Player escrita por AustinandAlly


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá, boom eu queria agradecer e muito todos os comentários lindos que eu recebi no capitulo anterior. É bem verdade que eu ainda não os respondi, mas começarei agora. Queria avisar também que a fic a partir de agora será movida a reviews, acho que isso melhora tudo, pois eu tenho mais inspiração e os capítulos saem melhores e com mais sincronia com a historia que eu criei. Bom, espero que vocês cooperem. é isso.. um beijao.


OBS: Qualquer duvida é só me procurar por mensagem privada :)))



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Ally

Eu podia sentir meu corpo pesado, meus olhos estavam fechados e eu estava consciente agora, mas eu não conseguia mexer minhas pálpebras, ou eu não queria.. pelo simples fato de não sentir vontade de voltar pra realidade, ele havia estado aqui, não havia? De repente me dei conta de um leve roçar de dedos por sob minhas costas, senti todas as minhas terminações nervosas estremecerem de medo. Eu não queria me virar para encarar quem estava deitado ao meu lado, não queria que ele soubesse que eu estava acordada, mas eu também queria fugir então forcei-me a abrir os olhos e desprendi meu corpo da cama saindo em disparada até a porta, do que eu percebi ser a do meu quarto.

– Amor.. tá tudo bem. – aquela voz..parei em choque, não era ele, não era Erick. Me virei desgrudando a mão da maçaneta e o olhei, mesmo com a escuridão da noite existia uma luz que entrava pela janela e eu observei.

Seu cabelo desgrenhado dava um ar de moleque a ele, suas roupas eram as mesmas da festa, senti meu corpo relaxar em alivio, era o meu Austin. Mas o mesmo alivio se perdeu dentro de mim dando lugar a lágrimas que escorriam sem aviso, a tristeza me invadindo e transbordando.

– Shhh... shhh. – ele disse de repente ao meu lado, seus braços protetores me arrodearam e eu me deixei ser conduzida.

Ele me levou até a cama e me deitou devagar e depois se deitou ao meu lado, ambos de lado, um olhando para o outro. Ele passou um braço ao meu redor e se aconchegou ainda mais perto de mim, nossas testas coladas, seu corpo quente me enlouquecendo, me trazendo sensações dúbias, de desejo e de proteção. Olhei para seus olhos tão perto dos meus e vi algo tão intenso ali, seria pena? Não.. eu não queria isso dele.

– Não preciso disso. – murmurei, minha voz pela primeira vez rasgando a noite.

– Do que está falando? Não precisa de mim? – murmurou de volta, sua voz quase ofendida. Respirei fundo.

– Não preciso da sua pena. – respondi devagar analisando todas as suas reações, ele sorriu de canto e suave.

– Não estou com pena, não seja absurda. Eu tenho meus motivos para querer ficar perto de você, para.... – de repente parou de falar, seu corpo ficando tenso, eu podia sentir, pois ele estava quase colado a mim.

– Para... – instiguei para que continuasse, ele fechou seus olhos e me beijou.

Seus lábios desgrudaram da minha boca e migrou para meu pescoço, seu aperto em minha cintura se transformando em algo possessivo, arfei.

– Para te proteger, para te amar. – disse num fio de voz perto de meu ouvido, meu coração com suas batidas fortes e inconstantes quase explodiu em mil pedacinhos.

Eu o olhei e ele me encarou, seus cabelos albinos caiam por sob sua testa. Ele me amava? Ele.. eu..

– Desculpe. – me disse depois de um momento de silêncio. – Desculpe, eu não deveria dizer isso a você.

– Do que está falando? Austin, eu... eu também sinto isso dentro de mim, eu lutei, lutei contra tudo, mas eu cansei por que eu também amo você. – disse sentindo meu rosto corar, ele sorriu de canto, mas seu sorriso parecia quase mórbido, triste?

– Você não deveria, não está certo. – ele balançou sua cabeça devagar, seu corpo se afastando aos poucos.

– Não faça isso, por favor. Não depois de tudo. – pedi suplicante, eu poderia estar parecendo uma ridícula, mas eu não queria que ele fosse embora, eu não queria sua distância, sua indiferença.

– Eu vou cuidar de você, não se preocupe, eu não deixarei que ele se aproxime nunca mais. – me respondeu e eu franzi meu cenho, do que ele estava falando?

– Austin.. – a compreensão me invadiu- Não estou falando dos acontecimentos da noite envolvendo aquele bastardo, estou falando de nós, não fuja agora! Não depois do que eu te disse, depois do que você me disse.

Ele me olhou por um segundo e então assentiu, seu corpo quente voltando a se encostar no meu, eu o abracei com força e me agarrei a ele. Pude senti um beijo ser depositado em minha cabeça, seus braços me envolvendo agora.

– Durma, depois conversaremos. – me disse num sussurro e eu deixei o sono me levar, eu estava protegida, eu tinha ele.

Austin

Ainda devia ser de madrugada, mas eu tinha passado boa parte da noite em claro, nada me fazia esquecer as cenas que eu tinha presenciado, primeiro o ataque, depois a conversa com o Sr. Dawson, eu levando Ally para seu quarto enquanto seu pai, depois de me olhar de forma afetuosa, me dava permissão para ficar com ela, pois ele havia me dito que ela precisaria de mim, precisaria de alguém quando acordasse no meio da noite e ele tinha muitos assuntos para resolver sobre a festa que rolava a todo vapor no andar de baixo, depois lembro-me do rosto assustado de Ally, do nosso beijo, dos sussurros da noite e da minha declaração estupida, como eu podia ser tão ridículo a ponto de cometer um erro desse?

Não que ama-la fosse algo errado ou ruim, estava tão longe disso, mas diante das circunstancias, diante do que eu sou e represento em sua vida isso não poderia ser mais do que um golpe baixo, um estalo de azar na vida da pobre garota, eu não merecia o amor que ela disse sentir por mim e ela não merecia a desgraça de me ter caído a seus pés, sim, eu estava irredutivelmente ajoelhado por ela, faria o que quisesse.

Ally ressonava tranquilamente a meu lado, mas eu pensava seriamente em buscar provas, buscar verdades no escritório do pai dela, mas eu não sabia até que ponto haviam câmeras, ou se ele estaria em sua sala nesse momento. Mas era tentador sair de fininho para procurar algo, implantar a escuta que eu carregava em meu bolso secretamente. Tirei meu braço lentamente da cintura da garota e me afastei, lancei um último olhar sob seu corpo macio dormindo e girei a maçaneta indo ao encontro do desconhecido.

...

Eu havia saído cautelosamente, tudo era uma loucura, mas eu sentia que precisava ir agora, pois era essa a minha chance. Eu podia ouvir um barulho ao longe, certamente todos estavam na festa. Quando adentrei finalmente a sala do senhor Lester nunca pensei que seria tão fácil, não havia ninguém de guarda na porta e ele não estava lá.

Eu vasculhei suas gavetas a procura de algo, sempre com um olho atento na porta e ouvidos preparados para qualquer barulho. Eu procurei por documentos reveladores, mas não havia nada demais, apenas coisas relacionadas à empresa. Parei por um momento e olhei ao redor, procurando por algo que me desse uma pista ou um lugar perfeito para esconder segredos, então me deparei com o título de um romance na estante da esquerda. Franzi meu cenho e andei decidido, puxei devagar o livro e o encarei. Era estranho, pois tudo ali parecia novo e moderno, mas aquele exemplar era tão velho, mesmo estando em boas condições era notável que se tratava de algo antigo, uma relíquia talvez.

A consciência estava me deixando a par de algumas coisas, vagas lembranças, então me dei conta de que eu já havia visto aquele mesmo título antes, nas coisas do meu pai. Mas seria assim tanta coincidência? Eles teriam o mesmo gosto por livros? Seria uma possibilidade, mesmo eu achando que os senhores em questão não se pareciam em nada. Girei a capa dura e prestei atenção no título presente nas folhas amareladas em virtude do tempo.

A Força Irresistível

Lester, meu amor, espero com todo o meu ser estar com você em breve. Não poderia haver nada que descrevesse melhor o que sinto por você,essa força irresistível que me domina.

Eu te amo, sua Mimi.

Era uma dedicatória? por pouco o antigo exemplar não caiu de minhas mãos, tamanho era o espanto, eu podia sentir meu corpo tencionar, meu cérebro gritando no meio da confusão que havia se tornado a minha mente. Então... ela tinha um caso com o senhor Lester? Minha mãe.. o amava? Pois eu não me lembrava de ter alguma dedicatória no livro que ficava na casa de meu pai, era apenas mais um exemplar como outro qualquer, mas esse aqui em minhas mãos... era a assinatura da minha mãe, era destinado ao nome do pai de Ally.

Tinha, mais uma vez, alguma coisa muito errada na história que meu pai havia me contado, eu sempre fui induzido a acreditar que minha mãe havia sido levada pelo senhor Dawson contra sua vontade, e que isso teria resultado em sua morte já que teria sido submetida a uma série de viagens e ações violentas logo após o meu nascimento, ela estava frágil. Sempre achei que ele era um espécime de maníaco ou revoltado, mas essa dedicatória... minha mãe não seria louca a ponto de ama-lo, seria? Não se ele fosse um monstro. Mas ele fez Ally acreditar que Mimi era sua mãe, por que ele mentiria? De quem Ally era filha na verdade?

Respirei fundo e coloquei novamente o livro na estante, arrumando-o para que ninguém notasse que havia saído do seu lugar. Tirei a escuta de meu bolso e procurei um bom lugar para coloca-la, eu já havia decidido que não a entregaria a meu pai e agora eu estava mais que decidido. Essa escuta seria só minha, ele não teria acesso a nenhum tipo de informação, na verdade tudo que aquela porcaria de velho (Créditos, pelo apelido carinhoso do senhor Moon, à minha querida leitora: Dreams And Wishes) conseguiria de mim seria uma conversinha muito séria.

...

Ainda era madrugada, fim de madrugada na verdade, e eu estava de novo no quarto de Ally, seu pequeno corpinho estava emaranhado nos lençóis. Soltei uma risadinha abafada, ela parecia uma boneca travessa dormindo. Encarei o teto ainda pensando no rumo que minha vida havia tomado, em todos os acontecimentos.

Eu precisaria voltar ali em pelo menos dois dias, acho que seria o suficiente para conseguir alguma informação, e se a escuta passasse muito tempo no lugar onde eu havia deixado ela seria descoberta por alguém e eu estaria na lista número 1 dos suspeitos. Mas o que eu faria com relação a Ally? Estava fora de cogitação ficar com ela, mas eu não conseguia evitar e eu precisava dela para descobrir os segredos de seu pai. Eu a queria mais que tudo, mas ela não merecia um babaca feito eu. Sem falar no meu pai, eu teria de encontra-lo para fazer algumas perguntas nada agradáveis.

– Onde você foi? – uma vozinha rouca falou, olhei para o lado e encontrei uma Ally de olhos abertos.

– O que disse? – pisquei atordoado.

– Você saiu do quarto.. quero saber para onde foi. – me perguntou um pouco desconfiada.

– Eu estava com fome.. tentei encontrar a cozinha, mas não tive muito sucesso e acabei desistindo, afinal Dez e Cassy devem estar lá embaixo na festa, não seria muito bom encontra-los agora e ter que explicar todos os ocorridos da noite. – fiz uma careta, eu odiava mentir, mas era necessário.

– Devia ter me acordado.

– Você estava uma princesa dormindo, você merecia o descanso. – argumentei enquanto a puxava para meus braços.

– Desculpe nunca ter te contado... – sua voz soou baixa e envergonhada, levantei seu queixo, seu corpo em cima do meu.

– Tá tudo bem, eu sei que não seria fácil pra você me contar. Você passou por muitas coisas difíceis, eu quero estar do seu lado agora. – engoli em seco, eu queria, era verdade, mas não devia.

Ela abriu um sorriso discreto e afundou sua cabeça em meu peito me abraçando forte.

– Eu tinha medo de você, Erick.. – pausou, como se o nome dele doesse em sua garganta, eu esperei que ela continuasse.

– Você parecia com ele, sabe? O jeito sarcástico, a forma galanteadora de falar.. o modo de se achar irresistível, dois convencidos charmosos. Eu me apaixonei por ele do dia pra noite e então minha vida virou um furacão, eu achava que iria morrer de tristeza. E depois de quase superar, de meu pai ter feito a polícia colocá-lo pra longe de mim eu achei que estaria segura e que nunca mais eu deixaria garoto nenhum se aproximar de mim, mas ai surgiu você. Eu tinha tanto medo por mim e por Cassy, eu achava que você não valia nada. Eu sempre ficava assim com garotos desse estereotipo, Cassidy sabia do meu pavor e por isso sempre me protegia. O meu maior problema é que.. você mexia com minha cabeça, você conseguia ser bom e burlar todas as minhas defesas, todos os meus conceitos sobre garotos como você. – confessou firme, absorvi cada palavra sua.

– Meus sentimentos por você são indescritíveis Ally, eu preciso de você de maneiras que não posso nem contar. – revelei, eu sabia que ela não entenderia, mas eu queria ao menos uma vez soar verdadeiro.

– Eu quero você. – me disse num fio de voz, enlacei mais meus braços ao seu redor.

Ela me olhou, e então eu a beijei sagaz. Sua boca macia era tão convidativa, seu corpo pequeno e perfumado era um delírio, eu estava perdendo meus sentidos, queria faze-la minha. Tudo começou lento, mas foi criando uma força desenfreada e logo seus quadris investiam devagar nos meus, o desejo estava fazendo com que quiséssemos estar o mais perto possível, mas não havia mais espaço, era uma coisa insana e descontrolada.

Rolei com ela na cama, deixando-a por baixo, puxei suas pernas cobertas apenas pela leve camisola de seda, que a empregada havia vestido quando Ally caíra no sono, e enrosquei-as em minha cintura e então deitei sob seu corpo. Ela estava arfante, seus lábios vermelhos por conta do beijo feroz, e eu queria mais, ataquei-a puxando de leve a parte inferior numa mordida delicada, Ally gemeu baixinho.

Levei minhas mãos até suas coxas, espalmando-as em sua pele, sentindo a garota macia, olhei para seu rosto e ela esperava ansiosa então subi cada vez mais fazendo o reconhecimento da área, minhas mãos circulavam por debaixo da camisola sentindo as tirinhas de sua calcinha, a barriga plana e a cintura delineada. Ela estava me deixando louco, eu queria mais, queria seu corpo, a queria por inteiro. Ela beijou meu pescoço, dando leves chupadinhas molhadas, meu membro latejava preso dentro da calça.

– Talvez devêssemos... – tentei dizer, mas ela atacou meus lábios de um jeito insano, apertei-a mais por dentro da camisola, puxando em seguida a tirinha de sua calcinha até determinado ponto sem deixar a garota exposta, eu estava me controlando, mas eu queria toca-la ali.

– Eu não sou nenhuma virgenzinha Austin, sei o que você quer e sei o que eu quero. – ela me disse arfante, pude ver meus olhos escurecidos no reflexo dos seus, eu estava sedento.

– Mas eu não quero que seja de qualquer jeito, não teste meus limites Ally. Se você for me descontrolar eu não conseguirei parar, estou louco... quero seu corpo, quero você... mas sei esperar. – disse num fio de voz, eu não queria esperar, mas eu não estava pensando.. não estava raciocinando, no fundo eu sabia que não deveria faze-la minha, pois no futuro ela só me odiaria, mas eu tinha esperanças de que talvez quando tudo viesse à tona ela se lembrasse de nós dois e me quisesse mesmo assim.

– Austin, eu não... eu não tenho boas lembranças sobre isso. Então não importa, só de ser com você já será o suficiente pra ser bom. – me disse, nossos corpos agarrados, mas parados, pois nossa conversa era o foco agora.

– Do que está falando? Foi com aquele desgraçado.. Ally, ele te forçou? Por que não me disse? Eu teria sido mais cuidadoso com você, não teria te atacado desse jeito. – disse tentando sair de cima dela, eu não podia acreditar nisso. Ela merecia algo muito melhor.. aquele bastardo. Rosnei com raiva.

– Aus, calma. Já passou, ok? Não fui forçada nas primeiras vezes, mas depois eu... Eu só quero que você tire de mim as lembranças, quero que as apague. – disse por fim.

– Não quero que seja assim Ally, quero ser cuidadoso. – admiti.

– Mas eu não estou pedindo, estou ordenando que me faça sua. – um minuto de silêncio se fez no ambiente, e eu joguei para o lado toda a minha razão.

– Então eu apagarei todos os vestígios, serei o que você quiser. – afirmei, seus olhos nos meus. Seu corpo quente e seu cheiro de frésias, ela sorriu discreta.


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Notas finais do capítulo

Recomendem, comentem, favoritem! Obrigada.