Tentativa escrita por Roberto Rodrigues


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Quando as coisas começam a ficar claras...



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Segunda-feira. Hora do intervalo no colégio.

– Vou dar uma dica de ouro pra vocês – disse Érika. – Se o cara que forem namorar, não tiver carro, ou pelo menos moto, fuja! É latada na certa. Utilizar transporte público pra ir ao cinema, shopping, ou qualquer outro lugar quando você está toda arrumada, produzida, é humilhante.

– Credo amiga. Que horror! – exclamou Beatriz fazendo careta. – Vou ficar ligada na ideia.

– Pois é. Pura dor de cabeça.

– Érika – chamou Bárbara surgindo por detrás dela.

– Bárbara, tudo bem?

– Tudo. Vim falar que o professor Miguel já leu nosso trabalho.

– E...?

– E ele fez uma cara de quem gostou quando conversei com ele.

– Certo. E daí?

– Vim te contar, porque você estava preocupada com a nota.

– Ah sim, obrigada. – E virou-se pras amigas.

Bárbara se retirou um pouco embaraçada.

– Por que você tratou ela desse jeito? – perguntou Beatriz.

– O que eu fiz de errado?

– Você foi um pouco grossa com ela.

– Eu gostei – comentou Laura.

– Você adora um barraco, Laura – insinuou Beatriz.

– Meninas! – exclamou Érika. – Estou com TPM e grilada com meu namorado, e a situação financeira dele. Esses são os motivos pelos quais estou desse jeito hoje.

– Te entendo amiga – disse Laura pousando a mão em seu ombro. – Lembra-se do meu último namorado?

– Qual deles?

– Agora vai zombar da minha cara?

– Eu fiquei curiosa, Laura.

– Com certeza senhorita Beatriz. Sabemos muito bem o quanto você é enxerida.

– Magoei – murmurou Beatriz.

– O que tem seu último namorado? – perguntou Érika.

– Ele era criança demais. Vivia dizendo que me amava, e queria casar comigo. Até que um dia, fiquei sabendo que ele estava com outra.

– Aí você o seguiu, e o pegou no flagra com a oferecida da Sabrina.

– Exatamente. Depois disso aprendi que, não importa quanto o boy magia fale que te ama que, te quer, que te deseja, sempre vai ter um espírito de porco rondando ele.

– O que você quer dizer com isso Laura?

– Que os homens não prestam Érika – intrometeu-se Beatriz.

– Sim. Mas, também que acima disso, você tem que se valorizar – concluiu Laura.

– Eu estou surpresa com você – afirmou Érika.

– Disse alguma coisa errada?

– Não. Só que nunca imaginei que você um dia diria o que acabou de falar.

– Uai, não tem nada demais no que eu disse. O que você acha Beatriz?

– Nada a declarar. Simplesmente foi sensacional!

– Não exagera garota. É apenas a realidade da vida. Mudando de assunto, estão sabendo que o dia dos jogos do inter-classe foi antecipado pra primeira semana de Junho né?

– Quem disse isso? – perguntou Érika.

– Vi no mural da secretária antes de entrar pra sala hoje.

– Isso quer dizer que vocês terão que acelerar o treinamento.

– Isso mesmo Beatriz – disse Laura preocupada. – Érika nós temos que reunir o time e marcarmos os treinos, não vamos deixar o terceiro ano B ficar com a vantagem este ano.

– Desde que não seja hoje, por mim tudo bem. Não estou com saco pra nada hoje.

– Fica de boa amiga. Até o final da semana resolvemos isso.

– Seu namorado está vindo – sussurrou Beatriz para Érika.

– Vou ao banheiro meninas – disse Érika levantando-se discretamente. – Se ele perguntar alguma coisa, diga que eu não estava me sentindo bem.

– Pode deixar com a gente garota.

Érika apressou o passo, e entrou no banheiro.

***

O sinal bateu, e ela saiu o mais depressa possível, após despedir-se de suas amigas.

– Érika! Érika!

Ela continuou andando, fingindo não ouvir.

Paulo a alcançou, e parou em frente a ela.

– Fiquei gritando que nem um louco, você não ouviu?

– Ouvi. Só não estava a fim de dar atenção.

– Ainda está grilada comigo?

– Na verdade estou chateada. A desculpa que me deu pra não ter ido a minha festa surpresa, não cola.

– Te expliquei meu amor. Estava...

– Se sentindo mal – completou Érika. – Vir a minha festa seria como relembrar o que aconteceu com o seu amigo Thiago. Mas, não me convenceu.

– Parece que você nunca vai entender esse assunto.

– Eu queria entender, de verdade. Você faz um alarde tão grande em torno do que aconteceu que, parece que foi você quem morreu naquele acidente.

– Pensando bem, uma parte de mim se foi naquele dia – murmurou Paulo.

– Até hoje não consigo compreender o quanto vocês eram próximos um do outro. Só que você precisa entender que a vida continua. Que existem pessoas preocupadas com você.

– Não. Não tem ninguém preocupado com o que sinto, ou com o que realmente se passa dentro de mim. Quanto mais você, que se preocupa mais com seu status social do que qualquer outro assunto.

– Isso não é verdade!

– É sim – rebateu ele. – Só que você não vai admitir isso pra mim.

– Não estou preocupada com isso, estou preocupada com você, e com o nosso relacionamento.

– Está se ouvindo Érika? Consegue perceber o tom de hipocrisia em suas palavras? – disse ele um pouco irritado.

– Você está passando dos limites, Paulo.

– Limites? Quem é você pra me falar sobre limites? – disse com o dedo em riste.

Ainda estavam na esquina da rua do colégio. Alguns alunos olhavam para eles enquanto passavam. Aquela situação estava deixando Érika um pouco constrangida.

– Acho melhor pararmos por aqui essa discussão.

– De jeito nenhum. Você iniciou, vai ter que ir até o fim agora.

– Não está percebendo o ridículo em que está nos expondo?

– Está preocupada com a sua reputação?

– Sim. É o meu terceiro ano aqui, e muitos me conhecem, não quero ser mal falada, mais do que já venho sendo.

– Viu? Aí está a sua verdadeira preocupação – disse Paulo indignado. – Tudo o que te importa de verdade é essa merda que você chama de reputação.

– Se for pra você continuar me ofendendo, prefiro encerrar essa conversa por aqui.

– Se quiser ir, fique a vontade. Isso só vai reforçar o quanto não sou importante pra você.

Érika não sabia o que dizer. Todo aquele drama não fazia muito sentido pra ela.

– Então, vai embora ou não? – perguntou em tom de desafio.

– Paulo sinceramente você está precisando de tratamento. Não vou continuar aqui discutindo.

– Se você for não precisa mais entrar em contato comigo – ameaçou.

Ela olhou diretamente nos olhos dele, e foi embora sem olhar pra trás.

***

Ramón foi até a casa de Carlos aquela tarde com um olhar diferente, indecifrável.

Logo que entrou, foi puxando Carlos pra si, beijando-o ardentemente. Em questão minutos, já estavam no quarto tirando as roupas.

Totalmente inesperado, louco, frenético. Até que num certo momento, Carlos o empurrou de cima dele.

– O que foi? – perguntou Ramón.

– Nada. Eu só...

Ramón aproximou-se dele devagar, e disse:

– Tudo bem.

– Desculpa. Aqueles episódios do passado ás vezes me assombram – falou Carlos segurando a vontade de chorar.

– Já buscou terapia? – perguntou Ramón enquanto sentava-se na cama.

– Sim. Logo depois que meus pais morreram – respondeu sentando-se um pouco distante de Ramón. – A terapia foi ótima. Foram cinco meses de acompanhamento. Mas, a psicóloga me disse que eu carregaria em minha vida cicatrizes do que me aconteceu.

Ramón puxou Carlos o mais delicadamente possível para que ele sentasse ao lado dele, e deitou em suas pernas que ficaram estendidas.

– Relaxa Carlos. Lembra-se daquela peça de teatro que apresentamos na escola em 2006?

– Sim, lembro.

– Fomos os melhores a interpretar os personagens, segundo a professora. Lembra?

Carlos fechou os olhos recordando-se da peça.

A professora de teatro havia trazido um texto que falava sobre preconceito e discriminação. Uma peça simples, porém, com uma mensagem forte. E realmente, os papéis que eles interpretaram foram bem comentados.

Ele lembrava-se muito bem, pois, foi com essa peça, através dos ensaios, que passou a ter mais intimidade com Ramón. Aprendendo a ter confiança nele, e, contar sobre os abusos que sofrera.

– Ela disse que seriamos ótimos atores se continuássemos no mundo do teatro – comentou Carlos sorrindo. – Mas, aonde você quer chegar com isso?

– Uma ideia que me ocorreu. Se estiver difícil enfrentar seus monstros, interprete.

– Tipo fugir da realidade?

– Isso. Ignore as marcas do passado que te incomodam tanto.

– Humm. Por que você não faz o mesmo em relação ao seu plano de vingança?

– Meu caso é diferente – respondeu Ramón remexendo-se. – Infelizmente no seu caso, o primeiro que te abusou, você não se recorda do rosto dele, e o segundo, já está morto. Não tem com quem você brigar, vingar, ou alguma coisa parecida. Já no meu caso, como dizem por aí, o buraco é mais fundo.

– Entendi.

– Mudando de assunto, o que aconteceu na festa surpresa daquela garota?

– Nada demais. Muita música e dança. Bebidas, pessoas diferentes, essas coisas. E também, teve um momento que tentei aproximar dela, como você me pediu. Conquistar a confiança, como primeira etapa do plano. Só que ela não me tratou muito bem. Acho que ela é preconceituosa.

– Você acha? – perguntou Ramón fazendo uma careta engraçada.

– O que eu falei de engraçado?

– Uai, o jeito que você falou foi engraçado.

Carlos lembrou-se do beijo na festa.

Naquele dia, mais cedo, no horário do intervalo, Érika o encontrou no corredor do colégio e pediu pra que não falasse com ninguém sobre o beijo, que aquilo foi um erro dela. Ele disse a ela que ficasse tranquila que, da boca dele não sairia uma palavra.

– Vai prosseguir mesmo com o plano? – perguntou Carlos.

– Sim. Você vai continuar conquistando a confiança, e, em seguida, vai me apresentar a ela. Teremos um breve romance, e quando ela estiver totalmente envolvida, dou um fora, fazendo com que ela fique bastante arrasada.

– Como você tem tanta certeza que tudo isso vai dar certo?

– Eu confio no meu taco – respondeu Ramón.

– Espero que você consiga lidar com aquele gênio difícil e complicado que ela tem.

– Pode deixar comigo, ela não vai resistir ao meu encanto – disse Ramón sorrindo.

– Você está me olhando daquele jeito novamente.

Ramón prosseguiu encarando-o.

– Para, você está me deixando sem graça.

– A culpa é sua.

– Não entendi. Por que a culpa é minha?

– Porque toda vez que estamos juntos, você interrompe o momento, e eu fico na vontade – respondeu enquanto dedilhava os dedos pelo corpo dele, como se estivesse executando uma escala ascendente no piano.

Carlos gostava do jeito dele se comportar. Era diferente, inusitado. Com Ramón não existia programações. As coisas simplesmente aconteciam, naturalmente.

Negro, ombros largos, mãos grandes, lábios carnudos, eram os atributos físicos de Ramón que chamavam a atenção de Carlos. Além do melhor beijo, comparado a outros beijos que já havia experimentado em sua vida, e uma pegada só dele. Seu toque era arrebatador, e o calor do corpo dele tinha a temperatura correta para o prazer.

Toda vez que o olhava daquele jeito, Carlos ficava excitado, como naquele momento.

– E aí, já está melhor?

– Do quê?

– Seus pensamentos, ora.

– Sim.

– Ótimo – disse Ramón. – Venha cá.

Ramón o puxou pra si agarrando-o, e o beijou demoradamente.

***

Entrou no quarto, jogou a mochila no chão, e largou-se na cama. Puxou os fones de ouvido reserva que estava em cima do criado-mudo, selecionou uma lista de reprodução de músicas do seu celular, e colocou pra tocar.

O objetivo desse ritual era afastar os pensamentos sobre sua vida medíocre, mas, não estava funcionando muito bem.

Pais divorciados, namorado com sinais e possíveis sintomas de depressão, pouco dinheiro para festas e barzinhos no final de semana, compras...

Chocolate! Eu preciso de chocolate, pensou Érika.

Ela não era gorda, mesmo sendo viciada em chocolate. Mas, também não pertencia aquele grupo de pessoas que estão sempre fazendo algum tipo de dieta, da cor, do dia, da semana, da letra do alfabeto, da sopa de... Enfim, apenas comia o necessário, em quantidade suficiente até passar a vontade.

Chocolate? Chocolate era diferente. Preto, branco, amargo, meio amargo... não importava. Desde que fosse chocolate, já era bem-vindo. O único companheiro físico que não deixava sentir-se sozinha. Isso claro, até o último pedaço, onde ela demorava mais para terminar.

Foi até a geladeira da cozinha, pegou uma barra de chocolate preto que havia comprado no sábado, e voltou para o quarto.

Estava arrasada com a discussão que tivera com seu namorado. O namoro estava ficando insustentável, e ela temia que o relacionamento acabasse de fato. Sabia que o que as coisas que ele havia dito foram da boca pra fora, apesar de ter soado com bastante sinceridade.

Já estava tão envolvida a ele que, apesar de se preocupar de fato com seu status, como ele apontara, ela também se preocupava em como ele ficaria se separassem. Entretanto, a forma como disse as coisas a ela, magoou.

Comia os pedaços da barra relembrando cada frase daquela discussão, várias vezes, como se apertasse um botão de replay mentalmente.

O jeito que ele estava alterado, o tom de voz que usou em alguns momentos, as palavras ditas. Ela fechou os olhos enquanto mergulhava em seus pensamentos.

Não viu a hora que pegou no sono. Talvez pelo cansaço, ou pelo chocolate, adormeceu rapidamente.

Acordou com a voz de sua mãe batendo em sua porta, chamando-a.

– Pode entrar – respondeu ela esfregando os olhos.

Heloísa abriu a porta, e ficou parada próxima a entrada.

– O que foi mãe? Não está me reconhecendo?

– Estou procurando pela minha filha, parece que ela foi trocada por você.

– Sou eu mesma, apenas dormi demais, não repare meu cabelo.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou Heloísa aproximando-se da cama.

– Comi um pedaço de chocolate, e dormi. Coisas de adolescente.

– Um pedaço? Parece que foi a barra toda – disse ela soltando um risinho olhando para a embalagem largada ali no chão, enquanto sentava-se no canto da cama.

– Vai me julgar mãe?

– Claro que não. Também tenho uma queda por doce. Tal mãe, tal filha.

Érika sorriu.

– Quero conversar com você, mas, parece que antes preciso saber como você está.

– Estou bem. Vivendo as coisas de sempre, colégio, amigas, trabalhos, provas e chocolate.

– Não faltou nada nessa lista?

– Não – respondeu rápido demais.

Embora a comunicação entre as duas não fosse constante, mesmo assim, Heloísa como mãe, sabia muito bem quando a filha estava mentindo, ou escondendo alguma coisa.

– Sei que não tenho sido uma mãe tão presente quanto seu pai foi, porém, me preocupo com você, e, sei que não está nada bem.

– Fique tranquila. Estou ótima – disse Érika ajeitando os cabelos com as mãos. – Sobre o quê a senhora quer falar comigo dessa vez?

– Sobre o seu pai.

Érika revirou os olhos.

– O que aconteceu? Ele me disse que não atendeu as ligações dele neste final de semana.

– Ele falou a verdade – confirmou Érika. – Não estava à vontade em falar com ele, e a ficha dele não caiu. A culpa não é minha.

– Você não é assim, o que está acontecendo?

– Insatisfação com as coisas, e com as pessoas ultimamente.

– Estou nesta lista de pessoas?

– Não.

– Corro algum risco?

– Ainda não.

– Vou arriscar que você está assim por causa do seu namorado. Acertei?

– Não quero tocar nesse assunto mãe.

– Tudo bem. Mas, quero que saiba que, se precisar desabafar com alguém, pode desabafar comigo.

Érika ficou em silêncio olhando pra suas pernas.

– O Gustavo gostou de você. Ele me contou sobre a conversa que tiveram na sexta passada.

– Mais um fofoqueiro não?

– Ele não te criticou. Elogiou o seu gênio. Disse que é parecido comigo. Outra vez, tal mãe, tal filha.

– Mãe, eu vou tomar um banho.

– Tudo bem. Vou pedir uma pizza. Seu irmão ficou insistindo no caminho pra comer.

– Pode ser.

– Certo. Não demore, estaremos te aguardando na cozinha.

Heloísa saiu do quarto.

Ela é forte, mas ainda precisa de apoio, pensou ela.

***

Sexta-feira, 20 de Abril de 2012.

Ramón estava em sua cama repassando os acontecimentos daquela semana, quando seu celular tocou. Era ela ligando outra vez.

– Fala minha rainha.

– Como você está meu rei? – perguntou a voz feminina do outro lado da linha.

– Estou ótimo, se melhorar estraga – brincou Ramón.

– Ótimo. Vou direto ao assunto. Não queria ser a mensageira, porém, percebo que você não está sabendo do que aconteceu de ontem para hoje.

– Do que se trata?

– O vídeo.

– O que tem o vídeo?

– Foi postado ontem à noite, e, em poucas horas se tornou um viral na internet. Compartilhado em várias redes sociais, vários comentários de internautas...

– Quem fez isto?

– O que tudo indica foi Laura!

Ramón ficou em silêncio por um momento.

A pessoa do outro lado da linha pareceu ter entendido, e também se manteve em silêncio.

– Vamos fazer algumas alterações no plano original – disse Ramón.

– E quando vai me deixar a par dos novos detalhes?

– Em breve. Não vou mudar muita coisa, somente o essencial.

– Confio em você, sabe disso.

– Também confio em você. Muito obrigado pela informação. Se não fosse você, não sei o que seria de mim.

– Só quero que tudo dê certo pra você.

– Obrigado. Cuida-se, e tenha um bom sono.

– Obrigada, pra você também.

Ramón desligou a chamada com a mente a mil. Não deixaria as coisas fugirem a seu controle dessa forma.

Laura, Laura, você não mudou nenhum um pouco. Sempre metendo a colher onde não foi chamada, pensou ele.


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Notas finais do capítulo

Olá.
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Abraços.



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