Love Dust escrita por MonkeyChan


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic, espero que gostem ^^ficou pequeno, mas é paenas o prólogo ta?



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– prólogo -

Lucy estava com os braços apoiados no batente de ferro da varanda do andar de cima da mansão Heartfilia observando o final de tarde do mês de novembro. A neve já começava a cobrir a grama do jardim e o vento gelado soprava levemente levando o ar quente do dia para longe, o sol se punha ao longe em um horizonte esbranquiçado mesclando o céu em laranja, lilás e azul claro. Os lagos e córregos da pequena cidade congelavam cada vez mais com o clima frio que fazia naquela estação, assim como as árvores perdiam lentamente suas folhas restando poucas para contar. As luzes foram acesas uma por uma na medida em que a claridade do sol se esvaziava permitindo que a lua aparecesse ainda sem seu brilho. A loira suspirou entrando na biblioteca que estava atrás das portas da aconchegante varanda, o cheiro de livros velhos misturado com livros novos dominava o ar do vasto cômodo e o calor proveniente do aquecedor tornava tudo mais confortável. Lucy suspirou passando os dedos suavemente pelos livros nas estantes, parou ao avistar o local de leitura próximo à lareira com um divã bege e uma poltrona verde claro com um pequeno banco na sua frente. Sorriu, lembrando-se do tempo em que sua mãe pegava o seu livro favorito e o lia enquanto afagava os fios de cabelo dourados da pequena garotinha de seis anos ansiosa para captar cada detalhe da história aventureira de Alice no país das maravilhas, sempre achara o Gato de Chesire um pouco biruta, mas ser biruta era uma coisa que estava necessitando no momento.

Seu pai havia comprado o livro manuscrito de presente em seu aniversário de cinco anos e desde então convencera Layla a sempre ler pelo menos um capitulo por noite. A estante em seu quarto era cheia de livros como Dom Quixote, Nárnia, O Gato de Botas; entre outros. Livros que com o passar dos anos foram trocados por biologia, matemática e línguas estrangeiras. E então, a estante perdera seu lugar como o portal para um mundo totalmente diferente e mágico, para o mundo realista. Lucy passou a ter aulas de defesa pessoal, ao mesmo tempo que aprendia francês e aperfeiçoava sua prática no violino, aos doze anos era uma perfeita filha da alta sociedade que superara a morte da mãe. As mãos percorreram a biblioteca até achar em uma mesa de leitura separada, o livro de Alice manuscrito acima da mesma. Seus finos lábios se alargaram em um sorriso de lado.

Voltou, sentando no divã e atendendo a chamada do celular que insistia em tocar dentro de sua bolsa Louis Vuitton.

– Alô?

– Lucy, todos no escritório estão trabalhando para lançar a nova coleção de inverno, mas está tudo um caos por aqui. A maioria dos tecidos não foram entregues ainda e uma de nossas costureiras entrou em trabalho de parto. Loke ligou e deixou um recado, amanhã é o dia de pagamento e eu ainda tenho que mandar o livro para a editora...

– Levy, por favor mantenha a calma – Lucy sorriu a interrompendo – Okay, ligue para a fábrica de tecidos e diga que nós demos um prazo e se o produto pedido não for entregue dentro dele, pediremos reembolso. Isso fará com que os tecidos cheguem ainda nessa semana, quanto às costureiras diga que daremos um bônus para trabalharem mais. Não se estresse com o Loke, eu cuido dele, os pagamentos já estão em seus respectivos pacotes e quanto ao seu livro... – Ela fez uma pausa, do outro lado era possível ouvir o barulho de pessoas conversando e telefones tocando – Eu estava mesmo pensando que você deveria tirar uma folga amanhã.

– Ah, obrigada Lucy. – Levy deu um suspiro de alívio – Ei, quer vir na minha casa depois que terminar aí? Podemos assistir à filmes melosos, comer pipoca e jogar um pouco; quem sabe até fazer uma mini competição de karaokê. O que acha?

– Claro. – Lucy riu.

– Sério? Sério mesmo? Você sempre diz que vem e desmarca de ultima hora...

– Eu vou, juro de dedinho.

Voltar à mansão tinha feito se esquecer de sua rotina na correria com todas as coisas que tinha que resolver agora que a empresa de moda que fundara com a Mc’garden estava no pico de sua fama, as revistas sempre a contratavam quando as coleções de roupas estavam prestes a mudar. Várias entrevistas marcadas em redes nacionais e algumas internacionais, finalmente estava conseguindo sobreviver com seu próprio dinheiro, sem ter que pedir o cartão de Jude. Mas ainda assim, sua empresa era financiada pelas indútrias Heartfilia, o que a tornava um pouco dependente de seu pai. Aquilo não importava no momento, sabia que o pedido de Jude para conversar tinha algo a ver com empresas, negócios e como tudo se resumia, números de capitais. Não que seu pai fosse um tirano que não ligava para a filha, como muitos pensavam, apenas trabalhava demais. Desde que Layla morrera, tudo em sua vida se resumia em apenas o futuro de Lucy, as indústrias Heartfilia e nada mais; motivo pelo qual não ia em encontros há um bom tempo.

– Srta. Lucy, com licença. Seu pai a aguarda no escritório.

Ela guardou o celular de volta na bolsa e levantou seguindo a governanta Evellyne, passaram por um corredor cheio de fotos em retratos nas paredes.

– Pode deixar Evellyne, eu já sei o caminho.

A governanta fez uma pequena reverência antes de sair, Lucy continuou andando pelos corredores até um retrato lhe chamar a atenção. Era uma foto de dois casais, reconheceu o primeiro de imediato: os cabelos loiros de Layla estavam na altura dos ombros e vestia um vestido médio de verão branco e ao julgar pela mão embalando o volume na região da barriga Layla provavelmente estava grávida de Lucy, os olhos azuis visavam o homem ao seu lado direito que tinha o cabelo castanho claro para trás sorrindo para ela, Jude tinha o brilho nos olhos amêndoa enquanto retribuia o olhar para sua amada. Ao lado de seus pais, tinha um casal igualmente bonito. A mulher estava abraçando o braço esquerdo de sua mãe, os cabelos longos eram de um rosado pêssego e usava uma blusa azul bebê folgada, sorria diretamente para a câmera. O homem ao seu lado era ruivo com os olhos pretos profundos e segurava uma criança de aparentemente um ano no braços enquanto apontava para a câmera rindo para o bebê. Lucy suspirou.

– A mamãe era realmente bonita quando estava grávida.

A porta próxima ao retrato abriu de súbito, Jude tinha deixado o bigode crescer e ao contrário do que Lucy estava acostumada, vestia apenas uma blusa azul com listras brancas na vertical e uma bermuda preta ao invés de um terno. Era possível ver que tinha tido um dia agitado pelas suas olheiras profundas e um pouco de rugas que carregava.

– Sim, ela era. Vamos entrando?


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem T.T eu preciso saber se ficou bom ou não :3