Assim que a garota entrou no avião, procurou por seu assento. Ele ficava no lado que dava para a janela. Sem demorar Jéssica sentou-se, pôs seus fones de ouvido e observou enquanto o mesmo levantava vôo. Ela realmente estava naquele avião rumo aos Estados Unidos. Mais especificamente, New York City. Lá, a companhia Hardrive Productions, segundo suas intensas pesquisas, estaria se preparando para o seu próximo espetáculo na Broadway.

Jéssica que não havia dormido nada, precisava descansar um pouco. Decidiu por tomar um comprimido que a ajudasse relaxar e talvez conseguir tirar um breve cochilo. Ela queria estar bem disposta para quando chegasse à NY.

Cerca de meia hora depois que a castanha tomou aquela pílula, caiu em um sono profundo.

“–Não tem graça está me ouvindo?! – ela disse ofegante, em meio às gargalhadas.

–Então, por que está rindo? – ele a provocou, também gargalhando.

–Talvez, porque você esteja me fazendo cócegas. E, já chega! – ela se levantou daquele belo gramado verde e correu em direção aleatória.

–Não adianta correr, eu vou te alcançar! – ele retrucou alto o suficiente para que ela pudesse ouvir e levantou-se rapidamente indo ao encontro da garota.

Ele estava cada vez mais próximo dela, até que finalmente, deu um salto e a segurou em seus braços e os dois caíram juntos.

–Eu disse que não adiantaria fugir de mim! – ele se pronunciou sorrindo, depois de recuperar o fôlego.

–Nós poderíamos ter nos machucado! – ela respondeu franzindo a testa.

–Hey! Está tudo bem, não está?! Não se preocupe com o que não aconteceu.

–Só estou dizendo que... – ela não pôde terminar, pois ele a interrompeu.

–Eu não deixaria que nada acontecesse à você. Não confia em mim? – questionou ele fitando-a.

Por um momento, ela desviou o olhar. Mas, logo retomou de volta para os belos olhos castanhos que ele possuía.

–Eu confio em você! – ela sorriu. E nele, um largo sorriso também nasceu.

–Posso contar um segredo? – ele pediu permissão à ela, acariciando seu rosto.

Ela assentiu.

Então, ele aproximou-se perto suficiente dos ouvidos da garota a fazendo arrepiar.

–Eu. Amo. Você! – ele disse pausadamente.

–Eu também amo você!

Ambos sorriram ao mesmo tempo. Ele voltou sua atenção para ela e ela para ele. Agora já não haviam mais distâncias entre os dois. Ele então a...”

–Moça, acorde. Já estamos prestes à pousar! Acorde! – chamou a aeromoça.

Jéssica foi retomando a consciência. Outra vez o mesmo sonho. O sonho que nunca havia um fim.

–Ah, que bom que acordou. Já estamos chegando, moça! – disse a aeromoça à Jéssica.

A garota ainda estava um tanto sonolenta, mas, entendeu.

–Obrigada! – foi tudo que Jéssica disse.

Ela então olhou pela janela e viu o avião pousar lentamente. Enfim, Jéssica havia chegado.