Who Are You, Butler? escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 13
Uma Procura um pouco... "Provocante"


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Pessoas!!! Tudo bem?
Então, nossa como é difícil achar tempo pra escrever e postar cara, meu Deus! E só de pensar que eu ainda tenho que continuar estudando pq eu vou ter uma prova de matemática na segunda e ela não tem recuperação, pq a minha professora é foda, pq sim.
Bah, to meio mal hj pq eu ia ir no evento de anime aqui em Porto Alegre, mas o pessoal cancelou. Imaginem a indignação do povo todo! Gente, era mais de 20 mil pessoas! 20 mil! É muita gente pra reenbolçar... ta louco. Tava lá des das 9 da manhã. fiquei em pé na fila até as 3 da tarde cara. Sem falar que tinha umas 5 mil pessoas que estavam lá muito antes de mim. Bah... Foi uma merda. Mas até que foi legal, pq eu vi um monte de cosplay entre os bacanas e os fodasticos. Hahaha.
Bom, só espero que amanhã tenha. Pq eu sempre quis ir no AE e hj foi cancelado. Amanhã eu quero ir sem falta! Que eles não cancelem, pelo amor...
Enfim... Boa leitura Jovenssss
Bjus até lá em baixo!



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Estávamos no portão, olhando para a câmera de segurança e esperando pacientemente que Bianca reconhecesse os nossos rostos, para que pudesse abrir os enormes portões nos dando passagem. Olho os enormes portões e observo o meio do portão com as enormes inicias “H.G”. Assim que eles abriram passagem, Iris avançou para dentro, estacionando o carro em qualquer lugar no pátio que parecesse estacionável para ela. Saímos do carro e segui Iris até a grande porta de entrada da casa. A porta era de um marrom escuro forte, toda trabalha nos mínimos detalhes. A maçaneta redonda era dourada e bem brilhosa e o que mais me chamou atenção foi que na porta, havia um batedor de porta dourado também, mas com um contraste de que era velho e estava ali há anos. O batedor tinha o formato de um lobo – Um lobo... Parece que isso me persegue. – com aquela enorme argola pendendo em sua boca. Apesar de ser um lobo, o que é muito intrigante, é muito bonito. Fico admirando o lobo por um breve momento, até que a porta se abre revelando que a casa da Bianca era tão magnífica quanto a de Castiel. Era uma casa moderna, com uma enorme escada que circulava até o andar de cima. Logo na entrada tinha um enorme tapete em azul, com verde e vermelho. O Tapete cobria toda a parte da entrada, até um degrau para parar o tapete. Ele tinha seus detalhes em verde e vermelho nos diversos desenhos que se encontravam nele. Fiquei admirando a casa, o Lustre maravilhoso, os quadros das paredes, tinha até uns egípcios que eu achei lindos. Fui em direção a um dos quadros egípcios e os observei. Este tinha dois homens, ou pelo menos eu acho que eram... pelo menos um deles, um parecia ser normal, mas o outro estava com uma cabeça de gato, lobo, cachorro, não sei que cabeça é aquela. Mas sei que tem orelhas. Eles estavam virados de frente um pro outro, com as mãos como se dessem um High Five. Fiquei tão envolvida com o quadro, tentando adivinhar o que era aquela cabeça, que nem tinha percebido quando Bianca apareceu no saguão.

– Bem vindas! – Fala, tentando parecer normal. Só que não.

– Bibi! Querida, como você está? – Iris a abraçou feliz por ver que Bianca não estava tão mal. Ou pelo menos é o que parece... Penso arqueando uma sobrancelha.

– Bem... – Começou Bianca fungando. Sabia. – Mas... Ah. – Ela suspirou enquanto passava as mãos pelos cabelos loiros e então me lança um olhar depressivo. Até parece que ela brigou por minha causa... Nossa que olhar deprimente. – Oi Liza.

– Oi Bianca, está se sentindo bem? – Pergunto preocupada com a reação da garota. Talvez tenha sido uma pergunta inútil já que eu sei a resposta obvia para ela, mas a Bianca apenas forçou um sorriso e negou com a cabeça.

– Eu... Na verdade estou bem. – Não é bem o que parece agora. – Mas estou triste, por que nunca briguei com o Nath antes... E dessa vez ele ficou bastante chateado. – Ela baixou a cabeça, olhando pro chão e murmurou baixinho: - Eu não entendo por que ele se importa tanto...

– Tudo bem Bibi. Nos conte o que aconteceu. – Iris afaga as costas da Bianca encorajando-a a se abrir conosco. Bianca levanta a cabeça e faz que sim com a cabeça. Assim, ela nos leva até o quarto dela no segundo andar.

Já no quarto da Bianca, nos sentamos todas na enorme cama com lençóis brancos e com edredom rosa bebê. Ela suspira pesadamente e então começa:

– É... Bem... Sabem... – Ela gagueja parecendo nervosa. Olha pras mãos em seu colo. Ela meche os dedos freneticamente uns com os outros. – Ah. Eu e Nathaniel tivemos uma briga feia ontem. Discutimos sem parar por horas! Ele já estava nervoso e eu sem querer falei algo que o magoou . – Ela aperta os olhos, e os fecha com força. – Então ele saiu de casa numa pilha de nervos. Nunca tinha visto o Nathaniel daquele jeito antes. Ele não voltou mais, não ligou, mandou nem uma mensagem para pelo menos dizer; “ Oi, estou bem. Tchau.” – Bianca termina e nos olha analisando a nossa reação. Olhei pra Iris que avaliava a Bianca e sua história nada detalhada que ela contara. – Estou muito preocupada com o Nathaniel. Quando ele saiu já era noite. – Ela voltou a falar. – Era lua cheia, - Bianca lança um olhar direto pra Iris. – a noite estava muito frio e ele saiu com muita pouca roupa e a pé. – Ela olhou então pra mim, como se esperasse alguma coisa. – Sabe-se lá aonde ele está agora! – Disse Bianca nervosa, gesticulando com as mãos. – E se ele não voltar mais? E se tiver acontecido algo com ele? – Ela pirou de vez. Vi que os olhos de Bianca brilhavam, estavam se enchendo de lágrimas. O silencio dominou o quarto. Sem pensar muito falei.

– Eu vou atrás dele.

– O que? – Bianca me olhou surpresa. – Como? – Ela arqueou as sobrancelhas. Na verdade... Boa pergunta.

– Ah, ele não deve ter ido muito longe. – Digo pensando numa alternativa de como começar a minha busca, e no que vou falar a seguir. – Além do mais, ele está a pé. Deve ter dormido em algum hotel ou pousada aqui por perto. Por que... Para ele chegar até a cidade, seria uma caminhada e tanto. – Digo por fim. Bianca olha pra Iris, que parecia estar achando uma ideia não muito boa. Provavelmente por que eu teria que procurar por ele sozinha, na floresta. Mas isso não me assustava tanto assim. Posso lidar com isso. Só não lembrar do ocorrido.

– Liza, não precisa fazer isso. – Disse Bianca.

– Não se preocupe. Fiquei preocupada com ele também. Então sem problemas. Além do mais, você tem que se preparar para o seu Baile. Tente relaxar, eu voltarei ou com ele, ou pelo menos com noticias de que ele está bem. – Digo. Até por que, imagino que se fosse o Castiel, ele não iria voltar. Mandaria falar que está bem, e Tchau. Pode ir embora. Algo do tipo.

Iris me olha e sorri, gentilmente dessa vez. Bianca me abraça e Iris me agradece sem fazer som, mexendo os lábios. Bianca me solta de seu abraço apertado e fala um pouco mais alegre.

– Já que insiste tanto... Pode pegar o Carro do Nath. – Arqueio as sobrancelhas pra ela.

– Tem certeza disso?

– Tenho. - Ela sorri fraco. Mesmo que não pareça que você tem certeza disso?

– Okay... – Digo hesitando um pouco.

Bianca me guia até a garagem de sua casa junto com Iris. Diferente da garagem do Castiel, a de Bianca era um pouco menor mas que ainda sim, tinha muitos carros de diversos tipos e cores. Ela pegou as chaves de um carro e me entregou.

– Bem, cuide do carro, que é do meu irmão neh. – Bianca fala e solta uma risada abafada.

– Tchau Liza. Tenha cuidado. – Iris fala com um olhar sério. – Nos mande noticias caso resolva ir para casa direto tá? Mas se você estiver com ele, venha para cá. Caso contrário, Mansão Walker, Capisce?

– Sim senhorita. – Digo quase que revirando os olhos. Capisce? Ela fala Italiano então? Humm... Que interessante. – Tchau garotas. – Digo acenando pra elas. Observo elas sumirem do meu campo de visão e solto um suspiro. – Muito bem. Agora, qual carro essa chave pertence? – Digo a mim mesma e aperto o botão da chave. E vejo o carro da minha frente piscar para mim.

Fico de boca aberta olhando o Rolls Royce Wraith preto na minha frente. Ele era prata dês do capo até o teto. Nem preciso dizer o quanto esse carro é lindo. Imagino o quanto não custou! Meu Deus! Nem sabia que eles já estavam sendo fabricados aqui! Bem, ate agora só vi carros caros na casa do Butler. E agora, na de Bianca. Já era de se esperar do Butler, mas nunca imaginei que Bianca também fosse tão rica assim.

Entro no carro e admiro o seu interior. Bancos de couro bege. É como sentar numa bola de creme de sorvete. Penso já sonhando acordada. Balanço a cabeça, parando de viajar um pouco e dou a partida no carro. Ao ligar o carro, o portão da garagem levantou, mostrando o jardim e uma estrada de pedra mostrando caminho pra fora da casa. Manobrei o carro e sai da garagem, passei pelo jardim e seguindo o caminho de pedra, sai da propriedade de Bianca.

Já na estrada, começo a pensar para onde, como e o porquê do Nathaniel sair assim. Caminhar até a cidade é que ele não foi... Acho eu. Pensar simplesmente para onde ele pode ter ido aqui, no meio da floresta é algo irrelevante. Afinal... Isso é uma floresta imensa, e ao menos que eu tivesse um super olfato para seguir o seu cheiro, fica meio difícil saber para onde ele possa ter ido... Encontrar o paradeiro de Nathaniel não será nada fácil. Suspiro pesadamente pela minha conclusão em que eu chegara. Pensar “paradeiro” é meio estranho. Parece que eu estou procurando um homem morto... Credo.

Depois de muitas árvores, curvas, caminhos sem estradas e pensamentos cheios de perguntas, percebo uma cabana em meio as árvores. Hum... Acho bom eu dar uma passada ali. Pode ser que alguém o tenha visto passar por ali. Seguindo meu raciocínio, fui até lá. Segui o caminho que levava até a pequena casa que parecia muito com um chalé. Estacionei o carro por perto, e percebi que era mesmo um chalé de madeira. Ele era de um tamanho médio grande. Não sei muito bem explicar, por que ao mesmo tempo que parecia pequeno era grande. Então deduzi que fosse de um médio grande. Ele ficava num campo amplo, que de certa forma, parecia que as árvores se abriam a sua volta. O campo era cheio de flores de todos os tipos, tamanhos e cores possíveis. Realmente, parecia um cenário que tinha saído do conto de fadas. Ou uma casa da velha bruxa que atraia os forasteiros cansados da longa caminha no meio da floresta com sua beleza exótica. Soa muito como João e Maria para mim. Em meio a tantas flores, visei uma por perto que eu adorava dês de criança. Um dente-de-leão se erguia cheio e branco, perto das violetas e margaridas. Ele era como um destaque entre elas, foi o maior e mais bonito dente de leão que eu já havia visto. E ele está cheio! Completinho! Sempre que eu via um, nunca estava completo e cheio. Não como esse. Ele não era grande como poderia se achar. Era delicado, mas não era pequeno. Normal, mas belo... Não sei exatamente como explicar. Caminhei até o dente-de-leão, me agachei perto dele e o tirei delicadamente da terra. Ele deslizou entre os meus dedos, então lembrei de quando eu pegava dentes-de-leão com a minha mãe... Pensei no que ela sempre me dizia assim que eu pegava um:

Faça um pedido, Liza.

Enchendo os pulmões, levei o dente-de-leão pra perto da minha boca, fazendo o meu pedido eu o assoprei suavemente. Observei o dente-de-leão se desfazer e em múltiplas e pequenas pétalas que se foram com o vento. Suspirei enquanto me levantava. Em pé novamente, limpei uma lágrima que eu mal tinha notado até que ela deslizou pela minha bochecha. Funguei um pouco e segui um caminho de pedra que levava até a porta do chalé. Seguindo o caminho de pedra visei uma placa de madeira que estava pendurada por correntes que vinham do telhado. Chegando mais perto, li o que tinha escrito ali: “Chalé das Flores.”O nome realmente combina com o chalé.– Ao abrir a porta ouvi um tilintar de um sino. Olhei pro chão o vi um tapete logo na entrada que dizia, “Lar, Doce Lar.” O chão era de pedra até uma parte, depois tinha um degrau de madeira que continuava como o chão do chalé. Subi o degrau e andei pelo corredor até parar para analisar o chalé por dentro. O chão era de uma madeira escura, e a das paredes é rústica. O chalé era grande por dentro, tinha quase o tamanho da minha da minha casa, quase. A sala tinha uma TV de tela plana grande, mais ou menos de 42 polegadas, um sofá de couro marrom e poltronas também de couro marrom. Uma mesinha de Centro de madeira escura ficava em cima de um tapete preto grande. Uma estante abaixo da TV, uma janela média com cortinas pretas estava entreaberta fazendo as cortinas voarem delicadamente com a brisa que vinha lá de fora. A decoração é masculina. Isso eu não tenho dúvidas. Do lado esquerdo do chalé, encontrava-se a cozinha. Não tinha porta, apenas uma bancada para separar a cozinha do restante. A cozinha é pequena, porém aconchegante. O balcão de madeira tinha três bancos altos, que tinham almofadas. Uma geladeira inox estava logo ao lado da pia de mármore. Um fogão inox também de 6 bocas e uma enorme estante que ocupava todo um lado da parede, enquanto o fogão estava do outro lado. Tinha uma janela pequena logo acima da pia que também tinhas as cortinas pretas, mas pequenas do tamanho da janela. Vi que a cozinha estava bem abastecida com aparelhos elétricos. Apesar de ser um pouco moderna, ainda trazia aquele ar de “casa de campo” aos olhos. Muito bem. Agora que eu vi que não tem ninguém aqui, vou embora. ‘ Não. Você ainda não viu no segundo andar. Pode ser que tenha alguém por aqui. Se não, por que outro motivo a porta estaria destrancada?’ Ah, sei lá. Talvez para os forasteiros entrarem, descansarem e até mesmo tirarem um cochilo e fazer um lanchinho, talvez? ‘ Só que não.’ Reviro os olhos. Tenho que parar de pensar comigo mesma. É a mesma coisa se eu estivesse conversando comigo mesma, só que assim ninguém me escuta e não corro o risco deles pensarem que eu sou louca e falo com vozes do além. Enfim, subo as escadas do chalé, pensando se eu não estaria certa mais cedo e uma bruxa viesse ao meu encontro. Como se isso fosse possível. Esse tipo de coisa não existe. No corredor do segundo andar, tem duas portas apenas. Uma de frente pra outra. Entro na porta da direita. É um quarto. Masculino. Poltronas de couro preto estavam do outro lado do quarto, uma cama de casal com lençóis brancos, marrons e pretos. Os dois travesseiros eram pretos e lisos. E logo de frente pra porta, tem uma sacada com portas de correr de madeira e vidro, com cortinas pretas. As cortinas estavam presas cada uma de um lado, dando uma vista muito bonita. Entro mais no quarto, vejo um armário grande de madeira marrom escuro. E percebo que em cima de uma mesa, tinha um notebook. Deve ter alguém aqui mesmo! – Pensei enquanto olhava mais o quarto. Prateleiras acima da mesa, continham livros. Reconheci alguns títulos como, Moby Dick, O código Da Vinci e Agatha Christie. Tinha também alguns livros mais antigos, e quando eu digo antigos é antigos mesmo. Alguns ainda estavam inteiros, mas outros estavam ou com a capa torta, amassada ou rasgada. E tinha um livro até de “Adolf Hitler” em meio a tantos. Ao lado do notebook tinha um livro grande e grosso, com a capa de couro preta. Ele tinha uma aparência de velho e desgasto. Como se fosse usado a milhares de anos atrás. Não tinha nada escrito na capa. Ele tinha apenas uma tira de couro grossa que fechava o livro como um cinto. A fivela era prateada. Fico tentada a abrir aquele enorme livro e ver o que é, mas me detenho e volto a me concentrar na busca de “alguém em casa.”

Viro-me para sair do quarto. Vou até a porta e a fecho atrás de mim olhando pros meus pés. Queria ter visto aquele livro... Ainda com a mão na maçaneta da porta do quarto, eu a aperto pra resistir a minha teimosia. Olho pra frente e congelo. Minha boca fica seca e eu engulo em seco.

Nathaniel estava na minha frente saindo da porta que ficava em frente ao quarto, que eu deduzi ser o banheiro, já que ele estava nu da cintura pra cima e carregava uma toalha enrolada na cintura. Os cabelos louros não muito compridos estavam levemente molhados, e bagunçados o que deixou o cabelo dele um pouco espetado. Seu tórax largo e musculoso me chamou a atenção, seguindo a linha, baixei o olhar pra sua barriga com traços definidos. Rapidamente, voltando a Terra, olhei os olhos dourados de Nathaniel, que me fitavam confusos, mas logo ele levantou uma sobrancelha e ficou com um sorriso de canto, como quem dizia: “Está apreciando a vista?” Não que eu esteja apreciando a vista mas... Uau. Ele realmente é... Muito atraente. Arregalei os olhos com esse pensamente e sacudi a cabeça. Senti minhas bochechas arderem e imediatamente eu voltei a encarar meus pés.

Ah. Pés. Nada de atraente em pés. Ufa. Que bom. Então fitei os pés descalços dele. Bom... Os pés dele são bem bonitnhos... Ah. Droga.

Pigarreei. – Oi Nathaniel.

– Oi Elizabeth, o que faz aqui? – Nathaniel perguntou sereno abolindo o fato de estar semi-nu na minha frente. Isso me lembra alguma coisa... Parece que já vi isso em algum lugar.

– Ah. – Deixo escapar como um suspiro ao me lembrar da cena que já havíamos vivido lá na casa do Castiel... É. Bem parecido. Só que agora, em vez de ser eu... É ele. E exatamente do mesmo jeito que ele me viu nua da cintura pra cima, eu o vejo também. Mas ele viu algo que não era pra ter visto... Coro de novo ao lembrar disto, e depois me vem a cabeça o que aconteceu quando ele e a Bianca saíram do meu quarto e o Castiel chegou invadindo o meu “espaço pessoal”. Coro violentamente ao me lembrar disso. – Vim te procurar. – Gaguejei. – A Bianca está muito preocupada e abalada. – Digo por fim. Nathaniel olha pro lado e passa a mão pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais.

– Desculpa. – Nathaniel fala e cora um pouquinho. Sei do que ele está falando. Ele deve ter lembrado a mesma coisa que eu. Mas obviamente, sem a parte do invasor. – De novo. – Ele deixa escapar um suspiro. - Eu pretendo voltar a tempo pra festa. Mas eu não esperava visitas. – Ele me olha propositalmente e eu coro mais ainda.

– Imagino. –"Como deve ser difícil pra você Nathaniel, cujo visita não esperava.”–Penso irônica.

– Eu vou me trocar agora, me espere lá em baixo. – Nathaniel fala. - Ou fique aqui, assim você pode me ajudar a escolher uma roupa para a festa. – E me lança um olhar malicioso de tirar o fôlego. Meu. Deus. Ele e o Castiel poderiam ser irmãos! Nossa...

Com a testa franzida saio imediatamente de frente da porta e desço as escadas sem falar nada. Que merda foi essa?

Fico na sala sentada na poltrona. Cruzo as pernas e balanço a perna de cima de forma meio impaciente e um pouco indignada. Alguns minutos depois, Nathaniel desce as escadas em pulinhos para descer mais depressa e se encosta na parede, para ficar de frente pra mim. Ele cruza os braços sobre o peito largo e me examina por um momento. Faço o mesmo. Ele agora vestido, estava praticamente todo de polo! Com uma calça jeans meio skini e meio solta polo. Um sapa-tênis bege com as bordas brancas, que imediatamente reconheci a marca como Polo, com os cadarços de um tom de marrom mais escuro meio avermelhado, e uma blusa de manga curta branca com alguns detalhes em vermelho na gola também da polo. A blusa ficou meio justa até demais no corpo dele, ressaltando seus músculos, tanto dos braços como da barriga e do tórax. O colarinho estava de um jeito digamos... Descolado sensual . Ele usava uma corrente que ficou por debaixo da blusa. O cabelo estava um pouco mais seco, mas continuava bagunçado, o que lhe caia muito bem por sinal. Tinha a barba por fazer o que o deixou mais charmoso ainda. Ele estava absurdamente lindo. Nunca prestei tanta atenção em um homem assim. Além do Castiel que também consegue ser absurdamente lindo, mas... Acho que eu não esperava notar isso em Nathaniel também... Isso pode ser muito, muito perigoso. Bom mas afinal... Eu só pude reparar nele agora. Ele é tipo uma mistura de Paul Walker com Brad Pitt. Meio inexplicável, mas lindo. Como um anjo. Um ser arrebatador.

Nathaniel sorri. Um sorriso arrasador que deixava evidente as suas covinhas, e as ruguinhas ao lado dos olhos dourados. Isso mataria qualquer uma garota logo de cara, pronta para se jogar em seus braços fortes.

– Então a Bianca te pediu para vir até aqui? – Nathaniel pergunta.

– É... Bem – Gaguejo de inicio. – Eu disse que iria te procurar. Nem ela, nem a Iris me falaram aonde te procurar. Provavelmente elas não sabiam. – Dei de ombros. – Apenas passei por aqui, e pensei que você poderia estar aqui por alguma razão, totalmente desconhecida por mim, então resolvi checar.

Ele ri. – Esperta. – Ergo as sobrancelhas. – Bem, vejo pela janela, que veio com o meu carro...

– Sim! – Me exalto um pouco. – Espero que não se importe. – Digo e meio que me encolho por quase ter gritado o sim.

– Sem problemas. – Nathaniel sorri me observando mais atentamente. O que me deixou nervosa. – O que exatamente a Bianca disse?

– Ãhm... – Digo tentando me lembrar da conversa de antes. - Disse que vocês tiveram uma briga feia. Ela foi bem vaga com o assunto. Não contou detalhes se é isso que quer saber. – Dou de ombros e olho pra janela tentando não pensar nos pares de olhos dourados observando cada movimento meu. Me perfurando, queimando e analisando como se eu fosse um pedaço de carne. – Mas eu gostaria de saber mais.

Não houve resposta de imediato. Eu continuo olhando as flores pela janela, até que por fim, ele responde:

– Creio que sim. – E suspira. – Pergunte a Bianca. – Olho pra ele curiosa com uma sobrancelha arqueada. – Não cabe a mim te contar. É um assunto muito delicado. Apenas saiba que a sua segurança é o que importa. – Ele mantém a minha análise de curiosidade, ainda mais agora.

– Mas como assim? Tem a ver com o Dake? - Pergunto e ele me analisa cauteloso.

– Digamos que sim.

– Você acha que ele pode aparecer? - Minha voz sai tremula e Nathaniel não me responde. - Nathaniel... Você e a Bianca brigaram por isso?

– Não. – Responde suavemente, mas com uma expressão um pouco dura.

– Então por que brigaram?

– Não precisa se preocupar com isso agora.

– Ta bom. Desisto. Por hora. – Digo pra ele, que solta uma risada rouca. – Você vai voltar ou vai ficar aqui ainda?

– Ainda tenho algumas coisas para fazer. Diga para Bianca pra não se preocupar a toa. Seria totalmente desnecessário ter a aniversariante desmaiando no baile por que não comeu direito o dia inteiro. – Fala irônico e revira os olhos.

– Hum... Okay. – Digo e me levanto da poltrona. – Bom, então. Eu já vou. – Digo e me dirijo até a porta.

– Liza.

– Oi? – Me viro para encará-lo.

– ... Não conte para Bianca que eu vou no Baile. Isso é...

– Irrelevante. – Completei interrompendo-o. – Okay. Entendido. – Aceno pra ele com a cabeça e saio cambaleando ao tropeçar numa pedra mais alta.

Entro em tropeços dentro do carro. Ligo o mesmo e começo a me sentir nervosa e estranha. Sinto que estou sendo observada. E sei que não é da casa que eu acabara de sair... Vem mais além... Como se alguém me observasse na... Engulo em seco com o pensamento. Floresta.

Me apresso em sair daquele lugar, dando a partida e me dirigindo pra casa de Bianca. Ao observara uma ultima vez o chalé, notei que agora, ao invés das árvores se abrirem a sua volta, parecia que elas o engoliam numa escuridão sem fim.


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Notas finais do capítulo

hehehe, espero que tenham gostado! Logo logo posto o próximo cap! Provável que seja depois de segunda pq neh...
Comentem o que acharam, falem cmg pra me botar pra cima, pq depois de tudo o que ia acontecer e não aconteceu, eu realmente espero que ao menos amanhã tenha.
Então, deixo com vcs uma curiosidade.
Por que a Liza demonstrou tanto interesse pelo Nathaniel? E quem vcs acham que estava observando ela? Será que tinha alguém mesmo observando ela? Ou era coisa da cabeça dela? Notaram o tal livro estranho?

Bem... Não é apenas uma curiosidade... E NEM AO MENOS É UMA CURIOSIDADE ISSO! Mas enfim, são perguntas que vcs devem se fazer. Vão por mim. Vcs vão se fazer essas perguntas. Se já não as fizeram. E por fim...
Prestaram atenção logo no inicio do capítulo? Espero que sim.
Hahahaha
Bjuuuuuus Até a próxima!
XOXOXOX



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