De repente semideus.. escrita por Luuh Walsh


Capítulo 2
Enfim.. Olá papai


Notas iniciais do capítulo

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No segundo mês eu estava treinando, como o de costume, junto com todos os campistas, quando uma luz roxa surgiu em minha cabeça, era uma auréola. Todos ficaram me olhando impressionados, então percebi, eu era filha de Hades, um dos três grandes. Era tão real tudo que estava acontecendo.
Depois dessa tarde Quíron me levou para o chalé de Hades, era feito de mármore sólido preto, com colunas pesadas e sem janelas. Cada etapa é enfeitada por caveiras. Na frente do chalé há uma tocha onde queima fogo grego 24 horas por dia.

Essa noite foi muito longa, mal conseguia fechar os olhos, eu já havia me acostumado com toda aquela agitação do chalé de Hermes. Nessa mesma noite, quando consegui dormir, tive um sonho com meu pai. Ele havia me mandando uma carta dizendo que queria me encontrar em seu castelo, no submundo. Quando acordei contei para Percy e para Quíron o que havia sonhado, me contaram que o sonho poderia ser quase real, como uma mensagem, igual Percy costuma ter. Então Quíron nos mandou ir para o submundo, antes nos oferecendo perolas, as quais iriam nos tirar de lá.

Na manha seguinte pegamos pégasus e fomos em direção a Hollywood, por incrível que pareça nenhum monstro apareceu para nos incomodar e Zeus não interferiu em nossa viagem no céu. A entrada para o submundo é uma caverna perto do letreiro de Hollywood, onde entramos, pegamos uma balsa com Caronte. Passamos pelo rio Aqueronte até chegar à praia do Mundo Inferior, havia rochas escarpadas e areia vulcânica negra se estendia terra adentro até um muro alto de pedra. Entramos e vimos uma placa escrita VOCÊ ESTÁ ENTRANDO EM ÉREBO. Dali conseguia ouvir uivos, mas não conseguíamos ver Cérbero, que devia estar guardando a porta de Hades. Chegamos mais perto dos portões, onde conseguíamos ver Cérbero, era um rottweiler de raça pura, a no ser, é claro, por ter duas vezes o tamanho de um mamute, ser quase invisível e ter três cabeças. Havia um fila que com certeza ia para os campos de Asfódelos, era uma espécie de purgatório, com grama preta e um vento morno e úmido soprava como hálito de pântano. Choupos – árvores negras – cresciam em toda parte. Mais para frente, nos Campos de Punição, pude ver pessoas sendo perseguidas por cães infernais, queimadas na fogueira ou forçadas a correr nuas por plantações de cactos. Do lado direito havia um pequeno cercado de muros, que parecia uma parte feliz do Mundo inferior. Era Elísio, o paraíso, onde estão às almas dos heróis, lá havia cascatas de vinho, mas independentemente de quanto se bebesse, ninguém ficava embriagado. E lá também havia o rio Estige, da imortalidade, o qual deu origem à expressão "calcanhar de Aquiles".

Depois de andar muito chegamos a ver um palácio de obsidiana negra, brilhante e acima dele havia três criaturas rodopiando-o: as Fúrias. Vimos os portões de bronze escancarados e lá dentro havia um pátio com um jardim estranho. Com cogumelos multicoloridos, arbustos venenosos e plantas luminosas fantasmagóricas cresciam sem a luz do sol. Gemas preciosas supriam a falta de flores, pilhas de rubis grandes, aglomerados de diamantes
brutos. Havia estátuas, do jardim da Medusa, no centro havia uma romãzeira com flores alaranjadas brilhando como neon no escuro. Queria colhê-las, mas Percy me disse que se a comesse nunca mais poderia sair. Subimos as escadas do palácio, entre colunas negras passando por um pórtico de mármore negro, o vestíbulo tinha piso de bronze polido que parecia ferver a luz refletida das tochas e não havia teto, apenas o teto da caverna muito acima.

E então estavamos lá. Chegamos.


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Notas finais do capítulo

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