Tentativa escrita por Roberto Rodrigues


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Conhecendo um pouco mais...



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Abriu os olhos.

Espreguiçou-se lentamente.

Olhou o celular na cabeceira do criado mudo, marcavam cinco e meia da manhã. Érika havia programado na noite passada, para despertar as cinco e quarenta e cinco. A ideia era sair mais cedo. Teria que ir a pé ao colégio. Porém, não apenas por este motivo estava levantando mais cedo. Também pra evitar ser surpreendida na cozinha, como no ano passado.

Por um lado, seus pais estavam separados, talvez não acontecesse nada. Entretanto, todo cuidado era essencial. Tomou seu banho, vestiu-se, maquiou-se e reuniu seus materiais. Fez o máximo para que, seus passos do quarto até a cozinha causassem o menor ruído possível. Sua missão: beber um copo com água, pegar um pacote de biscoitos, e se mandar dali.

Ficou de olho na entrada da cozinha desconfiada, enquanto tomava água. Mas, o inevitável aconteceu justamente no instante, em que agarrava o pacote de biscoitos. Foi surpreendida por várias vozes que ecoaram ao mesmo tempo:

– Surpresa!!!

Era sua mãe, seu irmão Guilherme e,... Gustavo?!?

O namorado de sua mãe, segurando uma torta, toda coberta de chocolate, era realmente uma surpresa.

E iniciaram o grande ritual: Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidades, muitos anos de vida! É pique, é...

Cantavam na maior felicidade do mundo, e Érika permaneceu imóvel, encostada a pia. Apenas suas lembranças se movimentavam, trazendo a consciência, as cenas semelhantes àquela dos anos anteriores. A diferença principal era que, no lugar do seu futuro padrasto, era seu pai quem segurava a torta. O sorriso que ele direcionava a ela todos os anos era puramente encantador em seu ponto de vista. A torta era colocada sobre a mesa, e o primeiro abraço era do seu pai...

– Parabéns, filha! – disse Heloísa abraçando-a.

– Parabéns, maninha – gritou de alegria Guilherme, imitando o gesto da mãe.

– Parabéns, Érika – emendou Gustavo ao depositar a torta sobre a mesa. – Aproveite que está uma delícia.

– Bem que eu gostaria de ficar para comer, só que tenho que ir pra aula, a pé – desculpou-se Érika tentando evitar aquele momento.

– O Gustavo te leva filha. Não é mesmo, meu nego?

– Caso não se importe. Ofereço como presente de aniversário.

Não sei se é uma boa ideia. Mas por outro lado, quero comer aquela tentação cheia de chocolate. Não consigo nem desviar o olhar do meu vício, pensou.

– Eu aceito, obrigada – agradeceu Érika. – Além do mais, é pecado resistir a essa torta, está com uma cara ótima.

***

Enquanto isso, Carlos Eduardo, um dos colegas da sala de Érika, estava preparando-se para ir ao colégio. Como de ritual, sempre consultava as informações sobre seu signo, a sorte do dia.

Leão, 23/07 a 22/08

Hoje não é dia para pirar a cabeça. Mesmo sendo sexta-feira 13. Ninguém poderá tirar o seu brilho. No amor, as coisas andam um pouco devagar, mas não é motivo pra desanimar. A qualquer momento irá despertar aquela chama viva!

E o mais importante leonino, “não venda sua alma ao diabo”.

Sua cor é o amarelo. Seu número é o 3.

Amarelo? Humm. Vou parecer um “Sunshine”.

Ficou diante do espelho, apenas de cueca boxer vermelha, observando seu corpo. Após um ano de academia, mudança de hábito alimentar e uma grande força de vontade, ele conseguiu trabalhar um pouco seu corpo, alguns músculos na região dos bíceps, peitoral, coxas e pernas. Nada muito exagerado. Apenas o suficiente, melhor do que a magreza da época dos seus 14 anos de idade.

Dono de uma pele bronzeada, graças aos finais de semana em clubes, ou em casa mesmo, Carlos, ou, como os mais íntimos o chamam, Kadu, arrancava suspiros por onde passava. Só que apenas a sua aparência chamava atenção. Ele queria que o seu caráter também fosse notado. No fundo, a culpa não era apenas dos outros a sua volta, e sim, também dele, pelo medo de arriscar-se, de permitir-se conhecer as pessoas.

Envolver emocionalmente com outras pessoas fora de sua família, lhe causava arrepio, só de pensar. Talvez a explicação pra isso, estivesse fundada em seu passado, nos acontecimentos em sua infância, que a cada dia lutava para esquecer. Poucas pessoas sabiam do que lhe aconteceu. Sorte que não chegou ir a público. Se tivesse ido, as consequências psicológicas seriam bem piores das que vinha enfrentando.

Colocou um relógio de pulseira amarela em seu pulso esquerdo, vestiu-se, colocou seu tênis com linhas amarelas, e um boné amarelo pra completar. Era necessário seguir à risca para que espantasse qualquer azar naquele dia.

***

– Quero deixar claro que, não pretendo substituir seu pai – disse Gustavo sorrindo para Érika, enquanto dirigia seu carro rumo ao colégio dela.

Totalmente desnecessário o que ele está dizendo! Não perguntei nada, pensou enquanto olhava de canto de olho para ele.

Gustavo não era feio. Até que tinha certo charme. Negro, totalmente careca, daqueles que chegava a brilhar. Dentes branquíssimos, bem alinhados, pouquíssimas rugas de expressão, olhos escuros, marcados por um olhar profundo, mas ao mesmo tempo, leve, solto...

O que estou fazendo observando ele assim? Tudo bem, ele chama certa atenção...

Faria seu tipo se, ele fosse alguns anos, mais novo.

Entretanto, o que realmente incomodava-a, era a ideia de ele ser seu futuro padrasto. Quando sua mãe começou a sair com ele, em algumas ocasiões, era um saco! Nessas ocasiões, Érika acabava ficando de babá do seu irmão.

Mesmo com todos os defeitos, seu pai fazia-lhe muita falta. Principalmente de algumas noites, quando ele vinha lhe dar boa noite, e, ela pedia pra ele ficar um pouco mais pra conversarem. Ela contava o que estava incomodando, o que havia acontecido de bom, ou ruim no seu dia. Ele a escutava atentamente, apesar de algumas vezes aparentar cansaço por causa do dia de trabalho. Eram momentos preciosos para ela.

Por que seu pai não resistiu? Por que não continuou lutando contra o divórcio? Qual foi exatamente o motivo que separou seus pais? Questionamentos que provavelmente o tempo responderia. Entretanto, não podia negar que sentia a falta dele, não só ela, seu irmão também, enfrentava do jeito dele. Parecia que Guilherme estava sendo mais forte do que ela, mesmo com seus oito anos de idade.

Tomara que pelo menos ele lembre-se, e me ligue até o final do dia.

– Tudo bem se não quer falar comigo – insistiu Gustavo. – Te compreendo. Também venho de uma família de pais divorciados, e, sei que é uma situação delicada. Se precisar de qualquer coisa que esteja ao meu alcance, farei o possível pra te ajudar.

Érika olhou novamente pra ele, tentando demonstrar o mínimo de compaixão. Internamente, o filme que desenrolava era outro. Aceitou a carona até o colégio para que não tivesse que ir a pé, no dia de seu aniversário. Contudo, isso não era motivo para tratar a situação com gentileza. Ele ofereceu a carona como presente, a isso, ela já havia agradecido.

– Chegamos! – anunciou como se estivesse à frente de uma excursão com um bando de pirralhos.

– Érika – disse ele em tom amigável –, eu queria saber se você tem alguma coisa contra mim, sobre o fato de sua mãe e eu virmos nos casar?

Ela abriu a porta do carro, e antes de descer, virou pra ele e respondeu:

– Não sou minha avó pra você pedir minha permissão. A propósito, obrigada mais uma vez pela carona. – Fechou a porta atrás de si, e foi caminhando a passos largos colégio adentro.

Gustavo ficou por alguns segundos ali, analisando a resposta dela.

Gênio difícil, mas no fundo sei que é uma boa garota, pensou.

***

– Parabéns, amiga – cumprimentou Beatriz, abraçando Érika calorosamente na quadra de esportes do colégio. – O que temos pra hoje?

– Nada – respondeu Laura. – Você acredita que eu propus a ela comemorarmos os 17 anos com bebidas e aperitivos em algum barzinho, e ela simplesmente não quis?

– Chocada!

– Fecha a boca Beatriz, não tem ninguém filmando – repreendeu Érika, a reação da amiga. – Não é que eu não queira. Hoje é sexta-feira 13, e prefiro ficar em casa. Podemos comemorar amanhã, o dia todo se quiserem.

– Amanhã não terá mais graça... Mudando de assunto rapidamente. O que vocês acham do Carlos Eduardo da nossa turma?

Beatriz e Érika olharam pra mesma direção que Laura estava olhando. Carlos estava alongando o corpo, do outro lado da quadra. Era aula de educação física.

Das três, somente Érika e Laura interessavam-se por esportes.

– Até onde sei, ele queima a rosca! – afirmou Érika.

Beatriz soltou um risinho leve.

Laura as ignorou e acenou para Carlos, fazendo sinal para que viesse até elas.

– O que você está fazendo Laura?

– Alongamento de braço que não é.

– Evidente que não! – retrucou Érika. E lançando um olhar reprovador, prosseguiu:

– Pronto. Agora ele está vindo pra cá!

– Essa é a intenção – disse Laura sorrindo maliciosamente.

– Até que ele é um gato, observando assim de longe – comentou Beatriz, enquanto Carlos atravessava a quadra.

– Bom dia! – cumprimentou-as com um belo sorriso ao aproximar-se. – O que você manda Laura?

– Não acredito! – gritou Laura.

– O que foi garota? – perguntou Beatriz assustada com o grito.

– Você também é do signo de Leão?

– Sim. Como deduziu?

Laura levantou um pouco o uniforme, exibindo por baixo dele uma blusa amarela.

– Como pode ver, também estou de amarelo, assim como você, com esse relógio e o tênis. Gerd Horóscopo? Estou certa?

– Exatamente – confirmou Carlos. – Vocês estão por dentro do assunto sobre o inter-classe? – perguntou mudando de assunto para incluir as meninas na conversa.

– Sim – respondeu prontamente Érika demonstrando interesse no assunto. – Laura e eu vamos participar da modalidade vôlei.

– Isso mesmo – emendou Laura enquanto era puxada pela amiga.

– E eu serei a técnica delas – completou Beatriz colocando-se entre as duas.

– Ótimo! Hoje a professora vai convocar os interessados, então provavelmente nos encontraremos na mesma equipe.

– Arrasou! Dois leoninos na mesma equipe. O jogo vai pegar fogo – comentou Laura.

– Bom, vou voltar ao meu alongamento. Até mais garotas! – despediu-se afastando delas, até que de súbito virou-se lembrando de algo, e perguntou: – Por qual motivo você me chamou Laura?

– Apenas para apreciar seu charme de perto – respondeu sem nenhum pudor, deixando-o embaraçado.

Carlos afastou-se delas com um sorrisinho no rosto.

Quem não gosta de ter o ego afagado?

– Acabei de receber um torpedo do meu pai – disse Érika

– E o que diz? – perguntou Beatriz curiosa.

– Me deu os parabéns, e me convidou para almoçar com ele.

– E você vai né?

– Sim. É o meu pai, Laura. Saudades dele.

– Ai que lindo – comentou Beatriz emocionada.

– E o seu namorado? – perguntou Laura

– Paulo?

– Tem mais algum que eu não saiba?

– Debochada. Claro que não, Laura. – Érika jogou os cabelos cacheados para trás, e dando de ombros prosseguiu. – Bem, ele até agora não deu sinal de vida.

– Isso é deprimente. Se eu estivesse no seu lugar...

– Deixa isso pra lá. Vamos sair daqui e nos aquecermos – interrompeu Érika evitando que desse início a uma discussão sobre seu namorado.

***

Na hora do intervalo, Paulo foi até a sala de Érika.

– Meus parabéns, amor. Pensou que eu iria esquecer? – disse ele, enquanto abraçavam-se.

– Com licença meninas – disse ela para suas amigas.

Do lado de fora da sala, Paulo perguntou:

– Você está chateada comigo?

– Um pouco – disparou ela.

– Não pude evitar a venda do carro. Você sabe que esse mês as coisas complicaram pro meu pai. Até minha mãe está tentando dar uma força. Já pegaram vários empréstimos...

– Acho melhor não entrarmos nesses detalhes. Hoje é meu aniversário, não quero conversar sobre isso.

– Que tal conversarmos sobre a gente almoçar juntos hoje?

– Não vai dar. Meu pai me convidou pra almoçarmos. Faz um tempinho que não conversamos. Preciso falar sobre algumas coisas com ele.

– Ah sim, que bom – contentou-se ele com certa resignação. – Vamos ao shopping amanhã pra você escolher seu presente então. Você sabe que sou péssimo pra escolher presentes.

– E como – concordou Érika. – Lembro perfeitamente do ano passado quando me deu aquele par de botas vermelhas.

– Sim. Você até revirou os olhos quando a viu – disse tentando imitar o jeito dela de revirar os olhos.

– Para com isso seu besta – disse rindo da careta que ele fez.

– Amo seu sorriso, sabe disso né?

– Sim, seu romântico. Obrigada pelos parabéns.

Ele encostou-se a parede da sala, puxou-a para mais perto de si, e beijaram-se longamente. Após o beijo, Érika ficou olhando para ele. Independente dos defeitos, ele ainda conseguia surpreendê-la.

Paulo tinha um olhar indecifrável. Mesmo quando estava sorrindo, dificilmente dava pra saber o motivo. Esse jeito misterioso foi que a atraiu, além da posição social, claro! Ela não cansava de olhar pra ele quando estavam juntos. Com exceção dos seus dias de TPM, e dos dias em que ele estava pra baixo e não aceitava nenhuma palavra positiva.

Exigente com a higiene, ele cuidava bem da aparência em todo seu visual. Desde os cuidados com a pele, sobrancelhas, cabelos, unhas e o que vestia. Quando alguma coisa estava desarrumada, podia ter certeza que algo estava errado com ele.

– É muito bom estar aqui com você, mas tenho que voltar pra sala, me preparar pra próxima aula.

– Nem terminei de curtir nosso momento, amor – disse ele chateado.

– Amanhã curtimos mais, tudo bem?

– Tudo. Fazer o quê né?

– Larga de drama!

Deu-lhe um beijo na bochecha dele, e despediram-se.

***

Após a manhã no colégio, Kadu chegou exausto a sua casa. Lembrou que não tinha almoço pronto, dádiva de quem mora só. Bateu saudades da comida deliciosa que sua mãe fazia. Cada prato mais caprichado que o outro. Ela tinha uma mágica nas mãos que, até as receitas lhe reverenciavam. E o aroma, era simplesmente arrebatador.

Mas um infeliz incidente no prédio onde moravam, causou um acidente que tirou a vida de seus pais.

Na noite do ocorrido, estavam todos dormindo. O fogo iniciou na cozinha, e foi se alastrando por todo o apartamento, rapidamente, segundo declaração da perícia. Quando Carlos, com seus 13 anos de idade, sentiu o cheiro da fumaça, pulou apressadamente da cama pensando em seus pais. Era questão de salvar-se ou morrer juntamente com eles. Por um instante, quase vacilou em lançar-se ao fogo que já estava em frente à entrada do quarto dos pais. Porém, a voz de sua mãe o fez mudar de ideia.

“Corra filho! Saia o mais depressa daqui”.

A última cena foi ver sua mãe abraçada ao seu pai, que aquela altura, encontrava-se desmaiado por conta da inalação de fumaça.

Passou a morar com seus avós até os dezoito anos, quando decidiu sair da casa deles e morar só, mais perto do colégio.

Estava perdido em suas lembranças quando escutou alguém bater palmas em frente a sua casa. Ao aproximar do portão ficou mudo, não acreditava no que estava vendo.

– E aí. Quanto tempo? – disse a pessoa do outro lado do portão.

– Ramón é você mesmo? – perguntou Carlos surpreso.

– Em carne e osso. Posso entrar? Preciso muito conversar com você!

– Sim, claro – respondeu enquanto abria o portão. – Faz uns cinco anos que não nos vemos desde aquele episódio...

– É justamente sobre isso que vim conversar com você – interrompeu Ramón demonstrando um pouco de pressa em seu tom de voz.

– Bom, vamos entrando – disse Carlos enquanto guiava Ramón para dentro da casa. – Vou pedir duas marmitas pra almoçarmos, se você não se incomodar.

– Já fiz o pedido!

Carlos virou para ele assustado, enquanto Ramón acomodava-se no sofá.

– Bom, como sabia que eu não havia almoçado ainda?

– Apenas deduzi, pra um cara que mora só, não é um grande mistério.

Carlos sentou-se no outro sofá, de frente para Ramón. Aquela visita inesperada, e o assunto que seria abordado, estavam lhe causando incômodo.

– Tudo bem com você?

– Já tive dias melhores Carlos, porém atualmente, venho sendo incomodado por um sentimento.

– Tem haver com o que aconteceu no passado?

– Exatamente – afirmou Ramón contundente. – Apenas ouça!

Ramón refrescou a memória de Carlos, contando sobre seu ponto de vista, a vergonha que passou em sala de aula, na época em que estudavam juntos, e como isso repercutiu nos anos seguintes. Em seguida, contou a ele sobre o seu plano de vingança.

Carlos ouviu atentamente tudo o que Ramón havia lhe contando.

– Não entendi onde precisa de mim – observou Carlos levantando-se do sofá, mais incomodado do que antes.

– Simples. Você conhece todas as pessoas que eu citei. Serei sua sombra até o momento que eu puder me revelar.

– Quer dizer, seu cúmplice? – atirou Carlos.

– Questão de ponto de vista. O que importa aqui é: você topa me ajudar?

Carlos refletiu por um instante. Não queria dar uma resposta precipitada.

– Se eu aceitar, o que vou ganhar com isso?

Ramón levantou do sofá em que estava, chegou bem perto dele, olhando-o diretamente nos olhos.

– Você quer mesmo saber?

– Apenas diga – respondeu Carlos sustentando o olhar dele.

Ramón hesitou por um instante no que ia fazer. Sabia muito bem que dali em diante seria sem volta, mas, mesmo assim arriscou. Chegando mais perto, deu um beijo inesperado que, por um momento, deixou Carlos desconcertado, sem palavras.


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Notas finais do capítulo

Faça suas escolhas.
Cada personagem é uma vida, cada vida uma história.
Quanto você sabe de si mesmo?
Mergulhe neste livro e se aventure nas histórias de cada personagem.
Até o próximo capítulo!



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