Battle Cry - Interativa escrita por Mizuhina, Hinamori Mizuki


Capítulo 13
Corações Conectados


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem ter notado que eu demorei a responder os comentários, peço desculpas, eu estava sem luz eletrica -fiquei sem ela por quatro dias. E os capitulos só sairam porque eu sempre deixo os capitulos da semana programados no nyah. =)

Tenho novidades, vou escrever um livro pra um concurso, nas notas finais explico mais sobre.
Esse capítulo é meio que a continuação do outro, mas os problemas no vale dos condenados ainda não terminaram.



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Klaus estava num lugar bem familiar, sentado a mesa de um restaurante com a cabeça pendendo para o lado, de sono. Então tudo o que viverá naquele outro universo tinha sido apenas um longo sonho? Ele não sabia ao certo, mas pelo visto preferia estar dormindo. Pois o homem a sua frente, o olhava de uma forma bastante severa, aquele era seu pai.

O sr Hastings, estava sentado na cadeira da frente cortando a carne que tinha sido servida, enquanto olhava para a expressão de sono do filho, afinal era muito raro que eles se encontrassem, já que desde de que perderá a esposa – que fugiu com outro homem – passou a se ocupar apenas por trabalho.

– Dormindo num lugar elegante como esse... Seus avós não te deram educação? – O sr Hastings disse de forma desdenhosa. – Como eu imaginava, é bastante mimado e cheio de liberdades.

– Não é isso... é que... Eu estou cansado. – De alguma forma, o rapaz sentia-se intimidado. Era sempre assim, o pai sempre dizia isso ou aquilo, não queria saber dele, mas estava sempre disposto a criticá-lo.

– É eu sei por que se cansa, vive por ai com várias namoradas não é? Você se parece mesmo com aquela v... Com a sua mãe.

– Já chega! – Klaus se levantou batendo com as mãos sobre a mesa. – Não tenho que ficar ouvindo essas coisas.

– Klaus sente-se agora, e peça desculpas. Você está passado dos limites com essa falta de educação. Já não basta essa coisa ridícula que você fez no seu pescoço? – O pai referia-se a uma tatuagem de dragão.

– Eles são respeitados no oriente como símbolo de força.

– Oh, por favor, pare de agir como um retardado. – O Sr Hastings atacou de novo olhando-o com desprezo. – Você no fim das contas só faz essas frescuras pra chamar atenção. Sempre foi assim. Porque não cresce, meu filho?

– Agora lembra que tem filho? Eu não preciso ficar ouvindo isso, vou indo pra casa, meus avós devem estar preocupados.

– Mas que bobagem é está que está dizendo? Seus avós morreram ontem, você está morando comigo. – Aquela noticia só poderia ser mentira, uma grande mentira. Era impossível, quando começou a dormir Klaus estava na festa de bodas de ouro dos avós.

Ele não compreendia bem porque seu pai era assim, pois era logico que ambos estavam chateados pela atitude da mãe, mas não era motivo para descontar nele. O trabalho tinha criado uma barreira tão grande, que depois de tantos anos eles pareciam completamente estranhos. Klaus estava ficando com muita raiva, foi quando sentiu seu corpo incendiar-se por completo, tudo começava a pegar fogo, o restaurante e toda aquela ilusão fajuta.

– Eu sei quem eu sou, posso até ser meio mimado, mas eu gosto de chamar atenção pra fazer as pessoas sorrirem. Eu gosto de ser assim, sem limites, sem magoas. – Ele olhou para a imagem do pai que começava a desaparecer e transforma-se em pó como tudo ali.

E de repente, quando ele abriu os olhos estava diante de um campo florido, iluminado com uma fraca luz azul, lá tinha algumas flores amarelas. Parecia que alguns galhos estavam emaranhados em seu corpo, mas eles tinham sido incendiados e perderam a força, já estavam secos e queimados.

Ao redor o milite do fogo podia notar que tinham vários esqueletos emaranhados no meio daquelas flores, todos já sem vida, aquele vale era mesmo uma coisa maldita. Ele não via mais o céu amarelado, apenas o topo da caverna e precisava encontrar os outros logo.

“Sinta o calor” – O conselho de Calisto parecia ser uma boa ideia a seguir. Então ele caminhou pelo campo, tentando achar qualquer coisa que fosse familiar. Foi quando não muito longe dali, viu uma tempestade de raios e correu naquela direção.

[...]

Alec caminhava no meio de um lugar completamente vazio e branco, ouvindo risadas, pareciam às vozes de seus novos amigos, caçoando dele e dizendo coisas sem sentido.

“Inacreditável que ele seja mesmo adotado”. – Essa parecia a voz de Lily, e logo ouviu Klaus dando uma risada maldosa. – “Com certeza ninguém o quis”.

“Vocês são mesmos uns inúteis, não sentem pena desse pobre coitado?” – Skye parecia ter dito essa frase.

“Fiquem quietos, ele pode nos ouvir”. – Flame sussurrou.

“Então vamos deixa-lo para trás”. – A ultima frase parecia ter vindo de Laura.

As vozes eram muito nítidas, muito altas e as risadas não paravam. Será que Alec poderia confiar neles? Há muito tempo uma vez ele contou a um amigo de escola que era adotado, e só isso bastou para que em breve todos caçoassem dele. Por viver numa família com bastante dinheiro, ele já sabia o quanto pessoas poderiam ser cheias de futilidades, mas não imaginava que aquele em que tinha confiado o trairia. Apenas um mau julgamento ou uma falha de caráter? Naquele momento ele se sentia bastante só, e se perguntava se nesse tempo teria confiado nas pessoas erradas.

Ele sentou-se no chão e tapou seus ouvidos, fechando os olhos tentando pensar numa solução, mas aquelas palavras eram ouvidas dentro de sua mente, e aquela energia não era nada familiar. A insegurança aumentava assim como a tristeza, e a medida com que isso acontecia, ele ficava cada vez mais desesperado e confuso.

[...]

Skye sentia uma espécie de falta de ar, como se eu corpo afundasse no mais profundo dos oceanos, porém até então ela não tinha morrido. Mas aquela sensação horrível de não poder se mexer, de não ter um ponto de apoio e equilíbrio a deixava desesperada. Será que ela já estava morta e tinha sido a primeira a sucumbir aos medos? Ela estava sempre tão acostumada a se virar sozinha, sem a ajuda de ninguém, tão confiante em si mesma, que nunca parou para pensar que talvez as coisas não devessem ser assim.

Ela fechou os olhos, e sentiu uma mão calorosa puxá-la para superfície. Quando pode abri-los novamente, viu que Klaus estava a sua frente, ajudando-a a sair de uma espécie de lama onde tinha adormecido. Ele estava parado encima de uma pedra, enquanto ela estava meio que deitada com o corpo coberto de lama, apenas com a cabeça para fora.

– Você está bem? Estressadinha. – Ele disse com um sorriso no rosto enquanto a puxava com as duas mãos ajudando-a a se levantar e sair dali.

O pântano de lama não era um lugar muito fundo, na verdade era extremamente raso, mas o barro era tão grudento e pegajoso que era difícil alguém sair dali sozinho. Quando viu o que estava realmente acontecendo, Skye pode perceber ao redor tinham vários esqueletos submersos na lama. – Agora sei por que chamam esse lugar de vale dos condenados, as pessoas morrem condenadas aos seus piores medos. – ela disse tentando tirar aquela gosma nojenta do corpo. – Onde estão os outros.

– Eu não sei, mas vi uma tempestade de raios naquela direção. – Klaus disse apontando para onde tinha um amontoado de rochas. – Acho que é nossa próxima parada.

– Deve ter algo haver com a Lily, ou esse lugar é mais perigoso do que pensamos. Não sei definir realidade de ilusão aqui. – Skye pegou uma adaga em sua bolsa. – Mas eu vou jogar isso na primeira criatura idiota que aparecer.

Seguindo mais adiante, eles perceberam que Lily estava aparentemente bem, e puxava aqueles raios sabe-se lá de onde, para fazer uma espécie de sinal. – Fiz apenas o que ela disse, senti a natureza. – A ruiva respondeu com um sorriso.

Quando Lily estava em sua ilusão, seu corpo quase preso a uma pedra que parecia estar absorvendo-a, a “vampira” que estava jogando usava as asas para trapacear e marcar as cestas que eram bem altas, foi quando Lily se irritou profundamente por isso e seu corpo, sem ela saber como, atraiu um raio para si como se fosse um para-raios, que por sorte acabou destruindo a pedra e libertando-a.

Aparentemente, a mesma sorte que Klaus tinha tido quando o fogo em seu corpo queimou as plantas que o prendiam, infelizmente isso era apenas um sinal de que sem o controle, as forças da natureza eram perigosas e devastadoras.

– Assim estamos progredindo, faltam apenas mais três. – Klaus disse andando na frente e marchando como se assumisse a liderança.

– Você quer parar com isso seu imbecil? Pra onde está indo? – Skye estava indignada com a falta de senso do rapaz. – Esse lugar prende as pessoas nele, isso é um fato, temos que tomar cuidado pra não passar pelos outros e seguir direto.

– Ela tem razão. – Lily concordou com a amiga. – Em que direção nós vamos?

– Serve aquela de onde vem os gritos do Flame. – Klaus fingiu-se magoado, mas pelo menos dessa vez ele tinha vencido e as meninas o seguiram.

Ele não pode manter sua bela pose por muito tempo, pois logo correu para trás de Skye e Lily quando viu que Flame estava preso numa enorme teia de aranhas, algo do qual ele tinha muito medo. – Que nojo! – Lily disse tentando não encostar-se às teias.

– Vai lá o machão, tira ele dali. – Skye provocou Klaus que mesmo apavorado, lhe deu língua e virou o rosto.

– Você ta liderando no momento, não vou arredar o pé daqui estressadinha. – Então ele segurou forte nos ombros de Lily.

Skye deu um longo suspiro, seu corpo já estava sujo de lama mesmo. Então, ela pegou a adaga e começou a cortar as teias, foi quando ele despertou daquele pesadelo. Flame tinha tido a visão horrível de ver seu cachorro preso numa teia, sendo devorado por milhares de aranhas, aquilo era de mais para ele, caso o contrário não gritaria tão apavorado.

– Droga, o que aconteceu? Cadê a floresta pegando fogo? – Ele perguntou, vendo que todos estavam meio confusos.

– Explicamos depois. – Lily disse meio cansada. – Bem, como passaremos por ai? Está cheio de teias.

– Eu ainda não testei o que eu posso fazer, vamos ver. – Flame esticou as mãos e tentou lançar uma imensa rajada de água na direção da floresta, e logo as teias de aranha eram carregadas por ela. Mesmo que não tivesse tanto controle, ele ainda era capaz de fazer alguma coisa.

Bem à frente, eles andaram um pouco e logo puderam ver Alec preso há algumas árvores secas e cheias de musgo, tinham vários esqueletos presos às outras ao redor, assim como o caminho todo que eles percorreram, nas pedras, na lama, nas flores, será que aquele lugar absorvia todos que estavam lá? Acima de tudo, qual era a possibilidade de acharem a tal maga viva afinal de contas?

Todos se esforçaram para arrancar as cascas da árvore sem machucar Alec. – que tal se eu queimar elas? – Klaus sugeriu.

– Você ficou maluco? – Lily deu um tapa na cabeça do rapaz. – Pode machuca-lo. Temos que ter calma. E agora?

– Vamos chama-lo, talvez ele mesmo possa nos ajudar a tirá-los. – Skye sugeriu. – O rosto do Alec já está ficando gelado, acho que ele está ai há muito tempo.

– Isso é horrível, não sabemos quanto tempo passamos nesse lugar. Está tudo deteriorado. – Lily disse apavorada. – Alec! Acorda.

Todos seguiram o plano, chamando o amigo, tocando suas mãos, e logo de onde estava Alec pode ouvir que vozes chamavam por ele. Tinham um tom preocupado, diferente daquele deboche infernal que ele ouvia, e logo ele pode sentir uma energia boa vinda de alguma parte. Ele tentou seguir na direção da tal energia da natureza, foi quando percebeu que o local antes totalmente branco tomava forma e quando abriu seus olhos, viu que todos o cercavam.

– Nossa! O que eu estou fazendo preso nessa árvore? – Ele perguntou sem entender nada e viu que todos sorriam com satisfação. – Me ajude aqui, meu corpo está pinicando.

– Você é o milite da terra, tenta empurrar a casca da árvore. – Klaus sugeriu. – É fácil, só imaginar e tal.

– Está certo! – Alec fechou seus olhos verdes, respirou fundo e logo as cascas de árvore que cobriam seu corpo começaram a cair, libertando-o e deixando de ser uma parte daquela árvore apavorante. – Tive um pesadelo horrível. Quero sair logo desse lugar irritante. Onde está a Laura?

– Ainda não encontramos ela, mas provável que esteja na mesma situação que nós. – Skye deduziu. – Vocês estão sentindo isso? Parece que tem uma corrente de energia negativa, vindo bem à frente. Como se tudo estivesse bagunçado.

– Acho que já senti isso antes. – Lily disse passando a mão pelos cabelos e prendendo-os num coque rapidamente. – Vamos lá.

Uma energia que causa assombro, onde nada faz sentido, onde nada está certo ou em lugar algum, algo que se assemelha ao caos.


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Notas finais do capítulo

Até o dia 6 de julho eu vou dividir meu tempo entre meu livro pro concurso e as fanfics e a faculdade também, então desejem-me sorte. Eu vou inscrever uma história só pro concurso e se ela fizer sucesso, eu talvez possa publicar outras obras, inclusive Battle Cry. =)
Pra quem mais quiser participar, eu não tneho o link, mas pesquisem sobre "Prêmio Bang", é um concurso que ocorrerá no Brasil, o prêmio é 3 mil euros mais a garantia de publicação no Brasil e em Portugal. Boa sorte a todos. =)



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