Shelter escrita por MayChan


Capítulo 13
Open your eyes


Notas iniciais do capítulo

Se eu ando pedindo pra morrer? Tecnicamente não ghjklçhjk mas acho que devo explicação desse meu sumiço da fic. Queria começar me desculpando, eu não esqueci vocês nenhum momento (literalmente), eu tive um bloqueio criativo hard que se prolongou por mais de uma semana e em seguida tive vários compromissos direto, pra piorar saudades carregador do notebook, metade desse capítulo (na verdade quase todo) foi escrito pelo celular, então paciência meu povo ksoapkslk Ando meio enrolada, nos vários sentidos da coisa, mas cá estou de volta, com mais treta, mais revelações, mais do meu "ying-yang no basket" pro cês e espero realmente que me perdoem e lamento avisar que esses atrasos podem se prolongar, mas farei o meu melhor ♡
Queria dedicar esse meu comeback a todos os leitores lindos e maravilhosos que acompanham esses meus dois amores desde o começo dessa fic e especialmente para a Insanity, que andou tornando algumas ressacas e insônias mais produtivas com sua fic tão querida por mim ♡

Ok, sem mais enrolações (como se eu não adorasse preliminares) a música desse capítulo é Open Your Eyes do Snow Patrol, representando a mente do Aomine em sua maioria, contra um capítulo escrito pelo lado do Kise, ou se preferir: porque ela é perfeita (?) São 4h22 da manhã, não exijam explicações tão lógicas ghjklçhjklç Bom, boa leitura e matem a saudade desses dois (ao invés de mim) ♡



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[música]

Aquilo tudo havia sido real?

All this feels strange and untrue

(tudo isto parece estranho e irreal)

And I won't waste a minute without you

(e eu não vou perder um só minuto sem você)

— Yo Ryouta... – disse o maior lentamente.

Ah sim... havia. Era uma sensação única, afinal, há quanto tempo o loiro não se sentia tão feliz assim? Desde a última vez que pudera estar com a sua mãe? Não tinha certeza, mas já era algo quase desconhecido para o modelo.

I won't feel these slices and cuts

(eu não vou sentir os pedaços e os cortes)

I want so much to open your eyes

(eu quero tanto abrir seus olhos)

Espreguiçou-se lentamente, como pôde, e bisbilhotou o relógio. Tsk, 19h30?! Mas já?! Droga! Kise havia perdido sua “checagem” com o novo fotógrafo da agência, ótimo, já tinha um encontro marcado com seu inferno pessoal e agente. Mas não... não pensaria nisso agora, afinal, havia alguém muito mais especial ao seu lado.

—Y-yo Daicchi – respondeu baixo num sorriso curto.

—Nee... adoro quando você faz essa cara de sono – murmurou Aomine soltando uma risada leve vendo o menor corar, como ele podia ser tão lindo?

Ryouta tentou em vão se levantar da cama: além de preso pelos braços do maior, se sentia fraco e levemente dolorido. Não tinham comido nada o dia todo, se o loiro já era pálido, ele estava transparente.

—Hn Aominecchi... – chamou levemente ruborizado.

—Fala meu loiro manhoso – disse o moreno apreciando àquela bela visão.

—Nee... eu estou com fome – terminou a frase fazendo bico.

Ah, aquele loiro não tinha ideia de como aquilo enlouquecia Aomine. Sua resposta foi um singelo beijo, quente e muito amoroso.

—Acho que seria bom tomarmos um banho antes, não acha? – sussurrou no ouvido do menor.

Aquilo soava com a mais pura malícia ao ouvido alheio, mas ele era como uma droga, tão viciante, tão difícil de negar. Quando Kise deu por si, já estava dentro da banheira aos amassos com seu amor e amante. Não que isso fosse se prolongar tanto, eles realmente precisavam comer algo, que cá entre nós, não fossem eles mesmos.

Logo estavam prontos e devidamente agasalhados para enfrentar a neve que já pairava o ar seco da grande metrópole de Tókio. Esse seria, finalmente, o primeiro e oficial encontro deles. “Por que temos a mania de fazer as coisas ao contrário?” pensou Ryouta soltando um sorriso bobo.

Take my hand, knot your fingers through mine

(pegue minha mão, entrelace seus dedos aos meus)

And we'll walk from this dark room for the last time

(e nós sairemos deste lugar escuro pela última vez)

—Do que você está rindo ai BaKise? – perguntou o maior colocando o indicador na ponta do nariz do loiro e o abraçando por cima do ombro.

—Nee... nada Aominecchi – soltou mais um riso – Só estou muito feliz de estar aqui com você.

Every minute from this minute now

(cada minuto a partir deste agora)

We can do what we like anywhere

(podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar)

I want so much to open your eyes

(eu quero tanto abrir seus olhos)

´Cause I need you to look into mine

(porque eu preciso que você olhe dentro dos meus)

O moreno ruborizou violentamente desviando o olhar, ele não estava acostumado com confissões tão abertas do loiro, sentia-se queimar por dentro, era algo agonizante e, em contrapartida, estupidamente bom.

Kise levava, ou melhor definindo, arrastava Daiki pelo centro com suas mãos dadas e dedos entrelaçados. Era uma cena no mínimo cômica, admiravam desde a vitrine de caríssimas joalherias e suas alianças até a loja de refinados doces franceses que encantava tanto o loiro. Nada que estivesse realmente a seu alcance. Porém logo a fome se tornou mais forte e eles finalmente adentraram num renomado restaurante típico chamado Kenzo, um local onde se fazia reservas com algumas semanas de antecedência, porém que não seria nenhum empecilho para um dos prodígios e promessas do basquete nacional e seu acompanhante, um modelo de grande fama em todo o Japão. Em poucos minutos já se encontravam sentados e fazendo seus respectivos pedidos.

—Oe Aominecchi – chamou o menor fazendo seu tão conhecido bico.

—Hn?

—Podemos tirar uma foto? – perguntou o loiro empolgado.

—Precisamos mesmo disso? – rebateu Daiki, ele aparentemente não gostava muito de fotos ou de câmeras em geral.

—Nee, por favor – continuou implorando de forma manhosa – Só para termos uma recordação desse dia.

—Tsk hai, hai – do que adiantaria ele negar? Absolutamente nada.

—Yey só uma, eu prometo!

Aproximou-se do moreno abrindo um largo sorriso e levantando o celular.

Tell me that you'll open your eyes

(me diga que você abrirá seus olhos)

—Oe Aominecchi, qual o seu problema de sorrir nas fotos? Vamos tentar out...

—Iie, você prometeu só uma, essa está de ótimo tamanho – percebeu a feição do outro, droga – Aliás, seu sorriso está... lindo nessa foto – concluiu quase mudo recebendo um apertado abraço de volta.

—A-arigatou – disse Kise com os olhos já mareados de felicidade.

—Ooe sem essa, seu loiro chorão – retrucou dando um peteleco em sua testa – Mas... que bom que está feliz – concluiu o moreno dando um singelo beijo no mesmo local.

Mal foram pronunciadas palavras depois que chegara a comida. Tudo para eles devia estar mais que delicioso graças à fome. Mais alguns minutos de conversa jogada fora e então decidiram pedir a sobremesa, uma taça de sorvete de doce de leite recheado com leite condensado, com calda de brigadeiro e chantilly, o paraíso para o loiro, já para o Aho... bem, ele não era muito chegado em doces.

—Isso estava muito bom mesmo – comentou Kise sorrindo, Daiki apenas concordou.

Em questão de segundos o sorriso do loiro desapareceu.

—Hn? – pronunciou o maior se virando para trás, algo havia sido apoiado no braço do menor.

Algo não, uma mão. O menor tinha uma cara de horror, algo como se tivesse visto um fantasma. Não poderia ser ele, o que estava fazendo ali?

—P-pai? – ele engoliu em seco, havia medo em sua voz.

—Não precisa se preocupar, estou aqui no intuito de conversar com o seu... amigo – o velho não tinha coragem de pronunciar – Podemos? – perguntou se dirigindo a Aomine.

—N-não! Não vou deixar você falar a sós com ele, acha que eu não te conheço? – falou num ímpeto de raiva, medo, tudo.

—Relaxe, apenas teremos uma conversa sobre o futuro profissional dele, creio que pode ser de grande valia – seus lábios formavam um breve sorriso, havia algo ali – Aliás, você deve algumas explicações para o seu agente, não acha? – concluiu num tom sério e sugestivo.

—Não devo explicação nenhuma. Fala como se já não soubesse que eu ganharia a vaga para representante da marca – parecia um adolescente revoltado, na verdade, no momento Kise era exatamente isso.

—Eles procuram profissionalismo Sr. Ryouta, caso não saiba, são uma marca multinacional de grande relevância no comércio externo – disse o agente.

—Não torne as coisas complicadas – retrucou o pai já perdendo a paciência.

—N-não... – foi interrompido pelo moreno.

—Eu vou, não precisa se preocupar – falou afagando os cabelos loiros tentando transmitir confiança, a confiança que ele definitivamente não tinha.

—Ótimo – o velho já erguia um braço mostrando o caminho.

Aomine apenas seguiu-o até um salão de reuniões reservado, sempre no mais puro silêncio. As respirações eram pesadas e o clima se tornava cada vez mais tenso. Tsk, o que seria dessa vez? Sentaram-se.

—Quer algo para beber? Um whikey, vodka? – o velho foi breve.

—Não bebo senhor – mentiu descaradamente, quem ele queria enganar?

—Sei, não na minha frente. Garoto inteligente ao menos, ou muito burro em achar que eu acreditaria mesmo nisso – soltou uma risada abafada - Espero que não seja burro suficiente para negar o que tenho para lhe oferecer.

—O que você quer dizer com isso? – droga, esse velho estava tentando o enrolar ou o que?

—O que eu quero dizer – falou ríspido – é que temos nossas desavenças, vide seu relacionamento íntimo com meu... filho, mas tenho uma proposta que poderá ser benéfica para ambos.

—Qual o problema do senhor em aceitar que eu amo seu filho e ele me corresponde? – ele já estava de saco cheio.

—Todos – respondeu curto e grosso – Mas vejo que ele gosta muito de você a ponto de se rebelar contra mim.

—Fala isso como se ele amasse o senhor antes disso – retrucou o moreno irônico.

—Você é um moleque mesmo, achas que é fácil ser pai, agente, empreendedor e melhor amigo ao mesmo tempo? Eu tentei, acredite. Mas a morte da minha... – aquilo era uma lágrima? – amada esposa foi um trauma para todos, principalmente pra Ryouta – ele o chamava pelo primeiro nome? – Eu tentei ser amigo dele, mas ele se fechou para qualquer um que tentasse se aproximar até que começou a jogar basquete. Percebi que deveria me afastar, que não era mais útil e que incentivar sua carreira de modelo poderia fazê-lo ser independente, por isso as coisas são como são. Lamento que ele entenda que eu não gosto dele, pelo contrário.

—Então que merda toda foi aquela no apartamento? Ou o senhor vai se fazer de desentendido? – a essa altura Aomine berrava com as mãos fortemente apoiadas a mesa.

—Todos têm dias ruins, aquele foi um deles apenas. Nossa família está passando por uma fase muito complicada.

—Simples assim? Uma merda de fase complicada? Espancar o namorado do seu filho e ele próprio porque estava num dia ruim? – estava exasperado, isso era um absurdo.

—Não ache que é fácil para um pai que perdeu a mulher e sonha que seu filho volte a ter a experiência de uma família de verdade, descobrir que ele é gay e nunca vai conhecer tudo isso – o velho permanecia irredutível.

—Como não? Eu o amo, e estou disposto a qualquer coisa para oferecer isso a ele, não fale absurdos para justificar sua ignorância!

—Meu filho está na mídia! – dessa vez o velho não se conteu – Não seja você o cego ignorante! Não quero que ele sofra o preconceito que é ser gay! Ele já passou por problemas demais – ele era firme nas palavras, Aomine não podia evitar demonstrar sua surpresa – Eu só quero protegê-lo de tudo que possa acontecer, vocês não conhecem o que é o mundo ai fora!

Xeque-mate.

“Ele se importava mesmo com Kise?” Daiki estava em choque.

My bones ache, my skin feels cold

(meus ossos doem, minha pele está fria)

And I'm getting so tired and so old

(e eu estou ficando tão cansado e tão velho)

The anger swells in my guts

(a raiva me corrói por dentro)

—O senhor só piorou as coisas – concluiu calmamente depois de um tempo – Kise já tem marcas que não podem ser apagadas, não ache que o senhor poderia fazê-lo esquecê-las.

—Por isso estamos aqui – explicou em sua conformidade – Quero lhe oferecer uma bolsa de estudos integral para jogar basquete nos Estados Unidos, se tornar um verdadeiro jogador.

—C-como? – o que estava acontecendo ali?

—Essa é sua grande oportunidade. Deixe Ryouta aqui, deixe-o arrumar sua mente, descobrir se é isso mesmo que quer para sua vida, é tudo muito recente pra ele. Você poderá crescer no basquete e se tornar independente. Se quiser, pode voltar para o Japão, para ele, e se isso acontecer eu juro nunca mais me intrometer entre vocês dois, mas antes disso, peço que dê essa chance a ele.

—Como o senhor pode me pedir uma coisa dessas?

—Se você o ama como eu, sabe que ele precisa disso.

—E-eu sei? – terminou perguntando pra si mesmo.

I want so much to open your eyes

(eu quero tanto abrir seus olhos)


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse capítulo? Mantive o nível da fic ou me atrapalhei toda? hauhaua E o pai do Kise que nós tanto odiávamos, como fica? Hein, hein? Adoro dar esse nó no pensamento hfjpaoska Mas a pergunta fica: o Aho sabe? muahahah Fiquem com esse gostinho para o próximo capítulo, porque eu adoro esse suspense final de novela mexicana ♡ hfjdspka Ja nee minna ♡

Minna, sabia que a fic está perto de chegar a 2.000 views e cada capítulo alcançou cerca de 100? Duas recomendações, quase 50 comentários e mais de 30 acompanhantes? Seu eu tô orgulhosa? Tendo ataques? Muitos. ghjklçghjklç Sério, obrigada mesmo a todos vocês que estão lendo e tendo essa paciência divina com toda a minha demora e erros ortográficos bobos, amo vocês ♡ Agora vou de verdade que amanhã vai ter um sino na minha cabeça e eu preciso estudar, oh my, alguém me mata logo? Luv ü guys ♡