The big bang time lord escrita por moveslikelucy


Capítulo 1
Big Bang


Notas iniciais do capítulo

Se gostarem comentem e divulguem idk



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Caminhando pelas ruas frias de Londres, reparando nos detalhes rústicos das casas ao meu redor, me fizeram recordar histórias, estas que minha mãe contava antes de eu ir dormir. Sempre gostei quando minha mãe sentava ao meu lado e se perdia nas histórias que contava. Eu era muito pequena na época, é claro que acreditei no que ela contava, mas com o passar do tempo fui acreditando cada vez menos, a vida não poderia ter sido tão aventurosa assim.
Perdida em meus pensamentos não reparei que estava chutando uma lata pela rua, só quando ela atingiu algo e voltou a mim que eu reparei. É muito comum as cabines telefônicas por aqui, mas essa era um tanto diferente, cheguei mais perto para ver e não era um cabine telefônica por assim se dizer, era uma cabine policial, azul. Foi quando um lampejo dos contos de minha mãe me atingiram como uma flecha.
A TARDIS.
Abri um sorriso de milhões de watts.
– Finalmente te encontrei Doutor - ainda admirada com esse momento eu dei a volta pela TARDIS.
Um grito agride meus ouvidos nesse momento, meio lenta olho para trás e percebo um homem, meio desajeito correndo loucamente em minha direção, vejo quando ele tira algo de dentro do bolso e de repente as portas dessa grande caixa de madeira se abrem.
Mais atordoada, eu caio de bunda no chão quando esse homem passa por mim. Achei que ele ia continuar correndo e não me reparar ali no chão, mas não, ele subitamente para de correr e vira-se pra mim.
– Precisa de uma mão querida? - ele estica sua mão magra, eu podia ver o medo em seus olhos, mas inconscientemente peguei a mão dele, que estava fria e suada.
– O-obrigada - eu disse gaguejando por medo ou por frio, não sabia dizer.
– De nada - ele olha pro lado quando um som que desconheço começa a ficar mais perto - desculpa interromper seu momento "eu e o chão" mas tem uns Daleks vindo atrás de mim nesse momento, eu creio que você não queria ficar aqui e...
– Não precisa dizer mais nada Doutor, estou dentro - eu senti como se ele tivesse prendido a respiração, ele semicerrou os olhos e abriu a boca mas logo a fechou porque um raio quase nos atingiu. Ele agarrou meu pulso e me puxou para dentro da TARDIS.
"É um sentimento maravilho quando você está na TARDIS, é possível sentir as vidas, as pessoas que passaram por ela, e por isso é maior no interior" e de verdade era muito maior no interior.
Colocando um pé na frente do outro como se fosse uma criança aprendendo a andar eu estava andando em direção ao centro dessa grande caixa espacial. Se eu fechasse os olhos e parasse por um segundo, sim, eu podia sentir a vida que tinha dentro desse lugar. Eu rodava com meu olhos a TARDIS imaginando todos os tipos de histórias que aconteceram ali. Tinha totalmente me esquecido da presença do Doutor ali, só quando ele estava encostado no que parecia ser o console de comando. Foi quando eu pude parar pra reparar nele, estava vestido como e fosse um professor, calça marrom, uma blusa branca e suspensores, usava um sobretudo e sapatos de bico pretos, mas o que mais me chamou a atenção foi a gravata borboleta vermelha que ele tinha em volta de seu pescoço, seu resto era magro como o resto do corpo, tinha um grande queixo, e seu olhos, invés de pupilas pareciam galaxias, grandes e escuras galaxias.
Acho que ficamos nos encarando por um bom tempo. Não sabia o que ao certo falar "sei quem você é e sei tudo sobre você" acho que isso seria um péssimo jeito de começar uma conversa com um cara, ele iria pensar que eu era uma perseguidora.
– Eu posso saber o que você estava fazendo do lado de fora da minha TARDIS? - ele quebrou o silêncio. A pergunta pairava no ar enquanto eu pensava em uma resposta.
– Procurando por uma aventura - falei a primeira coisa que pensei
– Que coincidência não? Você trombar comigo.
– Ah Doutor coincidência nenhuma - enquanto falava eu seguia em direção ao console de comando - eu sei quem você é, eu já escutei histórias.
– Você é esquisita.
– Eu esquista, porque?
– Você entra em uma caixa policial azul, e parece como se já tivesse visto antes, a maioria estaria assustada mas você - ele foi chegando mais perto e ficou a centímetros do meu rosto, nossos olhos no encontram e ele me encarou - você parece curiosa.
– Você tem razão, apesar de que eu deveria estar assustada em relação aos Daleks, mas sempre onde você vai o perigo te segue - nesse momento eu estava de costas pra ele mas senti quando arquejou surpreso.
– Como você sabe sobre os dal.... - antes que ele pudesse terminar a frase ele foi interrompido pela TARDIS pousando, ou melhor, dizendo, batendo em algo.
– O que houve Doutor?
– Eu não se i- ele disse olhando confuso para o monitor, segundos depois se forma um sorriso de canto de sua boca - acho que estamos em uma nave.
– Uma o que? - eu estava tão nervosa que não cheguei a reparar que estava quase gritando. Mesmo com meu nevrosismo, olhando pro Doutor, não tinha como não reparar o olhar de divertimento que faziam seus olhos brilharem como outdoors.
– Você disse que estava procurando uma aventura acabei de encontrar uma pra você - ele disse vindo pro meu lado e esticando o seu braço, sem pensar muito coloquei meus braço no dele.
Como é tão fácil confiar no Doutor? Eu me perguntava enquanto andávamos pela nave que estava meio enferrujada em alguns pontos, tinha pedaços de metal jogados pelo chão como se as pessoas que habitavam ali não se importassem, ou simplesmente não teriam braços para tal coisa.
Me peguei encarando o Doutor, de todas as histórias que eu escutei sobre ele como eu pude simplesmente me deixar levar? Acho que ele tinha esse tipo de poder sobre as pessoas, um jeito próprio de agir. O olhar dele era como mil sois queimando, você podia ver a imensidão e a tristeza simultaneamente, como se os sois não quisessem queimar mas eles tem como se não pudesse simplesmente impedir ou dizer não. E esse, depois de 900 anos, esse era o problema do Doutor, ele não conseguia dizer não.
Perdida a milhões de anos luz em meus pensamentos não escutei o Doutor falando comigo.
– Desculpa o que você disse?
– Isso é um nave Dalek - antes de qualquer reação que eu poderia ter escutamos passos, não, não eram passos era como se algo tivesse deslizando pelo chão, e haviam gritos, de inicio achei que eram pessoas gritando, mas foi quando uma grande coisa de metal fez a curva em um canto da nave a nossa frente e vimos, era um Dalek.
– Mas então o que fazemos? - eu disse já me preparando para o pior. Doutor chegou perto de mim segurou minha mão e disse:
– Espero que você tenha pernas rápidas - então saiu pela nave adentro comigo indo atrás dele.
– ERAMOS PRA ESTAR CAINDO FORA E NÃO ENTRANDO MAIS - disse em gritos porque estávamos correndo tão rápido que não sabia se ele podia me ouvir, a pressão do ar estava alta demais em nosso ouvidos para qualquer um dos dois escutar algo, só quando chegamos em uma porta grande de metal que paramos.
Os dois tentando recuperar o fôlego sem conseguir falar um silaba se quer. Doutor tirou algo de seu bolso, algo de um tamanho médio como se fosse um lápis mas um pouco mais gordo e brilhava na ponta, foi quando me dei conta o que realmente era, sua chave de fendas sônica.
Ele apontou seu lápis magico para as portas de metal e elas se abriram sem fazer nenhum barulho. Entramos em uma sala que era de metal, fria, estava iluminada mas você sentia a escuridão que pairava por aquele lugar.
Havia uns barulhos vindo de uma grande mesa, feita do mesmo material que as paredes, tinha várias luzes piscando igual a vaga-lumes. Doutor parecia avulso, ficou andando de um lado pro outro batendo a chave de fendas sônica na cebeça balbuciando - pense, pense, pense - como se isso fosse fazer seu cérebro funcionar mais rápido.
Ocupado com seus lamentos ele não reparou algo fora do normal, fios saiam da mesa de comando e rodeavam a sala, segui um deles e me deparei com um Dalek. De inicio levei um susto e cai pra trás achando que ia me atacar ou algo do tipo, mas me precipitei, o Dalek estava morto - não, não morto - inconsciente.
Me levantei e cheguei mais perto, os fios na verdade saim dele e iam pra mesa de comando como se este estivesse dando energia a nave.
– Doutor - chamei-o sem tirar os olhos do Dalek.
– Agora não... - ele hesitou como se estivesse esquecido meu nome, quando reparei, ele não sabia. Vi pela sombra dele q ele tinha se virado e o ouvi arquejar.
– Mas que diabos é isso?!
O Dalek fez uma barulho em resposta, eu e o Doutor pulamos para trás.
– DOU TOR
– Acho que ele tá falando com você.
– Eu sei, muito obrigado por apontar o obvio.
– ME AJU DE - disse o Dalek mais uma vez.
Olhei de canto de olho pra ele, notei que estava focado no Dalek. Como se fosse uma arma ele segurava a chave de fenda a frente do Dalek que naquele mesmo instante a parte de cima se abriu e o rosto de um homem foi revelado.
– Como isso é possivel?- perguntou o Doutor arfando, mais pra ele mesmo do que pra mim.
O homem-Dalek abriu os olhos e sorriu
– Senhor dos tempos, achei que ia ficar aqui pra sempre - a voz dele parecia fraca, junto com o corpo, pálido e magro.
– Como eu posso lhe ajudar? - como uma das sobrancelhas levantadas Doutor perguntou ao homem.
– Os Dalek me capturaram a éons atrás e me usam como energia para nave desde então.
– Mas você é um homem normal, como poderia ter energia que serviria como alimento pra uma nave dessa porte?
– Ah Doutor - ele abriu um sorriso de canto de boca e hesitou em continuar, como e quisesse que o mistério permanecesse - eu sou um senhor do tempo.
Doutor ficou pálido, quase transparente, ele se segurou em mim, o mundo dele tinha acabado de desabar.
Minha mãe me contou que o Doutor tinha incinerado seu país natal, Gallifrey, na guerra do tempo e só sobrou ele, sozinho, viajando pelo tempo e o espaço tentando preencher o vazio e esquecer a dor do que tinha feito.
Depois do que pareciam horas, Doutor se recompôs e o encarou o homem Dalek senhor do tempo.
– Se lembra da guerra do tempo Doutor? - disse - bom claro que lembra, difícil esquecer um acontecimento dessa magnitude, enfim, antes de você sabe quem destruir nosso planeta, os Daleks me capturarem, "você poderá ser útil" disse um deles.
– Qual seu nome? - perguntou o Doutor.
– Mathew Konrath, mas a maioria me chama de Matty.
Doutor sem mais perguntas ajudou o pobre homem e sair da casca do Dalek, sentado agora no chão respirando com dificuldade, ele parecia novo o que era impossível por que como ele mesmo havia dito ele passou seculos ali.
– Você parece tão novo... - falei sem querer em voz alta.
– Sim pareço - Matty disse com a voz falhando - chega a um ponto que meu corpo se esgota da energia e ele se regenera, eu já perdi as contas por quantas regeneração eu passei.
Eu fiquei imaginando como esse homem sentado em frente a mim poderia ter sido no incio, ele agora tinha a aparência de um homem em torno dos seus vinte, olhos azuis profundos, mais profundos do que qualquer oceano, os ossos do seu rosto eram forte fazendo seu rosto ser bem contornado, cabelo curto e preto.
– Me desculpa mais qual é o seu nome? - quando voltei a mim reparei que o Doutor e o a Mathew me encaravam.
– Verdade, eu não sei qual seu nome também...
– Pera você está viajando com ela e não o seu nome?
– Olha desculpa eu não tive muito tempo pre perguntar tive?!
Os dois voltaram a me encarar.
– Meu nome é Sarah - os minutos que se sucederam foram como um borrão.
Vários Daleks invadiram a sala, esta que já era pequena ficou menor ainda, não tínhamos para onde correr ou esconder. Senti Matthew se apoiando em mim para poder se levantar e ficar cara a cara com os Daleks.
Lá estávamos nós, os 3 em pé, uma garota que do mundo não sabia nada, um senhor do tempo que sua única arma era um lápis magico e o outro senhor do tempo, que nas condições atuais, estava pior do que eu.
– Ele é o Doutor - disse um dos Daleks - vamos leva-lo para o mestre.
E assim foi, aquele turbilhão de Daleks nos conduziram para uma sala imensa, no centro da sala havia um semi circulo formado por Daleks coloridos, que mais pareciam power rangers do que outra outra, um deles que estava no meio, sentava-se em uma especie de trono, que mais parecia uma privada.
– Que alegria revê-lo Doutor - disse o Dalek sentado na privada, se ele tivesse rosto aposto que estaria sorrindo de um modo super irônico.
– Dalek Cann.
– Ah então você se lembra de mim.
– É claro que sim, como eu ia esquecer alguém que tentou explodir planetas e nunca conseguiu - Dalek Cann não apreciou muito a piadinha do Doutor .
Enquanto o Doutor e o Dalek power ranger conversavam sobre quem estava vencendo no joguinhos deles, Matty gemeu ao meu lado.
– Matty você está bem? - ele estava se apoiando cada vez mas em mim que ficou difícil conseguir segura-lo.
– Acho que eu estou - ele arfou de dor - regenerando.
Ele escorregou do meu braço e bateu no chão com o baque muito forte, fazendo todos ao nosso redor nos olhar.
– Ai Matty desculpa, deixe-me...
– COMO OUSA ROUBAR NOSSA ENERGIA DOUTOR? - disse, ou melhor gritou Dalek Cann.
Todos os Dalek começaram a ficar agitados, correndo de um lado por outro.
– Senhor sem o senhor tempo, a nave não terá energia para nos aguentar no espaço por muito tempo, o que faremos? - disse um Dalek para seu mestre.
– Prendam o Doutor e aquela menina antes que fujam.
Um Dalek me agarrou fazendo com que eu derrubasse o Matty no chão de novo.
– Você acha que pode nos deter Doutor? - Dalek Cann descia de seu trono-privada enquanto falava - Vamos usar você como energia, na verdade os dois. Peguem os dois e o coloquem na maquina de energia.
Antes que o Doutor pudesse fazer alguma coisa ou e eu gritasse pra ele fazer alguma coisa, Matty se levantou, parecia bem, mas seu rosto trazia uma expressão de agonia.
– Ele não vai detê-lo, mas eu vou - Matty esticou os braços, parecia algo como um truque de mágica quando o mágico levanta os braços e pombos saem de suas magas, mas nesse caso nada saiu das mangas de Matty.
Houve um barulho, como se fosse pedacinhos de maquinaria batendo uma na outra, percebi que eram os Daleks rindo.
– O que você vai fazer senhor do tempo? nos matar com seu cêcê?
– Ah desculpem, aos longos dos anos eu perdi minha agilidade, só me deem um minuto - Matty começou a balançar os braços como se fosse asas.
– Me poupe, prenda-no agora...
Então uma luz, forte e dourada veio do centro da sala, achei que fosse a nave explodindo mas não, era o Matty se regerando. Escutei o Doutor falar alguma coisa sobre como ele estava usando a energia para destruir a nave, mas eu não consegui prestar a atenção, fiquei encantada com a beleza daquela luz, o calor que passava pela minha pele e fazia os pelos da minha nuca se arrepiarem.
A luz ficou tão forte que tive que fechar meus olhos. Não sei por quanto tempo eu os deixei fechado, mas quando eu abri o Doutor estava correndo para o meio do salão. E lá estava Matty, deitado no chão, inconsciente.
– Vamos Sarah temos que leva-lo para a TARDIS, lá ele conseguirá se recuperar melhor.
E pela segunda vez no dia, corremos, não como se fosse pra salvar nossas vidas, mas sim a de Matty.
Coloquei Matty encostado em uma das paredes da TARDIS enquanto o Doutor nos levava para longe.
Eu e o Doutor nos olhamos, estava ofegantes e sujos.
– Conseguimos - Doutor veio todo serelepe me abraçando.
– Graças ao Matty - olhei pra ele deitado no chão, estava limpo e pacifico, e muito diferente, antes o que eram cabelos negros se tonaram loiros, sua feições estavam mais novas, seus ossos eram mais finos dando a impressão de um rosto esculpido por deuses. Doutor colocou a mão no meu ombro e disse:
– Dê a ele um tempo, vai melhorar.
Me lembrei de minha mãe e as histórias e comecei a rir.
– Do que você tá rindo?
– Você é exatamente como minha mãe disse – senti seus olhos me encarando.
– Sua mãe?
– Você não está me reconhecendo ? – Doctor me encarava – minha mãe me contou histórias sobre você o homem louco em uma caixa azul.
– Eu não estou te entendo Sarah, como você pode ter ouvido histórias sobre mim?
– Minha mãe é casada com você - ele cambaleou e se apoiou no console de comando me olhando espantando - Sou Sarah Tyler, filha de Rose Tyler.


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