–Já estamos perto de chegar?

–É a milésima vez que pergunta! - Diz

–Pois espero que essa não seja a milésima vez que vai responder que “não” – Respondo, sem a menor vontade de ser simpática

– Temo que ainda estamos bem longe...viu só, eu não falei que “não” – Fala Damon, sorrindo ironicamente , fazendo Elena que estava no final do barco rir...Sorte dela que não estou a fim de arrancar cabeças no momento

– Me perdoe a pressa então, mas é que o cruzeiro com vocês dois não tem sido dos mais agradáveis

– Ninguém te chamou pra vir com a gente...

– Exatamente, a proposito , você só esta nesse barco porque ninguém mais quis ficar junto de você, então eu e Damon foi que tivemos que ficar com o peso morto

– Desculpe querida, mas acho que está falando da duplicata errada, não esta me confundindo com algum espelho que milagrosamente te deixa mais bonita?

– Como? acho que não entendi?

– Como eu estava falando... – Digo sorrindo sarcasticamente, o único sorriso que dei desde que ele sumiu

– Chegamos – Avisa Damon, parando o barco

– Mas você não disse que estávamos longe?

– Menti! – Responde....Desgraçado – Não me culpe, você já veio aqui, deveria saber

– Me perdoe se naquela época eu estava mais preocupada em salvar minha pele macia do que em medir distancia

– Pare de falar Katherine, vamos logo – Fala, já descendo do barco, e eu sem paciência pra discutir mais, apenas o sigo

– Droga! – exclamo

– O que houve? – Pergunta Nadia, assim que desse do seu barco junto com jason

– Nada, é só que meu salto esta cheio de areia

– E será que alguem pode me responder porque você está usando salto alto em vez de botas?

– meu querido, é Prada...não tenho que lhe dar satisfação, o nome já fala por si! – Digo o cortando – E agora, por onde vamos?

– Por ali – Aponta elena – Foi por ali que fomos da ultima vez

– Só que cuidado, essa ilha é cheia de armadilhas – Fala o Salvatore olhando pra mim

– Muito obrigado pela preocupação, mas eu sei cuidar sozinha – Digo me virando

– Há é? – pergunta, e eu faço questão de me virar pra responder... – Pega! – Diz tacando uma bota que acerta em cheio na minha testa

– Mas o que é isso Damon, está tentando me matar?

– Muito pelo contrario, estou cuidando para que você não morra tão depressa, já disse que não vou me distrair com você, aqui o foco e Tessa e o meu irmão, agora calce e vamos... – diz jogando o outro par nos meus pés e andando na frente com os outros...Idiota!

Por stefan

–Posso fazer uma pergunta?

–Faça!

–já que me trouxe aqui, por que pediu pra Elena e Damon sequestrarem Katherine?

–Qual parte do “eu não vou contar meu plano”, você não entendeu?

–você já foi mais simpática, sabia Tessa?

–eu sou simpática, só não quero responder perguntas idiotas...por aqui – diz virando para a direita

–mas sobre gostar de ser feita de idiota, duvido que possa dizer o mesmo

–como?

–sério, você acha que vai ser assim? Trás Silas de volta e pronto, felizes para sempre?

–e por que não seria?

–primeiro, ele não te ama, segundo, você é uma idiota, terceiro, ele está te enganando

–ok! Agora é minha vez – diz se virando bruscamente e ficando de frente pra mim – primeiro, eu sei, segundo... – nesse momento ela enfia a mão no meu peito, até eu poder senti-la tocando meu coração, e mesmo não apertando tão forte, era impossível não sentir uma dor avassaladora – nunca chame uma mulher apaixonada de idiota, não temos culpa de amar demais e por isso fazer certas loucuras por homens que não merecem esse amor – então quando ela acaba de falar ela retira a mão, me fazendo respirar aliviado – e terceiro, quando algum se deixa ser enganado, ele jamais será o idiota da história...o caso é, eu sei que ele nunca me amou e jamais me amará, seu único e verdadeiro amor sempre será Amara, maldito “amor até depois da morte”, mas quer saber a verdade, eu não ligo, meu amor por ele é tão grande que é suficiente pra preencher a falta da parte dele...e sim, ele provavelmente está me esganando, talvez quando ele voltar, a primeira coisa que fará será me matar, mas não ligo, não tenho nada a perder

–então é isso? Você em obriga a vir com você, me separa de Katherine, e tudo por uma possibilidade, de ficar com um cara que nem gosta de você? Quer saber de uma coisa, desde que sei o que vai fazer, estava amaldiçoando silas por ele ser um monstro, mas você que é o verdadeiro monstro

–amor Stefan, amor é um monstro de sete cabeças, não é isso que dizem?

–isso não é amor, é loucura, possessividade ...

–diga o que quiser, não ligo...agora posso fazer uma pergunta? – fala, mas prefiro ficar calado – obrigado por ter dito “sim”...por que não tentou fugir até agora? – pergunta, me fazendo rir um pouco

–e como poderia? Essas cordas não arrebentam, me pergunto se até um original seria capaz de se soltar, já tentei correr, mas sempre que fico mais de meio metro longe de você meu corpo é puxado, e também não posso chegar perto de você, estou numa verdadeira prisão invisível

–garoto esperto, estava me perguntando se já tinha descoberto meus feitiços ou se seu amor por Katherine era tão fraco que não valia a pena tentar fugir

–não duvide do que eu sinto por ela, nunca!

–desculpe, mas é que eu não entendo como pode gostar dela, pessoalmente prefiro a Elena

–só esta falando isso porque ela te esfaqueou

–também, mas é serio...sabe que poderia ter voltado pra ela, né?

–katherine?

–não seu idiota, Elena, sabe que ela já se arrependeu, né? Que já se deu conta da idiotice que fez?

–eu nunca voltaria pra ela!

–tem certeza?

–tenho, não faria isso com Damon

–ele fez com você

–mas eu não sou ele, e também, é Katherine que eu amo!

–juro que não entendo

–deveria...é verdade que sempre esteve nos observando, lá do outro lado?

–sim, mas não me culpe, quando se esta morta, exilada de tudo, não há nada melhor que uma boa novela mexicana...chegamos! – diz ela parando, assim que chegamos na parte do abismo, e essa era minha chance

–certo, e o que iremos fazer?

–dar a volta, claro

–ok...sabe, que tipo de feitiço pós em mim?

–como assim?

–o feitiço, quer dizer que você for eu vou?

–sim

–e onde eu for...você vai...certo?

–sim, mas pare de tantas perguntas e va...AHHHH – não a deixei continuar, antes que ela se desce conta e tivesse a oportunidade de me impedir, simplesmente me atirei no abismo.

Seu grito estridente era a única coisa que conseguia ouvir, enquanto meus olhos só conseguiam ver o chão marrom, sem o sinal de qualquer coisa que pudesse aliviar minha queda, ainda tentei pensar em um plano, mas quando bati de costas no chão, e senti a dor fulminante chega ao meu corpo, vi que era tarde demais...acho que não deveria ter me jogado de cabeça.

Passou um, dois , três...dez minutos, e eu continuava lá, apenas olhando para as nuvens, esperando meu corpo se curar, mas a espera, a dor que ainda sentia, eram grandes tamanha a cratera que ficou no lugar onde eu cai. Fiquei mais um tempo lá, quando minha visão foi tampada por uma sobra, por um momento achei que estava delirando, mas não, infelizmente não.

–como....você...

–ainda estou viva? Sou uma bruxa de dois mil anos, aprendi alguns truques durante esse tempo, mas infelizmente nunca aprendi a controlar a raiva, e eu estou com muita raiva nesse momento...sabe que odeio quando as pessoas tentam me matar, deve ser porque isso acontece com frequência...poderia ter sido da maneira fácil, mas já que não quis...ok, vamos fazer do jeito divertido – diz se curvando um pouco e pegando uma pedra – bons sonhos Stefan, nos vemos quando não tiver mais posse do seu corpo! – diz, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ou fazer qualquer movimento, ela bateu a pedra contra minha cabeça, me fazendo apagar imediatamente

Por Katherine

–sério, você quer parar pra descansar?

–nós andamos o dia todo, relaxe um pouco Katherine – diz Jason se sentando em tronco

–como posso relaxar? Foi só eu que vi aquela cratera enorme, com certeza aconteceu algo com o Stefan...temos que continuar! – digo batendo o pé

–como tem tanta certeza de que foi ele?

–acho que é porque aqui é uma ilha deserta, e só tem nós e eles por aqui!

–tá, mas mesmo assim, Stefan é um vampiro, e como não vimos nenhuma cabeça arrancado, ou um coração fora do peito pulando por ai...relaxe, ok?

–relaxar? Está mesmo falando comigo?

–estou, e também estou muito cansando, e sei muito bem que disse que iria ajudar, mas não seria de ajuda alguma nesse estado em que estou, então, senta logo ai e relaxe, ok!

–tenho que concordar com ele – Diz Damon pondo a mochila no chão e se sentando no chão

–tá, ok...eu vou sozinha – digo saindo andando, mas antes de poder dar dois passos completos Nadia me impede

–senta ai, você não vai a lugar nenhum sozinha

–tente me impedir então!

–não me obrigue, você sabe que posso, e se tentar vou te amarrar de cabeça pra baixo naquela arvore ali – diz apontando pra uma grande arvore atrás de mim

–essa eu gostaria de ver – comenta Damon

–de manhã, assim que o sol sair nos iremos, ok?

–sim Coronel, ok – Fala Jason

–estou começando a gostar de você – diz Damon sorrindo pra Jason

–jura? Pena que não posso dizer o mesmo – responde se deitando sobre a mochila e fechando os olhos

–bruxos, nunca gostei de vocês mesmos, sempre chatos e irritantes

–vampiros, sempre falando demais quando os outros querem dormir – fala, e Damon faz um teatro fingindo estrangula-lo, me fazendo rir um pouco

–ei, ele esta falando de nós, não vai me defender? – pergunta a Nadia

–por que deveria? Eu estou calada, e você que esta falando demais

–que isso, sempre pensei que nós vampiros fossemos unidos

–o que acha se eu desunir a sua cabeça do seu corpo, para combinar perfeitamente com a situação, ein?

–essa garota...é mesmo sua filha Katherine

–o que posso dizer, não foi só a beleza que ela puxou da mãe

–se ela puxar a sua arrogância eu diria que descobrimos uma nova duplicata – Diz Elena debochada

–deve ser o destino tentando consertar o desastre que foi você – Fala Nadia seca, fazendo ela fechar a cara e eu e Jason gargalharmos

–obrigado por essa Nadia, não conseguiria ter uma boa noite de sono sem ouvir essa antes – comenta o bruxo

–ei, você não queria descansar? a proposito, porque não fazemos isso todo mundo, porque amanha temos provavelmente uma grande luta – “ordena” Damon, e assim todos vão para um lado descansar...mas não eu, sem chance que vou esperar até amanhã

Esperei meia hora, uma, duas, até que cansei. Me levantei devagar da arvore ande estava encostada, peguei a mochila e dei uma olhada para ver se não tinha ninguém acordado, estava escuro, e difícil de ver, mas como ainda não estava amarrada em uma arvore estava tudo bem. Sai andando devagar, fazendo o mínimo de barulho possível, por causa da escuridão, e como ainda estava muito perto dos outros para acender uma lanterna acabei pisando em alguns galhos, mas isso não me impediu, até que algum me agarra pela cintura, põe a mão na minha boca e me joga contra uma arvore

–o que pensa que está fazendo? – perguntam grandes olhos azuis enquanto me encaram.

–Damon? – digo tirando bruscamente a sua mão da minha boca – você...você não estava dormindo?

–posso perguntar o mesmo

–eu vou atrás do Stefan

–posso dizer o mesmo...está me seguindo?

–não idiota, não ouviu eu falando que pensava que estava dormindo?

–então porque você não volta a dormir, e deixa esse serviço para o adulto aqui?

–porque as crianças que se acham adultos, precisam da supervisam de babás pra não se meterem em encrenca

–não quero que vá comigo

–muito menos eu, mas eu não vou voltar, e assim como você, por seja lá qual for o motivo, não quero que os outros se metam nisso

–ele é meu irmão, essa luta não é deles, eu faço isso...SOZINHO

–pois ele é meu namorado, e eu vou fazer isso, com ou sem você – digo em soltando dos seus braços e saindo andando

–ei espere, não sabe nem por onde esta indo

–claro que sei

–então pare se não vai dar de cara com essa arvore – Diz e eu paro imediatamente, estico as mãos pra frente e realmente havia uma arvore bem na minha frente

–obrigado

–de nada...certo, tudo bem, pode ir comigo, mas sabe as regras, não...

–“não me atrapalhe” – digo o cortando e tentando imitar sua voz – eu sei tá, não sou idiota e não vou morrer como pensa

–ótimo, agora vamos - diz indo na frente e eu tento acompanha-lo

Fomos andando o tempo todo em silencio, com o passar do tempo eu fui me acostumando com a escuridão e também já estava para amanhecer, então pudemos ir mais depressa. Logo o sol iria nascer, e os outros notariam nosso sumiço, mas isso não importava, já estávamos bem longe e perto da antiga tumba de silas, para a nossa felicidade

–posso fazer uma pergunta?

–não – responde

–porque desde que chegamos aqui, esta falando e tentando me manter viva?

–como é que é?

–pare de se fazer de idiota, você só fala isso desde que chegamos aqui

–não sei do que esta falando

–diz logo Damon, se não vou começar a pensar outra coisa...

–não seja ridícula...considere isso como um pedido de desculpas, pra você e pelo Stefan, nem tanto pra você

–desculpas pelo que?

–você sabe, por ter te sequestrado, posto você e ele naquela situação toda

–e desde quando pede desculpas?

–não com muita frequência, só com pessoas que gosto

–e você gosta de mim? – pergunto, só pra irrita-lo

–na minha lista de coisas que gosto, esta: estacas, os originais, verbena, balas de madeira, meu pai, lobisomens, e em primeiro lugar, você...então sim, eu com certeza te amo Katherine...o fato é, eu amo meu irmão, verdadeiramente, e se pra ele me desculpar, eu tenho que te manter viva...não se preocupe, pois hoje você não morre

–obrigado...

–não agradeça, não é por você

–eu sei, e não por isso que estou agradecendo, é por amar o Stefan tanto assim...e não se preocupe, ele vai ter perdoar, ele te ama tanto quanto você, eu conheço ele Damon, ele não conseguiria viver sem você

– e nem eu sem ele...agora vamos parar com isso, a caverna fica logo ali – diz andando e assim nós continuamos

Por Stefan

Assim que abri os olhos não pensei em outra coisa, tentei fugir. Aproveitei o momento em que Tessa estava fora por qualquer motivo que não me interessa e tentei sair da cadeira em que estava amarrado. As cordas eram resistentes, deveriam ser revestidas com algum tipo de magia ou coisa do tipo, mas mesmo assim, não deixaria me abater. Usei toda a força que tinha, mas nada, essas cordas não iriam ser arrebentadas, mas ainda tinha algo que poderia tentar.

Como minhas mãos estavam amarradas atrás da cadeira, era difícil ver o que estava fazendo, mas mesmo assim...pronto, fazendo um pouco de força e com alguma habilidade que tinha, quebrei o pulso, agora teria que ser rápido, antes que o vampirismo o colocasse no lugar de volta, e ainda por cima, aguentar a dor que estava longe de ser pouca.

Forcei mais um pouco, tentei tirar a mão das amarras, e com um pouco de dificuldade...pronto, consegui. Agora o resto ficou fácil, quebrei as pernas da cadeira e tirei a corda pelos pés, finalmente estava livre, mas vi que não poderia fugir como planejado, assim que vi o circulo de folhas em minha volta.

–não achou mesmo que eu iria sair e não deixaria nenhum tipo de barreira, né?

–estava na esperança de ter batido a cabeça na queda e ter esquecido...a proposito, é serio, como sobreviveu? Até eu que sou vampiro me machuquei bastante...

–já disse, sou uma bruxa de dois mil anos, aprendi alguns truques na vida e principalmente após ela...e também, nada que um feitiço rápido de proteção não resolvesse, que infelizmente, por ser conjurado de ultima hora não teve o resultado desejado, mas serviu pra pelos menos sair viva...agora, vamos, chegou a hora

–Tessa, pare pense bem...

–já pensei, e sinto muito, nada contra você stefan...agora se puder fica calado, agradeço – diz pegando um livro, folheando e quando para em uma pagina, começa a recitar uma serie de palavras fora da minha compreensão

De uma hora pra outra começa a ventar, o que era bem estranho, já que estávamos dentro de uma caverna. Tessa se levanta e vem em minha direção, pega um balde e faz um circulo de sangue em minha volta, provavelmente usando o meu próprio, que coletou naquele dia, em seguida pega outros dois, despeja o sangue deles dentro de um circulo de pedras e rasga umas folhas do livro e joga também no circulo, que em seguida pega fogo

–o que foi isso? – pergunto

–só algo que vai me dar segurança...e se alguma coisa der errado, me agradeça depois, ok? – diz, mas não entendo o que ela estava dizendo, prefiro não responder ou fazer mais perguntas – agora vamos continuar logo com isso

Pegando um frasco com alguma coisa dentro, provavelmente mais sangue, ela vem a até o circulo e mistura ao meu, que pega fogo. Ela começa então a sangrar pelo nariz e ate pelos olhos, que estavam fechados, mas ela parece não se importar, já que continua.

Começa a ventar, só que mais forte e mais tenebroso do que da primeira vez, e agora eu podia sentir, não estávamos mais sozinhos

–Como é bom estar de volta – diz uma voz atrás de mim, e quando me viro, ele estava lá, com a mesma roupa do dia em que o matei, como se fosse um reflexo de mim mesmo com um sorriso demoníaco – Bom, pelo menos não totalmente...ainda!

–Silas! – digo seu nome com repulsa

–Olá minha sombra, quanto tempo, não acha?

–não, não acho, pra falar a verdade acho que poderia continuar morto

–ora Stefan, não seja rancoroso, eu te joguei num lago pra se afogar eternamente, e você me matou, não acha que foi uma boa troca? Eu acho que foi

–cale a boca – grito avançado nele, mas sou impedido pela barreira

–não seja ingênuo, não vai conseguir fazer nada contra mim, não só pela barreira, mas porque eu sou no momento um fantasma, o que se pensar é algo muito irônico, o homem que me matou, é quem vai em ajudar a voltar a vida, e se não fosse por mim, você sequer existiria, ou não seria tão bonito, não sei bem como funciona essa parte das duplicatas...o fato é, o destino por ser tão irônico acaba sendo tão maravilhoso, sempre dando um jeito de nos juntar...elena e Katherine por exemplo, as duas maiores inimigas, se juntaram só pra vir atrás de você

–elas estão aqui?

–estão, mas nem se dê ao trabalho de ficar feliz, é só Tessa acabar com a lapide, e pronto, fim de jogo pra você e eu ganho uma nova vida – diz, e ao me virar pra trás, a bruxa estava com a lapide nas mãos, pressionando-a, e a mesma ia se desmanchando aos poucos, segundos depois eu começo a me sentir fraco, chego a cair no chão, e tudo ao meu redor vai ficando escuro

–até nunca minha sombra, foi um prazer conversar com você – Diz, e seu rosto foi a ultima coisa que vi antes de apagar

Por Silas

Vivo, aqui estou eu, vivo. Como uma fênix que sempre ressurge das cinzas, a Madonna sobrenatural volta do mundo dos mortos, infelizmente, pra isso, tive que abandonar meu único e verdadeiro amor, mesmo que temporariamente, isso dói como uma estaca de madeira atravessada no peito, mas isso é um sacrifício que estou fazendo por um bem maior, o meu e o dela.

–silas? Meu amor, é você? – droga, pensei que essa vadia fosse demorar mais pra acordar, depois de um feitiço desses era pra era ficar desmaiada por pelo menos dois dias, e eu iria cuidar, para que esse tempo se prolongasse. Mas não vou ter saco pra aguentar ela por muito tempo, tenho que trazer logo Amara, e com ela ao meu lado, isso será possível. Tinha que pensar em algo, e rápido, e ao ver uma perna de cadeira no chão, vi a oportunidade perfeita

–sim meu amor, sou eu, estou vivo, e graças a você – se fingir de agradecido, tem coisa mais irritante

–que bom que deu tudo certo, não sei se conseguiria mais fica muito tempo longe de você – diz ela vindo correndo até mim. “Sim, existe coisa mais irritante”

Ela quebra a barreira que fez, e eu agradeço mentalmente por isso, menos trabalho. Me abraça e beija meus lábios...que Amara não veja isso, amém!

–meu amor? - pergunto

–sim

–essa minha estadia no corpo do Stefan, é permanente?

–claro que é, fiz tudo direito, não se preocupe, você ficará nesse corpo pra sempre, e nós também ficaremos juntos pra sempre, principalmente agora que não tem a Ama... – ela falava, mas para assim que eu enfio a perna de madeira nas suas costas, atravessando o peito

–por favor, não fale mal do amor da minha vida da minha frente, não é ela que atrapalha por aqui

–você? Eu já imaginava, você me enganou, em traiu...

–sim, te enganei, te trai, te apunhalei pelas costas, em todos os sentidos, já deveria estar acostumada, não é Tessa?

–seu desgraçado, sequer esperou...

–sabe como eu sou...se é pra matar algum que seja rápido

–não pense que deixarei isso barato Silas...

–o que vai fazer? Você vi morrer, e duvido que alguém queira te trazer de volta...mas só pra assegurar, depois vou cuidar pra que nunca mais possa voltar

–eu te amei, eu te amo...como...como pode? – pergunta as lagrimas, e eu me abaixo e acaricio sue rosto de leve

–ora minha cara Tessa, é porque eu sou mau, e é isso que caras maus fazem...mas sinceramente, nada contra você, você serviu bem ao seu proposito, fez muito bem o feitiço, mas você é uma das barreiras que esta entre o que eu realmente quero, ficar com Amara, e eu vou derrubar todas essas barreiras

–sempre ela...tudo por ela

–sempre

–se ela não existisse, você conseguiria me amar como eu te amo?

–provavelmente...mas ela existe, e todo o amor que há em meu coração é único e exclusivamente pra ela...sinto muito

–não, eu que sinto – diz fechando os olhos, e eu sei que não deveria, mas antes dela morrer dou um pequeno beijo de piedade em seus lábios

–adeus Tessa – digo olhando seu corpo quente mas já sem vida bem na minha frente, mas com um leve sorriso nos lábios...essas mulheres, mesmo depois de mortas ainda ficam alegres com os meus beijos

–STEFAN? – grita atrás de mim, uma voz tão parecida com a dela mas que infelizmente não era...ainda

Katherine corre até mim e me abraça apertado, quase me sufocando, como ela pode ser tão forte sendo simplesmente uma humana? Eu devolvo o abraço, afinal de contas agora eu sou Stefan Salvatore, e ela é minha namorada.

–eu achei...que ela...- diz olhando pra trás cheia de lagrimas nos olhos e vendo o corpo da bruxa no chão

–eu, calma, eu tive que cuidar dela, pra conseguir voltar pra você – digo e ela me beija, e apesar da surpresa do momento, devolvi logo em seguida...e odiava admitir, mas era muito bom – eu estou com você, e nunca mais irei de novo – digo me separando dela

–parece que cuidou bem dela irmão – diz Damon se aproximando – sequer precisou de nós

–fui pura sorte, ninguém mandou ela se distrair – digo o abraçando – o que acha de irmos embora daqui, já passei mais que o necessário nessa ilha

–e o que vamos fazer com ela?

–deixe ai, o tempo ira cuidar disso pra nós – digo, fazendo eles ficarem de certa forma surpresos

–tudo bem então, vamos – diz Damon andando na frente, e eu o acompanho, com Katherine abraçada ao meu corpo

De uma hora pra outra eu começo a me sentir fraco, e meu corpo começa a pesar sobre minhas pernas, me fazendo parar

–Stefan? Você esta bem?

–estou, só foi uma ton... – caiu no chão antes de termina de falar, e aos poucos tudo ao meu redor vai ficando escuro e a voz dela cada vez mais distante...mas que merda é essa...

–Stefan? Stefan, voc esta...Stefan...

Por elena

Fazia dois dias que havíamos voltado da ilha, dois dias que Katherine e Damon o trouxeram desmaiado e dois dias que ele não acordava. Desde então eu não estava mais me importando em disfarçar minha preocupação com ele, por isso desde esse dia Damon e eu não nos falávamos mais, e por isso ele estava agora no bar de Mystic Falls. Matt já cansou de me ligar, mas eu não irei sair daqui, não enquanto ele não acordar.

Katherine mesmo contra a vontade tem me deixado ajuda-la a ficar o vigiando, ela nesse momento esta na cozinha se alimentando, já que ficou a noite toda acordada com ele...e eu odeio admitir, mas ela realmente se preocupa

Enquanto estava perdida em meus pensamentos, ele começa a se mexer, o que me trás de volta ao mundo real

–Stefan? Esta acordado? – tenho a confirmação quando ele abre os seus lindos olhos verdes

–Stefan, graças a deus, você esta bem? – pergunto sorrindo, mas esse sorriso logo se desmancha

–Katherine? – não idiota, Elena, aqui esta com você quando acabou de acordar, Elena...aquela desgraçada fingiu ser eu por tantas vezes, só pra se aproveita dele...agora é minha vez!

–sim meu amor, sou eu

–o que aconteceu...eu, Tessa...a ilha...nós estávamos vindo embora, então eu...

–não se preocupe meu amor, esta tudo bem – digo me sentando com ele na cama e tocando seu rosto, e era impressionante como depois de tudo eu ainda ficava arrepiada com o contato da sua pele com a minha – não aconteceu nada, você só estava fraco, e desmaiou...mas agora esta bem, e esta comigo – digo aproximando sua boca da minha

–sim, eu estou – fala e eu finalmente o beijo.

De primeira foi só um selinho, pois eu me afastei por causa do choque, mas depois voltei, e o beijo com o tempo foi ficando mais rápido e quente. Fazia muito tempo que eu não o beijava, e estava adorando relembrar. Assim como da primeira vez, foi maravilhoso, só que dessa vez, foi muito melhor, tudo intensifica. Praticamente que por extinto, minha mão foi descendo devagar pelo seu peito que estava nu, sua músculos...nossa, que saudade. Após alguns minutos, nós nos separamos por falta de ar, e ao olhar para a porta, ele estava lá...droga!

–Katherine... – digo automaticamente ao ver seu rosto, que pra minha surpresa não havia expressam alguma...isso me preocupava – o Stefan, ele...ele acordou!

–percebi – respondeu

–eu vou...eu vou deixa-los sozinhos – digo saindo o mais rápido possível...e ao cruzar com ela na porta...meu coração nunca palpitou tanto em toda a vida...Droga, droga, droga...

Por Katherine

–você esta bem? – pergunto

–sim, estou...Katherine, a elena, ela disse que era você...por isso a beijei...por isso estava beijando ela...e eu realmente pensei que você você...eu estou um pouco confuso...desculpe!

–não se preocupe, só quero saber se esta bem...precisa de alguma coisa?

–eu estou com um pouco de fome

–normal, não se alimenta a dias...vou pegar uma bolsa de sangue pra você – digo saindo do quarto e descendo as escadas, quando chego ao final, Elena estava lá...tremula

–ele...ele esta bem?

–esta...só esta com fome

–que bom! – diz se virando pra sair, mas antes que ela pudesse dar algum passa, eu a agarro pelo cabelo e bato sua cabeça contra a parede uma, duas, três vezes para ter certeza que tinha quebrado o nariz e mais uma de brinde

–escute bem vadia...– falo a encostando na parede e bem no perto do seu ouvido – dessa vez eu vou deixar passar, mas se eu ver você ou essa sua boca nojenta perto do meu namorado novamente, eu mato você...entendeu? – digo a largando caída no chão com o nariz sangrando e vou em direção ao porão

Por Silas

Estava deitado na cama ouvindo as pancadas lá em baixo. Pobre elena, não deveria ter feito aquilo, e ainda estou correndo o risco de Katherine ter desconfiado de algo...mas não vou pensar nisso agora, nesse momento tenho que descobrir o que aconteceu

Isso com certeza não foi uma fraqueza ou um simples desmaio, Tessa com certeza fez algo, e quero saber o que...E enquanto isso, vou me divertir muito com essas duas!