Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 113
Capítulo 112


Notas iniciais do capítulo

Mistérios. Mistérios EVERYWHERE!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453816/chapter/113

— Maratona de estudo?

Vai haver alguma vez que Filipe me pega clandestinamente estudando no trabalho e eu não derrube coisas? Sonhos estão aí pra sonhar. Ao menos já não sinto vergonha. Estamos mais confortáveis um com o outro no trabalho. Em qualquer lugar na verdade. Acho que também já não sinto algum constrangimento por ter uma relação com ele lá fora e as pessoas daqui saberem. A vida é minha, a relação é nossa, e ninguém tem que dar conta disso. Cato meus bloquinhos e canetas do chão.

— Prova semana que vem. Desespero desde já, o senhor sabe. Ontem, aliás, perguntaram pra professora o que iria cair na prova e ela disse “lágrimas”.

Silvana e seus terrorismos de volta.

— Precisa de algo? Thiago teve que sair.

— Então depois falo com ele.

— Ok, aviso que o senhor passou aqui.

Volto para o caderno e anotações, enquanto o download de um documento mega pesado que meu chefe pediu ainda está baixando. Posso dizer que estou trabalhando sim, só o movimento daqui que está baixo. Pelo menos, do meu setor. Porque não vi o Gui transitando desde a hora que chegamos, nem dos outros estagiários.

Paro um segundo pra checar uma notificação no computador pensando sobre isso. Sobre Gui, digo. Ele não tava tão matraca no caminho para o trabalho hoje... Viemos de carona com o primo dele, Dinho. Ricardinho. Ricardo. O primo que ia dividir o apê com o Gui até um tempo atrás. Ótima pessoa, como Flá costuma dizer. Ele também notou o primo meio xoxo, mas também não disse nada. Ficamos apenas conversando coisas aleatórias. Talvez com a proximidade das provas, ele tenha desanim...

— Hey, Lena. Tem um corretivo por aí?

Roberta aparece de supetão e acabo sendo levada pelo pedido urgente, dando uma checada na mesa.

— Acho que... É, não, não tem.

— Ah, então vou pegar com... Ah! Tá sabendo que meu níver é sábado, né?

— Ouvi você comentar por alto lá na entrada.

— Pois é, vou aproveitar que caiu em fim de semana e comemorar naquele Plaza, que tá bombando. Não sei bem se vai ser uma noite de banda ou dj, mas tô lá, com certeza. E você, o Gui e Iara, tão convidados! Eu sei que não é bem o tipo de festa que você curte, mas gostaria muito de te ver lá.

— Aiin, não sei se vai dar pra eu ir. Talvez só uma passagem rápida? Porque tô atolada de matéria e as provas começam já semana que vem. O Gui também tá na minha roda de estudos.

— Ah, poxa. E a Iara, será que dá pra ela?

— Só vendo com ela mesmo. Te dou uma resposta mais tarde?

— Beleza.

Respondo um e-mail assim que Roberta sai num pé e volta em outro.

— Esqueci de dizer! Ouvi de um supervisor que vai ter aquela semana de palestras aqui de novo. Aqueles lances de motivação de equipe e tal. Parece até que vem um figurão! Só não sei bem quem.

— Já tem data?

— Dia 7... Ou dia 27... Não ouvi bem. Estavam passando umas coordenadas pra imprimir uns pôsteres de divulgação.

Faço uma nota mental de agradecer à Iara e Filipe por fazer desta empresa um local de trabalho que se importa com as pessoas e não só o serviço. Não é todo lugar que tem esse tipo de incentivo e... eu acho que tenho algo pro dia 7 de novembro. Sinto uma coceirinha no cérebro.

— O que foi?

— Nada demais. Acho que tenho algo pro dia 7, agora não lembro o quê.

Ainda choro – e presumo que ainda vou chorar muito – as pitangas por ter perdido notas, avisos e arquivos que estavam no meu antigo celular. Dá uma ânsia danada começar tudo do zero. Tenho minha agenda pessoal, porém, não se compara ao que era meu aparelho.

— Ah, eu sei como é perder um celular assim. O meu pifou depois de cair numa piscina. Até hoje me lembro daquele aparelhinho. Saudades... Bem, até depois.

Aceno para Roberta ao mesmo tempo que vasculho meu cérebro.

O que será que esta data significa?

 

~;~

Depois de tanto busão, o universo concede uma trégua pra mim e Gui, com Iara oferecendo-nos uma carona pra faculdade. Isso me relaxou tanto que me empolguei de encontrá-la no nosso point da lanchonete, na empresa, coisa que nunca mais rolou praticamente, já que sempre temos que sair lanchar rápido e sair cedo pro ponto de ônibus.

A mudança dela e de Filipe para a casa do vô-sogro ainda não começou propriamente, vez que estão na fase de preparar suas coisas. De repente o pequeno apartamento demonstrou o quanto de coisa de verdade tem. Ela e o pai estão estes dias separando o que vai, o que fica, o que vai ser doado ou jogado fora. É um tanto chato, mas eles estão bem animados com isso, o que de fato os move pra fazer tudo isso. Daí, como o expediente de hoje não teve muita coisa e Iara tá um tanto livre, decidiu nos dar uma carona com o carro de Filipe. Um agradinho, segundo ela.

Posso eu negar um carro de minha família, negar presentes, mas não nego caronas. Isso sim são preciosidades.

Embora todo esse papo de mudança ou da própria viagem sejam tópicos vigentes nesta semana, Iara traz esse mega sorriso no rosto também pela sua novidade, de voltar a estudar. Ela vai ingressar no curso de Administração, embora não tenha definido a instituição.

— Seria suuuuper legal ter vocês como colegas de curso, mesmo que por tão pouco tempo. Vocês logo vão formar.

— Seria legal mesmo, mas, oh, não escolhe por causa da gente não, viu. Tem que ser a melhor opção pra você.

— A faculdade do Vini também tem o curso. Já pedi umas referências pra ele. Ambas estariam na minha rota... Como vocês decidiram pela de vocês?

— Eu consegui meia bolsa, então também decidi pelo abate de preço. Aliado ao prestígio, claro. Ela não é nada relaxada, como falam das faculdades privadas. Só o Murilo fez a pública.

Foi uma benção divina, porque não foi uma das minhas melhores épocas. Diminuir a pressão do vestibular nessa temporada foi realmente um suspiro e aceitei de bom grado. E era (é!) uma instituição bem respeitada.

— Eu passei uma época em cursinho vestibular, mas sou péssimo com prova múltipla-escolha. Conseguia boas pontuações, só não o bastante pra classificar. Administração aqui é bem competitivo. Daí meu pai... Bem, ele queria que eu terminasse logo a faculdade, e isso significava faculdade privada. Na época eu pensava que ele tava falando isso por conta de uma greve na pública. Descobri depois que era por conta dos contatos e rodas sociais. Pois é, meu pai era... é esse tipo de pessoa.

Iara olha do Gui pra mim, desconcertada, e eu, dele pra ela, também desconfortável. Desde cedo nosso amigo tava distante, amuado. Não fez uma piadinha qualquer o dia inteiro. Não zoou com nenhuma de nós duas. Não aprontou nada.

Nem estava muito animado pela carona ou pela esfirra de frango (sua preferida).

Não está sendo ele mesmo.

E depois de um tempo na sua, quando finalmente fala, fala do pai, com todo um desprezo desanimado. Antes que a gente possa dizer algo pra redirecionar a conversa, Gui toma a iniciativa:

— E aí, vamos? Eu só tenho que trocar umas notas.

Nos levantamos e ficamos eu e I na porta da lanchonete, observando-o de canto.

— Será que o pai dele aprontou mais uma?

Sustento melhor meu material ao braço e suspiro.

— Do jeito que ele é, acho bem provável. Pra ele ficar assim, tem dedo do pai sim.

I puxa a bolsa de lado pra procurar suas chaves.

— E o lance do divórcio, os papéis que chegaram?

— O Gui já mostrou pra mãe. Ela ficou mal, claro, mas parece decidida de acabar com o casamento também. Isso até que os uniu ainda mais. A relação com ela só tem crescido. E dela com a Flávia.

— Será que o pai dele voltou pra casa?

— Graças a Deus que não. Eu já taria preso por ter dado um tiro nele!

Surgindo na calada, o Gui próprio responde, nos pegando no flagra com essa conversa. Já fomos melhores, penso. Sem graça, I torce um pouco as mãos.

— Desculpa, cara, é que você tá tão quieto hoje e, como a Lena disse, você fica assim geralmente quando seu pai fez alguma coisa, e eu não quis causar qualquer desconforto com o papo da faculd...

— Tudo bem, meninas. Vocês me conhecem mesmo. E, bem, a Lena tá certa.

— Eu tô?!

Gui ajeita a mochila nas costas e acena para irmos andando. Vamos caminhando pelos corredores, um tanto vazios, ainda conversando sobre o caso.

— Meu pai me chamou hoje de manhã no seu escritório e quando fui lá... Eu descobri umas coisas... Umas coisas bem ruins a respeito dele.

— Que tipo de coisas? Quer dizer... Não precisa falar, se não quiser.

A gente segura a curiosidade se é pra preservar os amigos, né?

— Não, tudo bem. Eu preciso tirar isso do meu sistema. Mas não aqui. No carro.

Andamos o restante do caminho um pouco mais ligeiro do que de costume. Ao alcançar o carro no estacionamento, que Iara senta no volante, Gui no carona, e eu no banco traseiro, não precisamos dizer nada, só esperar.

— Meu pai tá com outra mulher. Mulher não, é uma garota mais ou menos da minha idade.

“Sinto muito, Gui” é o que ecoamos eu e Iara. I manobra o carro pra sair da vaga e não deixa de prestar sua solidariedade, nem que seja com uma troca de olhares rápida e apertar sua mão. Eu me movo atrás pra apertar seus ombros, dando força. Ele agradece e então acrescenta.

— O caso é que não é uma completa desconhecida.

— Você a conhece? De onde?

— Nós a conhecemos na verdade. É a garota que entregou os papéis do divórcio naquele dia.

Minha boca escancara.

— E tem mais. Adivinha de quem ela é irmã? Esse todos nós conhecemos.

Esse todos conhecemos? Como assim?

Nem Iara nem eu temos uma opção assim, de cara.

— Hermani. Irmã do André Hermani.

Mundo, para um pouco, que eu quero descer.

~;~

É complicado seguir vida quando se descobre algo absurdo, como esse que Gui noticiou, ou mesmo como aconteceu. Ainda estamos em dificuldade de acreditar, pra falar a verdade. E olha que ele viu! Ele foi até o escritório para falar com o pai, e o pegou num momento de indiscrição com a tal garota. Daí eles foram apresentados e o nome Hermani pairou no recinto. Não que a garota ou o pai dele tenham percebido o que era a grande surpresa. Devem ter pensado que era por conta do divórcio. Antes fosse!

Mesmo chegando cedo na faculdade, o Gui tava tão péssimo que quase não entrou na sala de aula. Foi mais empurrado que outra coisa e ficou fora do ar bastante tempo. Só voltou a si quando o tópico sobre as provas surgiu na classe. Pelo menos isso. Já quando saímos de sala para o intervalo, ele agradeceu pela preocupação e disse que tinha coisas melhores pra se preocupar. Flá foi com ele para a xérox e fiquei de checar uns livros aqui na biblioteca.

Encostada na bancada, enquanto espero ser atendida, não deixo de pensar sobre isso. Sobre a tal irmã do Hermani. Já sabemos que também não é flor que se cheire – mesmo com todo perfume do mundo. Não acredito que a conheci sem saber quem era. Quer dizer, ainda bem que não sabia! Os papéis do divórcio foram balde de água fria o bastante.

— Queimando neurônio pelas provas?

Bruno surge logo atrás de mim, prolongando um pouco da pequena fila que eu iniciei. Até que o movimento tá bem baixo, é só a atendente mesmo que parece estar demorando.

— Queria eu!

— Murilo?

— Graças a Deus que não! Acho que agora que tô me acostumando ficar longe dele. Saudades da minha criaturinha. E você?

— Vim devolver esses livros.

Bruno enfatiza os livros ao mostrá-los pra mim. Leio rapidamente os títulos dos três que ele carrega, um sobre gestão da diversidade, outro sobre diversidade de gênero nas organizações e mais um de recursos humanos. Quando ele me contou sobre o que andava pesquisando, por um motivo em especial, fiquei impressionada por sua iniciativa. Despertou um lado tão bom nele.

— Você foi a fundo a mesmo.

— Te disse. E não é que descobri que Silvana tem uns trabalhos na área?

— Acho que Djane já tinha mencionado alguma vez, mas não processei a informação de verdade. De qualquer forma, como vai... o plano?

Bruno se põe ao meu lado e empilha os livros na bancada de atendimento. Enquanto busca sua carteirinha de empréstimo no bolso da calça, parece um pouco preocupado. Desde o surto da sua namorada no outro dia, ele tem pensado em abrir o jogo com a galera. Sobre o que ele fez na viagem. Até então, Bruno nem gostava de falar no assunto, sentia vergonha demais, agora ele não só pensa bastante nisso, como sente que tem uma dívida consigo mesmo. Porque não basta só consertar uma burrada como a dele, ele quer se engajar na situação para tirar algo bom dela.

— Ainda tô um pouco inseguro. Não tenho muita certeza do que tô fazendo.

— Você não precisa fazer isso, você sabe.

— Eu... Só sinto que preciso consertar isso.

— Ainda acho que você não devia... não dessa maneira. Mas você tem meu apoio.

Risonha, bato de leve meu ombro no seu para lhe passar mais confiança.

Uma voz surge atrás de nós, toda interessada na conversa. Dani.

— Apoio pra quê, posso saber?

Ela não parece estar sendo agressiva agora. Também não tomo como um ataque às nossas diferenças do momento.

— Falar com Silvana sobre uma linha de pesquisa que o Bruno quer seguir.

Dani espia os livros ali na bancada e franze a testa.

— Recursos Humanos?!

— É bem mais fascinante do que se pensa.

Brincalhona, Dani se derrama em cima do namorado.

— Pensei que você seria meu agente, amor!

— E quem melhor pra lidar com pessoas quem tem noção dos seus recursos?

— Faz sentido. Mas Silvana?

— Surpresas da vida.

Bruno dá de ombros, embora eu o sinta um pouco desconfortável pela alfinetada. Ou pela situação que ainda paira entre nós. Não deixo de pensar no inferninho básico que passei com Gui e o quanto não quero que isso venha se repetir.

Chega minha vez no atendimento e passo os dados dos livros que quero ver se posso renovar o empréstimo. Dani continua o papo, mesmo com esse ar diferente entre nós. Tento me agarrar ao seu jeito de ser sem rememorar que existe algo nos separando.

— Ah! Falando em surpresas, vocês não vão acreditar no que aconteceu na minha turma hoje! Foi tão tão tão tão TÃO Gossip Girl!

Bruno ameniza com a conversa:

— O quê, teve algum desfile de moda? Agora vai modelar também?

— Não, seu bobo. Notificações do celular. Foi MUITO louco! Tipo, os celulares de uns cinco caras da minha turma... tocaram notificações ao mesmo tempo. Daí que eles se olharam todos desconfiados, e a gente meio chocado, meio rindo, até o professor Paulo chamar a atenção de volta.

Ainda virado para a namorada e de lado, meio de costas, pra mim, Bruno faz um movimento razoável de me empurrar com o ombro pra que ninguém perceba. Eu tinha ouvido o que Dani tinha falado, mas não tinha me tocado do conteúdo na real até esse seu toque de alerta.

— Sério isso? E eles... hum... falaram sobre o que era?

— Yuri disse que recebeu uma mensagem do irmão, que achou estranho todos os celulares tocarem daquele jeito, mas se era realmente algo entre os outros caras, o dele foi só uma coincidência.

— Qu... Que estranho mesmo.

Bruno pigarreia. E eu... eu nem sei o que atendente tá falando pra mim. Só sei que ela carimba a renovação e pega os livros do Bruno, assim como a carteirinha dele que estava ali em cima.

— Já imaginou se tivesse uma real Gossip Girl aqui?

Que tragédia seria, penso eu. Mas respondo outra coisa:

— Eu só ia querer a trilha sonora.

— Nossa, a MP3co ia estourar!

A atendente fala com o Bruno e eu me movo do balcão para ficar mais próxima de Dani. Não quero puni-la por sua plena ignorância da situação, ainda mais depois dessa história – que é mais uma peça neste quebra-cabeça difícil de entender. Ela nunca iria fazer a ligação certa sobre os fatos.

Acanhada e de mãos atadas, ergo minha bandeira branca.

— Hey, parabéns pela matéria... de novo! Da banda.

Um tanto ressentida, ela não cede de primeira. Faz que não se importa, mas posso ver o quanto ela está chateada pela frieza de nossa última conversa. Bem, eu também ainda estou chateada. Mas eu tenho informações privilegiadas, ela não.

Esse é o preço da verdade, penso.

— Obrigada.

Aceito isso e me viro pro Bruno.

— Depois a gente conversa sobre o plano de pesquisa. Acho que a Iara poderia te ajudar numas questões.

Em ambas as situações – o RH e a decisão que ele refletiu quanto ao caso do Sávio – ela poderia ajudar, de verdade. Bruno entende minha insinuação e assente, agradecido. Enquanto ele espera a atendente voltar, que Dani se distrai com algo no celular, a gente troca um olhar que diz muitas coisas. Melhor, faz muitas perguntas. Será? Será que tá havendo algo? Será que o Yuri tá envolvido? Será que o Hermani está de volta?

Não pode ser só coincidência.

Me despeço e saio da biblioteca com essas perguntas.

Penso em Max e se ele já está sabendo de algo. Bem, do que ele não está sabendo, né, parece que ele sempre tá atrás no seguindo, fuçando, desconfiando.

E então, quando volto finalmente, que sento no banquinho com a galera, que Cardoso está falando sobre as provas, algo se encaixa na minha cabeça.

Hermani. Gui. Max.

Ele sabia o tempo todo.

Ele sabia desde sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Coisas estão acontecendo.
E o que essa data significa, afinal?

Trechinho do próximo?

"- Vocês bem que andam cheio de segredinhos.
Flávia entra na dele, mas em minha defesa.
— E eu que sou a curiosa e stalker do grupo, né, Gui?
— Se você assume assim, amor, que eu posso fazer a respeito?!
Gargalho quando ela dá com o pano no ombro dele. A criatura ainda é corajosa de resmungar e Flá ameaça pegar o pano de novo.
— Mas que é verdade é verdade.
— É o quê?!
— É verdade que eles andam de segredinhos. Param de falar quando alguém se aproxima. Trocam uns olhares. Tem mato nesse cachorro!
Eu demoro uns três segundos pra entender que algo errado não está certo. Flávia também percebe que algo soou estranho. Esperta, pra não dar na cara, passo pela mesa pra pegar uma das últimas pipocas da vasilha, e pergunto:
— Que tu disse?"

NÃO TÔ SABENDO LIDAR COM ESSA PÉROLA, MEU DEUS HAHAHA



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mantendo O Equilíbrio - Finale" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.