo para acordar. Sua mente estava longe, com a deusa, e uma outra pessoa.

******

— Link! Fique calmo, nós vamos encontrá-la. Mas lembre-se que Ganon jamais facilitaria pra nós.

O lobo rosnou furioso, parecia xingar alguém.

— Você está com medo, não é? Por Zelda, e pelo bebê de vocês?

Ele emitiu um som, respondendo positivamente a pergunta da princesa.

— Venha, vamos resolver as coisas por aqui, entrar lá, chutar o traseiro dos monstros de Ganon, e encontrar Zelda logo – Navi falava seguindo os dois.

A fada passou quase todo o combate escondida no chapéu de Link, e começou a desesperar-se quando ouviu as duas Zeldas gritando. Ao sair do chapéu, viu-se na entrada para o Domínio dos Zoras junto com Link e Midna, e teve suas preocupantes deduções confirmadas.

Perseguiam o lobo enquanto ele corria e farejava pelos cantos de uma pequena casa em cima do Rio dos Zoras. Aparentemente não havia ninguém, ou quem quer que morasse ali estava se escondendo. Link subiu os degraus e farejou por baixo da porta, mas logo perdeu o interesse e voltou a verificar os arredores, encontrando um caminho ao lado da casa, onde seguiram em um corredor largo sem se depararem com ninguém. Logo estavam no Domínio dos Zoras. Link caçou alguns morcegos e parou encarando Midna quando chegaram à “escada” de degraus circulares que os levaria até em cima.

— Eu vou te ajudar a subir. Navi, se segure no pelo dele, isso vai ser muito rápido.

Midna subiu degrau por degrau, ajudando Link a pular tão longe quanto necessário para alcança-la até chegarem em cima. A fada fez bem em se segurar, a carona foi muito mais rápida do que seria voar até lá. Link grasnou de raiva ao serem abordados por três criaturas do crepúsculo, mas não teve dificuldade em livrar-se delas.

— HEY!! LOOK!!

— Link... Olhe. Está acontecendo de novo.

O lobo olhou para a água. Não era possível ter certeza, mas na parte mais profunda podia ver Zoras congelados. Olhou adiante, por onde o rio seguia, e viu corpos de Zoras jogados às margens. Deviam estar vivos, pois se mexiam, mas muito mal. Midna adentrou a sombra de Link e o lobo jogou-se na água, um tanto fria pelo gelo no fundo, e nadou para dentro do lugar, atentando-se a tentar identificar os corpos, na esperança de encontrar Zelda entre eles, mas no fundo sabia que não seria tão fácil. Estava com medo. Se o bebê tivesse se ferido, Zelda poderia estar em risco de vida também e vice-versa. Tranquilizou-se um pouco apenas por não sentir cheiro de sangue, mas também não podia sentir o cheiro de Zelda. Nadaram por bastante tempo, passando por vários locais cheios de água, alguns completamente congelados, por onde andaram em cima do gelo. Quando finalmente pararam, sem ainda ter encontrado nada nem ninguém além de monstros, encontraram outra saída do Domínio. Um lugar lindíssimo, onde o grande rio recebia a água de várias cachoeiras. Transformado em humano, Link andou até uma pequena casa, na verdade uma loja, e bateu na porta, sem receber nenhuma resposta.

— Esse lugar tem peixes, pássaros e alguns objetos interessantes. Você também pode conseguir uma volta de barco e pescar por 20 rupees, mas Hena também deve estar apavorada demais com o que houve nos arredores.

— Esse lugar é lindo!!! – Navi voava de um lugar a outro.

— Parece tudo bem aqui. Nós andamos quase pelo domínio inteiro. Está um horror, mas por que aqui fora parece tudo bem?

— Midna...

— O que?

— Aqueles ruídos horríveis que ouvimos enquanto víamos pra cá. Estou ouvindo de novo.

O chão tremeu de repente e o céu escureceu com nuvens cinzentas, a água agitou-se e começou a espirrar para os lados. Tinha alguma coisa ali. Uma forma grande e escura ergueu-se das águas e agitou seus tentáculos furiosamente. Levaram um tempo para identificar. Apurando os olhos, Link distinguiu um polvo gigante dentro do rio. Seus oito tentáculos possuíam pequenos espinhos e um único grande olho vermelho abriu-se, olhando para os dois. Outro ponto anormal era que a boca da criatura ficava bem abaixo de seu olho, e era cheia de dentes afiados.

— HEY! WATCH OUT! LOOK! LISTEN! HELLO!!

— Finalmente... – Link murmurou – Vou testá-lo.

Preparando uma bomba, Link a atirou no monstro bem na hora em que explodiu. O polvo gritou, mas não pareceu sofrer dano. Assim foi também com as flechas e golpes da Master Sword nos tentáculos, que sempre se regeneravam após alguns segundos.

— O lobo não parece útil. O que você vai fazer?

— Tenho uma ideia. Distraia ele.

Navi escondeu-se no chapéu ao perceber as intenções do hylian e Link correu até a água, havia uma boa profundidade. Mergulhou até o fundo buscando a certeza de que o animal não tinha mais de uma boca, nem mais estruturas ofensivas, e não tinha, isso ajudaria bastante. Midna devia estar fazendo um bom trabalho, pois os tentáculos não o estavam atacando, mas quando tentava pensar em uma boa maneira de golpear o grande olho do polvo, um dos tentáculos, acidentalmente ou não, atingiu Link pelas costas e ele nadou para longe, vendo o sangue preencher a água ao redor de sua perna direita e ser levado pela correnteza. Não poderia fazer nada ali embaixo. Rezou para que aqueles espinhos não fossem venenosos e chutou alguns dos tentáculos, provocando o monstro. Este agitou os tentáculos, que começaram a perseguir Link às cegas. Com alguns minutos de fuga desesperada por entre eles, o herói fizera o polvo dar um nó nas próprias patas e subiu até a margem, onde o animal estava mais baixo tentando desfazer a armadilha. Link Atacou-o com tantas flechas quanto pode e quando o polvo abaixou a cabeça na direção dele, sob infinitos gritos de alerta de Navi, deixou-o ainda mais irritado, golpeando várias e várias vezes o olho do animal, que gritou, cuspiu tinta negra por sua boca, inundando a água, e mergulhou no rio negro.

— Link! Sua perna!

— Eu sei. Espero que isso não tenha veneno.

— Você trouxe poções, não trouxe? – Navi lhe perguntou.

— Sim.

Link vasculhou seus itens, verificando a cada segundo se a criatura dava sinais de vida, encontrou uma heart’s potion e a bebeu. O ferimento atrás de sua perna fechou e a dor latejante sumiu.

— HEY! LISTEN! ELE ESTÁ VOLTANDO!!

Link e Midna olharam para a superfície da água, que estava transparente e agitada outra vez. O monstro emergiu sacudindo os tentáculos e gritando furioso. Alguns lugares da pele do animal mostravam rasgões escurecidos, confirmando a hipótese de que os espinhos tinham veneno. Link atirou-se na água para mais acrobacias submersas e dentro de meia hora enfrentou mais dois hounds contra o polvo. Estava ficando cansado quando finalmente conseguiu causar dano considerável ao olho e a criatura gritou em desesperou, sacudindo-se como um louco. Um dos tentáculos agarrou Link e o sacudiu pelo ar, apertando-se mais a cada agito. Gritou com a dor dos espinhos se cravando em sua pele e achou que fosse desmaiar quando foi jogado no chão e o monstro explodiu, se dissolvendo e sendo levado pelo vento.

As nuvens escuras se dissiparam e a água se acalmou, o vento forte tornou-se uma leve brisa, deixando o lugar tão calmo e belo como antes. Midna e Navi aproximaram-se do hylian jogado no chão a alguns metros da margem do rio. A roupa estava danificada onde ele havia sido perfurado e a trilha de ferimentos fazia parecer que uma corrente vermelha se enrolava em seu corpo. Link estava tremendo. Forçou-se a se virar, sendo ajudado por Midna e deitando-se com as costas no chão.

— Essa dor é horrível... – ele engasgou ao tentar falar.

— Suas poções! Você tem mais?! – A fada voava desesperada ao redor do hylian.

— Sim...

— Midna procurou nos itens até encontrar uma nova poção vermelha, um pouco diferente da outra. O líquido era mais cristalino e parecia muito mais puro. Era uma poção fortificada.

— Vamos, beba logo! Engula tudo!

Ela levantou Link, apoiando-o com um braço e o ajudando a beber com o outro. Ele demorou um pouco nos primeiros goles, mas cada vez que sorvia mais poção, os ferimentos desapareciam e ele parecia tremer menos. Quando esvaziou a garrafa, estava perfeitamente curado.

— Funciona mesmo! É a primeira vez que uso uma poção fortificada, foi bom ter comprado duas delas. Obrigado – ele disse se levantando. - Parece que está tudo bem agora... Zelda... – falou mais baixo, só para si mesmo, fitando o lugar por onde tinham chegado ali.

— Link!!

Olharam para cima e viram o príncipe Zora cair de uma cachoeira, nadando na direção deles.

— Em nome de todo o reino, agradeço por ter nos livrado daquela coisa. Todos estão bem agora, não há mais ninguém congelado. O gelo que derreteu-se estranhamente pareceu curar os que estavam feridos.

— Por favor! Você viu Zelda?! Ela está grávida, preciso encontrá-la! Diga que a viu?!

— Ela está?! – O príncipe arregalou os olhos – Parabéns, Link! E eu vi sim! Pouco depois de eu encontrar vocês, eu vi Ruto nadando com ela pra algum lugar, mas eu as perdi de vista. Ela parecia bem.

Link suspirou aliviado, mas só se tranquilizaria de verdade quando a visse.

— Ei... Você não deveria ser um rei, sucedendo a sua mãe?

— Bem... Eu serei. Mas ainda tenho coisas a aprender, por isso só temos nossa rainha agora. Ruto é mais velha que eu e era uma princesa. Por enquanto eu estou aprendendo com ela.

— Entendo... – falou, lembrando-se de que ele e Zelda estavam numa situação parecida.

— Link, eu preciso ir, tenho que verificar o reino. Muito obrigado mesmo – ele mergulhou e nadou para longe, desaparecendo nas águas.

— Link!

Ele ouviu de novo, uma voz feminina dessa vez, mas não pode identificar de onde vinha.

— Link é adorado aqui – Navi brincou, com um risinho.

— Parece até que tem um grupo de seguidores – Midna falou, rindo junto com Navi.

Link as ignorou e tentou encontrar a origem do som. A voz parecia longe, como se estivesse... Debaixo da água?! Sereias? Não... Não havia sereias em Hyrule, eram apenas histórias. Os zoras eram os próximos, e provavelmente os únicos, da definição de “sereia”. A água espirrou para todo lado quando algo pulou de dentro da água e derrubou Link no chão.

— Link! Quanto tempo! Que saudade! Sabíamos que viria! – Dizia enquanto o abraçava.

— Ruto?! Também estou feliz em te ver, mas já apanhei demais por hoje, sai de cima de mim!

Ela soltou uma grande gargalhada e levantou-se, ajudando Link a fazer o mesmo.

— Ruto...!

— O que? – Ela fingiu não saber quando viu o desespero nos olhos de Link – Está procurando Zelda? – Olhou para o lado.

Os três seguiram seu olhar e o rosto de Link iluminou-se ao ver a esposa sã e salva, correndo em sua direção. Ruto afastou-se para perto de Navi e Midna. Link esperou a princesa chegar, a acolhendo em seus braços com um forte abraço. Ela tinha um sorriso no rosto, que iluminava seus olhos. Fechou os braços ao redor do marido e não fez objeções quando antes de dizer qualquer palavra ele pôs os dedos em seu queixo, erguendo seu rosto, e a beijou longa e profundamente. Ela o retribuiu com igual intensidade e carinho.

— Zelda! Zelda! – Ele apenas repetia, recusando-se a soltá-la – Fiquei com tanto medo!

— Está tudo bem, já estou aqui – falou afagando os fios de cabelo louro-escuro que podia ver fora do chapéu – Nosso bebê também está bem – disse ao sentir uma mão de Link sobre ela.

— Impa tem razão... Posso sentir agora. Não tenho prestado tanta atenção em você quanto eu devo.

— Não se culpe, estamos no meio de uma guerra.

— Quando tudo isso acabar, poderei cuidar melhor de você – ficou um momento em silêncio, entretido com o cabelo dourado da esposa - E vamos pensar em nomes.

— Mas já? – Ela riu.

— Também estou ansioso, querida.

— Ruto me encontrou quando apareci aqui, embora eu não me lembre de como entrei no Domínio. Ela me escondeu até todo aquele barulho acabar e me trouxe aqui. Você estava lutando, não é? Se feriu, não foi? – Ela lançou um olhar aos rasgões na roupa de Link.

— Sim, mas estou perfeitamente bem agora.

— Ruto sugeriu... Que nós podemos ter mais de um. Mas não acho que seja possível, ainda mais numa primeira vez.

— Mais de um filho?! Eu ficaria tão feliz com isso – ele sorriu – Mas mesmo se for apenas um, nós vamos amá-lo igualmente.

— Link... – ela corou – Estou com fome.

Ele sorriu e vasculhou garrafas em seus itens, encontrando uma garrafa cheia do Lon Lon Ranch.

— Eu não tenho comida aqui Zel, mas tenho certeza que isso vai ajudar.

— Uma das garrafas do Lon Lon! É claro que vai. Obrigada, Link.

Zelda removeu a tampa e bebeu calmamente. De longe, as outras três observavam o casal, enquanto discutiam sobre o Domínio dos Zoras e Ruto animava-se ao ver que Navi havia voltado depois de tantos anos.

— Seria tão bom se essa guerra já tivesse acabado – Ruto comentou olhando o casal abraçado.

— Ei... – escutaram uma voz assustada vir de algum lugar e fitaram a porta da pequena loja perto do rio.

Uma mulher de cabelo castanho claro e olhos azuis analisava a paisagem cautelosamente, por uma fresta na porta. Ela abriu-a completamente e saiu.

— Seja o que for que houve aqui! Se foi, não é?!

— Sim Hena, não se preocupe, Link deu um jeito em tudo – Ruto lhe respondeu.

— Eu sou Midna, princesa do reino distante de Twilight – esclareceu ao receber um olhar interrogativo da mulher.

— Sou Navi, a fada protetora de Link.

— Link está aqui?

— Ele veio resgatar a esposa – Ruto indicou onde o casal conversava.

Hena olhou na direção apontada por Ruto e sorriu, mas não quis interrompe-los no momento. Navi afastou-se e voou na direção do casal, aparecendo de surpresa e abraçando o nariz de Zelda e fazendo-a rir com cócegas.

— Zelda! Que bom que está bem!

— Olá, Navi. É bom ver você.

— O bebê!

— Ele está bem, Navi – Link lhe respondeu.

— Link! Impa, Zelda*, Link*! Onde estão?! – A princesa perguntou, dando-se conta da ausência dos três e preocupando-se com o olhar de Link.

— Em Kakariko Village.

Esperou mais perguntas, mas só teve um olhar preocupado e interrogativo de Zelda, então continuou.

— Zelda* foi arrastada por um goblin e Fi disse que ele a levou pra lá. Impa e Link* foram procurá-la, nós não sabemos o que aconteceu.


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