---abre a porta logo, as malas estão pesadas---Leonardo gritava de trás de mim.

---quando eu parei aqui na frente da porta eu disse pra você largar as malas. ---disse eu virando a chave.

Nos entramos, no nosso apartamento, e o cheiro de novo invadiu minhas narinas. Largamos as malas no lado da porta e nos olhamos, balançamos a cabeça em afirmação, ambos concordando do que devíamos fazer. Jogamos-nos no sofá. Eu abracei Leo pelo pescoço e perguntei:

--- o que você acha?---ele riu.

--- é dá para sobreviver. --- eu lhe dei um beijo no rosto, e nos levantamos.

---è moleza só daqui a um semana , agora é mão na massa, até a poeira baixar.

---Então vamos?--- ele perguntou.

---vamos !

Nos passamos o dia arrumando as coisas. A casa era pequena, não minúscula, mas pequena; como eu havia pensado que seria as paredes eram beges e os moveis eram cor de madeira sob medida a cozinha era do tamanho perfeito, meu fogão era jateado graças a Deus. A sala tinha duas grandes estantes , uma para a televisão e uma para livros. mas no meu caso e de leo mais mangás que livros:

--- a parte de cima é minha.---Declarei em alto e bom som

--- Sabe que não vai caber tudo né ?! --- eu ri

---claro que sei mas tem o lado da estante da TV também .

---Que TV?

--- é mesmo. ---Rimos alto.

Tínhamos dispensado a TV da nossa casa, só a compraríamos quando estivéssemos estalados e melhor financeiramente. O que para um casal de namorados que apenas tinha ido morar junto ainda não era fácil. Mas ela não nos fazia falta

Nosso quarto tinha uma cama de casal dupla, daquelas que você puxa e aparece outra cama. Um armário grande e uma escrivaninha com varias gavetas.

Tinha um banheiro não muito grande com um chuveiro, um bacio, e uma pia. E perto a porta tinha uma mesa de janta.

Quando acabamos de arrumar tudo, estávamos cansados, e eu com muita dor nas costas, me joguei de novo no sofá.

---Pra quem disse só daqui a uma semana, nos acabamos rápido demais. --- Disse Leonardo olhando o relógio, que marcava sete e meia da noite.

---Pois é, mas sabe que não acabou né?! --- Leo me olhou manhoso.

--como assim não acabou, xero?

---Vai se trocar que a gente tem que ir ao mercado, criaturinha.

E ele foi e eu também, ele no banheiro e eu no quarto, quando ele saiu estava usando a camisa amarela que eu odiava, parte do meu ódio foi por que tinha sido um garota, que por sinal eu nunca gostei, amiga dele que tinha dado. E usava meu vestidinho azul claro e meus all stars de cano alto branco.

Eu não me aguentei, mas tentei tratar a situação com a mais extrema fenecia.

--- Xero.--- eu agarrei sua cintura e o beijei, do jeitinho molhado que eu gostava.--- Vem cá vem.

Arrastei ele até perto da cama sem parar de beija-lo. Puxando a barra da sua camisa, o que fez ele a tirar e jogar na direção a cadeira da escrivaninha, mas eu a peguei primeiro.

--- Era tudo que eu queria.

---minha camisa, mas o que?--- ele parecia confuso, não o culpo.

--- vista essa. --- disse jogando uma camiseta verde que eu acabara de tirar do armário.

--- isso foi cruel.--- disse ele emburrado.

--- eu sei, mas vou recompensar minha maldade fazendo uma boa ação doando esta camisa aos pobres.

--- só você Haru.

--- é só eu. --- nos dois rimos.