Mary gostava de todo dia abrir a janela e passar alguns segundos aproveitando o sol tocando seu rosto, aquecendo-lhe com delicadeza. Respirava fundo e era inevitável abrir um pequeno sorriso com a simples percepção de uma nova manhã começando.

A cada vez que fazia isso, ela sempre se pegava pensando que Seto tinha um cheiro igual aos dos raios de sol. Não fazia ideia se o sol cheirava a algo na realidade, mas, quando ele a colocava nas costas para carregá-la, imaginava que deveria ter aquele aroma. Lembrava manhãs de verão, aquelas não muito quentes, em que a grama tem uma bonita cor verde perolada e uma brisa fresca quebrava o calor da estação.

Seto era quente, agradável e passava a perspectiva de um dia bom – igual àquelas manhãs. Além de aconchegante, também parecia aquecer seu coração e encher seu peito de felicidade. Adorava ser levada só para sentir esse tipo de coisa, embora não pronunciasse isso em voz alta. Mesmo ela sabia que seria estranho.

Mas que Seto tinha cheiro de sol, verão e calor, isso ele tinha.