Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 70
Capítulo 69


Notas iniciais do capítulo

Tem um VINÍCIUS e um MURILO na nova novela das 9. É motivo o bastaaaaaaante para um post, sim ou com certeza?!

Enjoy!



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Por um milagre bem milagroso, não só eu e Gui conseguimos uma carona para a aula com um colega da empresa (já que o dele estava na oficina faz dois dias), mas também conseguimos chegar cedo à faculdade. Nossos ânimos estão melhores depois daquela conversa que tivemos na oficina, e por outras pequenas mais que prolongamos esses dias, mas uma reconciliação mesmo... não está concluída. Isso quer dizer que o clima entre nós não está de todo mal e nem de todo bom. Já não estava desconfortável, é o que eu podia garantir.

Flávia apareceu cedo também, então os pombinhos aproveitavam para dar uma namorada em algum canto enquanto esperavam o início da aula. Nessas horas sempre me batia uma invejinha, ainda mais por quase já não ver o Vini. No meio de tanta correria do dia a dia, agora o que mais no batia eram as saudades. Mas isso é outra história.

Eu lanchava no pátio conversando com Dani sobre seus ensaios e como as coisas estavam rolando beleza para ela lá na banda que conseguiu entrar. Ao ambiente, com os alunos chegando aos poucos, tudo parecia nas normalidades, o movimento era rotineiro. Isso até o reitor atravessar com uma comitiva de outros senhores engomados e todo mundo segui-los com os olhos para a diretoria.

Isso foi o bastante para todo papo sobre ideias para um nome legal para a banda ser interrompido.

– Uia, o que será que tá rolando?

– Espero que nada ruim, Djane mal voltou ao posto.

Foi, Djane acabou optando por ficar como chefe de departamento e outras coisitas mais, como orientar pesquisas acadêmicas e estudantes. Depois daquele ultimato de Fabiano, ela não teve muito que dizer senão fazer uma escolha. E já que ensinava há tanto tempo e gostou de trabalhar no departamento, ela preferiu a segunda opção. Aos poucos, se provasse que poderia aguentar o tranco, poderia retornar a dar aulas, só não nesse semestre. A propósito, arranjaram um substituto para assumir suas turmas.

Em meio aos burburinhos, Bruno aparece, roubando umas jujubas da namorada que estavam à mesa e puxa uma cadeira para se sentar conosco. Ela nem reclama, Bruno resolve com um beijo rápido e um afago em Dani. Eles eram apenas essa coisa fofa que imprime um sorriso na gente. Tem dia que ficam de cão e gato, e tem dia que ficam só de chamego. Bruno a fez mudar de opinião e a fez gostar de gostar dele.

Até eu gostava de gostar por eles gostarem de gostar.

– Qual a tragédia? Já ouvi que o reitor passou por aqui.

– Nem olha pra mim, não sei de nada. Melhor, nem tô envolvida.

Depois do desastre da última vistoria, eu queria era distância de qualquer coisa relacionada. Mas não tinha ser esse na faculdade que parecia se estremecer quando via o reitor passando. Funcionários principalmente. Logo avistei o Luciano e outros indo de um lado para o outro, alvoroçados.

Jogando as mãos ao alto (e surrupiando o pacote de jujuba para longe do namorado), Dani exclama:

– Graças a Deus que não! Então vamos voltar à minha ideia: o que acham de Vox?

Por ter sido incorporado à conversa sem muita explicação, Bruno só faz uma careta como interrogação.

– O nome da banda. Galera quer oficializar um nome, sabe. Não que tenhamos planos de seguir carreira ou expandir as apresentações, só... sei lá, achamos que devíamos ao menos ter um nome. E aí pensei em... Vox.

Me parece estranho de primeiro momento, mas era algo a se considerar. Bruno também parece pensar por um instante, até que pergunta:

– Isso é italiano?

Uma voz branda interrompe e se faz presente. Sávio. Ele estava próximo e de costa para nós, tomando água no bebedouro.

– É latim. Significa voz.

Quando ele se vira, nós trocamos um olhar rápido e nele eu intuo o que ele havia me dito no fim de semana, assim como o que mais Iara complementou sobre seu afastamento das pessoas. Eu permanecia incerta sobre uma reação mais apropriada e sem algum princípio definido para me ajudar a lidar com isso. De todas as pessoas, Sávio foi esse que conseguiu a proeza de me deixar num complexo conflito.

Com um aceno, Bruno oferece a outra cadeira disponível à mesa e logo Sávio, embora desconcertado, se senta e aprecia o gesto. Ele parece contente por isso, por mais que ninguém mais saiba da real ali. Apesar de ter me autorizado a compartilhar sua história com nossos amigos, eu resistia um pouco em falar. Quer dizer, é estranho. É estranho pensar que Sávio invadiu um estabelecimento comercial e que quase foi preso por isso. Que contou, infelizmente, com a ajuda de André, que por um acaso estava no local fazendo baderna e... Argh, se eu não sei como reagir, imagina a galera.

Era injusto não ser honesta com eles; por outro lado, seria um abalo considerável para nosso grupo. Mais do que o claro desentendimento que ninguém comenta que rolou entre ele e Gui.

– Na verdade foi meu eu tio-avô quem sugeriu. O que me indicou pro amigo dele, lá da pizzaria, lembram? Estranhei no início, mas pensando mais a respeito... sei lá? É algo diferente... e pequeno. Direto. Tô viajando?

Voltando para a conversa, faço do meu guardanapo uma bolinha de papel. Bruno faz cara de “nem inventa de jogar em mim” ao que eu reviro os olhos.

– Viajar não tá viajando, só não vejo que encaixe muito, sabe? Um nome precisa estar mais atrelado à banda, algo que realmente represente.

Com um muxoxo, Dani abaixa os ombros e soa insatisfeita.

– Humf, eu disse que sou péssima pra essas coisas.

– Que nada, amor, o que é um nome ruim comparado com sua voz?

E lá estava a força da natureza que era a Daniela com um tapa bem dado no ombro do namorado.

Aiiin, amor!

– Bruno... de Oliveira... Castro... Soares!

Até eu sabia que esses não eram os reais sobrenomes do Bruno, mas rio do mesmo jeito.

– Só pra esclarecer, não é isso que consta na minha identidade.

– Porque quando você é maldoso, você assume outra personalidade. O Oliveira!

E não fazia um minuto de sua declaração sobre não ser boa em dar nomes às coisas. Eu, por outro lado, acho bem legal. Sávio também, ele demonstra por seu pequeno sorriso discreto, só de olho no movimento daqueles dois, como Bruno lutava para permanecer com o braço pelos ombros de Dani e como ela lutava de volta para se sair dele.

O quanto nossa vibe mudaria quando eles soubessem? Não minto, eu gostava de como todos interagiam. Era... reconfortante. Como aquela certeza de que não importava o que acontecesse, sempre haveria alguém ali para nos fazer sorrir, nos fazer confiantes e dividir as maiores banalidades possíveis. Assistindo a picuinha daqueles dois enamorados, compartilho outro olhar com Sávio e um sorriso a mais, era como se ele pudesse me dizer “tenho saudades até disso”.

Não me tirem a Iara, é só o que peço”.

Eu teria de pensar mais a respeito. Mas não agora. Principalmente após avistar a professora Silvana saindo da sala dos professores e se pondo a caminho da minha turma.

– Tchau, Oliveira, hora da Silvana.

– Hey, meu sobrenome é...

E não ouvimos ao nos levantar, pois Dani dá o golpe finale: joga logo umas três jujubas na boca do namorado.

É, acho que vai ficar Oliveira.

~;~

Aos suspiros, saio da sala de aula flutuando com as outras meninas da minha turma. Fomos liberadas uns minutos mais cedo após um horário duplo de Gestão de Pessoas Módulo II pelo professor novo – e que professor!

– Ele pode me gerir quando quiser.

Diz Marcinha entre risos sacanas.

– Não achei que poderia amar tanto Administração esse período! Ai, quando ele sorri...

Diz Luana, outra que babou a aula inteira.

– Quando tudo, né. Que fonte de ouro foi essa que o diretor achou para ter tanto substituto gato!

Exclama Felícia, mais uma derretida.

Eu era outra, não nego. O professor Max entrou para o departamento de Administração para substituir Djane, que agora está em outro posto. Já tínhamos ouvido falar sobre a sensação que estava abalando os corredores da faculdade, mas até então nada de aula com ele. Nem preciso dizer que os meninos estavam se sentindo ameaçados por isso – claro, alguém estava roubando-lhes toda atenção. Tava nível “acho que se o Sávio tirasse a camisa, as meninas ainda estariam entretidas com a aula” – ou teriam algo para competir fortemente.

Dada hora Gui até deu uma olhada feia para Flávia, por ela ter quase se desmantelado toda de amor por o professor ter usado o nome dela em um exemplo explicativo da aula. Eu só torcia para não bater um calorzão dos infernos, já pensando na pedreiragem da Flá. Que nada, ela não seria tão tão tão descarada dessa vez. Além do mais, Max era desses professores que flertavam durante a explanação de sua aula, então pedreiragem acho que não iria faltar pelo resto do semestre e com várias candidatas.

O cara já tinha até apelidos. McSonho, McSorriso, McOMG. Aparentemente, galera andava assistindo muito Grey’s Anatomy. Ainda bem que não tínhamos elevadores na instituição... mas tínhamos uma rampa, e nela ainda podemos sentir o perfume maravilhoso do professor após ele ter passado pelo caminho que então eu e umas meninas descíamos.

Ao me despedir delas, já no térreo, pego meu celular para tirar do silencioso. Aceno para Gui que escolta a namorada para a saída, Flá ainda boba, e... é, talvez não fosse boa ideia ter o Vini no prédio por esse período se estudasse conosco. O que ele teria de ciúmes, eu reviro os olhos. Apesar de o professor ser um gato, meu coração só via um. Um de quem ando sentindo tantas saudades... Quase não temos tido momentos para nós e a tendência era de nos vermos menos ainda. Em semana de prova, vish, era dureza sequer pensar numa escapada.

Perambulando pelo espaço da lanchonete, caminho até um banquinho, vendo que teria de esperar mais uns minutos pela minha carona. Atarefado como anda o Vini, tenho voltado com o Bruno pra facilitar, já que é caminho para ele. Mando uma mensagem rápida a ele para avisar que só estou na espera.

É nessa que avisto Djane na porta do departamento com uma mulher. Elas parecem bem neutras para o que quer se seja a questão, embora a senhora pareça um pouco tensa. Deve ser algo com a aparição do reitor, lembro. Elas se despedem e Djane me vê. Acena também, para que fosse para sua sala. Flutuo mais uma vez nessa noite.

– Parece... deslumbrada, querida.

Deslumbrada é a palavra!

– Digamos que... o corpo discente feminino agora está te amando. Muito.

Sentando-se na sua cadeira de chefona, Djane estranha esse repentino comportamento de suas ex-alunas.

– Me amando? Que eu fiz?

– Assumiu o departamento, não a sala de aula. Já viu o novo professor?

Djane faz cara de “ô se vi!” e eu de falsa chocada por consequência.

– Fico feliz que estejam recebendo-o bem... Ele é de fato de tirar o fôlego! Já viram como ele sorri?

– Djane!

Nem minha sogra passava incólume.

– Apenas uma boa visão de vez em quando é bom... Distrai a gente de... coisas.

Coisas... sei. Pra não dizer que sou maldosa, interpelo:

– Refere-se ao reitor? Foi tenso?

– Que nada, só rotina. A visita dessa vez estava agendada, foi só uma reunião e uma discussão de acordos. Sabe quem era aquela mulher que saiu ainda agora?

– Não, quem?

– A esposa de Bart.

Sobressalto-me da cadeira na mesma hora, já Djane me tranquiliza.

– Aquele homem não vai mais nos importunar, pode ter certeza.

– Bem que ela me pareceu um pouco bruta...

Ajeitando umas papeladas na mesa, organizando a bagunça do dia, Djane me dirige a palavra sem tirar a atenção de alguma coisa de seu trabalho na tela do computador. Ela era uma pessoa bem dedicada ao que fazia, mesmo tendo que se aproveitar da situação para me fazer perguntas inapropriadas:

– Só uma mulher bruta pra colocar um homem na linha. Mas vamos deixar isso de lado e tratar de coisas mais importantes: o que a senhorita estava cochichando com o Renato no intervalo? Eu vi tudo, sei que tem armação aí, nem vem negar. Vocês tinham totalmente a cara.

Mordo o lábio para segurar um sorrisinho, essa mulher me conhece.

– É surpresa, Djane, como poderia eu botar tudo a perder?

– Botando ué, senão vou ficar nessa, toda apreensiva!

Minha sogrinha era um caso sério.

– É coisa boa, eu juro, juradinho.

– Mas nenhuma pista? Milena, eu sei fingir cara de surpresa, ok?

– Deixa ele, professora. Não é nada que a senhora deva se preocupar. Se eu tô no esquema, então está em boas mãos.

– Isso que me preocupa.

Ela não fala por maldade. Na realidade, ri traquina pela chantagem emocional.

– Ele quer se redimir, Djane.

Desde aquela briga com o diretor em sua casa eles não andam se falando muito. Quer dizer, Renato não forçou a barra com ela, só... esteve pensativo esses dias, e nem por isso se distanciou. Hoje ele me abordou com um bom plano para uma definitiva reconciliação, que seria executado tanto no dia do aniversário de Djane quanto no dia da comemoração – como vai cair num dia de semana daqui uns dias, e em dia de prova tanto pra mim quanto pro Vini, preferimos fazer um encontro no fim de semana na casa do vô-sogro.

– Ele não saindo rolando pela grama do seu Júlio com o Fabiano já está de bom tamanho pra mim.

– Ainda não se falam?

– Nada além do profissional, e olhe lá. Às vezes os meninos são uns bobos.

Esparramando-se em sua cadeira, Djane deixa um pouco o trabalho de lado e suspira inquieta. Assim como eu não entrei em detalhes sobre minha discussão com Gui, ela preservava a sua com Renato e Fabiano (embora eu tenha ouvido parte naquele dia). Contudo, após ter ouvido o plano (ou parte dele) do professor Carvalho, fico mais tranquila sabendo que a hora de acabar bem estava perto.

Mais confiante, tento melhorar seu humor.

– Meninos, né?

– Se comportando dessa maneira, sim, são meninos. Agora me conta o esquema.

– Não, Djane. É para seu próprio bem.

– Vou te trancar aqui até o Vini aparecer.

Ô mulher dramát... Ok, eu também sou dramática nesse nível.

– Ele não vem, vou voltar com o Bruno.

– Então daqui hoje você não sai.

Ela cruza os braços como se tivesse trancado a porta de sua sala. Que não, não estava trancada, mas eu entro no jogo dela porque era divertido.

– Djane! Eu tenho atividade para completar pra amanhã.

– Sem informação, sem liberação.

– Tenho outras maneiras de fugir, você sabe.

– Sei, chamaria cavalaria pesada até. Mas até você conseguir, alguma coisa eu ainda arranco de ti.

Ela bem que tentaria, conseguir era outra história.

~;~

Oh sono dos justos!

Cansada e concentrada na tela de meu notebook, estou quase para buscar uma fita adesiva que segure minhas pálpebras de fecharem meus olhos. Me falta coragem pra isso, no entanto. Espio o relógio no canto da tela e constato que é pouco mais de meia-noite. Só mais cinco minutinhos, me prometo, a fim de adiantar o arquivo da atividade que estou mexendo. Só. Mais. Cinco. E aí durmo.

No silêncio do meu quarto, manejo as alterações últimas rapidamente quando uma notificação soa numa página de rede social que está aberta. Alguém me chamava no chat àquela hora. Eu devia ter fechado aquilo, mas ao ver o avatar da pessoa... acabo indo verificar do que se tratava.

Aguinaldo

Lena, tá ocupada?

MLins

Tô dando uns retoques na atividade de Contabilidade antes de dormir. Pq?

Aguinaldo

É que...

Ou ele demora um pouquinho a responder, ou sou eu quem tenho uma expectativa repentina. Ou é o sono também, bocejo.

Aguinaldo Villaça

Só queria agradecer.

Aguinaldo Villaça

Pelo que vc fez no casamento.

Aguinaldo Villaça

Em relação a minha mãe, digo. Ela me contou.

Ela... contou?

Até abro mais o olho, porque não esperava. Foi a mãe dele afinal que pediu pra mim e para Flávia não comentarmos nada com Gui sobre esse episódio no casamento. Quer dizer, da recepção.

Ela abordou a Flávia em determinado momento, mais precisamente logo após o buquê ter sido jogado e, enquanto as pessoas iam se dispersando devagar para voltar à festa, eu que ia logo mais atrás estanquei quando a mulher apareceu na nossa frente. Até então não tínhamos a visto por toda cerimônia, nem por toda a festa.

Pediu então a mim que a deixasse falar a sós com a Flá, mas minha amiga me segurou na mão e firme, disse que qualquer coisa que ela tivesse para falar, que falasse comigo ali, a Flá não iria esconder. Um pouco sobre pressão, a mulher assentiu. Ela pediu desculpas, desculpas bem atrasadas por sinal, sobre aquele ataque que separou o Gui de Flá e que, consequentemente, a separou de seu filho e ela... ela sofreu por isso, sem saber como consertar.

Foi somente quando Gui a deserdou, por assim dizer, que sua mãe sentiu o peso da coisa e começou a observá-lo de longe. Que havia felicidade nele que ela, como mãe, quase não podia alcançar. E na noite da festa, ela viu um brilho lindo em seu filho quando dançou junto com os outros caras naquele especial para a noiva. Ali ela viu que era hora de se redimir. Não queria atenção, pediu até humildemente que não mencionássemos para o Gui sobre esse papo em especial, ela só queria mesmo era se sentir em paz.

Bem ali eu testemunhei a rendição da mulher... Ela estava sendo verdadeira. Pude ver isso distintamente em suas maneiras, mesmo com a gente ali, de pé meio dispersas, com todo o som da festa de volta e as pessoas dançando ao nosso redor. Eu sei, foi um tamanho choque. Maior choque ainda foi eu também ter devolvido o gesto.

Também pedi desculpas pelo meu comportamento, embora tudo o que tivesse feito (xingado, ofendido e até dado um tapa), tivesse sido em mera defesa de meus amigos. Eu era fiel daquele jeito, defendia o que me era justo.

Aguinaldo Villaça

Então... Obrigado. De verdade.

MLins

Não foi nada demais, sabe.

Aguinaldo Villaça

Tbm queria dzr sinto muito. Pelo meu comportamento dessas últimas vezes.

Aguinaldo Villaça

Pode me socar amanhã se quiser.

Mais uma pequena vitória, o meu chega-pra-lá começava a dar reais resultados. Como eu sentia sua falta! Depois daquele nosso papo, não acho que essas suas desculpas sejam meras desculpas. Agora ele sabe.

Contudo, havia uns algo a mais entre nós para serem resolvidos.

MLins

Posso trocar esse soco?

Aguinaldo Villaça

Pelo quê? Um chute?

MLins

Uma chance.

MLins

Dê uma chance para Iara.

Sei que ele visualiza minha mensagem e dessa vez sei que ele demora a responder, embora também encare a tela em expectativa. Meus olhos parecem arder mais só por isso. Passava da hora de descansar, mas eu não sossegaria até ter uma resposta.

Aguinaldo Villaça

Ok.

Aguinaldo Villaça

Não é bem uma troca, sabe, já que eu tinha em mente algo do tipo. Mas isso só mostra o qnt eu tava sendo um babaca.

Um ânimo enfim.

MLins

Vai na calma, sem pressa.

Aguinaldo Villaça

Tudo bem. Agora vou capotar ali.

MLins

Ok, eu tbm. Boa noite.

Eu já ia fechar a janela quando me toco de algo de última hora e o chamo de volta, torcendo para que ele estivesse por lá ainda. Fico ansiosa.

MLins

E Gui?

Aguinaldo Villaça

Oi?

MLins

Qnd tiver de cabeça mais fria... Me avisa?

MLins

Tenho algumas respostas para... algumas perguntas.

Mais uma pausa, uma espera. Poderia ele estar apenas com sono, sem forças, cansado, tal qual eu, ou mesmo distante de seu computador, pode... sei lá. Ansiedade é uma droga e ela faz a espera ser sempre assim, cruel.

Aguinaldo Villaça

Aviso.

Era só o que eu precisava para desligar de vez o cérebro.


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Notas finais do capítulo

Esses dois, esses dois... quero nem ver. Mentira, quero sim.
Posso fazer invejinha de dizer que já até vi? Hahaha

Logo, logo... (espero!)



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