Shelter escrita por MayChan


Capítulo 7
Expectations


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna, olha quem conseguiu cumprir o primeiro cronograma ヽ(゜∇゜)ノ Podem falar que ficaram orgulhosos - só porque eu sou muito ruim com datas e horários (n˘v˘•)¬ brincadeirinha, juro que estou me esforçando para adiantar os capítulos e não ter eventuais problemas ♡
Kyaa creio que vocês vão ter a surpresinha de um novo personagem dando as caras na fic, pois é... Fui explicar pra uma amiga e rolou o seguinte:
—Wut? C-como assim May? ∑(゜Д゜;)
—Espere e verá pequeno gafanhoto ∩(︶▽︶)∩
—(*´Д`)ハァハァ v-vaca!
Espero que vocês não tenham a mesma reação (ou tenham, mas valeu a pena) ಥ⌣ಥ

Obs: lá vou eu explicar a bagunça musical desse capítulo... ele é dividido em três partes e tem duas músicas, é. A primeira parte utiliza a música Stop and Stare do OneRepublic, que é responsável pela maioria dos trechos apresentados nesse capítulo; a segunda e terceira partes, a música que deu o nome e sentido (do capítulo), Expectations do Three Days Grace. Os trechos da primeiro e última partes se remetem totalmente a Aomine (previamente avisado pra não haver confusão). Aconselho que ouçam na ordem que eu indiquei e aproveitem a leitura ♡



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[música]

“Tsk, loiro idiota” pensou Aomine passando pela entrada da balada.

I think I'm moving, but I go nowhere

(eu acho que eu estou me movendo, mas não vou a nenhum lugar)

Yeah I know that everyone gets scared

(sim, eu sei que todo mundo tem medo)

But I've become what I can't be

(mas eu me tornei o que eu não posso ser)

Aomine estava disposto a provar a si mesmo que ainda era o mesmo (babaca) de sempre. Como um grande astro da Tōō, ele entrava com passe VIP e sem demoras já tinha um cigarro numa mão e bebida na outra, a noite estava prestes a começar. As garotas por lá não pouparam tempo, Daiki podia até escolher qual da sua preferência, poucas não eram. Ele se divertia em ver o que faziam pra chamar sua atenção, que na verdade, não se encontrava bem naquela pista de dança.

They're tryin to come back,

(eles estão tentando voltar)

All my senses push

(todos os meus sentidos golpeados)

—Tsk, baka – falou tomando sua tequila num único gole e deixando as demais sem entender direito.

You start to wonder why you're here, not there

(você começa a se perguntar por que você está aqui, não lá)

And you'd give anything to get what's fair

(e você daria qualquer coisa para conseguir o que é justo)

But fair ain't what you really need

(mas justo não é o que você realmente quer)

Oh, you don't need

(oh, você não precisa)

Logo que passou uma das garçonetes ele pediu mais uma bebida e seguiu a tentar prestar atenção nas demais a sua volta. Mas bem que o pivô tinha um olho pra garçonete, ou tinha algo a ver sobre ela ter sido indiferente quanto a ele? Hm, isso já servia para entreter o moreno, sim, “um bom jogo”.

—Aqui esta sua bebida – disse a moça sutilmente entregando o copo.

—Hm arigatou... não quer se juntar a festa? – disse Aomine num sorriso malicioso.

—Não acha que já tem superlotação nela? – falou a garota dando pouco caso.

—Hm, você parece não ligar pras coisas, por que ligaria pra isso...

—Mayumi – disse já sem paciência pras enrolações do moreno.

—Como? – falou meio sem atenção, havia uma garota puxando sua gola que ele precisou afastar.

—Mayumi Sugihiro, esse é meu nome. – agora sim o Daiki estava se interessando pelo jogo, a garota era linha dura.

—Prazer, Aomine Daiki – disse estendendo a mão.

—Eu sei quem você é – falou ela em meio a uma risada debochada – senhor pivô da Tōō, ex-membro da Kiseki no Sedai – deixando o cumprimento do outro no vácuo.

Sim, ela definitivamente sabia de basquete, agora o jogo era para valer. Mayumi era muito baixa perto de Aomine, tinha cabelos pretos extremamente lisos e compridos com uma singular franja, olhos azuis e pele clara, mas algo nela era muito singular, algo que entreteu o moreno. Daiki desgrudou brevemente das demais garotas para manter a conversa com Sugihiro. Tal ato causou inúmeras onomatopeias de descontentamento ao fundo.

—Já disse que eu não me interesso em fazer parte da sua festinha senhor jogador – disse ela sem delongas.

—Hm que pena – Aomine podia ter visto algo de diferente em Mayumi, mas não estava ali para correr atrás de ninguém, estava simplesmente tentando reviver seu antigo eu, se ela não queria, haviam várias outras implorando por uma chance.

A garota se retirou e continuou seu serviço enquanto Daiki continuou a beber. Era um copo atrás do outro, um cigarro pós o outro, uma garota após a outra e sabe qual o mais irônico? Não adiantou de merda alguma, Aomine a essa altura já bebia de arrependimento.

Já eram 6h da manhã quando a balada já se preparava para fechar as portas e as garotas iam embora felizes por terem conseguido ao menos um beijo, ou melhor, um selinho do nosso jogador bêbado. Sugihiro não podia evitar rir toda a vez que olhava aquela cena deplorável.

[música]

Já eram sete horas da manhã no apartamento do loiro, ele havia acordado e aguardado pacientemente por meia hora a ver se Aomine ainda estava lá. Nenhum barulho pelo apartamento, nem mesmo uma respiração além da dele.

—Idiota, achou mesmo que ele ia ficar bancando a babá? – disse Ryouta pra si mesmo socando o colchão – Ah, esqueça.

Expectations, go to hell!

(expectativas, vão para o inferno!)

Levantou-se se sentindo muito melhor, sem dores pelo corpo, sem aquele sino na cabeça... ainda com aqueles cortes no braço. “Calma Kise, os problemas não se vão tão rápido” sua cabeça acusou. Foi logo tomar um banho, um bom e refrescante banho. Esfregou o rosto inúmeras vezes tentando se livrar de suas pequenas ilusões sobre aquele Aho. Terminado, secou o cabelo e pôs sua calça de moletom, não estava a fim de colocar sua camisa, muito menos de cobrir aquelas marcas no braço, estava muito calor pra isso. Não iria sair, nem havia ninguém em casa, que mal tinha? Foi até a cozinha, preparou um café da manhã e foi comer assistindo televisão.

—Que saudades de poder fazer isso! – disse ele em meio a um riso confortável e começou a comer, quando se pode ouvir alguém mexer na porta. – O-oe quem é? – gritou meio assustado.

Já eram sete horas e a balada estava fechando definitivamente, Mayumi já havia sido liberada do serviço. No salão só restavam alguns bêbados de sempre, mas havia um que a garota não pode deixar de notar. Aomine pedia mais uma bebida ao pobre bar men que tinha de suportar horário extra graças aquele aho. Sugihiro já pronta para ir, correu até o balcão antes de o homem entregar a bebida ao moreno.

—Iie Gotsu (nomem do bar men), ele não precisa de mais uma – disse ela meio afobada tentando afastar a mão do moreno de tentar pegar o copo.

—Nee, mas May, vai descontar do meu salário! – disse o pobre homem.

—Kya não se preocupe, ele paga essa pelo horário extra, pode ficar pra você, acho que merece – disse ela sorrindo; essa garota tinha mesmo o dom de encantar as pessoas.

—Há-há arigatou May-sama! – falou o bar men tomando o drink e se retirando do posto pra finalmente poder arrumar tudo e ir pra casa.

—Nee, agora vamos “senhor jogador bêbado” – disse ela num tom ríspido para Aomine, que a ignorou.

—Eu disse que nós vamos AGORA – a baixinha era bem convincente quando queria.

—Hai, hai May-chan – disse ele meio mole.

—Grr não te dei permissão para me chamar assim – falou ainda mais irritada.

—Gomen, gomen – terminou Aomine em meio a risadinhas.

Daiki mal conseguia ficar em pé enquanto Mayumi tentava quase que frustrantemente guiar o maior até porta de saída.

—Vou chamar um táxi, não tenho como te levar nessas condições. Qual o ender... Tsk olha o que eu estou perguntando para alguém que está trançando as pernas de tão bêbado! – esbravejou consigo mesma.

Aomine tateou a calça por alguns segundos até achar o telefone, abriu a lista de contatos e selecionou o loiro onde havia o endereço do pequeno apartamento e mostrou à garota.

—Nee... K-Kise R-Ryouta, o modelo? – disse ela meio perdida.

Sugihiro sabia que haviam jogado no mesmo time na época do fundamental, mas nem sabia que ainda eram amigos, talvez o maior devesse estar apenas se confundindo.

—*soluçou* Hai. – falou o maior ainda procurando algo nos bolsos da calça.

A garota ficou com uma cara meio perdida e levemente nervosa, pois via o táxi chegando ao longe.

—Achei! – berrou Aomine assustando Sugihiro, ele riu – Aqui as c-chaves – entregou-as tremendo um pouco.

O táxi já chegara e eles haviam acabado de entrar. O motorista perguntou qual o endereço e mesmo com um pouco de receio Mayumi ditou o endereço mostrado no celular e rezou “Espero que seja o apartamento certo”. Dando início à contagem do preço o motorista alertou:

—Não quero nada de bêbado vomitando no meu carro viu! Caso contrário vou mandar a conta da limpeza. – a garota ficou levemente constrangida.

—Hai – respondeu encabulada.

Em questão de meia hora mais ou menos estavam em baixo do prédio. Mayumi pagou o táxi e agradeceu a paciência. O motorista brincando agradeceu a viagem engraçada e Aomine não ter vomitado em seu táxi. Checou o celular novamente e se dirigiu para o elevador.

—Bom, o porteiro abriu para nós, então acho que estamos no prédio certo – disse sorrindo.

—Humpf estou bêbado, mas não sou tão burro – disse Aomine sarcasticamente.

—Até me surpreendi agora! – falou Sugihiro dando um fora em Daiki.

Sim, eram dois ignorantes por natureza. Aomine ficou levemente irritado, mas tinha que admitir que a garota tinha coragem. Tapou o rosto dela somente com a sua mão e se deliciou com a cena da menor estapeando o vento para tentar se livrar. Ah, Daiki seu sádico. Logo se pode ouvir o apitar do elevador e se encaminharam ao sétimo andar.

—Que elevador demorado – comentou Sugihiro.

—Hm já me acostumei – respondeu o moreno dando pouco caso.

“Ele mora aqui ou visita demais o modelo?” se perguntou a garota naquele pequeno espaço de tempo. “Hm, deve morar aqui... eu acho” assim concluiu.

Saíram do elevador, Daiki foi para o lado direito, Mayumi para o esquerdo.

—Acho que você está indo para o caminho errado Aho – disse ela fazendo graça.

—Você que está do lado errado do corredor baka! Venha logo com as minhas chaves – falou revirando os olhos – Aliás, quem te deu permissão pra me chamar assim? – perguntou meio confuso.

—Pergunto o mesmo de “May-chan” – respondeu ela desafiante.

—Hmpf – apenas pronunciou o moreno tentando encaixar a chave.

—Deixa que eu faço isso! – falou ela já sem paciência lutando pra tirar a chave da mão de Daiki – Há, viu? Pronto!

Aomine dotado de toda sua gentileza tampou mais uma vez os olhos da menor e a afastou para o lado.

—Ok, agora dá licença – disse ele adentrando no local dando de cara com o loiro só de calça no sofá.

—Nee te fiz o favor de trazer em casa, pelo menos vai me chamar para entrar e tomar um café? – disse ela tirando sarro.

—Y-yo BaKise – disse Aomine meio perdido e sem jeito.

Mayumi não estava mais entendo o que acontecia ali no quarto. O clima começou a pesar. Ryouta e Daiki se encararam por um momento quando o loiro desviou o olhar para a garota que permanecia imóvel do lado de fora do apartamento.

—O-ohayou gozaimasu Ryouta-sama, g-gomen, só vim deixar Aomine – disse ela extremamente constrangida se retirando antes mesmo de Kise poderse desculpar por Aomine e falar para ela entrar e tomar ao menos o café da manhã.

—H-hey! – gritou Daiki no corredor – Meu celular! – a garota já havia pegado o elevador – Merda! – gritou ele batendo a porta.

—Você pode pelo menos me explicar o que aconteceu aqui? – disse Kise com uma cara estranhamente séria.

I never thought I could...

(eu nunca pensei que poderia...)

Something pulls my focus out

(algo tira meu foco)

And I'm standing down...

(e eu estou no chão...)


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Notas finais do capítulo

Gostaria de dar uma explicação prévia antes do meu blablá usual e dramático sobre o capítulo e prévia do próximo: no início do capítulo, pra quem não entendeu, os trechos da música retratam o medo e a "não aceitação" sobre ser gay *Aomine feelings*, por isso ele acaba naquela balada querendo "provar algo a si mesmo". Enquanto na última parte, o trecho "I never thought I could..." se completa como amar alguém "dessa forma" (sendo do mesmo sexo). Sim, essa é a tal confusão na cabeça do moreno.

Nee tudo explicado, então que venha a pergunta: o que acharam dessa nossa nova amiguinha, Srtª Mayumi? ಥ⌣ಥ Trará confusão? Coisa boa ou ruim? Anjo ou demônio? ಠ_ಠ Logo logo ela terá mais participação por aqui (*´д`*) vish, será que o Kisecchi precisa ficar atento sobre essa ai? E o coraçãozinho do nosso loiro como ficou com a aparição dessa garota misteriosa? Vejam tudo isso e muito mais no próximo capítulo! щ(ಠ益ಠщ) ~muahahaha (esse lance de novela mexicana foi brincadeira só pra atiçar a curiosidade ♡ shuashuashua).