His Girl Monday escrita por LuRocks


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Falei que atualizava até o final de semana - Há!

Ficou grande esse capítulo, mas tem muito diálogo então acho que não vai cansar.
Boa leitura. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/454083/chapter/13

Entraram no bar e sentaram-se em uma mesa para quatro pessoas próxima à janela. Van Pelt e Rigsby se juntaram a eles logo em seguida, trazendo informações acerca do caso.
Wayne olhava fixamente para a sua chefe sentada ao lado de Jane, que apoiava seu braço esquerdo sobre o ombro da morena.

– O que foi, Wayne? – Lisbon não se conteve e perguntou.

– Uhn, nada. – Rigsby respondeu timidamente.

– Você está encarando. – Van Pelt alertou.

– Desculpe, bem... É que só acho estranho a chefe e Jane... Assim, juntos. – Ele respondeu acanhado – Sabe, ela não costumava sair muito. – completou.

– Tô chocada que o que chama a sua atenção é eu estar acompanhada. – Disse Lisbon.

– Não! Não é isso... – Ele corou – Não foi bem o que quis dizer.

– Não se preocupe, Wayne. Eu entendi. É realmente estranho, se for considerar nosso comportamento hostil no trabalho – Jane tentou consertar.

– Pois eu não acho esquisito não. – Interrompeu Van Pelt – Dizem que o ódio e o amor andam juntos. – Ela provoca.

– Ódio não vira amor. – Lisbon responde debochada. – Isso é bobagem inventada pelo cinema.

– Não me leve a mal, chefe. Mas já vi pessoas que não se entendiam, se apaixonarem. Não é tão incomum. – Grace argumenta.

– Na realidade não é só incomum, como quase impossível. – Lisbon revira os olhos, cética, e continua – Quando temos esse tipo de situação, ou existe amor, ou existe o ódio. No máximo são camuflados com mentiras sociais.

– Interessante ponto de vista – Interrompe Jane – Só uma coisa me intriga nessa história: Sua mentira, no caso... Seria quando diz que me odeia, ou quando finge que me ama?

– Que tipo de pergunta é essa? – Disse Lisbon indignada, após se engasgar com o que estava tomando.

– Você está corando – Rigsby observou.

– Está mesmo. – Concordou Van Pelt.

– E então... - Lisbon fez uma pausa dramática - o que vocês descobriram com os funcionários? – Perguntou, mudando o assunto abruptamente, fazendo Jane sorrir.

– Bem, falamos com o Marc Jr. Ele negou ter qualquer envolvimento com o desaparecimento da garota. Disse, inclusive, que ela se demitiu alguns dias antes de sumir. – Falou Grace.

– Interessante... – Jane ponderou – Ela alegou um motivo?

– Pessoal. Marc falou que ela estava tendo alguns problemas com o namorado. Ele até tentou se dar bem quando descobriu, mas acabou levando um fora.

– Engraçado... Ellie não mencionou nenhum namorado. Marc pode estar mentindo. Que tipo de problemas? Ele comentou? – Perguntou Lisbon.

– Não. – Respondeu Van Pelt.

– Posso dar minha opinião? – Perguntou Rigsby, recebendo um aceno para que continuasse. – Bem... Talvez Ellie não tenha falado nada, porque não sabia do namoro. Penso que Katie poderia estar escondendo e Marc conseguiu perceber porque estava apaixonado por ela. – Rigsby olhou para baixo, e em seguida desviou o olhar para Van Pelt e continuou. – Sabe, quando estamos apaixonados, costumamos prestar atenção em quem a gente gosta. Às vezes acontece da outra pessoa não estar interessada, mas não faz mal. A gente tenta estar com a pessoa de outras formas, seja prestando atenção num corte de cabelo, fazendo um favor ou observando o seu comportamento. Marc sabia quando Kate estava feliz, quando havia discutido com pai, ou quando algo estava errado. É por isso que ele também sabia do namorado, e é exatamente por isso que ele não está envolvido no desaparecimento. Ela a amava. – O segurança concluiu, com um pequeno suspiro.

Por um instante o silêncio tomou conta da mesa, Van Pelt olhava para Rigsby como se tudo aquilo que ele acabara de dizer, tivesse sido direcionado a ela. E sentiu-se envergonhada, pois, de certa forma era verdade, e Grace sabia disso o tempo todo. Por outro lado, ficou feliz em ouvir aquela pequena confissão vinda do segurança. Ele a olhava de uma maneira tão doce enquanto falava a respeito do amor covarde de Mark, que fez seu coração esquentar. E então, Grace desejou poder abraçá-lo e dizer que ele não precisava a observar de longe, que ele poderia chamá-la para sair, porque ela diria sim... Van Pelt pôde perceber que estava realmente apaixonada por Wayne Rigsby, mas não fazia ideia de como lidar com aquele sentimento recém-descoberto.

– Boa teoria Rigsby – Jane elogiou, cortando o silêncio constrangedor.

– Então Kate tinha um namorado. – Van pelt completou, desviando o olhar de Rigsby pela primeira vez.

– Faz sentido... – Concordou Lisbon – A amiga dela confirmou que viu Marc as observando. A princípio achei que fosse de forma desrespeitosa, mas não. Ele gostava de Kate. Parabéns Wayne.

– Obrigado. – O segurança agradeceu timidamente. Tomando mais um gole de sua cerveja.

E todos concordaram, mas logo mudaram de assunto e começaram a conversar sobre coisas triviais. Pediram mais cerveja e se divertiram com as histórias de Jane e, quando se deram conta, já passava das onze. Marcus Pike deixara o balcão a um bom tempo, mas isso não fazia com que Jane se afastasse de Lisbon, ou vice e versa. Era por volta de meia noite e já estavam todos levemente embriagados, quando Van Pelt resolveu ir para a casa. Tinha que levantar cedo para investigarem a respeito do namorado de Kate Parker. Ela chamou Lisbon e Rigsby, pois ambos estavam de carona com a ruiva, mas Jane se ofereceu para levar Lisbon em casa. Grace sorriu maliciosa e piscou para Jane, chamando Rigsby para ir embora com ela. O segurança seguiu rapidamente para a porta do bar, sem esconder sua felicidade.

– Não pense que eu não estou vendo você fazer isso. – Disse Lisbon.

– O quê? – Jane perguntou, fingindo surpresa – Não seja desmancha prazeres, Lisbon. É só um empurrãozinho. – ele sorriu.

– Sei...

– Bem, vamos embora? – Disse Jane, pegando o casaco de Lisbon encostado na cadeira do bar.

Lisbon se levantou, vestiu seu casaco e seguiu para o carro de Jane, que estava estacionado na esquina do bar.

– Sabe, você não deveria incentivar esse tipo de coisa. – Ela disse.

– Por que não?

– Se por acaso der algo errado, pode complicar o nosso trabalho. – Repreendeu Lisbon, entrando no carro.

– Você leva as coisas a sério demais – Foi a resposta - e, além disso, eu precisava que Van Pelt e Rigsby voltassem juntos, porque tenho que conversar algo particular com você.

Então Lisbon levantou a sobrancelha com um ar de surpresa e curiosidade. Jane percebeu que isso poderia não ter soado exatamente como ele desejou, e por isso emendou em seguida:

– Bem, Cho veio me alertar sobre o agente esta tarde. A princípio achei que poderia ser exagero da parte dele, mas quando vi Marcus no balcão, tive certeza de que ele falava a verdade.

– Certo... – Lisbon acenou para que ele continuasse.

– Acontece que agora a fiscalização vai ser mais severa. Não temos como fingir que estamos casados se você continuar morando em seu apartamento.

– Tá me dizendo que eu vou precisar morar com você? – Lisbon perguntou, já exaltada.

– Exatamente. - Ele confirmou, já temeroso a respeito da sua reação.

– Mas não mesmo! Tínhamos um trato. Você me deu a sua palavra. - Disse Lisbon de forma explosiva.

– Eu sei. Me desculpe, ok? – Jane tentou justificar – Eu não iria lhe propor esse tipo de coisa se houvesse outra solução.

– Não importa! Foi uma das condições para eu aceitar o casamento, você não pode descumprir isso. – Ela concluiu indignada.

– Você está sendo infantil. – Ele a repreendeu – É por uma razão maior. Além do mais, só quero que você more na mesma casa que eu. Não é como se eu estivesse te pedindo para dormir comigo. Como é possível que isso possa te aborrecer tanto assim?

– Sim, aborrece. Eu preciso de espaço, Jane. Espaço!

– Mas meu Deus, a casa é enorme! De quanto espaço mais você precisa?

– Do suficiente para não precisar ficar esbarrando com você pelos corredores.

– Certo... Você está querendo dizer que minha companhia é tão ruim assim?

– Jane, isso é golpe baixo.

– Não, não é. Acho engraçado o tanto que eu te irrito. Quer saber, deixa isso pra lá. Vou arrumar outra maneira. – ele completou, aparentemente aborrecido.

– Sério?

– Sério... você não vai sair do seu apartamento.

– Não vou? – Insistiu, desconfiada.

– Não, não vai. Você não precisa sair de lá. Lá é a sua casa, o seu lar. Lá é onde você se esconde quando o mundo parece meio louco. Louco como se tudo perdesse sua forma, como essas gotas que escorrem pelo para-brisa, como num sonho. – Jane começou a falar de forma suave e concentrada. Era um ritmo reconfortante e as pálpebras de Lisbon começaram a pesar – Isso, um sonho, você pode fechar os seus olhos para ver, não precisa sair de casa, só precisa fechar os olhos...

E ela conseguia ouvir a voz de Jane ao fundo, como um sussurrado, até que desapareceu completamente e Lisbon adormeceu no banco do carona. Jane, por sua vez, soltou um suspiro aliviado. Em seguida ele dirigiu até a sua casa e a retirou cuidadosamente do carro. Ao entrar pelo hall principal, carregando Lisbon no colo, se encontrou com Dora, sua governanta.

– Dora, prepare o quarto de hóspedes, por favor. – Ele pediu.

– Pobre moça... Bebeu demais?

– Não. Só está dormindo.

– Ela parece desmaiada pra mim. – A governanta insistiu.

Jane olhou Dora com reprovação e colocou Lisbon no sofá da sala.

– Mas ela passa bem? – Dora perguntou curiosamente – Você nunca trás mulheres aqui, deve ter acontecido algo grave.

– Aconteceu. Algo gravíssimo...

– Não seria melhor chamar um médico?

Jane esfregou os olhos e serviu um copo de uísque para, logo em seguida, se sentar na poltrona lateral. Ficou calado por um instante, apenas observando a cena com atenção.

– Não é caso médico... O problema é muito maior – Ele suspirou - Essa moça, Dora, é minha nova esposa.

– Como assim seu “Janes”? – perguntou a governanta, assustada.

– É uma história longa... Mas o ponto é que ela não queria vir aqui pra casa, então acabei hipnotizando a pobre coitada.

– Ave Maria mãe de Jesus! O senhor enlouqueceu é?

– Eu não sabia o que fazer... Foi uma medida desesperada.

– Mas e agora? Que cê vai fazer quando essa moça acordar? Ela vai querer ir embora... Vai amarrar a pobrezinha no pé da cadeira é?

– Não faço a menor ideia. – E então se atirou no encosto da poltrona, como se a reposta para o problema pudesse ser lida no teto da sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pronto. Como prometido. Agora deixa um review ae, porfa. ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "His Girl Monday" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.