Battle Cry - Interativa escrita por Mizuhina, Hinamori Mizuki


Capítulo 9
Banquete de boas vindas.


Notas iniciais do capítulo

Eu devia postar ele segunda, mas... Tipo, eu to aqui morrendo de tédio e coçando a mão pra postar, ai pensei: Porquê não? =D
Não é mesmo? Curtam o capítulo extra, -adiantado- que a partir de segunda acaba a moleza dos nossos herois. -rs.
Curiosidades sobre Battle Cry.
— As músicas que me inspiram para a fanfic são da banda Skillet, inclusive, Battle Cry é o nome de uma música deles.
— O Fernando canta muito bem, e a voz dele na minha imaginação tem um tom rouco como a do John Cooper.



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As muralhas rebeldes em si eram as altas formações rochosas e picos que cercavam um vale, e lá no centro tinha uma espécie de cidade circular. As instalações e prédios eram presos as montanhas e integradas as cavernas, tendo por fora um designe sofisticado; no centro da praça principal tinha uma enorme ponte suspensa que atravessava o lugar e conectava as casas que ficavam nas partes de cima, tendo assim nas laterais uma espécie de ruas suspensas. Ao fundo, tinha um grande complexo semelhante a um castelo e logo após ele uma ampla área cheia de vegetação, árvores, animais, um enorme campo verde e até mesmo uma lagoa e uma nascente interior que formava uma pequena cachoeira. Em outra lateral tinha algumas pequenas hortas, então isso indicava que os rebeldes não precisavam sair de lá para nada além de lutar. A maior parte da “comunidade” assim dizendo, era de civis comuns e camponeses que trabalham lá e se refugiavam; e a outra parte era composta de guerreiros. Mas nem a magnitude do lugar conseguia desviar a atenção do pequeno confronto.

Ninguém entendeu o que significava aquele tapa que Thiago tinha levado, afinal Laura até então tinha demonstrado ser uma garota tão pacifica e naquele momento parecia estar num incrível mal humor, diante do clima tenso e hostil nem mesmo Klaus se atrevia a fazer uma piadinha, pois todos ali sentiam-se estranhamente incomodados com aquela irritação, era como um sentimento de confusão eminente, era como uma desequilíbrio.

Thiago passou a mão pela pele branca massageando o rosto e deu um suspiro. – Eu acho que merecia isso mesmo, mas precisamos conversar.

Laura bufou contrariada, afinal queria uma boa explicação. Ambos se dirigiram para um aposento a sós enquanto Fernando mostrava a cidade para os curiosos.

– Eu sei que você está magoada e que eu parti sem mais nem menos, mas era necessário. – Thiago procurava as palavras certas para explicar o que tinha acontecido. Acontece que assim como Laura ele tinha sido levado para o mundo humano, ambos se relacionavam, porém a hora de retornar ao seu reino tinha chegado e o príncipe simplesmente partiu sem mais nem menos. – O meu reino precisava de mim, eu tinha que vir.

– Poderia ter deixado uma carta, sei lá, ou me trago com você. Que droga, você simplesmente me deixou sozinha. – Ela acabou desabafando, e logo, depois de respirar bem fundo se conteve e recobrou a calma. – De qualquer jeito quando isso tudo acabar eu vou voltar pra casa, há pessoas me esperando.

– Eu só quero fazer as pazes com você, Laura. Eu fui sim um péssimo namorado, mas me arrependo de não ter dito nada. E não estou pedindo pra voltar, faça o que quiser. – ele tentava não soar desesperado nem grosseiro, mas em algum lugar no seu coração esperava que ela fosse compreensiva.

– Não costumo guardar muito rancor depois de uns tapas. – Ela disse de forma mais relaxada e saiu da sala onde eles estavam.

Laura caminhou um pouco pelos corredores, e logo ouviu a voz de seu irmão narrando de forma esplendorosa como eles começaram a construir as tais muralhas. Eles estavam num salão onde tinha uma enorme mesa, porém vazia. Ela esboçou um leve sorriso e se sentou numa cadeira próxima para acompanhar a história.

– Espera! – Alec interveio. – Afinal de contas porque o nome muralhas? Nem tem muralhas aqui.

– Exatamente por isso, meu caro. Nossos inimigos procuram por muralhas nas montanhas, isto é, muros gigantes de pedra. Eles nem suspeitam que a própria montanha seja a muralha. – Fernando explicou. – Está noite no grande banquete de boas vindas iremos apresenta-los a população e ao primeiro mestre.

Fernando explicou que os mestres eram os ex-milites de um tempo atrás. Todos ficaram confusos, pois tinha sido explicado que o espirito da natureza reencarna em novos guerreiros, então como isso era possível?

– A natureza não é como um espirito humano, ela pode habitar qualquer tipo de pessoa, e quando dizemos reencarnação não falamos de alma, mas de energia e poder. Uma parte do poder dos elementos ainda pertence aos mestres, mas sem o equilíbrio eles não podem controla-lo. Vocês são de outro mundo porque ela não pode habitar dois seres de um mesmo mundo ao mesmo tempo, minha irmã é a única exceção porque o ser que regia o equilíbrio já está morto.

– Então Laura é o equilíbrio? – Lily perguntou olhando a garota de cabelos negros que se espantou.

Ela já tinha perguntado a Sheffield para que servia aquilo, mas isto era unicamente porque ouviram na história que o equilíbrio tinha sido morto para que pudesse existir o caos. Então isso queria dizer que ela era o próximo alvo? Daymon teria que mata-la para inutilizar os outros cinco?

– Basicamente, mas Daymon não vai tocar no equilíbrio, porque o anterior não tinha a mim para protegê-lo. – Fernando disse de forma bastante séria e determinada. Ele caminhou até a irmã, e colocou-se de joelhos diante dela, encarando-a fixamente com seus olhos verdes. Ele segurou a mão direita de Laura e curvou a cabeça proferindo algumas palavras. – A partir de agora, eu o cavaleiro negro dedico-lhe toda minha devoção e a minha vida. Prometo servi-la como bem entender. Use-me como quiser, minha irmã.

As palavras de Fernando chocaram a todos e ele parecia mesmo disposto a qualquer coisa, ele dedicará sua vida inteira a isso. Renunciou a sua nobreza para torna-se cavaleiro, tornou-se um rebelde para libertar seu povo e acima de tudo recuperar o lar que antes tinha sido roubado.

– Levante-se já desse chão, você é pra mim apenas o meu irmão. – Laura disse meio pasma, afinal ele fazia aquilo com uma tal devoção que só faltava chama-la de majestade. Ele sorriu e voltou-se para o grupo numa expressão divertida como se nada tivesse acontecido.

– A partir de hoje vocês serão treinados pelos mestres elementais e cumprirão seu dever até quando esta terra não precisar mais. Um Sanct milite serve a todos os povos, e são responsáveis por garantir a paz entre todos, então vocês terão um pouco de trabalho. – O príncipe explicou.

Fernando era muito convicto em suas palavras. Depois de terminar, ele mostrou onde seriam os aposentos de cada um. Tinha quartos enormes e bem mobiliados, com as paredes numa tintura branca e cortinas enormes de cor amarelo pastel. Cada quarto tinha três camas, o que significava que seriam divididos, um para os rapazes e outros para as moças. Encima das camas tinham roupas especiais, que consistiam em longas capas brancas com capuzes, no centro prendendo elas tinha um broche circular e dourado com o desenho simbólico de cada elemento. As roupas que eles poderiam usar eram variadas, e na noite do baquete em especial deveriam estar vestidos de roupas de gala, tendo como única exigência que usassem as capas.

[...]

Laura estava exausta, então decidiu dar uma volta com Lancelot pelo vale e foi até o local onde ficavam a cachoeira e a lagoa, mas logo pode notar uma figura se aproximando com um olhar tão ardente quando o elemento que era capaz de controlar. Ela estava sentada numa pedra na margem, deixando apenas que seus pés se molhassem na água, quando viu a figura ilustre e bem humorada de Klaus se aproximando, ele sentou-se ao seu lado e ficou encarando-a curioso.

– O que exatamente aconteceu, princesinha? Ficamos todos preocupados com você. – Ele puxou assunto parecendo interessado. – Sabe? Uma garota não da um tapa em um cara a menos que ele seja um canalha.

– Ele era meu ex-namorado, mas já resolvemos nossas desavenças.

– E o que ele fez?

– Foi embora sem dar explicações, veio pra cá cuidar do próprio reino. – Laura não parecia tão incomodada, a verdade é que ela não nutria sentimentos muito mais fortes do que uma amizade naquele momento.

Klaus em seu tom galante aproximou-se mais a encarando com seus olhos verdes e esboçando um leve sorriso, o cabelo escuro e curto estava bagunçado pelo vento. Ele pegou uma mecha do longo cabelo negro de Laura e começou a brincar com ela passando por entre os dedos. – Ele deve ser louco de abandonar alguém tão linda como você. – Sussurrou ao pé do ouvindo enquanto delicadamente colocava a mecha atrás dele, sem dúvida era atrevido.

– Se ficar muito perto será o próximo que levará um tapa. – O tom de voz de Laura era tão calmo que chegava a ser assustador. Klaus afastou-se, embora estivesse rindo de uma forma divertida. Ele estendeu a mão para ajuda-la a se levantar.

–Eu não sei por que todas as garotas daqui parecem ter mau humor, mas eu gosto de coisas difíceis. – Ele disse num tom zombeteiro e começou a caminhar na direção da cidade, enquanto ela o acompanhava. – Vamos nos divertir muito, princesinha.

Klaus era sem dúvidas o mais ousado de todos, mas seu bom humor quebrava qualquer clima de tensão existente. Quando chegaram à cidade, Laura foi procurar por Fernando no salão principal onde ficava os aposentos reais, consequentemente o dela também, e lá estava ele conversando com Thiago e mais duas pessoas.

– Princesinha, princesinha, princesinha. – Olaf de forma atrapalhada aproximou-se para abraça-la, mas foi interceptado por Fernando, que não permitiria isso de forma alguma. Não que Olaf tivesse más intenções, mas ele era atrapalhado e desligado e sem querer poderia sei lá, leva-la, por exemplo, ao “vale dos condenados”, lugar com o nome autoexplicativo.

– Veja, quero que conheça minha aprendiz, Gretel Freljord. – O mago animado apontou para uma garota de cabelos castanhos com uma trança de lado. – Ela é uma maga das estrelas.

– É um prazer majestade. – Gretel curvou-se graciosamente em respeito, obviamente era bem mais educada que o atrapalhado mestre.

– Nossa, eu adoro estrelas. – Laura comentou com um sorriso empolgado.

– Com certeza teremos a oportunidade de falar sobre elas. – Gretel também ficou animada e ambas seguiram conversando.

A aprendiz de mago tinha voltado as muralhas por conta própria, afinal era muito esperta e tinha habilidades incríveis. Com a ajuda das estrelas, podia localizar o lugar que desejasse e também, era bastante inteligente para se defender de futuros perigos, embora a caverna onde estivera com seu mestre não fosse muito longe das muralhas rebeldes.

[...]

Com o cair da noite a cidade era logo iluminada por postes de luzes muito elegantes, e ao centro da praça principal, tinha sido posta uma enorme mesa onde seria servido um farto banquete. Havia ali carnes de leitões, aves, saladas, tortas, arroz, sopas, pães, sucos e bastante vinho. A mesa tinha um tamanho de cerca de 7 metros de comprimento, por 2 de largura, era realmente enorme. Ao centro de uma das extremidades, tinha uma cadeira especialmente para Fernando e Thiago que eram as autoridades de poder mais alto, enquanto que ao lado de ambos, tinham três milites em cada lado, depois Olaf e Gretel, em seguida os demais convidados, guerreiros, camponeses e tinha também perto aos lugares de honra uma cadeira especial para Liraz. A Elfa estava bastante curiosa pelo estardalhaço e para ela tinham lhe cedido roupas para ocasião, um vestido de seda rendado de cor lilás que constatava com seus olhos, com uma faixa prateada na altura da cintura. Gretel tinha um vestido simples com alguns bordados semelhantes a estrelas, mas de uma ceda muito fina e seu mestre desleixado vestia as roupas de sempre. Fernando vestia uma roupa num estilo imperial, a camisa social, colete, calça, sapatos e um enorme casaco vermelho com detalhes bordados de dourado. Thiago já tinha uma roupa num estilo menos chamativo, que se assemelhava a um uniforme da marinha, porém tinha toda a elegância e detalhes que só um príncipe possui.

Alec, Klaus e flame vestiam uma calça e camisas sociais, com coletes negros por cima, e a capa branca com cada elemento. Já as meninas vestiam elegantes vestidos de cores e designes diferentes, Laura tinha optado por um sem mangas já que ela realmente odiava todo o braço coberto, seu busto ficava lindo num belo decote; Skye já vestia um modelo mais reservado num tom azul bem claro, embora o vestido fosse um dos mais bonitos que já vira; e Lily usava um vestido branco, com detalhes dourados e um cinto dourado, que combinavam e harmonizavam com seus olhos, e cabelos ruivos.

– Eu gostaria de brindar aos nossos novos escolhidos. – Fernando disse erguendo sua taça de vinho e todos seguiram imitando o movimento, soltando aplausos, assovios e gritos de alegria, brindando e comemorando. – Nós com certeza, derrotaremos o Lorde Daymon.

Klaus tentou fazer uma graça para chamar atenção e acendeu uma lavareda em sua mão, quase pondo fogo na mesa, mas nada de mais tinha acontecido. Fernando tinha um sorriso bem satisfeito. Aquele clima de comemoração era mais do que merecido, mas logo, na verdade pela manhã o treinamento pesado começaria.


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Notas finais do capítulo

Bem, acabou o mistério, mas antes que comecem a shippar a Laura com o Thiago devo dizer que apesar das tretas é quase certo que ele fique na Friendzone. Por algum motivo a Laura não se atrai por homens ricos, poderosos e príncipes de reinos gigantes, ela prefere os caras mais simples, calminhos e humildes, porque ela D-E-T-E-S-T-A governar, chamar atenção, ela não quer saber nem do próprio reino. –sério kkkkkkkkk. E o Klaus é mesmo um mulherengo, não pensem que ele morre de amores pela Laura, porque ele da encima de todo mundo – fazer o que tava na ficha – Mas ela é muita areia pro caminhãozinho dele. kkkkkkkkkk